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CARNE DE AVES DE CAPOEIRA Além dos requisitos comuns, são aplicáveis os seguintes requisitos:

No documento COMISSÃO DAS COMUNIDADES EUROPEIAS (páginas 136-142)

I. INSPECÇÃO ANTE MORTEM

1. O abate de um bando de aves de capoeira de uma exploração só pode ser autorizado se:

a) As aves destinadas ao abate tiverem sido submetidas a uma inspecção ante mortem na exploração e estiverem acompanhadas do certificado sanitário previsto na parte V,

b) Ou se, 24 a 72 horas antes da chegada das aves ao matadouro, o veterinário oficial estiver na posse de um documento a estabelecer pela autoridade competente, que contenha:

– informações actualizadas pertinentes sobre o bando de proveniência, nomeadamente dados dos registos da exploração relativos ao tipo de aves de capoeira abatidas,

– prova de que a exploração de origem está sob supervisão de um veterinário responsável pela sanidade na exploração.

Essas informações devem ser avaliadas antes de serem decididas as medidas a tomar relativamente às aves provenientes da exploração em causa, nomeadamente no que se refere ao tipo de inspecção ante mortem exigida.

Quando não forem respeitadas as condições referidas nas alíneas a) ou b) supra, pode decidir-se:

– quer adiar o abate até que a exploração de origem tenha sido inspeccionada com vista a obter as informações necessárias,

– quer autorizar o abate depois de efectuados os exames referidos na alínea b) do ponto 2 seguinte.

Os custos decorrentes da aplicação das disposições do parágrafo anterior serão imputados ao criador segundo regras a adoptar pela autoridade competente.

Todavia, para os criadores cuja produção anual não exceda 20 000 galinhas, 15 000 patos, 10 000 perus ou 10 000 gansos ou um número equivalente de outras espécies de aves de capoeira, a inspecção ante mortem pode ser efectuada no matadouro. Nesse caso, o criador deve apresentar uma declaração de que a sua produção anual não ultrapassa os números referidos.

2. A inspecção ante mortem na exploração de proveniência deve incluir: a) Um controlo dos registos ou documentação do criador;

b) Um exame complementar para determinar se as aves:

i) Sofrem de uma doença transmissível ao homem ou aos animais ou têm um comportamento individual ou colectivo que indique a possibilidade de ocorrência de uma doença dessa natureza;

ii) Apresentam perturbações gerais do comportamento ou sinais de doenças susceptíveis de tornarem a carne imprópria para consumo humano; c) A amostragem regular da água e dos alimentos a fim de verificar a observância

dos intervalos de segurança; d) A pesquisa de agentes zoonóticos.

3. Em caso de dúvida quanto à identidade de uma remessa de aves de capoeira e quando as aves devam ser sujeitas a uma inspecção sanitária ante mortem no matadouro, o veterinário oficial deve examinar todas as grades se as aves apresentarem os sintomas referidos na alínea b) do ponto 2 da presente parte.

4. Se as aves não forem abatidas nos três dias seguintes à emissão do certificado sanitário previsto na alínea a) do ponto 1:

– e não tiverem saído da exploração de origem, deve ser emitido um novo certificado sanitário,

– e caso já se encontrem no matadouro, o abate pode ser autorizado depois de determinada a razão do atraso, desde que seja emitido um novo certificado sanitário, ou depois de as aves serem reexaminadas.

5. No caso de aves de capoeira clinicamente sãs de bandos que devam ser abatidos no âmbito de um programa de controlo de uma doença infecciosa ou de uma doença zoonótica, as aves devem ser abatidas no final do dia ou em condições que evitem a contaminação de outras aves.

Se os animais de tal bando mostrarem sintomas clínicos das seguintes doenças: a) Ornitose,

b) Salmonelose,

o seu abate para consumo humano será proibido.

O abate é autorizado no final do processo normal de abate se forem tomadas precauções para minimizar o risco de propagação de bactérias e para assegurar a limpeza e a desinfecção das instalações após o abate. A carne dessas aves deve ser manuseada da mesma forma que a carne declarada imprópria para consumo humano. 6. Em matadouros situados em regiões afectadas por restrições geográficas especiais ou

com dificuldades de abastecimento e em matadouros que sirvam o mercado local, devem cumprir-se as seguintes regras:

a) Os matadouros devem notificar o serviço veterinário da hora do abate e do número e origem das aves;

b) O veterinário oficial ou um auxiliar devem estar presentes aquando do abate. Quando isso não for possível, a carne não pode deixar o estabelecimento até que a inspecção post mortem tenha sido realizada. O veterinário oficial ou o auxiliar sob sua responsabilidade deve verificar regularmente o cumprimento das regras de higiene;

c) A autoridade competente deve verificar a cadeia de distribuição da carne do estabelecimento e assegurar que os produtos declarados impróprios para consumo sejam adequadamente marcados, utilizados e eliminados.

