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Cenário Hipotético de Deslizamento

No documento PMEPC MUNICÍPIO DA LOUSÃ REVISÃO 2018 (páginas 175-179)

6. Cenários

6.3. Cenário Hipotético de Deslizamento

Os solos tornam-se mais suscetíveis à erosão e aos movimentos de massa quando se encontram sem coberto vegetal, geralmente causado por incêndios florestais. Neste contexto, os incêndios florestais criam frequentemente condições propícias à cedência de vertentes. Efetivamente, a vegetação ao ser queimada propicia que haja um maior impacte direto da chuva no solo, que a escorrência superficial seja mais intensa, que a humidade no solo seja maior (pois as perdas por evapotranspiração são fortemente reduzidas), que haja redução da resistência aparente do solo, e que globalmente se verifique redução da estabilidade das vertentes.

O Município da Lousã foi fustigado durante o período estival por diferentes incêndios em toda a área rurais da zona de gestão no sector de relevo montanhoso, seguido de intensas e prolongadas precipitações que se fizeram sentir após este período, em todo o Pinhal Interior Norte. A conjugação destes fatores originou um deslizamento sobre o talude da EN 236.

No dia 03 de Outubro pelas 16.35h os Bombeiros Municipais da Lousã recebem um alerta do Comando Distrital de Operações de Socorro de Coimbra, para a ocorrência de um deslizamento numa vertente de xistos, anexa à EN 236, no sector da Serra da Lousã próximo da povoação de Candal, encontrando- se a circulação rodoviária cortada nos dois sentidos com uma viatura colhida pelo deslizamento e ainda mais três viaturas imobilizadas nas proximidades da manifestação do risco geomorfológico.

Agentes de Proteção Civil e Organismo e Entidades de Apoio Intervenientes • Comando Distrital de Operações de Socorro de Coimbra;

• Gabinete de Proteção Civil da Lousã; • Comandante Operacional Municipal; • Posto da GNR da Lousã;

• Bombeiros Municipais da Lousã (BML); • Bombeiros Voluntários de Serpins;

• Secção de Obras Municipais da Câmara Municipal da Lousã.

1ª Ação – Socorro às vítimas – 16.45h

Com a chegada da equipa dos Bombeiros Municipais da Lousã ao TO, esta contabiliza duas vítimas do sexo masculino (ocupantes do veículo ligeiro de passageiros) apresentando escoriações ligeiras, tendo as equipas de socorro que prestar assistência, a jusante da vertente, em condições de elevada instabilidade. O COS solicita o reforço de meios aos BML reportando o ponto de situação ao CDOS, sendo mobilizado de imediato para o local 2 VMER. Os Bombeiros Municipais da Lousã mobilizaram uma equipa de busca e salvamento e desencarceramento para o local.

As vítimas são retiradas das viaturas, através de uma operação demorada de desencarceramento com equipamento específico, começando a ser socorridas fora da Zona Critica. Com o agravamento súbito do estado de saúde de um dos ocupantes da viatura sinistrada, sobre a coordenação do COS o médico da VMER solicita um helicóptero do INEM, para um descampado próximo, de modo a deslocar a vítima com a maior brevidade para os Hospitais da Universidade de Coimbra.

2ª Ação – Desvio do Trânsito

Esta segunda ação inicia-se com a chegada da GNR ao TO, onde o GPC auxilia no desvio do trânsito e na informação a fornecer aos automobilistas. Mediante as caracteristicas do acidente, o COS/COM adopta as medidas que considere necessárias, tais como assinalar o perigo e estabelecer um perímetro de segurança, verificar as condições de segurança ao acesso para um novo socorro às vítimas no local do deslizamento, definindo-se como rodovias alternativas em conjunto com a GNR a Estrada Rurais das Hortas. Em caso de necessidade o COS/COM contacta o CDOS para um novo reforço de meios, assim como efetuar briefings à Comunicação Social, com horário a definir, quando tal não tem implicações nas manobras de socorro e salvamento.

3ª Ação – Limpeza e Reabilitação da Rodovia – 18.05h

Com o cair da noite, torna-se premente recorrer a focos de luz alimentados por geradores, de modo a que as operações de limpeza e desobstrução da rodovia por parte do GPC e dos Corpos de Bombeiros se mantenham sem qualquer interrupção ou demora. Estes iniciam-se com a chegada de uma retroescavadora de rodas do Gabinete de Proteção Civil da Lousã para a remoção do material detrítico, sendo auxiliadas por um VRCI 06, com uma capacidade de 4000 litros de água, pertencente aos Bombeiros Municipais da Lousã.

Já próximo das 21h, os técnicos municipais observam uma fratura na rodovia, o que os leva a considerar que esta não tem reunidas as condições infraestruturais necessárias, para a sua reabertura, definindo-se para tal o percurso alternativo (Estrada Rurais das Hortas), nas deslocações para Castanheira de Pêra e no sentido inverso (Castanheira de Pêra/Lousã).

Por fim, o GPC da Lousã, já no dia seguinte procede a uma inspeção cuidada em torno das vertentes ao longo da EN 236, com o auxílio de técnicos da Secção de Obras Municipais da Lousã. No caso do relatório final definir a situação como CRITICA, deve proceder-se de imediato os trabalhos de estabilização das vertentes.

Figura 51 - Procedimentos de Atuação e Gestão de Emergência em caso de Deslizamento. Deslizamento Presidente da Câmara Municipal da Lousã informa o COM Corpos de Bombeiros; INEM; GNR; 112 – Linha de Emergência; CDOS Equipas de Socorro e Salvamento, para o TO Fim Ponto de Situação Não Bombeiros; GNR; GPC

Levantamento dos danos com ou sem vitimas ; Vias alternativas

Sim

Bombeiros; INEM; GNR; GPC

Utilização de Rodovias alternativas até limpeza da

mesma; reabertura do trânsito

Fim

Bombeiros; GPC; GNR; Secção de Obras Municipais Rodovia intransitável até

reconstrução de parte do troço Secção de Obras Municipais

Reabertura da Via Fim Destruição da Rodovia Sim Não F as e d e S o co rr o e D e sv io d e T n si to

Briefing; Ponto de Situação à Comunicação Social

GNR F as e de R e abi lit açã o da R o do vi a

No documento PMEPC MUNICÍPIO DA LOUSÃ REVISÃO 2018 (páginas 175-179)

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