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Extensão Escore

Nenhuma---0 Na área operada---1 Em área não operada---2 Em ambas áreas---3 Tipo

Velamentar---1 x extensão Opaca, não vascularizada---2 x extensão Opaca, vascularizada---3 x extensão Densa---4 x extensão

SOMA=

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Foram retirados o útero, tubas uterinas e ovários por ressecção em monobloco para constatação in vitro da perviedade tubária, tendo sido realizados dois testes.

Introduziu-se através do colo uterino um cateter de duas vias, sendo uma com balonete inflável para obstrução uterina e outra aberta para injeção de ar ou contraste (Figura 14 e 15).

Primeiro testou-se a perviedade injetando 20ml de azul de metileno (Figura 16) e verificando-se a sua presença nas fimbrias tubárias, considerando positivo se ocorresse a presença do corante (Teste do Azul de Metileno ou Teste Hidrodinâmico). Após, testou-se a perviedade, realizando-se a conexão do cateter a uma seringa de 20ml para insuflação de ar e a um manômetro para medir a pressão intra-uterina aplicada.

A peça operatória foi imersa em uma cuba com solução de cloreto de sódio 0,9%, e foi insuflado ar sob pressão até 80mmHg (Figura 17). Foi considerado positivo se a tuba testada emitiu bolhas de ar através da extremidade das fimbrias (Teste de Pressão de Rompimento).

B

VB

VCU

Figura 14 – Foto mostrando cateter de duas vias: via para inflar balonete com ar (VB), via para injetar na cavidade uterina (VCU) e balonete (B).

20

CCU

GII-05

Figura 15 - Foto do cateter introduzido no colo uterino (CCU) para o teste de perviedade.

CUE

CUD

TUE

OE

GIII - 12

Figura 16 - Foto mostrando teste de perviedade com azul de metileno, corno uterino direito (CUD), corno uterino esquerdo (CUE), tuba uterina esquerda (TUE) e ovário esquerdo (OE).

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CUE

CUD

AD

ABAE

ABAD

CUT

GIII-09

Figura 17 - Foto mostrando teste de pressão de rompimento através de injeção de ar na cavidade uterina, imerso em solução salina. Corpo uterino (CUT); corno uterino esquerdo (CUE); corno uterino direito (CUD); ausência de bolhas de ar nas fimbrias a esquerda (ABAE); ausência de bolhas de ar nas fimbrias a direita (ABAD) e adesivo cirúrgico em tuba uterina direita (AD).

Análise Histológica

Os úteros, as tubas uterinas e os ovários, após os testes de perviedade, foram acondicionados em frascos individuais, fornecidos pelo próprio laboratório, com formalina a 10%, e numerados para identificação, segundo o grupo, o lado anatômico e o número, e enviados para estudo histomorfométrico computadorizado digitalizado das áreas de obstrução no Laboratório Medicina Diagnóstica na Cidade de Erechim – RS.

A avaliação das tubas uterinas no laboratório de histopatologia foi realizada através de protocolo para macroscopia que, após a devida identificação, avaliou as condições de armazenamento e fixação da peça; suas medidas longitudinal, transversa e antero-posterior; o aspecto da serosa; a medida da parede tubária e a presença do granuloma pelo fio categute (Grupo II) e do adesivo (Grupo III) em seu lúmen.

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Foi realizado corte para inclusão em bloco de parafina nos locais em que foi feita ligadura com fio (Grupo II) e nos locais em que se palpou o polímero formado pelo adesivo cirúrgico (Grupo III). O clareamento foi realizado com éter de petróleo. O estudo histológico das tubas do Grupo III seguiu a técnica de preparo para detecção de adesivos de cianoacrilato que substituí a imersão em xileno, que faz desaparecer 80% do cianoacrilato, por éter de petróleo, aproveitando as propriedades lipofílicas do adesivo, para realizar a clarificação. O processamento dos tecidos foi feito por duas imersões em álcool 70% por uma hora cada, uma imersão em álcool 80% por uma hora, uma imersão em álcool 95% por uma hora, três imersões em álcool absoluto por uma hora cada, três imersões em éter de petróleo sendo a primeira por uma hora e as outras duas por duas horas cada, e três imersões em parafina, as primeiras duas por duas horas e a terceira por meia a uma hora em vácuo.

