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Caso A: Hospital Geral de Caxias do Sul (HGCS) – RS

3.2 Caracterização das instituições estudadas

3.2.1 Caso A: Hospital Geral de Caxias do Sul (HGCS) – RS

Inaugurado em 19 de março de 1998, o Hospital Geral de Caxias do Sul (HGCS) é uma organização de saúde mantida pelo Governo do Estado do Rio Grande do Sul e administrada pela Universidade de Caxias do Sul que tem como compromisso cumprir a missão e os objetivos do HG, bem como prestar contas ao Estado, à sociedade e proteger o patrimônio público.

Sendo referência no atendimento a usuários do SUS para 49 municípios pertencentes a 5ª Coordenadoria Regional da Saúde de atendimento exclusivamente gratuito, seu negócio é “Preservar e melhorar a vida das pessoas através da prestação de serviços médico-hospitalares integrados ao ensino e a pesquisa”.

90 Sua missão é “Promover a assistência à saúde de forma integral, qualificada, segura e humanizada, integrada a programas de ensino e pesquisa, atendendo as necessidades da comunidade local e regional”. E sua visão é “Tornar-se um complexo hospitalar de média-alta complexidade até 2020, referência no Sul do Brasil na assistência à saúde e na formação profissional, integrando ensino e pesquisa e sendo reconhecido pela sua excelente resolutividade, qualidade, humanismo, comprometimento e dedicação de sua equipe”.

Os princípios que norteiam sua missão e visão são:

 Atendimento humanizado, universal e igualitário;

 Qualidade e resolutividade nos tratamentos e intervenções;

 Integração da saúde, ensino e pesquisa;

 Ética, transparência, integridade, seriedade e respeito nas relações;

 Compromisso e comprometimento com a comunidade local e regional;

 Satisfação, qualificação e valorização de todos os envolvidos;

 Responsabilidade social, ambiental e financeira;

 Sigilo e discrição com as informações dos pacientes;

 Agilidade e presteza em cada atendimento;

 Inovação e evolução científica.

Sua política de qualidade está em “Prestar assistência à saúde através de serviços médico-hospitalares integrados ao ensino e pesquisa, com eficiência técnica e operacional, humanismo e qualidade no atendimento e segurança ao paciente. Realizar de forma adequada a gestão de seus recursos e a gestão de riscos, tendo foco nas necessidades de saúde da região atendida, melhoria contínua de processos e constante atualização tecnológica e profissional, buscando a plena satisfação de todos os envolvidos”.

Suas instalações físicas possuem uma área de 17.127 m2, distribuídas em 6 andares, com capacidade para 218 leitos de internação, para UTIs adulta, neonatal e pediátrica, clínica e cirurgia, obstetrícia, pediatria, psiquiatria, unidade de cuidados intermediários canguru e oncologia. Além disso, são oferecidos os serviços de diagnóstico e de apoio.

Existe também uma Unidade de Alta Complexidade em Oncologia (UNACON), que oferece assistência multiprofissional. Numa estrutura com dois pavimentos, funcionam os 20 consultórios para os atendimentos nos serviços de

91 radioterapia e quimioterapia, as salas de aplicação de quimioterápicos adulto e pediátrico e a sala para tratamento de radioterapia.

Além disso, a estrutura física do HG possui um terceiro prédio destinado a áreas de apoio e setores administrativos.

Com um compromisso sério em relação a comunidade, o HG vive em constante investimento, planejado e ordenado pelo Plano Diretor da instituição, que espera realizar uma ampliação de 70% de sua área física o que possibilitará um aumento significativo do número de leitos de 218 para 355 e consequentemente um crescimento de 62% da capacidade assistencial. A obra (Hospital Materno-Infantil) já iniciada em agosto de 2014, conta com a parceria dos governos Estadual, Municipal e com a Fundação Universidade de Caxias do Sul. Tais ações visam atender com excelência os usuários do SUS em diferentes especialidades, com serviços de alto padrão de qualidade.

O HG possui três prédios: do Hospital com 6 andares comportando as mais variadas especialidades, da UNACOM – Unidade de Alta Complexidade em Oncologia (2 andares) e do Administrativo com 4 andares.

Sua atuação de excelência e de referência em assistência de qualidade gerou algumas certificações de reconhecimento. Uma delas é a Acreditação Hospitalar Nível I da Organização Nacional de Acreditação (ONA) que é semelhante à ISO, porém apenas para organizações de saúde. Sua função é avaliar o desempenho dos processos administrativos e assistenciais, garantindo a qualidade e segurança da assistência.

Outra certificação diz respeito à referência no processo de enfermagem para a Serra Gaúcha, do COREN/RS. Além dessa ainda tem o título de Hospital Amigo da Criança por incentivar e promover o aleitamento materno como fonte exclusiva de amamentação para o bebê.

E por último o reconhecimento dos Ministérios da Saúde e da Educação como um Hospital de Ensino, fato que possibilita a existência de Residência Médica aprovada pela Comissão Nacional de Residência Médica do Ministério da Educação (Disponível em: http://www.hgcs.com.br/; Acesso em: 03/07/2015).

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3.2.2 Caso B: Irmandade Santa Casa de Misericórdia de São Carlos (SCSC) – SP

Sendo a mais antiga das organizações de saúde de São Carlos, a Irmandade Santa Casa de Misericórdia de São Carlos foi fundada em 12 de abril de 1891 e é referência em atendimento à Saúde para habitantes de cinco cidades que compõem a microrregião de São Carlos (Dourado, Ibaté, Ribeirão Bonito, Descalvado e Porto Ferreira).

Por ser uma instituição filantrópica, a Santa Casa de São Carlos busca manter um atendimento igualitário e sem distinção entre todos os pacientes, independentemente de serem conveniados ou do SUS. É integrante da rede Hospital Estruturante, instituído pelo governo do Estado de São Paulo, que referência os atendimentos de alta complexidade na região. A classificação indica que a Santa Casa responda por metade dos atendimentos realizados aos pacientes do SUS regionalmente, sendo que estatisticamente esse atendimento gira em torno de 60% e os 40% são distribuídos entre convênios e particulares.

Em 2014 a Santa Casa realizou aproximadamente 710 mil atendimentos, 10% a mais do que em 2013, indicando o crescimento do atendimento regionalizado, como determina o programa Santa Casa Sustentável, do governo estadual.

A Santa Casa é composta por 322 leitos, dez leitos na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), dez leitos na Unidade de Tratamento Coronário (UCO). As Unidades de Tratamento Intensivo Infantil e Neonatal são compostas por 13 leitos, sendo seis da neonatal e 7 da infantil.

Completando 124 anos em 2015, sua história teve início a partir de uma homenagem de Francisco Domingos de Sampaio e sua esposa Anna Miquelina Ferraz de Sampaio a seu filho José, falecido em Jaboticabal, no final da década de 1880. O casal resolveu que destinaria uma quantia em dinheiro à fundação de uma Santa Casa em São Carlos. Iniciativa que contagiou a sociedade e uma comissão foi organizada para dar início ao projeto.

Em 1893 ficou pronto o primeiro pavilhão que foi transformado em Hospital para doentes devido a uma epidemia de febre amarela que tomou conta da cidade, gerando a necessidade de criar uma comissão de socorros. Nesta mesma época foi reformulado o estatuto, dando-se um caráter religioso à Irmandade. Sua inauguração foi realizada no dia 01 de novembro de 1899, com grande solenidade mantendo suas

93 atividades até os dias atuais (Disponível em: http://www.santacasasaocarlos.com.br/; Acesso em: 03/07/2015).