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Hoji (2003, p. 25) alega que o ciclo operacional de uma empresa inicia-se com a compra de matéria-prima e encerra-se com o recebimento da venda. Durante esse período, ocorrem vários outros eventos que caracterizam o ciclo econômico.

O autor prossegue condizendo que o ciclo operacional é a soma do prazo de rotação dos estoques e prazo de recebimento da venda ( HOJI, 2003, p. 25), e recomenda a seguinte fórmula: Ciclo Operacional = Ciclo Econômico + Prazo Médio de Contas a Receber (PMCR)

O ciclo econômico inicia-se com a compra de matéria prima e encerra-se com a venda do produto fabricado. Caso ocorram desembolsos ou gastos antes da compra da matéria- prima, é nesse momento que se inicia o ciclo econômico. ( HOJI, 2003, p. 25)

Ciclo Econômico = Prazo Médio de Estocagem (PME)

Hoji (2003, p. 25) estabelece que o ciclo financeiro tem inicio com o primeiro desembolso e termina, geralmente, com o recebimento da venda. Caso haja pagamento de custos ou despesas após o recebimento da venda, é nesse momento que se encerra o ciclo financeiro.

Ciclo Financeiro = Ciclo Operacional - Prazo Médio de Pagamento a Fornecedores (PMPF)

3.4.10 Fluxos de Caixa

Para Marion (2004, p.110) todo mundo tem seu fluxo de caixa. Por mais simples que uma pessoa seja, ela tem de memória quanto entrou de dinheiro no mês e quanto saiu, quanto foi gasto. Até uma criança que ganha mesada sabe seu fluxo financeiro.

Hoji (2003, p.79) define fluxo de caixa como um esquema que representa as entradas e saídas de caixa ao longo do tempo. Em um fluxo de caixa, deve existir pelo menos uma saída e pelo menos uma entrada ( ou vice-versa).

Frezatti (2008, p. 57) diz que a demonstração do fluxo de caixa é um resumo dos fluxos de caixa em determinado período. Uma aproximação estabelecida da contabilidade financeira é conhecida como “demonstração das fontes e uso”.

Iudícibus (2007, p. 110) acredita que é exatamente a técnica do regime de caixa que dá base para a estruturação de um instrumento indispensável para tomar decisões para todos os tipos de empresas: demonstração do fluxo de caixa.

De forma condensada a demonstração de fluxo de caixa demonstra a origem de todo dinheiro que entrou no caixa, bem como a aplicação de todo o dinheiro que saiu do caixa em determinado período, e ainda o resultado do fluxo financeiro. (IUDÍCIBUS, 2007, p 111)

Para Filion & Dolabela (2000, p. 114) o fluxo de caixa é o relatório contábil em que são reunidos as receitas e os desembolsos de um período selecionado. Originados sobretudo pelas vendas, o momento de entrada e o montantes da receita, dependem da política de crédito da empresa e da qualidade da clientela. Os desembolsos por sua vez são as saídas de fundos ocasionadas pelas atividades normais da empresa como compra de matéria- prima.

O fluxo de caixa deveria ser feito e acompanhado diariamente, pois, como ferramenta gerencial, o documento é tanto mais útil quanto mais curto o período coberto. A razão disso é que o fluxo de caixa não passa de um mapa dinâmico que registra o volume e o momento de entradas e saídas de dinheiro. (FILION &DOLABELA, 2000, p. 117).

Conforme Gitman (2010), o fluxo de caixa consiste no total de entradas (recebimentos) no caixa da empresa subtraindo-se o total de saídas (pagamentos) durante um determinado período. É considerado os movimentos de entrada e saída de caixa durante o período estimado. Ela oferece uma visão dos fluxos de caixa operacionais, de investimento e financiamento da empresa e concilia tais fluxos com as variações dos saldos de caixa e aplicações em títulos negociáveis nesse período.

Por fim, estabelece-se que o fluxo de caixa (cash flow) é considerado por muitos, um dos principais instrumentos de analise, propiciando identificar o processo de circulação do dinheiro, sendo que atualmente as transações não são feitas apenas em dinheiro, estendemos a amplitude para pagamentos e recebimentos em geral. (SILVA, 2012, p. 467).

4 METODOLOGIA

A metodologia foi definida a partir da explicação do tipo de pesquisa que se realizou, em seguida apresenta-se o universo e amostra, bem como o plano de coleta, análise e interpretação dos dados, além de um plano de sistematização do estudo e as suas possíveis limitações. A metodologia reveste-se de importância na medida em que procura esclarecer como de fato ocorreu a investigação, visando garantir a credibilidade do estudo (ZAMBERLAN et al, 2014).