No Grupo II foram realizados três cortes histológicos (um corte no local da ligadura, um corte à montante e um corte à jusante), no Grupo III também se realizaram 3 cortes histológicos (um corte onde se palpava o polímero, um corte à montante e um corte à jusante). A espessura dos cortes foi de 5µm, sendo que no Grupo III foi utilizado micrótomo de lâmina de diamante para cortar o polímero no interior das tubas, e a técnica de coloração foi a hematoxilina-eosina (HE).

As lâminas foram analisadas quanto aos danos causados no epitélio e também quanto a presença do adesivo.

Foi utilizado o programa Image-pro Plus 3.0 para a morfometria, sendo feita a média de oito mensurações do diâmetro das tubas uterinas (em cm), da mucosa (em mm) e do miosalpinge (em mm).

Análise Estatística

De acordo com a natureza das variáveis foram utilizados os seguintes testes:

- Teste de Friedman para observar o peso dos animais em todos os períodos após o procedimento operatório para os Grupos I, II e III separadamente.

- Teste de Kruskal – Wallis para comparar o tempo de duração dos procedimentos operatórios entre os Grupos I, II e III e a presença ou não de gestação.

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- Teste Exato de Fisher para comparar os Grupos II e III em relação a aderências, abscessos e granuloma.

- Teste de Wilcoxon para comparar os diâmetros tubários, a mucosa e o miosalpinge do lado direito com as do lado esquerdo, tanto do Grupo II quanto do Grupo III.

- Teste de Mann-Whitney para comparar as medidas dos diâmetros tubários, da mucosa e do miosalpinge entre os Grupos II e III.

4. RESULTADOS

Tabela 1 - Ovelhas do Grupo I (simulado - vídeo soro) segundo o peso em quilogramas nos tempos do estudo (P0=dia do procedimento; P30= dia 30; P60= dia 60; P90= dia 90; MÉDIA= média dos pesos; DP= desvio padrão).

PO P30 P60 P90 01 50 51 53 55 02 59 61 63 65 03 53 55 57 59 MÉDIA 54 55,6 57,6 59,6 DP 4,6 5,0 5,0 5,0 Teste de Friedman p = 0,029

Foi encontrada variação estatisticamente significante do peso dos animais do Grupo I. P90>P60>P30>P0

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Tabela 2 - Ovelhas do Grupo II (Pomeroy) segundo o peso em quilogramas nos tempos do estudo (P0=dia do procedimento; P30= dia 30; P60= dia 60; P90= dia da eutanásia; MÉDIA= média dos pesos; DP= desvio padrão).

PO P30 P60 P90 04 55 53 53 54 05 56 54 55 55 06 54 51 52 54 MÉDIA 55 52,6* 53,3** 54,3 DP 1,0 1,5 1,1 0,6 Teste de Friedman p = 0,044

Foi encontrada variação estatisticamente significante do peso dos animais do Grupo II. *P0>P30

**P0>P60 P0=P90

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Tabela 3 - Ovelhas do Grupo III (vídeo adesivo) segundo o peso em quilogramas nos tempos do estudo (PO = dia do procedimento; P30 = dia 30; P60 = dia 60; P90 = dia da eutanásia; MÉDIA = média dos pesos; DP = desvio padrão).

PO P30 P60 P90 07 52 53 55 58 08 60 62 62 63 09 49 50 52 54 10 54 55 58 60 11 50 52 55 55 12 51 52 55 57 MÉDIA 52,6 54* 56,1** 57,8*** DP 4,0 4,2 3,4 3,3 Teste de Friedman p = 0,001

Foi encontrada variação estatisticamente significante do peso dos animais do Grupo III.

*P30>P0

**P60>P0 ***P90>P0

27 62 60 58 56 K g 54 52 50 48 P0 P30 P60 P90 DIA

GRUPO I GRUPO II GRUPO III

Gráfico 1 - Evolução do peso médio, em quilogramas, das ovelhas no período do experimento, de acordo com o dia da aferição e a técnica utilizada.

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Tabela 4 - O tempo em minutos (T) despendido para realização das operações nas ovelhas do Grupo I (GI), do Grupo II (GII), do Grupo III (GIII), com a Média (MED).

GI 01 02 03 MED T 12 14 10 12 GII 04 05 06 MED T 79 55 50 61 GIII 07 08 09 10 11 12 MED T 21 18 20 25 20 16 20 Teste de Kruskal-Wallis p = 0,009

Foi encontrada diferença estatisticamente significante entre os grupos quanto ao tempo de duração das cirurgias onde: Grupo II > Grupo III > Grupo I.

