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CONDIÇÕES DE HIGIENE APLICÁVEIS AOS CENTROS DE EXPEDIÇÃO E DE DEPURAÇÃO

No documento COMISSÃO DAS COMUNIDADES EUROPEIAS (páginas 84-86)

A. CONDIÇÕES DE HIGIENE APLICÁVEIS AOS CENTROS DE DEPURAÇÃO 1. Antes do início da depuração, os moluscos bivalves vivos devem ser lavados com água do

mar limpa ou água potável sob pressão, de modo a retirar-lhes o lodo e resíduos acumulados.

2. Os tanques de depuração devem receber um débito de água do mar suficiente por hora e por tonelada de moluscos bivalves vivos tratados: a distância entre o ponto de extracção da água do mar e os tubos de descarga das águas residuais deve ser suficiente para evitar a contaminação.

3. O funcionamento do sistema de depuração deve permitir que os moluscos bivalves vivos recomecem rapidamente a alimentar-se por filtração, eliminem a contaminação residual, não voltem a ser contaminados e possam permanecer vivos em boas condições após depuração para o seu acondicionamento, armazenagem e transporte antes de serem colocados no mercado.

4. A quantidade de moluscos bivalves vivos a depurar não deve exceder a capacidade do centro de depuração; os moluscos bivalves vivos devem ser depurados de modo contínuo, durante um período suficiente para respeitar as normas microbiológicas fixadas no capítulo IV da presente secção.

5. Caso um tanque de depuração contenha várias espécies de moluscos bivalves, a duração do tratamento deve basear-se no período exigido pela espécie que necessite do período de depuração mais longo.

6. Os contentores destinados aos moluscos bivalves vivos nos sistemas de depuração devem ser construídos de forma a permitir a circulação de água do mar; a altura das camadas de moluscos bivalves vivos não deve impedir a abertura das conchas durante a depuração. 7. Após a depuração, as conchas dos moluscos bivalves vivos devem ser cuidadosamente

lavadas em água corrente, quer água potável, quer água do mar limpa.

8. Não podem ser mantidos crustáceos, peixes ou qualquer outra espécie marinha num tanque de depuração em que os moluscos bivalves vivos estejam a ser sujeitos a depuração.

9. Os centros de depuração só devem aceitar os lotes de moluscos bivalves vivos que sejam acompanhados de um documento de registo cujo modelo deve ser estabelecido de acordo com o procedimento referido no artigo 6º.

10. Os centros de depuração que enviem lotes de moluscos bivalves vivos para centros de expedição devem apresentar um documento de registo cujo modelo deve ser estabelecido de acordo com o procedimento referido no artigo 6º.

11. Qualquer embalagem que contenha moluscos bivalves vivos depurados enviados para um centro de expedição deve estar munida de um rótulo que ateste a depuração de todos os moluscos.

B. CONDIÇÕES DE HIGIENE APLICÁVEIS AOS CENTROS DE EXPEDIÇÃO 1. O manuseamento dos moluscos durante os processos de embalagem ou calibragem não deve

causar contaminação do produto nem afectar a viabilidade dos moluscos.

2. Qualquer lavagem ou limpeza de moluscos bivalves vivos deve ser efectuada com água do mar limpa ou água potável sob pressão; a água de lavagem não deve ser reciclada.

3. Os centros de expedição só devem aceitar lotes de moluscos bivalves vivos acompanhados do documento de registo referido no ponto 4 da parte B do capítulo I e provenientes de uma zona de produção (classe A), de uma zona de afinação ou de um centro de depuração aprovados.

4. Os moluscos devem ser mantidos fora de locais a que tenham acesso animais domésticos. 5. Os centros de expedição situados em navios devem respeitar as condições enunciadas nos

pontos 1, 2 e 4. Os moluscos devem ser provenientes de uma zona de produção aprovada (classe A). As condições enunciadas na parte A do capítulo II aplicam-se, mutatis mutandis, a esses centros de expedição, mas a Comissão pode definir condições especiais de acordo com o procedimento referido no artigo 6º.

CAPÍTULO IV: REGRAS SANITÁRIAS APLICÁVEIS AOS MOLUSCOS

BIVALVES VIVOS

Os moluscos bivalves vivos colocados no mercado para consumo humano devem satisfazer os seguintes requisitos:

1. Possuir características organolépticas associadas à frescura e à viabilidade, incluindo conchas isentas de sujidade, uma reacção adequada à percussão e, excepto no caso dos pectinídeos, quantidades normais de líquido intervalvar.

2. Respeitar critérios microbiológicos ou ser produzidos em conformidade com directrizes microbiológicas a estabelecer de acordo com o procedimento referido no artigo 6º do presente regulamento.

3. Não podem conter compostos tóxicos ou nocivos de origem natural ou lançados no ambiente em quantidades tais que a absorção alimentar calculada exceda as doses diárias admissíveis (DDA).

4. Os limites superiores relativos aos níveis de radionuclídeos não devem exceder os limites aplicáveis aos géneros alimentícios fixados pela Comunidade.

5. Limites para as biotoxinas marinhas:

a) O teor total de toxinas PSP (“Paralytic Shellfish Poison“) nas partes comestíveis dos moluscos (corpo inteiro ou qualquer parte comestível separadamente) não deve exceder 80 microgramas por 100 gramas de carne de molusco, segundo um método reconhecido pela Comissão de acordo com o procedimento referido no artigo 6º;

b) O teor total de toxinas ASP (“Amnesic Shellfish Poison“) nas partes comestíveis dos moluscos (corpo inteiro ou qualquer parte comestível separadamente) determinado pelo método de cromatografia líquida de alta resolução (HPLC) não deve exceder 20 microgramas de ácido domóico por grama;

c) Os métodos de análise biológica habituais não devem produzir reacção positiva à presença de toxinas DSP (“Diarrheic Shellfish Poison“) nas partes comestíveis dos moluscos (corpo inteiro ou qualquer parte comestível separadamente).

Em cooperação com o laboratório comunitário de referência competente, a Comissão, de acordo com o procedimento referido no artigo 6º e depois de obter o parecer do Comité científico, estabelecerá:

– os valores-limite e os métodos de análise para outras biotoxinas marinhas, se for necessário,

– as técnicas para a pesquisa de vírus e normas virológicas,

– os planos de amostragem e os métodos e tolerâncias analíticas a aplicar para verificação da observância das regras sanitárias. Na pendência de decisões nessa matéria, os métodos destinados a verificar a observância das regras sanitárias devem ser cientificamente reconhecidos,

– devem ser introduzidas outras regras ou controlos sanitários sempre que existam dados científicos que apontem para a sua necessidade, a fim de proteger a saúde pública.

CAPÍTULO V: ACONDICIONAMENTO DOS MOLUSCOS BIVALVES VIVOS

No documento COMISSÃO DAS COMUNIDADES EUROPEIAS (páginas 84-86)