• Nenhum resultado encontrado

CASILLAS, J C.; ACEDO, F J Speed in the internationalization process of the firm International journal of manage-

No documento PRODUÇÃO E GESTÃO SUSTENTÁVEIS (páginas 159-165)

DO LITORAL DE SANTA CATARINA

O GRAU E A VELOCIDADE DE INTERNACIONALIZAÇÃO DE EMPRESAS: UMA REVISÃO DA LITERATURA

56 CASILLAS, J C.; ACEDO, F J Speed in the internationalization process of the firm International journal of manage-

Quadro 3 – Artigos que apresentaram estudos empíricos sobre a relação entre grau e

velocidade de Internacionalização. Autores Temáticas abordadas

no Estudo Termos Definições Resultados Ciravegna,

Majano e Zhan (2014)

A influência da pró-a- tividade e das redes de relacionamento sobre a internacionalização.

A intensidade de expor- tações foi medida pela porcentagem de vendas exportadas entre as ven- das totais, e a velocidade foi medida pelo tempo entre o surgimento da firma e o início de sua atividade internacional.

Foram estudadas 109 fir- mas chinesas. Foi consta- tado que firmas se inter- nacionalizaram de forma mais rápida nos casos em que agiram de forma rea- tiva sobre as oportunida- des. Porém, as firmas que declararam possuir uma atitude proativa, mostra- ram ter melhor perfor- mance internacional. Wagner

(2004) A relação entre a velo-cidade de internacio- nalização e a eficiência em custos.

Speed of internationali- zation, degree of inter- nationalization (DOI).

A velocidade de interna- cionalização foi medida através da mudança no grau de internacionaliza- ção num período de cinco anos, sendo o grau de in- ternacionalização consi- derado como a parcela de vendas estrangeiras den- tro das vendas totais.

Foram estudadas 83 fir- mas alemãs. Foi constata- do que a relação entre a velocidade de internacio- nalização e o seu custo- -benefício é representada por um formato de U invertido. Kuivalainen, Sundqvist e Servais (2007)

A medida de grau para Born Globals (degree of born globalness), e a relação entre este grau e a performance da firma.

Foi feita uma dife- renciação entre born globals e born interna- tionals. Foi introduzido o conceito de degree of born globalness (DGB).

O DGB foi medido atra- vés da relação entre o DOI (volume e distância de vendas) e velocidade.

Foram estudadas 185 firmas finlandesas. Foi constatado que as born internationals assumiram mais riscos, porém as born globals foram as que apresentaram melhores performances nos três as- pectos estudados. Kuivalainen, Saarenketo e Puumalai- nen (2012) A performance pós- -internacionalização. Identificar se as firmas que escolheram uma internacionalização rá- pida mantiveram suas atividades internacio- nais ou se retiraram do mercado.

Fez a diferenciação do tempo entre rapidity e pace. Utilizou o con- ceito de-internationa- lized para se referir a firmas que se retiraram de suas atividades internacionais.

A velocidade foi dividida entre rapidity, que re- presenta o intervalo de tempo entre a criação da firma e o início da sua atividade internacional, e pace, que representa a velocidade do cresci- mento e desenvolvimen- to internacional.

Foram estudadas 78 em- presas finlandesas. Foram apresentados quatro possíveis modelos para a internacionalização das born globals e modelos de continuação de suas ativi- dades internacionais.

Portanto, nota-se que os estudos apresentaram uma visão mais multidimen- sional do processo de internacionalização. Mesmo que em alguns dos artigos o grau de internacionalização não tenha sido explicitado em seus termos, a relação entre a velocidade e o grau de internacionalização foi evidenciada.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente estudo propôs a revisão integrativa da literatura acerca das rela- ções entre grau e velocidade de internacionalização. O que se constatou é que a relação entre o grau e velocidade de internacionalização é ainda pouco estuda, e que uma falta de coesão existe entre os termos e variáveis utilizados para tratar tanto do grau e velocidade como da sua relação. Além disso, é preciso conside- rar a limitação de artigos que com relação ao grau consideraram uma medida baseada apenas nas vendas internacionais da firma, e com relação à velocidade considereraram apenas o tempo até o início de atividades internacionais da em- presa. Assim, a revisão integrativa evidencia que o tema está ainda em evolução nas discussões acadêmicas internacionais na área de Negócios Internacionais, e estudos ainda precisam ser desenvolvidos. Como limitações de estudo apresen- ta-se primeiramente a limitação dos termos utilizados, uma vez que a pesquisa partiu apenas de três termos: internationalization, speed e degree. Sugere-se assim que futuras pesquisas incluam termos de busca como: rapidly, acelerate, early,

precoce e velocity, como termos correlatos utilizados na menção à velocidade de

internacionalização. Assim como incluir o termo internationalisation (com s, pois há distinção dessa palavra no uso da língua inglesa).