Neste capítulo descreve-se qual a classificação da pesquisa, o universo amostral, como foi coletado, tabulado e interpretado os dados, para finalmente apresentar um plano de sistematização do estudo.

Ainda tem como objetivo descrever os processos metodológicos que foram utilizados no decorrer do referido trabalho, além de definir um adequado método de planejamento e desenvolvimento da pesquisa, explica a classificação de como ocorrerá o processo e estratégias de execução da pesquisa. Em suma, estabelece qual o tipo de pesquisa que foi realizada, os sujeitos da pesquisa, de que meio ocorreu a coleta e tratamento dos dados assim como o plano de análise e interpretação dos resultados e plano de sistematização.

4.1 Classificações da Pesquisa

A classificação da pesquisa se baseia nas principais características em relação à natureza, aos níveis ou abordagem, segundo os procedimentos técnicos, meios e estratégias de pesquisa (ZAMBERLAN et al, 2014).

Na concepção de Vergara (2004, p. 47), “a pesquisa se classifica como aplicada, tendo como objetivo a solução de problemas concretos. Possui como finalidade a prática, baseada na curiosidade e especulação do pesquisador. Esse tipo de pesquisa possibilita inúmeras aplicações nas ciências sociais.”

No presente estudo é aplicada ao estudo de um plano de negócio para a abertura de um empreendimento específico.

Em relação à forma de abordagem do problema, a presente pesquisa classifica-se como quantitativa e também como qualitativa. Segundo, Gil (2002), pesquisa quantitativa, é tipo de pesquisa que considera tudo pode ser quantificável, o que significa traduzir em números opiniões e informações para classificá-la se analisá-las. A abordagem quantitativa,

na opinião de Oliveira (1997), significa quantificar opiniões, dados, nas formas de coleta de informações, assim como também emprego de recursos e técnicas estatísticas.

O trabalho aqui questão tem aspectos quantitativos pois, foi necessário medir, quantificar dados, assim como a aceitação ou negação do público alvo para com o produto que pretende-se colocar no mercado, logo, foi aplicado questionário para identificação e medição destes dados e informações, bem como, foram coletados dados em relação aos concorrentes, fornecedores e outras variáveis que foram identificadas, tratadas e mensuradas através de informações numéricas.

Já a abordagem qualitativa, segundo Roesch (1999, p. 154) é apropriada para a avaliação formativa, quando se trata de melhorar a efetividade de um programa, ou plano, ou mesmo quando é o caso da proposição de planos, ou seja, quando se trata de selecionar as metas de um programa e construir uma intervenção.

Conforme Gil (1996) a pesquisa é qualitativa, uma vez que, insere-se no campo das Ciências Sociais. O estudo visa considerar que há uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, isto é, um vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a subjetividade do sujeito. É qualitativa por basear-se não em fatos, mas em opiniões dos sujeitos entrevistados.

Logo, a presente pesquisa se caracteriza qualitativa, pois existem particularidades como fatores culturais e comportamentais do ambiente que se insere a organização. Afirma-se que a pesquisa qualitativa tem um caráter exploratório, uma vez que estimula o entrevistado a pensar e a se expressar livremente sobre o assunto em questão. Na pesquisa qualitativa, os dados são retratados por meio de relatórios, levando-se em conta aspectos tidos como relevantes, como as opiniões e comentários do público entrevistado. Ainda, destaca-se que o cunho qualitativo não pode ser generalizada a análise deste contexto para outros empreendimentos pesquisados, mesmo que sejam do mesmo ramo, pois, cada um tem suas particularidades.

Tanto Gil (2002) quanto Vergara (2004), classificam as pesquisas quanto aos objetivos ou quanto aos fins. A presente pesquisa, quanto aos objetivos do estudo, se classifica como exploratória e descritiva. De acordo com Vergara (2004) a pesquisa exploratória é realizada em área na qual a pouco conhecimento acumulado e sistematizado. No mesmo entendimento, Gil (2002) explica que as pesquisas exploratórias têm como objetivo proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais explícito ou a constituir hipóteses. Tem como objetivo o aprimoramento de ideias ou a descoberta de intuições.

A pesquisa foi exploratória por ser um plano de negócio em relação a uma empresa com um produto inovador, que ainda não identificou-se o mesmo na região em estudo e nem

empreendimento deste tipo, e devido que o estudo de caso neste plano de negócio é específico a este empreendimento, e no intuito de facilitar a formulação de hipóteses ou suposições e definição do problema com maior precisão.

