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Empresas de referência

Nini Andrade Silva

3.8 Empresas de referência

No mundo das empresas de iluminação, a aposta nas novas tecnologias e no design é cada vez maior, tornando-se um mercado mais competitivo e como consequência, os produtos têm cada vez mais qualidade. Facto que se pode verificar numa visita à Euroluce, feira anual de iluminação, inserida no evento da Milano Design Week 2017.

Desta vasta lista de grandes empresas, destacam-se duas, a ARTEMIDE e a FLOS. Salientam-se não só pela forte presença que têm no mercado desde sempre, sendo consideradas uma referência para todas as outras, como prin- cipalmente pela aposta, desde o início, na colaboração com grandes nomes do design de produto. Acompanhando sempre com a tecnologia de ponta da área, o resultado culmina em duas empresas com produtos que marcam a história mundial da indústria da iluminação.

ARTEMIDE

Artemide é uma das marcas de iluminação mais conhecidas do mun- do, e um dos líderes mundiais do setor residencial e profissional. Sinónimo de design e inovação, procura a excelência e o melhor desempenho dos seus produtos, quer ao nível estético quer na funcionalidade. A Artemide colabora com os mais conceituados designers mundiais, mas também promove ativa- mente a inovação do design em colaboração com escolas de design, como por exemplo a Royal College of Art (Londres), (Artemide, (2017).

Os produtos da Artemide são muito mais do que objetos de design altamente refinados, garantindo um alto desempenho técnico - são objetos que nascem da experiência do homem para satisfazer as necessidades do homem (2017).

Desde a década de 1990, com o lançamento da filosofia The Human Light, (Fig.163) promovida pela Carlotta de Bevilacqua, a Artemide mudou a forma de conceber e desenvolver os seus produtos. A ideia orientadora era come- çar com as necessidades das pessoas em termos de luz e entender, antes de

Fig. 164 Coleção apresentada pela Artemide na Euro- luce 2017 em Milão

Fonte: fotografia captada pelo autor

Fig. 163 Campanha da Artemide “ The human light” em 1990

mais, como responder às necessidades individuais nos diferentes espaços e estágios da vida (Artemide, 2017)..

Com “The human Light”, Artemide pretende iluminar o espaço, bem como as atividades e necessidades do homem dentro de um espaço. O obje- tivo é simples e extremamente complicado: transformar a luz num meio para melhorar a qualidade de vida. A “The Human light” é uma nova maneira de conceber a luz para apoiar as pessoas nas suas atividades diárias, elevando os seus estados de espírito e promovendo o seu bem-estar (Artemide, 2017).

Esta filosofia e método de trabalho que tem acompanhado a Arte- mide ao longo dos anos, servem como exemplo de sucesso na indústria de iluminação.

Fig.165 e Fig.166 Coleção apresentada pela Artemide na Euroluce 2017 em Milão

Fonte: fotografia captada pelo autor

FLOS

A Flos é uma empresa já com mais de cinquenta anos a produzir pro- dutos no mundo da iluminação, considerando a luz como a substância para expressar novas ideias e iluminar emoções inexploradas. Apostaram numa mudança ousada de identidade, e um maior contacto com designers, o que lhes proporcionou uma destacada conquista no mercado (Flos,2017).

Começou a desenvolver novas linguagens em torno da luz, a investir em pesquisas sobre novos conceitos de funcionalidade e a conexão com mes- tres de design, descobrindo novos talentos com alto nível técnico e estético. Permanecendo sintonizada com a cultura de massas, foram estas qualidades que sempre a colocaram na vanguarda (Flos,2017).

Para o seu CEO, o lema da empresa passa pela conjugação de arte e design, artesanato e indústria, a edição limitada e fabricação em grande escala, a ideia de um indivíduo e a imaginação coletiva (Flos,2017).

Fig. 167, Fig.168 e Fig.169 Coleção apresentada pela FLOS na Euroluce 2017 em Milão

FIg. Coleção da FLOS em parceria com o Designer Nendo, apresentada no Euroluce 2017, em Milão Fonte: fotografia captada pelo autor

Desenvolvimento projetual

Apresentado o contexto de intervenção 3.1, serão a partir de agora apresentados os procedimentos projetuais, conduzidos em prol da empresa a atuar. Interessa referir, a título introdutório, que apesar deste projeto ter sur- gido aquando de uma proposta da Artinox, esta não cumpriu nenhum papel enquanto entidade supervisora do projeto. Isto é, as sugestões que irão ser de seguida apresentadas, não foram discutidas ou elaboradas em parceria com este orgão empresarial. Nesta medida, todas as decisões tomadas no decurso do projeto, foram estabelecidas a nível independente, tendo em conta o apoio dos orientadores da dissertação.

Todo o projeto parte da dualidade, design vs empresa, com o objetivo de criar uma linha de produtos que satisfizesse os requisitos da empresa e as necessidades do mercado.

A Artinox ambiciona ter uma produção independente, o mais possível, sem ter a necessidade de subcontratar, o que significa não envolver outros materiais a não ser os metálicos. Não pretende investir em moldes novos para a parte do quebra-luz, a estrutura restante é feita manualmente, logo o traba- lho desenvolve-se com as formas já existentes.

Num ponto intermédio do desenvolvimento do projeto, numa tentativa de captar novas oportunidades de negócio e de criar uma maior proximida- de com a região onde está inserida, foi proposto a introdução do material cerâmico.

O mercado hoteleiro, é um mercado gigante e muito diverso, o que por um lado é positivo, pois há muitos consumidores, por outro lado, por ser tão diversificado, tem necessidades muito distintas. Para conseguir oferecer um produto que o satisfaça, é necessário não só acompanhar a evolução dos componentes de iluminação, apostar em novos materiais que melhorem o produto e para o que ele é destinado e tudo isso acompanhado da melhor for- ma possível, para que todas as partes se complementem e as funções sejam cumpridas.

“isto é, que um objeto, para ser funcional, deverá responder, não só às exigên- cias praticas, utilitárias, de adequação às carateristicas dos materiais utilizado e os custos, etc.., mas também as exigências semióticas, de correspondência entre a forma do objeto e o seu significado.” (Dorfles, 1963, pp.55)

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