• Nenhum resultado encontrado

Carteira de Crédito de Agronegócios

No documento Análise do Desempenho 1T19 (páginas 60-65)

7.1. Carteira de Crédito

7.1.3. Carteira de Crédito de Agronegócios

O agronegócio é um dos principais setores da economia brasileira e tem fundamental importância para o crescimento e desenvolvimento do País.

O Brasil é um dos maiores exportadores do agronegócio mundial, com destaque para a posição que ocupa na produção, exportação e comércio das principais cadeias produtivas agropecuárias.

Tabela70. Participação do Brasil no Agronegócio Mundial em março de 2019

Item Produção Exportação % Com ércio Mundial

Suco de Laranja 76,0% Complexo de Soja 52,0% Açúcar 34,0% Carne de Frango 32,0% Café 26,0% Carne Bovina 21,0% Milho 16,0% Algodão 14,0%

Fonte: USDA – PSD online.

O protagonismo do agronegócio brasileiro está associado à competência dos produtores rurais, recursos naturais disponíveis, tecnologia de ponta e oferta de crédito. Esse conjunto de atributos faz com que o País tenha uma posição privilegiada no cenário mundial.

Agronegócio no BB

O Banco do Brasil é um dos principais agentes indutores do desenvolvimento do agronegócio no País, alinhado aos critérios estabelecidos para a manutenção da sustentabilidade socioambiental.

Atuando desde o pequeno produtor às grandes empresas agroindustriais, o Banco do Brasil financia o custeio da produção e a comercialização de produtos agropecuários, estimula os investimentos rurais como a construção e ampliação de armazéns, a aquisição e modernização de máquinas e implementos, além do beneficiamento e industrialização de produtos agropecuários e a adequação de propriedades rurais à legislação ambiental. Assim, o BB apoia o agronegócio brasileiro em todas as etapas da cadeia produtiva.

O Banco mantém-se historicamente como o principal agente financeiro do agronegócio no país, contribuindo de forma expressiva para o atendimento da demanda de crédito do segmento. Conforme dados do Banco Central do Brasil, o BB detém 58,2% de participação nos financiamentos destinados ao setor, com posição em março de 2019.

Figura 25. Participação do BB no Agronegócio – %

41,8 58,2

Mar/19

Banco do Brasil Demais Participantes do Mercado

A distribuição das operações de agronegócios por região do País mostra a participação de cada uma delas no desempenho do crédito.

Tabela71. Carteira de Crédito Classificada de Agronegócios por Região

Região Crédito Rural - % Agroindustrial - % Total - %

Sudeste 30,5 95,0 36,9

Sul 29,1 3,4 26,6

Centro-Oeste 26,6 1,0 24,0

Nordeste 7,3 0,2 6,6

Norte 6,5 0,4 5,9

A tabela a seguir apresenta a composição da carteira de crédito de agronegócios por programa/linha de crédito.

Tabela72. Carteira de Crédito de Agronegócios por Programa/Linha de Crédito

R$ milhões Mar/18 Part. % Dez/18 Part. % Mar/19 Part. % Mar/18 Dez/18 Carteira de Crédito Classificada 184.055 99,6 187.193 99,2 184.739 98,6 0,4 (1,3)

Crédito Rural 161.231 87,3 167.904 89,0 166.351 88,8 3,2 (0,9) Pronaf 43.343 23,5 44.069 23,4 44.075 23,5 1,7 0,0 Custeio Agropecuário 37.239 20,2 37.871 20,1 37.686 20,1 1,2 (0,5) Pronamp 24.273 13,1 23.387 12,4 22.621 12,1 (6,8) (3,3) FCO Rural 14.502 7,9 17.668 9,4 18.365 9,8 26,6 3,9 Investimento Agropecuário 12.205 6,6 15.108 8,0 15.005 8,0 22,9 (0,7) Comercialização Agropecuária 10.543 5,7 11.266 6,0 10.230 5,5 (3,0) (9,2) Programa ABC 8.787 4,8 8.782 4,7 8.596 4,6 (2,2) (2,1) BNDES/Finame Rural 7.621 4,1 6.359 3,4 6.605 3,5 (13,3) 3,9 Demais 2.718 1,5 3.393 1,8 3.170 1,7 16,6 (6,6) Crédito Agroindustrial 22.824 12,4 19.289 10,2 18.388 9,8 (19,4) (4,7)

Cédula de Produto Rural e Garantias 657 0,4 1.478 0,8 2.685 1,4 308,4 81,6 Carteira Rural Ampliada 161.888 87,6 169.382 89,8 169.036 90,2 4,4 (0,2)

Carteira de Crédito Am pliada 184.712 100,0 188.671 100,0 187.424 100,0 1,5 (0,7)

Saldos Var. % s/

A tabela a seguir apresenta a destinação da carteira de agronegócio do BB segmentada em linhas de custeio, investimento, comercialização, agroindustrial, industrialização e demais.