Conforme Vergara (2004) a pesquisa descritiva expõe características de determinada população ou de determinado fenômeno, Gil (2002) complementa afirmando que as pesquisas descritivas têm como objetivo primordial descrição das características de determinada população ou fenômeno, ou ainda, o estabelecimento de relações entre variáveis.

Considera-se que é descritiva esta pesquisa, pois não indaga sobre quais as razões ou condicionamentos da satisfação ou insatisfação destes sujeitos. Apenas busca constatar quais as percepções, opiniões e sugestões dos entrevistados (clientes potenciais e consumidores) sobre a interatividade social que o produto proporcionará e a agregação de valor que ele estabelece, em que sentido ele facilita as necessidades do cliente. Bem como, os dados do plano do negócio, foram descritos com base na coleta dos mesmos.

Quanto aos meios (VERGARA, 2004) ou procedimentos técnicos (GIL, 2002) a investigação classifica-se em bibliográfica, documental, de campo e levantamento.

Bibliográfica, porque se trata de um estudo sistematizado, desenvolvido com base em material publicado por autores consagrados que escreveram sobre o tema. De acordo com Gil (2002, p. 44) a pesquisa bibliográfica “é desenvolvida com base em material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos”. Para Vergara (2004) a pesquisa bibliográfica é o estudo sistematizado desenvolvido com base em material publicado em livros, revistas, jornais, redes eletrônicas; fornece material analítico para qualquer outro tipo de pesquisa, mas também pode esgotar-se em si mesma.

Documental, pois foram utilizados materiais documentais, tais como orçamentos de fornecedores em relação aos investimentos e materiais necessários para a abertura do empreendimento, modelos e fotos de maquinas, equipamentos, matérias-primas. Segundo Vergara (2004) a pesquisa documental é realizada em documentos conservados no interior de órgãos públicos, registros, anais, regulamentos, circulares, ofícios, memorandos, balancetes, comunicações informais, filmes, microfilmes, fotografias, vídeo-tape, informações em disquetes, diários, cartas pessoais e outros.

Foram pesquisados registros documentais em sindicatos pertencentes à categoria, nos livros públicos dispostos em prefeituras, em pesquisas de mercado promovidos por diversos órgãos e institutos entre outros meios.

É uma pesquisa de campo porque coleta dados primários. Para Gil (2002, p.53) o estudo de campo “procura o aprofundamento das questões propostas, focalizando uma

comunidade, que pode ser de trabalho, de estudo, de lazer ou voltada para qualquer outra atividade humana”.

Na pesquisa de campo, é enfatizada a importância do pesquisador ter experiência direta com a situação de estudo. No mesmo sentido, Vergara (2004) afirma que a pesquisa de campo é uma investigação empírica realizada no local onde ocorre ou ocorreu um fenômeno ou que dispõe de elementos para explicá-lo, sendo que a presente pesquisa realizada através de questionário buscou informações sobre as necessidades do consumidor, o que ele espera de valor para solucionar o problema, como a concorrência presta seu trabalho e como seria um produto perfeito na percepção de quem compra entre outros fatores.

A pesquisa se classifica também como de levantamento, este tipo de pesquisa, também conhecida como survey, na concepção de Gil (2002) coleta dados primários via sondagem de opinião sobre o problema, e pode ocorrer através de entrevistas em formulários estruturados com perguntas, geralmente fechadas. Foi utilizado esse tipo de pesquisa para a aplicação de questionários, pertencentes à amostra, principalmente em relação ao mercado consumidor almejado.

Utilizou-se também do método do estudo de caso. O estudo de caso segundo Vergara (2004, p. 49) “é o circunscrito a uma ou poucas unidades, entendidas essas como pessoa, família, produto, empresa, órgão público, comunidade ou mesmo país. Tem caráter de profundidade e detalhamento”.

Conforme Gil (2002) o estudo de caso consiste no estudo profundo e exaustivo de um ou poucos objetos, de maneira que permitam seu amplo e detalhado conhecimento, tarefa praticamente impossível mediante outros delineamentos já considerados. Logo, é um estudo de caso específico de um plano de negócio para analisar a viabilidade de novo empreendimento no ramo tecnológico.

4.2 Universo Amostral

Para a identificação do universo amostral desta pesquisa utilizou-se as definições de Vergara em relação à população. População “é um conjunto de elementos (empresas, produtos, pessoas, por exemplo) que possuem as características que foram objetos de estudo” (VERGARA, 2004, p. 50).