Por se tratar de um estudo que realizou uma coleta de dados através de um biblométrico e análise de dados através de uma revisão integrativa, a exclusão pode menosprezar atigos que poderiam trazer análises complementares sobre o tema, sendo assim uma limitação do estudo.

Outra limitação que deve ser mencionada é que muito embora a pesqui- sa tenha utilizado os três termos, muitos dos artigos encontrados abordaram apenas o grau ou apenas a velocidade, e não a sua relação dentro do processo de internacionalização. Além disso, alguns artigos trouxeram a associação dos termos dentro de uma análise de born globals, e não os estudaram explicita- mente. Portanto, futuros estudos devem considerar a utilização de uma gama

maior de termos de pesquisa, para que se alcance uma análise mais completa sobre os temas estudados.

Entre os estudos futuros, constataram-se algumas linhas de pesquisa que ainda estão em fase exploratória, sendo elas: primeiro, a definição conceitual e a mensuração da velocidade de internacionalização compreendida de forma multidimensional, indo além do tempo, incluindo outras dimensões, de escopo e de distância; segundo, a compreensão das consequências da velocidade de internacionalização de entrada ao longo do tempo e/ou no longo prazo; ainda sobre as consequências da velocidade, compreendê-la além do desempenho da firma, que acarreta em uma visão limitada de seus resultados e impactos; e, por último, tratar de modo distinto, mas interpendente, as fases de pré e de pós-en- trada na internacionalização, pois como sugerem e evidenciam estudos supraci- tados, tem distintos propulsores e distantes consequências, demando-se estu- dos com um recorte temporal mais amplo que vá além do período de entrada.

REFERÊNCIAS

ACEDO, F. J.; JONES, M. V. Speed of internationalization and entrepreneurial cognition: insights and a comparison between international new ventures, exporters and domestic firms. Journal of world business, v. 42, p. 236-252, 2007.

BARRETTO, A. A internacionalização da firma sob o enfoque dos custos de transação. In: ROCHA, Angela da. A internacionalização de empresas: estudos de gestão internacional. Rio de Janei- ro: Mauad, 2002. p. 41-59.

BASTOS, V. C. (Org.). Classificação de periódicos no Qualis/CAPES. [201-?]. Disponível em: <http://www.biblioteca.ics.ufpa.br/arquivos/QUALIS-rev_26_11.pdf>. Acesso em: 13 maio 2017. CARPENTER, M. A.; SANDERS, W. G. The effects of top management team pay and firm internatio- nalization on mnc performance. Journal of management, v. 30, n. 4, p. 509-528, 2004. CASILLAS, J. C.; ACEDO, F. J. Speed in the internationalization process of the firm. International journal of management reviews, v. 15, p. 15-29, 2013.

CAVUSGIL, S. T.; KNIGHT, G.; RIESENBERGER, J. R. Negócios internacionais: estratégia, gestão e novas realidades. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2009.

CERRATO, D.; PIVA, M. The internationalization of small and medium-sized enterprises: the effect of family management, human capital and foreign ownership. Journal of management and governance, v. 16, n. 4, p. 617-644, nov. 2012.

CHETTY, S.; JOHANSON, M.; MARTÍN, O. M. Speed of internationalization: Conceptualization, mea- surement and validation. Journal of world business, v. 49, p. 633-650, out. 2014.

CHUEKE, G. V.; AMATUCCI, M. O que é bibliometria? Uma introdução ao fórum. Revista Eletrônica de Negócios Internacionais, São Paulo, v. 10, n. 2, p. 1-5, maio/ago. 2015.

CIRAVEGNA, L.; MAJANO, S. B.; ZHAN, G. The inception of internationalization of small and me- dium enterprises: The role of activeness and networks. Journal of business research, v. 67, p. 1081-1089, 2014.

DUNNING, J. H. The eclectic paradigm of international production: a restatement and some possible extensions. In: THE ECLECTIC Paradigm. London: Palgrave Macmillan, 2015. p. 50-84. GRAVES, C.; THOMAS, J. Internationalization of Australian Family Businesses: a managerial capabi- lities perspective. Family business review, v. 19, n. 3, p. 207-224, set. 2006.

HEMAIS, C. A.; HILAL, A. Teorias, paradigma e tendências em negócios internacionais: de Hymer ao empreendedorismo. In: O DESAFIO dos mercados externos: teoria e prática na internacio- nalização da firma. Rio de Janeiro: MAUAD, 2004. p. 17-39.