II. INSPECÇÃO POST MORTEM

1. No âmbito da inspecção post mortem, o veterinário oficial deve:

a) Inspeccionar as vísceras e as cavidades corporais de um número representativo de aves de cada lote de aves da mesma origem;

b) Inspeccionar pormenorizadamente uma amostra aleatória das aves cuja carne tenha sido declarada imprópria para consumo humano na sequência da inspecção sanitária post mortem;

c) Efectuar outros exames considerados necessários se houver razões para suspeitar que a carne dessas aves pode ser imprópria para consumo humano.

2. No caso das aves parcialmente evisceradas cujos intestinos sejam imediatamente removidos (effilé), as vísceras e as cavidades corporais de um número representativo de aves de cada lote serão inspeccionadas depois da evisceração. Se essa inspecção revelar anomalias em algumas aves, todas as aves da remessa serão inspeccionadas em conformidade com o ponto 1.

3. No caso de evisceração diferida:

a) A inspecção sanitária post mortem referida no ponto 1 terá lugar o mais tardar 15 dias após o abate, período durante o qual as aves devem ser armazenadas a uma temperatura inferior a 4ºC;

b) O mais tardar no final desse período, as aves devem ser evisceradas num estabelecimento aprovado para o efeito. Nesses casos, as carcaças devem ser acompanhadas do certificado sanitário previsto na parte VI;

c) A carne das aves de capoeira não pode ostentar a marca de salubridade antes de ter sido realizada a evisceração referida na alínea b).

III. DECISÃO DE DECLARAR A CARNE IMPRÓPRIA PARA CONSUMO

HUMANO NA SEQUÊNCIA DA INSPECÇÃO POST MORTEM

Além dos casos previstos na parte V do capítulo I, a carne de aves de capoeira deve ser declarada imprópria para consumo humano se a inspecção post mortem revelar qualquer das seguintes situações:

– micose sistemática e lesões locais dos órgãos suspeitas de terem sido causadas por agentes patogénicos transmissíveis ao homem ou pelas respectivas toxinas,

– caquexia,

– lesões mecânicas extensas, incluindo as devidas a um escaldão excessivo, – ascite,

– infestação parasitária subcutânea ou muscular extensiva e parasitismo sistemático.

IV. ASSISTÊNCIA TÉCNICA

A autoridade competente pode permitir que o pessoal do estabelecimento execute operações técnicas relacionadas com a inspecção sob a supervisão directa do veterinário oficial, desde que esse pessoal tenha recebido uma formação especial do veterinário oficial. Os critérios gerais respeitantes a essa formação serão estabelecidos de acordo com o procedimento referido no artigo 5°.

V. ESPÉCIME DE CERTIFICADO SANITÁRIO

CERTIFICADO SANITÁRIO∗∗∗∗

para aves de capoeira transportadas da exploração para o matadouro

Serviço competente: Nº∗∗:...

1. Identificação das aves

Espécie: ... Número de aves: ... 2. Proveniência das aves

Endereço da exploração de origem: ... Identificação da capoeira: ... 3. Destino das aves

As aves serão transportados para o seguinte matadouro: ... pelo seguinte meio de transporte: ...

4. Declaração

O abaixo assinado declara que as aves acima identificadas foram examinadas antes do abate na exploração acima referida às (hora) . . . . de (data). . . e foram consideradas saudáveis. Feito em ………, em ... (Local) (Data) Carimbo ……….. (Assinatura do veterinário)

O presente certificado é válido por 72 horas.

VI. ESPÉCIME DE CERTIFICADO SANITÁRIO

CERTIFICADO SANITÁRIO

para aves de capoeira destinadas à produção de foie gras, atordoadas, sangradas e depenadas na exploração de engorda e transportadas para uma instalação de desmancha equipada com

uma sala de evisceração separada

Serviço competente: Nº∗: ...

1. Identificação das carcaças não evisceradas

Espécie: ... Número: ... 2. Proveniência das carcaças não evisceradas

Endereço da exploração de engorda: ... 3. Destino das carcaças não evisceradas

As carcaças não evisceradas serão transportadas para a seguinte instalação de desmancha: ...

...

4. Declaração

O abaixo assinado declara que as carcaças não evisceradas acima identificadas são de aves que foram examinadas antes do abate na exploração de engorda acima referida às (hora) ... de (data) ... e foram consideradas saudáveis.

Feito em ………, em ... (Local) (Data) Carimbo ……….. (Assinatura do veterinário) ∗ Facultativo.

No documento COMISSÃO DAS COMUNIDADES EUROPEIAS (páginas 136-142)