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Cenário socioeconômico da região e contexto educacional

No documento PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO (páginas 13-16)

I. CONTEXTUALIZAÇÃO DA IES E DO CURSO

1. CONTEXTO DA INSTITUIÇÃO

1.4. Cenário socioeconômico da região e contexto educacional

A Paraíba está situada no Nordeste brasileiro, limitada pelos estados de Pernambuco, Rio Grande do Norte e Ceará, além de sua costa banhada pelo oceano Atlântico. A população do estado em 2010 era 3.766.528 milhões de habitantes (IBGE, 2015)1.

O Estado da Paraíba ocupa 0,7% do território brasileiro; a 20ª posição em extensão territorial entre os 27 estados e o Distrito Federal do país e 3,6% do território nordestino ou a 6ª colocação em extensão territorial entre os 9 estados da região Nordeste. Cerca de 90% do seu território está localizado na região Semiárida nordestina ou na área denominada Polígono das Secas (IDEME, 2008). As condições geográficas e ambientais do estado favorecem algumas culturas e atividades econômicas, ao mesmo tempo em que limitam outras sem uma adequada intervenção tecnológica e inovativa.

Nos últimos anos o estado tem apresentado índices de crescimento expressivos, comparados aos índices nacionais. Em 2012, o PIB2 a preços de mercado do Estado da Paraíba registrou crescimento de 4,0% em relação ao ano anterior, contra 1,0%

verificado na economia nacional. Em valores correntes, alcançou o montante de R$

38,731 bilhões, mantendo sua participação no PIB nacional em torno de 0,9% e continuando na 19ª posição no ranking nacional e na 6ª no regional (IDEME, 2015)3.

De acordo com o Instituto de Desenvolvimento Municipal e Estadual - IDEME (2015) o desempenho observado na economia Paraibana depende do resultado dos diversos Setores e das atividades que determinam a sua composição no Valor Adicionado total da economia gerada no Estado. Os resultados obtidos são decorrentes da variação da produção e comercialização de bens e serviços das atividades econômicas da Agropecuária da Indústria e dos Serviços realizadas no Estado.

Conforme apresentado na Figura 1, dentre todas as atividades econômicas observadas individualmente os maiores pesos em termos percentuais para economia estadual, em 2012, são os seguintes: Administração, saúde e educação públicas-APU (31,7%), o Comércio (14,4%), em terceiro está a Indústria de transformação (8,6%), em quarto vem as Atividades imobiliárias e aluguel (7,8%) e, em quinto lugar, a Produção e distribuição de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana-SIUP (7,7%).

Considerando o desempenho das atividades agrupadas segundo os setores econômicos e de acordo com os resultados de 2012, em primeiro lugar estão os Serviços, cujas atividades somadas permanecem sendo o maior peso na economia paraibana. O desempenho favorável deste setor deu grandes contribuições para a economia paraibana.

Dentre as atividades que mais colaboraram para o resultado estadual e para o crescimento do Valor Adicionado (VA) total estão, sobretudo, o Comércio, com o segundo maior aumento em volume (10,6%) e a maior contribuição no crescimento do VA (1,5 p.p), ganhou 0,4 p.p em participação; os Transportes, armazenagem e correios, cuja expansão foi 9,0%, sendo sua contribuição 0,3 p.p, e ganho de 0,4 p.p, em participação;

a Administração, Saúde e Educação Públicas (APU), que detém o maior o peso da economia (31,7%), apesar do recuo observado na participação (-0,6) e do pequeno crescimento em volume (apenas 1,2%), contribuiu com 0,3 pontos percentuais para o resultado global na Paraíba; e Intermediação financeira, seguros e previdência

complementar, com crescimento de 6,0% e contribuição de 0,2 p.p., permaneceu sem variação na participação no Valor Adicionado estadual.

Figura 1: Gráfico de participação percentual das atividades no Valor Adicionado da Economia do Estado da Paraíba - 2012.

As atividades da Indústria, que aumentaram a participação de 21,5% para 22,8%

e apontaram o maior crescimento em volume. Salienta-se que todas as atividades desse setor cresceram em volume e em participação. Merece destaque neste setor a Construção civil, com a maior expansão verificada em volume (16,8%), que deu a segunda maior contribuição no crescimento (1,0 p.p) e aumentou 0,1 p.p. em participação. Outros segmentos da indústria que contribuíram para o crescimento do Valor Adicionado foram: a Produção e distribuição de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana, com crescimento de 5,9%, contribuiu com 0,4 p.p. e aumentou em 0,9 p.p a participação; e a Indústria de transformação que expandiu 5,6% em volume, deu contribuição de 0,5 p.p, e obteve aumento de 0,2 p.p. (IDEME, 2015).