Tabela73. Carteira de Crédito de Agronegócios por Destinação

R$ milhões Mar/18 Part. % Dez/18 Part. % Mar/19 Part. % Mar/18 Dez/18 Carteira de Crédito Classificada 184.055 99,6 187.193 99,2 184.739 98,6 0,4 (1,3)

Investimento 88.406 47,9 93.597 49,6 94.139 50,2 6,5 0,6 Custeio 58.906 31,9 57.755 30,6 57.105 30,5 (3,1) (1,1) Agroindustrial 22.824 12,4 19.289 10,2 18.388 9,8 (19,4) (4,7) Comercialização 10.774 5,8 11.647 6,2 10.550 5,6 (2,1) (9,4) Industrialização 818 0,4 1.958 1,0 1.811 1,0 121,5 (7,5) Demais 2.327 1,3 2.947 1,6 2.746 1,5 18,0 (6,8) Cédula de Produto Rural e Garantias 657 0,4 1.478 0,8 2.685 1,4 308,4 81,6

Carteira de Crédito Am pliada 184.712 100,0 188.671 100,0 187.424 100,0 1,5 (0,7)

Saldos Var. % s/

A tabela a seguir detalha o saldo das operações de crédito destinadas ao agronegócio por tipo de item financiado.

Tabela74. Carteira de Crédito de Agronegócios por Tipo de Item Financiado

R$ milhões Mar/18 Part. % Dez/18 Part. % Mar/19 Part. % Mar/18 Dez/18 Carteira de Crédito Classificada 184.055 99,6 187.193 99,2 184.739 98,6 0,4 (1,3)

Bovinocultura 40.420 21,9 42.513 22,5 42.245 22,5 4,5 (0,6) Carne 26.473 14,3 28.210 15,0 28.048 15,0 5,9 (0,6) Leite 13.947 7,6 14.303 7,6 14.196 7,6 1,8 (0,7) Máquinas e Implementos 23.736 12,9 25.637 13,6 26.150 14,0 10,2 2,0 Soja 20.387 11,0 20.392 10,8 20.794 11,1 2,0 2,0 Milho 9.720 5,3 9.095 4,8 8.990 4,8 (7,5) (1,2) Armazenagem 6.103 3,3 6.752 3,6 6.912 3,7 13,2 2,4 Melhoramento do Solo 4.849 2,6 5.553 2,9 5.622 3,0 15,9 1,2 Café 4.376 2,4 4.830 2,6 4.664 2,5 6,6 (3,4) Pastagem 3.841 2,1 4.159 2,2 4.152 2,2 8,1 (0,2) Cana-de-açúcar 4.759 2,6 4.619 2,4 3.861 2,1 (18,9) (16,4) Avicultura 3.512 1,9 3.392 1,8 3.201 1,7 (8,8) (5,6) Caminhões/veículos 3.309 1,8 3.185 1,7 3.135 1,7 (5,2) (1,6) Arroz 2.397 1,3 2.271 1,2 2.212 1,2 (7,7) (2,6) Eucalipto/Pinus/Florestas 1.699 0,9 1.986 1,1 1.932 1,0 13,8 (2,7) Suinocultura 2.251 1,2 1.869 1,0 1.849 1,0 (17,9) (1,1) Algodão 970 0,5 1.101 0,6 968 0,5 (0,2) (12,0) Trigo 1.119 0,6 1.045 0,6 811 0,4 (27,5) (22,3) Demais 27.783 15,0 29.507 15,6 28.854 15,4 3,9 (2,2) Crédito Agroindustrial 22.824 12,4 19.289 10,2 18.388 9,8 (19,4) (4,7) Cédula de Produto Rural e Garantias 657 0,4 1.478 0,8 2.685 1,4 308,4 81,6

Carteira de Crédito Am pliada 184.712 100,0 188.671 100,0 187.424 100,0 1,5 (0,7)

Saldos Var. % s/

A tabela a seguir demonstra o saldo da carteira do agronegócio segregado conforme o porte do cliente.