Se o projeto se refere a uma pesquisa de mercado sobre algum aspecto do ambiente, como é usual na área de marketing (por exemplo, pesquisas com clientes, competidores e

fornecedores), deve ser apresentada uma descrição da população- alvo potencial. Nestes casos, é importante especificar o plano de amostragem (ROESCH, 1999, p. 128).

A pesquisa foi realizada nos municípios de Santa Rosa e Cândido Godói, ambos situados no noroeste do Estado do Rio Grande do Sul.

Os dados que foram coletados sobre a viabilidade econômica para a elaboração do presente estudo foram fornecidos pelos habitantes de municípios como Santa Rosa e Cândido Godói, que em sua maioria provém de origem alemã e italiana, com renda oriunda da agricultura, setor metal mecânico, setor alimentício e demais fatores econômicos.

4.3 Coleta de Dados

Um projeto pode combinar técnicas desenvolvidas em um ou outro paradigma. Se trata de coleta de dados primários observação ou testes, é importante especificar nesta seção a fonte dos dados, quando estes foram levantados e através de que instrumentos (ROESCH, 1999, p. 128).

Os dados referentes à percepção sobre o uso do produto Totem como facilitador dos meios de interação social foram coletados por meio de questionário aplicados em integrantes de empresas que poderão ser clientes potenciais, com faixa entre os 12 e 65 anos de idade, tanto do gênero masculino como feminino, mais especificamente em proprietários de pessoas jurídicas, devido ser o público que pretende-se alcançar.

Assim, foram duas populações entrevistadas, a primeira são pessoas jurídicas, organizações que são potenciais compradores do produto a fim de sentir o interesse de compra, sensibilidade de preços entre outros pontos e a segunda são clientes dessas organizações, para perceber o nível de interatividade e agregação social que o produto promove. Foram entrevistadas dez organizações da qual apenas cinco (50%) tiveram respostas satisfatórias para o trabalho, em relação aos clientes das organizações foram entrevistadas 8 pessoas que interagiram com o produto e deram pareceres sobre o funcionamento.

Para as organizações foi aplicado um questionário objetivo contendo 13 questões, já para a analise do cliente foi avaliado pela técnica de observação e logo após, feedback do cliente sobre prós e contras do produto.

A autora prossegue afirmando que no caso de uma pesquisa tipo survey isto é fundamental, já que a coleta de dados sempre leva mais tempo do que o esperado. Quando se

trata de dados secundários é importante relatar sua natureza e especificações. (ROESCH, 1999, p. 128)

Neste item, é explicitado como obteu-se os dados necessários para responder ao problema, o qual se trata no presente estudo da viabilidade econômica do produto eletrônico Totem.

A pesquisa foi realizada nos municípios que se localizam no noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, a qual se trata de uma organização com atuação no ramo tecnológico, que pretende atender outras empresas do ramo de serviços.

Os dados foram coletados por meio de:

a) pesquisa bibliográfica em livros, revistas especializadas e artigos publicados com dados relativos ao assunto;

b) pesquisa documental nos arquivos dispostos em diversos órgãos públicos e empresas locais e regionais, na busca de orçamentos;

c) pesquisa de campo e de levantamento, com questionário de múltipla escolha sobre o tema do uso do produto Totem como facilitador dos meios de interação social a ser aplicado aos possíveis clientes, em sua maioria de pessoas jurídicas, organizações como hotéis, restaurantes, cafés entre outros que prestam atendimento ao publico.

A pesquisa documental foi realizada com pessoas, em documentos levantados pelos sócios, tais como: registros, regulamentos, balancetes, notas fiscais de compras de mercadorias, comunicações informais, informações arquivadas em computadores, diários e outros. Outro procedimento utilizado é a pesquisa bibliográfica onde o acadêmico se apropria de materiais publicados em livros, revistas, jornais, redes eletrônicas, isto é material acessível ao publico em geral.

A entrevista não estruturada aconteceu através de observação do acadêmico sobre o comportamento do cliente ao utilizar-se do produto e logo em seguida perguntas feitas ao mesmo sobre o funcionamento, parecer do cliente sobre o gosto ou desgosto do produto Totem e sugestões de melhoria.

Utilizou-se a pesquisa por observação, que se caracteriza pelo contato do pesquisador com o fenômeno estudado, podendo, a partir dessas respostas, ter referência quanto à análise da viabilidade do empreendimento em questão.

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