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Casos de estudo (cerâmica)

Desenvolvimento projetual

3.6 Casos de estudo (cerâmica)

20. A porcelana de Limoges nasceu, entre 1765 e 1770, a descoberta de caulim perto de Limoges, material essencial para a produção desta cerâmica dura e translúcida.

Fig. 131 Peças em porcenala de Liones Fonte: http://artaurea.com/2014/arnoldannen/

Fig. 132 Peças em porcenala de Liones Fonte: https://i.pinimg.com/originals/c7/a8/63/ c7a8636a03f70a0aa44f6dd5cbc58081.jpg

Margaret O’Rorke

É uma artista inglesa, nascida em 1938, O’Rorke estudou pintura na Chelsea School of Art e cerâmica em Camberwell. Trabalha há mais de trinta anos na exploração da porcelana translúcida e a sua conjugação com luz artificial.

As ideias das suas obras decorrem da natureza do material, formas que podem crescer a partir da roda do oleiro, (Fig.133 e Fig.134), o processo de disparo e uma sensação de aventura com a luz e o espaço.

Mantêm uma pesquisa constante e desenvolvimento de porcelana translúci da que possa ser produzida industrialmente para interiores domésti- cos e em grande escala.

Fig. 133 Peça de iluminação decorativa em porcelana Fonte: http://www.admagazine.fr/art/sorties/diapora- ma/notre-agenda-culturel-cet-ete/5493#notre-agen- da-culturel-cet-ete_image11

Fig. 134 Peça de iluminação decorativa em porcelana Fonte: http://www.caa.org.uk/exhibitions/archi- ve/2010/intelligent-trouble/margaret-ororke/

Olivier Vallaeys

Oliver é um ex-treinador de desporto de alta competição francês, que se dedicou à iluminação com um estúdio em Paris, OVALUM. Para o seu pri- meiro trabalho queria um material que contrastasse, entre a base e o quebra- -luz, escolheu então cimento para a base e porcelana para contrabalançar no quebra-luz. Com porcelana, ele encontra o contrapeso para materiais indus- triais, mas sobretudo uma abertura para uma infinidade de possibilidades de efeitos de luz, transparência e formas. Explora a porcelana translúcida, tendo começado com formas simples, e já arrisca em texturas mais complexas. Todo o trabalho é feito à mão, com um número de produção bastante reduzido.

Fig.135 e Fig.136 Iluminarias com abajour em porce- lana transparente

Vista Alegre

Efetuada uma pesquisa na zona, a empresa que é considerada a que mais investe na exploração do material cerâmico, é a Vista Alegre. Realizou-se uma visita à fábrica para verificar se a empresa já tinha desenvolvido algum projeto na área da iluminação na parte do quebra-luz, porque a aplicação da porcelana na estrutura do candeeiro, é comum no catálogo da fábrica. Da visita ao museu só se destacam umas lamparinas com litofanias do ano de 1860. Placas em biscuit translúcido que, através de um jogo de relevos com espessuras inferiores a 2mm, permitem criar imagens quando colocadas em contraluz. Eram usadas na decoração de peças, como as lamparinas.

Biscuit ou porcelana fria é a massa de modelar produzida a partir da mistura de amido de milho, cola branca para porcelana fria, conservantes como limão ou vinagre e vaselina. Este tipo de massa não precisa de ser aque- cido para que mantenha seu formato final de modelagem e seca em contato com o ar.

Fig.137 e Fig.138 lamparinas com litofanias do ano de 1860, Placas em biscuit translúcido

Fonte: fotografias do autor

Holaria

Holaria é uma empresa do Paraná no Brasil, que se dedica exclusiva- mente ao trabalho manual com porcelana. Desenvolve objetos de decoração desde jarras a projetos de iluminação. Aposta na diferenciação das formas e em desenvolver uma linguagem formal, que desafia os limites de expressão plástica da porcelana, sem perder de vista sua viabilidade para a produção em escala. Apesar da descrição detalhada sobre conceito, a empresa não especifica de que tipo de material cerâmico as peças são produzidas, faltando assim informação relevante para que se saiba se o efeito translúcido é obtido através da propriedade do material ou algum processo de fabrico.

Fig. 139 Luminária em porcelana translucida Fonte: http://www.holaria.com.br

Original BTC

Fundada em 1990 por Peter Bowles, a BTC original começou como uma marca de iluminação doméstica baseada em Oxford. As exportações representam 50% da produção, fornecendo todo o tipo de mercados em todo o mundo com ênfase nas indústrias hoteleira, de restauração e aeronáutica.

A qualidade, o detalhe e uma interessante mistura de materiais são parte integrante dos projetos da marca. Estes são criados usando as matérias-pri- mas de melhor qualidade para sua maior capacidade, prestando grande atenção ao conceito e à forma. Desde o uso de técnicas já com séculos de existência até à mais recente tecnologia, todos os candeeiros são feitos à mão e fabricados no Reino Unido. Seis instalações de produção incluem uma fábri- ca de metal, vidro e uma fábrica de porcelana de Stoke-on-Trent, resgatada do encerramento em 2002.

Esta união com a fábrica de porcelana, que usa um material cerâ- mico muito particular, fez com que a empresa investisse uma vasta gama de candeeiros cerâmicos.

Bone china

O material cerâmico utilizado para desenvolver a gama de candeeiros do qual a Original BTC é reconhecida em toda a Europa, é bone china (Fig.140 a Fig.142).

Bone china é um tipo de porcelana de pasta macia que é composta por cin- zas ósseas, material feldspático e caulim. Foi definido como um corpo translú- cido contendo um mínimo de 30% de fosfato derivado de osso animal e fosfato de cálcio calculado. Desenvolvido pelo oleiro inglês Josiah Spode, a bone china é conhecida por seus altos níveis de claridade e translucidez e alta resistência mecânica. Maioritariamente aplicada em louça considerada de luxo.

A produção de bone china é semelhante à da porcelana, com exceção de maior cuidado devido à sua menor plasticidade e a uma faixa de vitrificação mais estreita. A formulação tradicional para a bone cinha é cerca de 25% de caulim, 25% de pedra de Cornuíche e 50% de cinza óssea. A cinza óssea que é usada na bone china é produzida a partir de ossos de gado com menor teor de ferro. Estes ossos são esmagados antes de serem gelatinizados e depois calcina- dos até 1250 ° C para produzir cinzas ósseas. A cinza é moída para um tamanho de partícula fino. O componente do caulim do corpo é necessário para dar a plasticidade do corpo não cozido, que permite que os artigos sejam moldados. Esta mistura é então disparada em cerca de 1200 ° C. As matérias-primas para a bone china são comparativamente caras, e a produção é muito intensiva em mão-de-obra, razão pela qual a bone china mantém um estado de luxo e preços elevados.

A bone china consiste em duas fases cristalinas, anorthite (CaO. Al2O3.2SiO2) e fosfato de ß-tricálcio (3CaO.P2O5) embutido numa quantidade substancial de vidro.

Fig.140 ,Fig.141 e Fig.142 . Luminárias em bone china Fonte: https://eu.originalbtc.com/home

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