Tabela75. Carteira de Agronegócios por Porte do Cliente

R$ milhões Mar/18 Part. % Dez/18 Part. % Mar/19 Part. % Mar/18 Dez/18 Carteira de Crédito Classificada 184.055 99,6 187.193 99,2 184.739 98,6 0,4 (1,3)

Médio e Grande Produtor 94.257 51,0 101.038 53,6 100.931 53,9 7,1 (0,1) Pequeno Produtor 46.640 25,3 47.382 25,1 47.742 25,5 2,4 0,8 Empresas 34.639 18,8 31.266 16,6 29.070 15,5 (16,1) (7,0) Cooperativas Agropecuárias 8.520 4,6 7.506 4,0 6.997 3,7 (17,9) (6,8) Cédula de Produto Rural e Garantias 657 0,4 1.478 0,8 2.685 1,4 308,4 81,6

Carteira de Crédito Am pliada 184.712 100,0 188.671 100,0 187.424 100,0 1,5 (0,7)

Saldos Var. % s/

Na tabela seguinte é apresentada a distribuição do saldo da carteira de crédito de agronegócios por tipo de personalidade jurídica.

Tabela76. Carteira de Crédito de Agronegócios por Tipo de Personalidade Jurídica

R$ milhões Mar/18 Part. % Dez/18 Part. % Mar/19 Part. % Mar/18 Dez/18 Carteira de Crédito Classificada 184.055 99,6 187.193 99,2 184.739 98,6 0,4 (1,3)

Pessoa Física 140.897 76,3 148.420 78,7 148.673 79,3 5,5 0,2 Pessoa Jurídica 43.158 23,4 38.773 20,6 36.066 19,2 (16,4) (7,0) Cédula de Produto Rural e Garantias 657 0,4 1.478 0,8 2.685 1,4 308,4 81,6

Carteira de Crédito Am pliada 184.712 100,0 188.671 100,0 187.424 100,0 1,5 (0,7)

Saldos Var. % s/

Nos financiamentos rurais e agroindustriais, o BB utiliza 77,0% de recursos direcionados e livres (principalmente poupança rural, Letras de Crédito do Agronegócio – LCA e depósitos à vista). Além desses, o Banco também repassa recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e de Fundos Constitucionais, como o Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO) e o Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé).

A seguir, é apresentada a carteira de crédito ampliada de agronegócios por fonte de recursos.

Tabela77. Carteira de Crédito Ampliada de Agronegócios por Fonte de Recursos

R$ milhões Mar/18 Part. % Dez/18 Part. % Mar/19 Part. %

Poupança Rural 91.950 49,8 88.760 47,0 83.231 44,4 LCA 28.335 15,3 36.885 19,5 40.122 21,4 Depósitos à Vista 25.541 13,8 21.584 11,4 20.948 11,2 FCO 19.342 10,5 22.558 12,0 23.328 12,4 BNDES/FINAME 10.757 5,8 9.223 4,9 8.930 4,8 Demais¹ 8.787 4,8 9.661 5,1 10.865 5,8

Carteira de Crédito Am pliada 184.712 100,0 188.671 100,0 187.424 100,0 Saldos

1 - Tesouro Nacional, Funcafé, Cédula de Produto Rural e Garantias.

Para tornar os financiamentos com taxas de juros diferenciadas viáveis, cobrindo os custos da captação, o risco de crédito, os custos administrativos e tributários e a rentabilidade do Banco, o Tesouro Nacional e o Banco Central podem autorizar:

a) a Equalização de Taxas: valor pago pelo Tesouro Nacional que representa uma receita dos bancos para a cobertura dos custos administrativos e tributários, além de garantir a taxa de rentabilidade sobre os recursos aplicados;

b) o Fator de Ponderação: multiplicador adotado pelo Governo Federal para aplicação dos recursos originários de depósitos à vista e poupança rural. Por meio desse mecanismo, os bancos são autorizados a cumprir uma menor taxa de exigibilidade de aplicação de recursos em crédito rural, o que possibilita que o montante liberado seja investido em operações a taxas de mercado, com o objetivo de compensar o diferencial de rentabilidade decorrente da taxa de juros paga pelo tomador final nas operações do crédito rural incentivadas pelo governo.

