Participantes Idade Estado Civil Filhos Independência Financeira Queixas
4
18 Solteira 0 Não
“Ele fez-‐me sair do trabalho para trabalhar junto com ele porque tinha ciúmes. Se ele me visse a andar com alguém na rua dizia que ia matar-‐me”.
20 Estável União 2 Não
“Confiei nele e ele tentou matar-‐me, de repente pegou numa faca e tentou matar-‐ me, ele ficava louco de ciúmes sem motivo”.
22 Casada 2 Sim
“Tenho medo da reação dele caso eu me relacione com outro, ele é ignorante e diz que se me vir com outra pessoa vai matar-‐ me”.
23 Solteira 0 Não
“Durante o namoro ele dizia “Se tu me traíres eu mato-‐te”. Ele começou a perseguir-‐me para saber se eu tinha outro, chegou ao ponto que ele começou a parar as pessoas no meio do trânsito para bater, a pensar que fosse algum namorado meu ”.
3
29 Estável União 4 Não
“Ele liga-‐me e faz ameaças caso eu esteja com outro homem. Por mensagem diz que me ama e que quer voltar, não me ameaça porque sabe que eu vou fazer outra queixa. Eu mudo de telemóvel, ele descobre e liga-‐ me a dizer “Sua otária vou aí te matar””.
30 Estável União 4 Sim
“Eu fiz a queixa porque ele ameaçou-‐me de morte se eu arranjasse outro, era agressivo então eu preferi sair de casa. Ele sempre foi muito grosso, conquistava as pessoas fora de casa e dentro afastava a gente. Ele não gostava de me ver a descansar, mandava-‐ me sempre caçar alguma coisa para fazer, eu era a empregada dele. Ele estava mais interessado na minha mão-‐de-‐obra porque a gente estava a conquistar as coisas. Ele não tinha mais carinho comigo, não sabia mais pedir desculpas e traía-‐me”.
34 Solteira 0 Sim “Se eu te vir com outro eu mato-‐te lá no salão! Tu és minha.”
3
36 Casada 2 Sim
“Eu estava noutra relação e ele ameaçava-‐ me de morte, destruía as minhas coisas. Ele começou a me perturbar quando descobriu”.
39 Estável União 2 Sim
“Ele começou a ficar estranho, ele acusava-‐ me de estar a traí-‐lo com o meu primo. Ele começou a ameaçar-‐me, dizendo que me ia torturar, matar e beber o meu sangue”.
41 Casada 2 Sim
“Ele ameaçava-‐me muito que se caso eu separasse ele faria algo comigo. Ele sempre foi muito ciumento, ele podia tudo, não me respeitava e não respeitava nenhuma mulher. Ele ia para a praia e eu não podia sair de casa porque se ele chegasse e eu estivesse na casa da vizinha ele trancava a porta da casa e não me deixava entrar”.
Apesar das peculiaridades deste estudo, considera-se que os resultados podem ser acrescentados ao campo do conhecimento já consolidado, visto que evidencia indicadores de violência a partir do discurso da mulher queixosa. Sabe-se que ela, muitas vezes, permanece na relação de danos físicos e psicológicos pelo despreparo dos profissionais envolvidos para lidar com as inúmeras facetas da violência contra a mulher. A relevância em aprofundar os estudos sobre as formas subtis em que se manifesta a violência de género, e as formas pelas quais
ela pode ser identificada nas queixas e falas da mulher vitimizada, pode ser um caminho promissor para desconstruir a cultura de hegemonia de um parceiro sobre o outro, em uma relação que deveria ser de igualdade.
AGRADECIMENTOS
Aos meus mestres do CEULP/ULBRA, Ana Beatriz Dupré Silva, Carolina Santin Cótica, César Gustavo Moraes Ramos, Domingos de Oliveira, Heitor Abreu de Oliveira Dantas, Irenides Teixeira, Jonatha Rospide, Lauriane Moreira, Nara Wanda Zamora Hernandez, Rosana Carneiro Tavares, Cristina D'Ornellas Filipakis Souza e Wayne Francis Mathews. Agradecimento especial aos meus orientadores Profa. Dra. Jaci Augusta Neves de Souza e Prof. Dr. Gustavo Pachoal Teixeira de Castro.
CONTATO PARA CORRESPONDÊNCIA
Priscylla Cassol
Direção - Rua Dr. Adriano de Paiva, 79, Código Postal: 4200-013 - Freguesia de Paranhos - Porto. Email:
priscyllacassol@hotmail.com
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