70 60 50 40 T 30 20 10 0

GRUPO I GRUPO II GRUPO III

Gráfico 2 - Média do tempo (T) de duração, em minutos, para a realizaçãodos procedimentos operatórios nas ovelhas do Grupo I ,Grupo II e Grupo III.

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Tabela 5 - Ovelhas do Grupo I, Grupo II e do Grupo III segundo a avaliação clínica quanto a presença ou não de gestação, in vivo (SIM= presença de gestação; NÃO= ausência de gestação).

SIM NÃO TOTAL % DE SIM

GRUPO I 03 0 03 100% GRUPO II 0 03 03 0,0% GRUPO III 0 06 06 0,0% TOTAL 03 09 12 25% Teste de Kruskal-Wallis p = 0,004

Foi encontrada diferença estatisticamente significante entre os grupos quanto a presença de gestação onde o Grupo I se diferenciou de forma significante dos demais grupos.

Foi atribuído escore 1 para a presença de gestação e 0 para a ausência.

Achados Macroscópicos

Tabela 6 - Ovelhas do Grupo II e do Grupo III segundo a presença macroscópica de aderências no local dos procedimentos operatórios (SIM= aderências; NÃO= ausência).

SIM NÃO TOTAL % DE SIM

GRUPO II 04 02 06 66,6%

GRUPO III 0 12 12 0,0%

TOTAL 04 14 18 22,2%

Teste Exato de Fisher p = 0,005

Foi encontrada diferença estatisticamente significante entre os Grupos II e III. GII>GIII

30

ADV

TUE

GII-E-05

Figura 18 - Foto mostrando área de aderência vascularizada (ADV) no local da operação, na tuba uterina esquerda (TUE).

ADO

GO

GII-D-06

Figura 19 - Foto mostrando aderências opacas não vascularizadas em área operada (ADO), granuloma no local da operação (GO).

31

AC

AC

GIII-08

Figura 20 - Foto mostrando local da aplicação do adesivo cirúrgico em tuba uterina direita e esquerda (AC), mostrando ausência de aderências.

32

Tabela 7 - Ovelhas do Grupo II segundo a presença macroscópica de granuloma e abscesso no local do procedimento operatório (+ = presença; _ = ausência).

Animal 04 Animal 05 Animal 06 % D+E

GRANULOM + + + 100%

A

ABSCESSO _ _ _ 0,0%

Teste Exato de Fisher p = 0,012

Foi encontrada diferença estatisticamente significante entre os Grupos II e III, em relação a granuloma.

33

TUD

GR

OD

GII-D-04

Figura 21 - Foto mostrando granuloma (GR) no local da ligadura, após 90 dias do procedimento operatório, tuba uterina direita (TUD), ovário direito (OD).

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Tabela 8 - Ovelhas do Grupo III segunda a presença macroscópica de granuloma e abscesso no local do procedimento operatório (+ = presença; _ = ausência).

07 08 09 10 11 12 % DE +

GRANULOMA _ _ _ _ _ _ 0,0%

ABSCESSO _ _ _ _ _ _ 0,0%

Dispensa análise estatística, em relação a abscesso.

Tabela 9 - Ovelhas do Grupo II e do Grupo III segundo o teste de perviedade das tubas uterinas através da aplicação, in vitro, de azul de metileno nos cornos uterinos (SIM= perviedade; NÃO= obstrução).

SIM NÃO TOTAL % DE SIM

GRUPO II 0 06 06 0,0% GRUPO III 0 12 12 0,0% TOTAL 0 18 18 0,0%

35

CUE

TUE

GII-E-06

Figura 22 -Foto mostrando teste de perviedade com azul de metileno, corno uterino esquerdo dilatado (CUE) e tuba uterina esquerda (TUE).

CUD

AC

TUD

GIII-D-10

Figura 23 - Foto mostrando teste de perviedade com azul de metileno, corno uterino direito (CUD), tuba uterina direita (TUD) e adesivo cirúrgico (AC).

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Tabela 10 - Ovelhas do Grupo II e do Grupo III segundo o teste de perviedade das tubas uterinas através do teste de pressão de rompimento, in vitro (SIM= perviedade; NÃO= obstrução).

SIM NÃO TOTAL % DE SIM

GRUPO II 0 06 06 0,0%

GRUPO III 01 11 12 8,3%

TOTAL 01 17 18 5,5%

Teste Exato de Fisher p = 1,000

Não foi encontrada diferença estatisticamente significante entre os Grupos II e III.

100 90 80 70 60 % 50 40 30 20 10 0

GRUPO II GRUPO III

SIM NÃO

37

TUE

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