O mecanismo do fator de ponderação reduz a quantidade de recursos que o governo tem de equalizar e permite aos bancos a compensação proporcional na rentabilidade. No Banco do Brasil, os recursos liberados para o caixa são aplicados à remuneração TMS.

A tabela a seguir mostra o histórico do recebimento de receitas a título de equalização de taxas e fator de ponderação.

Tabela78. Receitas de Equalização e Fator de Ponderação

R$ milhões 1T18 2T18 3T18 4T18 1T19

Receitas de Equalização 844 822 745 842 834 Fator de Ponderação 43 37 37 26 22

Total 887 859 781 868 856

Tabela79. Recursos Equalizáveis da Carteira de Agronegócios

R$ milhões Mar/18 Dez/18 Mar/19

Carteira de Crédito Classificada 184.055 187.193 184.739

Recursos Equalizáveis 87.675 90.598 84.256 Investimento 49.120 52.195 52.413 Custeio 36.200 36.089 30.295 Comercialização 830 755 80 Demais 1.525 1.558 1.469 Recursos Não-Equalizáveis 96.380 96.595 100.483 Cédula de Produto Rural e Garantias 657 1.478 2.685

Carteira de Crédito Am pliada 184.712 188.671 187.424

Saldos

Nos primeiros noves meses da Safra 2018/2019, o Banco do Brasil desembolsou R$ 59,7 bilhões em operações de crédito rural.

A tabela seguinte mostra o comparativo do desembolso nos primeiros noves meses da safra 2018/2019 com o mesmo período da Safra 2017/2018, detalhando o segmento do cliente e a finalidade do crédito.

Tabela80. Desembolsos por Finalidade do Crédito Rural

R$ milhões Safra 17/18 Safra 18/19 Var. (%)

Agricultura Fam iliar - Pronaf 9.481 10.050 6,0

Custeio 5.700 5.580 (2,1) Investimento 3.782 4.470 18,2

Médios Produtores - Pronam p 8.636 7.543 (12,7)

Custeio 6.859 6.906 0,7 Investimento 1.777 638 (64,1) Agricultura Em presarial 39.673 42.077 6,1 Custeio/Comercialização 31.783 31.410 (1,2) Investimento 7.097 8.478 19,5 Industrialização 793 2.189 176,0 Total 57.790 59.670 3,3 Mitigadores de Risco

O Banco do Brasil estimula a contratação de proteção contra intempéries (seguro agrícola ou Proagro) nas operações de custeio agrícola. A estratégia é aperfeiçoada a cada nova safra, inclusive com a oferta massificada de opções e outros mecanismos, como por exemplo o seguro faturamento.

A estratégia de mitigação considera diversas informações das operações demandadas pelos clientes, como o risco da atividade, a cultura a ser financiada e o local do financiamento. Essas informações permitem direcionar o mecanismo de proteção (seguro agrícola/Proagro ou opções) mais adequado ao perfil de risco da operação.

A tabela seguinte mostra o histórico recente de utilização de mitigadores de risco na contratação de operações de custeio agrícola, para as respectivas safras.

Tabela81. Distribuição de Mitigadores no Custeio Agrícola

R$ milhões Safra 16/17 Part. % Safra 17/18 Part. % Safra 18/19 Part. %

Custeio Agrícola 22.554 100,0 22.588 100,0 22.278 100,0

Total com Mitigador 14.345 63,6 14.323 63,4 14.251 64,0

Proagro 4.892 21,7 4.362 19,3 4.167 18,7 Seguro Agrícola 9.163 40,6 9.620 42,6 9.825 44,1 Proteção de Preço 290 1,3 340 1,5 260 1,2

Sem Mitigador 8.209 36,4 8.266 36,6 8.027 36,0

Contratação

Os riscos assumidos em decorrência da contratação de seguro agrícola nos primeiros noves meses da safra 2018/2019 foram distribuídos conforme a figura a seguir.

Figura 26. Distribuição do Risco do Custeio Agrícola - % IRB Re 60,0 BB Mapfre 20,0 Mapfre Re 20,0

No documento Análise do Desempenho 1T19 (páginas 60-65)

Documentos relacionados