Em terceiro lugar permanecem as atividades da Agropecuária que contribuíram de forma negativa no ano e registraram forte queda em volume. A retração no setor agropecuário está relacionada às condições climáticas no estado, que no ano de 2012 foram fortemente desfavoráveis à agricultura. A atividade pecuária também decresceu em volume (23,5%), principalmente a criação de bovinos e Suínos. Apenas as atividades de Avicultura e Pesca apontaram crescimento em volume, em 2012 (IDEME, 2015).

Os dados divulgados pelo IBGE e IDEME, referentes ao PIB 2012, apontam ainda para uma centralização econômica em apenas três municípios paraibanos, responsáveis por gerar 51,9% do PIB estadual. A participação de João Pessoa (29% do PIB), Campina Grande (14,2%) e Cabedelo (8,7%) supera a riqueza acumulada em 2012 pelas outras 220 cidades paraibanas. Estas três cidades, junto com os municípios de Santa Rita (4,2%

do PIB) e Bayeux (2,3% do PIB), ambos da Região Metropolitana de João Pessoa, acumulam 58,4% do PIB estadual, 10% a mais do que no ano anterior, 2011. Segundo o relatório do IDEME (2015), num comparativo entre 1999 e 2012, esta tendência a concentração da geração de riqueza acontece tanto em termos gerais, como no que diz respeito aos setores primário (agricultura) e terciário (serviços).

Na perspectiva regional/nacional, de acordo com o IPEA (2015)4, a Paraíba se encontra numa situação ou posição de subdesenvolvimento em expansão, ou seja, apresenta uma taxa de crescimento do PIB anual superior à média regional e nacional, porém com um IDH ainda bastante inferior às mesmas esferas. Destaca-se que a situação da capital (João Pessoa) é um pouco distinta do estado como um todo; tanto o seu crescimento foi superior à média estadual quanto o seu IDH aproxima-se da média regional.

Na área da educação, o estado mostrou avanços notáveis nos últimos anos, em particular no ensino fundamental cuja frequência escolar se aproxima dos 100%

(IPEA,2015). No entanto, o nível de escolarização da população do estado ainda fica abaixo das médias nacional e regional. Um esforço maior na qualificação dos docentes no ensino fundamental poderia ter impactos importantes na qualidade do sistema educacional estadual.

De acordo com informações apresentadas no Plano de Desenvolvimento Institucional do IFPB (PDI, 2010)5, o Plano de Desenvolvimento Sustentável do estado, prevê investimentos em diversas áreas, levando em conta os seguintes fatores:

 Potencialidades associadas aos complexos produtivos já instalados e consolidados como o: têxtil – vestuário, couro-calçados, eletroeletrônico, metal mecânico e mineração, indústria química e de alimentos, construção civil;

 Capacidade científica e tecnológica em segmentos específicos, em especial agropecuária, eletroeletrônica e informática;

 Potencialidades representadas pelas pequenas e médias empresas;

 Boa dotação de infraestrutura;

 Presença marcante de entidades voltadas para a formação especialização e treinamento de recursos humanos, como centro de ensino superior, ao lado de entidades como SENAI, SENAC, IFPB e as ESPEP;

 Localização geográfica estratégica do estado da Paraíba;

 Redução das desigualdades sociais;

 Desenvolver programas estruturantes referenciados na sustentabilidade ambiental;

 Programas e de saneamento e urbanização;

 Programa de recursos hídricos e de pólos de irrigação;

 Programa de incentivo ao turismo;

 Programa de recursos hídricos e de pólos de irrigação;

 Programa de incentivo ao desenvolvimento das cidades pólos: João Pessoa, Campina Grande, Guarabira, Monteiro, Patos, Pombal, Sousa e Cajazeiras;

 Programa de eixos de integração econômica (Rodovias, Ferrovias e Portos).

Neste contexto, se insere o Instituto Federal da Paraíba, que, conforme já apresentado, abrange todo o território paraibano. Atuando primordialmente na Paraíba, mas não excluindo atividades nacionais ou internacionais, o Instituto desenvolve atividades de ensino, pesquisa e extensão nas seguintes áreas: comércio, construção civil, educação, geomática, gestão indústria, informática, letras, meio ambiente, química, recursos pesqueiros, agropecuária, saúde, telecomunicações, turismo e hospitalidade e produção cultural.

O IFPB atua no sentido de interiorizar a educação tecnológica, adequando sua oferta de ensino, extensão e pesquisa primordialmente às necessidades estaduais. A área de atuação de cada campus foi definida com vistas a promoção do desenvolvimento das potencialidades de cada mesorregião paraibana, contribuindo para a minimização da descentralização econômica ainda presente no estado. Ressalta-se que a localização geográfica da Paraíba, permite que a área de influência do Instituto Federal se estenda além das divisas do estado. Assim, regiões metropolitanas mais industrializadas nos estados de Pernambuco e Rio Grande do Norte, têm, historicamente solicitado profissionais formados pelo IFPB para suprir a demanda em áreas diversas; consolidando a atuação da instituição no contexto macrorregional.

No documento PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO (páginas 13-16)