HYMER, S. H. The international operations of national firms. A study of direct foreign invest- ment. Cambridge: MIT University Press, 1976.

JOHANSON, J.; VAHLNE, J. The internationalization process of the firm: a model of knowledge development and increasing foreign market commitments. Journal of international business studies, v. 8, n. 1, p. 23-32, 1977.

KAFOUROS, M. I. et al. The role of internationalization in explaining innovation performance. Te- chnovation, v. 28, p. 63-74, 2008.

KNIGHT, G.; CAVUSGIL, S. T. Innovation, organizational capabilities, and the born-global firm. Jour- nal of International Business Studies, v. 35, n. 2, p. 124-141, 2004.

KISS, A. N.; DANIS, W. M. Country institutional context, social networks, and new venture interna- tionalization speed. European management journal, v. 26, p. 388-399, 2008.

KUIVALAINEN, O. et al. Organisational capabilities and internationalisation of the small and me- dium-sized information and communications technology firms. Journal of international entre- preneurship, v. 8, n. 2, p. 135-155, jun. 2010.

KUIVALAINEN, O.; SAARENKETO, S.; PUUMALAINEN, K. Start-up patterns of internationalization: A framework and its application in the contexto of knowledge-intensive SMEs. European mana- gement journal, v. 30, p. 372-385, 2012.

KUIVALAINEN, O.; SUNDQVIST, S.; SERVAIS, P. Firms’ degree of born-globalness, international entre- preneurial orientation and export performance. Journal of world business, v. 42, p. 253-267, 2007. LIN, W. T.; CHENG, K. Y.; LIU, Y. Organizational slack and firm’s internationalization: A longitudinal study of high-technology firms. Journal of world business, v. 44, n. 4, out. 2009.

MANOLOVA, T. S.; MANEV, I. M.; GYOSHEV, B. S. In good company: the role of personal and inter- -firm networks for new-venture internationalization in a transition economy. Journal of world business, v. 45, p. 257-265, 2010.

MARCONI, M. de A.; LAKATOS, E. M. Fundamentos de metodologia científica. São Paulo: Atlas, 2010.

MARIOTTO, F. L. Estratégia internacional da empresa. São Paulo: Thomson Learning, 2007. MEZZAROBA, O.; MONTEIRO, C. S. Manual de metodologia da pesquisa no direito. São Paulo: Saraiva, 2008.

MORGAN-THOMAS, A.; JONES, M. V. Post-entry Internationalization Dynamics: Differences between SME’s in the Development Speed of their International Sales. International small business jour- nal, v. 27, n. 1, p. 71-97, fev. 2009.

MUSTEEN, M.; FRANCIS, J.; DATTA, D. K. The influence of international networks on internatio- nalization speed and performance: a study of czech SMEs. Journal of world business, v. 45, p. 197-205, jul. 2010.

OVIATT, B. M.; MCDOUGALL, P. P. Defining International entrepreneurship and modeling the speed of internationalization. Entrepreneurship: theory & practice, v. 29, n. 5, p. 537-553, set. 2005. PANGARKAR, N. Internationalization and performance of small- and medium-sized enterprises. Journal of world business, v. 43, n. 4, p. 475-485, 2008.

PENG, M. W.; SHIN, H. How do future business leaders view globalization? Thunderbird Interna- tional Business Review, v. 50, n. 3, p. 175-182, 2008.

PRASHANTHAM, S.; YOUNG, S. Post-entry speed of international new ventures. Entrepreneurship Theory and Practice, v. 35, n. 2, p. 275-292, 2011.

RUIGROK, W.; AMANN, W.; WAGNER, H. The Internationalization-Performance Relationship at Swiss Firms: a test of the s-shape and extreme degrees of internationalization. Management interna- tional review, v. 47, n. 3, p. 349-368, 2007.

SULLIVAN, D. Measuring the degree of internationalization of a firm. Journal of international business studies, v. 25, n. 2, p. 325-342, 1994.

VERGARA, Sylvia Constant; PECI, Alketa. Escolhas metodológicas em estudos organizacionais. Or- ganizações & Sociedade, v. 10, n. 27, p. 13-26, 2003.

VERNON, R. International investment and international trade in the product cycle. Quarterly Journal of Economics, [S. l.] mayo, 1966.

WAGNER, H. Internationalization speed and cost efficiency: evidence from germany. International business review, v. 13, p. 447-463, 2004.

ZUCCHELLA, A.; PALAMARA, G.; DENICOLAI, S. The drivers of the early internationalization of the firm. Journal of world business, v. 42, p. 268-280, 2007.

No documento PRODUÇÃO E GESTÃO SUSTENTÁVEIS (páginas 159-165)