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248 249celulares validados podem ser utilizados em aulas de dança

No documento Série: ESCRITOS DA DANÇA (páginas 125-128)

a fim de que forneçam informações para o planejamento e para a execução das aulas e dos treinos/ensaios estabele-cidos. Numa abordagem mais qualitativa de movimento, a gravação de vídeos (por meio de celular ou outra câmera qualquer) é uma forma simples e de retorno imediato para professores e alunos quanto à visualização do movimento executado.

Para o planejamento de um treinamento físico, há a necessidade da modulação de intensidade, duração e fre-quência. Os métodos de treinamentos específicos aplicados de forma simultânea às sessões de treinos complementares e aos trabalhos cênicos do bailarino devem ser predominantes e determinantes da modalidade (GAMBETTA, 1991). A apli-cação dos estímulos pode produzir efeitos distintos (positivos, negativos ou neutros). Para obter as adaptações positivas nas capacidades físicas dos indivíduos, é preciso prescrever cor-retamente a forma e momento de serem aplicados. Existem muitos estudos que mostram características biológicas envol-vendo lesões e posturas recorrentes.

O planejamento do treinamento de maneira especí-fica e de acordo com as necessidades dos indivíduos para qualquer nível de aptidão física deve fornecer subsídios im-portantes para que o treinador possa orientar e até modificar suas ações no processo de preparação do bailarino, estabe-lecendo as cargas de forma mais específica e individualizada (WEINECK, 2000; BOMPA, 2002), evitando equívocos capazes de produzir lesões e de desestimular a prática regular desta arte.

Das considerações

Apesar de ser alvo de discussões acadêmicas, pouco se sabe sobre o treinamento na dança. Como lida-se com uma diversidade de movimentos? No ensino, no desenvol-vimento e na profissionalização na dança há uma tradição oral de registro e reprodução. Atualmente, as gravações em vídeo minimizaram um pouco o problema de registro do mo-vimento, contudo, ainda hoje, há o grande problema da

es-o avaliades-o deve manter es-o queixes-o próximes-o aes-o peites-o. (Cadernes-os de referência de espes-orte Volume 11 – Avaliação física. UNESCO, 2013).

crita do movimento.

Na criação na dança, algo percorre o corpo, pro-duz sensações, mas também gera adaptações físicas decor-rentes deste dançar, adaptações que tornam o corpo “me-lhor” para a realização da dança ou “pior” quando acarreta danos (lesões) a este corpo. Princípios da ciência esportiva aplicados no treinamento em dança podem prevenir lesões significativas e micro lesões repetitivas, aumentando o tempo de carreira do bailarino. Desta forma, torna-se evidente a im-portância de mais estudos sobre os métodos de treinamento na dança.

Compor com saberes das artes e das ciências se trata de ir ao encontro dos problemas reais do campo da dança. Rearranjos e reconfigurações talvez sejam importan-tes para que uma compreensão mais ampla do corpo seja incorporada ao cotidiano do dançar.

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