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4.1 ELABORAÇÃO DOS PROJETOS

4.1.1 Classificação da edificação

O projeto de PPCI tem seu início com a classificação da edificação. Segundo a Lei Complementar Nº 14.376 de 26 de dezembro de 2013.

Art. 28. As edificações e áreas de risco de incêndio serão classificadas

considerando as seguintes características, conforme critérios constantes nas Tabelas dos Anexos A (Classificação) e B (Exigências):

I - Altura;

II - Área total construída; III - Ocupação e uso; IV - Capacidade de lotação; V - Carga de incêndio.

Conforme a legislação atualizada, está descrito no Decreto nº 53.280 de 01 de novembro de 2016 quanto a classificação da edificação.

Art. 3º A classificação das edificações e das áreas de risco de incêndio quanto à

ocupação/uso, à área construída, à altura, ao grau de risco de incêndio e à capacidade de lotação, bem como às medidas de segurança a serem instaladas deverão observar o disposto nas tabelas dos Anexos A (Classificação) e B (Exigências) deste Decreto.

4.1.1.1 Classificação da edificação quanto à altura

A classificação da edificação quanto à altura, é descrita na Lei Complementar Nº 14.376 da seguinte forma: “altura da edificação ou altura descendente é a medida em metros entre o ponto que caracteriza a saída ao nível da descarga, sob a projeção do paramento externo da parede da edificação, ao ponto mais alto do piso do último pavimento”.

A altura da edificação (altura ascendente) deste objeto de estudo é de 0,35m. A figura 4 apresenta a classificação das edificações quanto à altura.

Figura 4 - Classificação das edificações quanto à altura

Fonte: Lei Complementar nº 14.376, 2013

Observando o Decreto nº 53.280, a classificação da edificação quanto à altura é idêntica da Lei Complementar nº 14.376, como é possível averiguar na figura abaixo.

Figura 5 - Classificação das edificações quanto à altura

Fonte: DECRETO Nº 53.280, 2016

Conforme tabela 2 do Decreto nº 53.280 a edificação classifica-se como tipo I – Térrea.

4.1.1.2 Classificação da edificação quanto à área total construída

A classificação da edificação quanto sua área total construída é apresentada através da tabela 4 do anexo B da Lei Complementar Nº 14.376 como pode-se observar na figura 6. A edificação do estudo possuiu área construída menos que 750m².

Figura 6 - Exigências para edificações existentes

Fonte: Lei Complementar nº 14.376, 2013

Porém após a publicação do Decreto nº 53.280, fica composta a classificação edificação quanto à área total construída conforma a figura 7.

Figura 7 - Exigências para edificações e áreas de risco de incêndio

Fonte: DECRETO Nº 53.280, 2016

A área total da edificação é de 105,28m², sendo assim devemos seguir as medidas de proteção conforme Tabela 5 da referida lei. Apesar disso na resolução técnica de transição do CBMRS de 02 de julho de 2015, altera a tabela de exigências de proteção contra incêndio para edificação deste estudo de caso.

4.17 As medidas de segurança contra incêndio previstas para a ocupação

classificada no grupo M, divisão M-3 (Subestações Elétricas), conforme Lei Complementar nº 14.376, de 26 de dezembro de 2013, independentemente da área construída, altura, classe de risco de incêndio e da presença ou não de pessoas, serão as constantes na Tabela 6M.3 da referida Lei Complementar, as previstas na ABNT NBR 13231/2015 e nesta Resolução Técnica de Transição, até a entrada em vigor de Resolução Técnica que regule o assunto.

Esta Resolução Técnica (RT) tem publicação anterior ao Decreto nº 53.280, documento este que é a legislação vigente, porém não há em seu texto algo que entre em desacordo ao item 4.17 da referida RT. Entende-se que deve ser seguido está linha de raciocíno para classificação do estudo de caso, onde serão utilizadas as medidas de proteção descritas na Tabela 6 do mesmo decreto.

Está pratica também é comprovada pelo motivo de que não foram abordadas as edificações do grupo M-6 – Distribuição de Energia Elétrica na tabela 5 do Decreto nº 53.280 (figura 8), sendo que desta forma faz-se necessário a orientação conforme tabela 6 do referido decreto.

Figura 8 - Parte da Tabela 5 do Decreto nº 53.280

Fonte: DECRETO Nº 53.280, 2016

4.1.1.3 Classificação da edificação quanto à ocupação e uso

A Lei Complementar Nº 14.376, traz uma tabela para a classificação das edificações. Segundo a Tabela 1, a ocupação de uma subestação de energia enquadra-se como divisão M-3– Centrais de Comunicação e Energia. Segue figura abaixo a qual é parte da tabela 1.

Figura 9 - Classificação das edificações e áreas de risco quanto à ocupação.

Fonte: Lei Complementar nº 14.376, 2013

Contudo, o Decreto nº 53.280 a classificação quanto a ocupação e uso está de forma mais ampla e clara, visto que na tabela 3.1 além da descrição da atividade, foi incluído o código Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE). Na figura 10 foi apresentado parte desta tabela.

Figura 10 – Classificação das edificações e áreas de risco quanto a atividade econômica

Fonte: DECRETO Nº 53.280, 2016

O estado de São Paulo publicou em 10 de março de 2011 o Decreto nº 56.819, onde na tabela 1 deste documento está formatado a classificação das edificações e área de risco quanto à ocupação. A classificação da edificação deste estudo está apresentada na figura 11.

Figura 11 – Classificação das edificações e área de risco quanto à ocupação

Fonte: Decreto Nº 56.819, 2011

Tal informação acima é pertinente devido a nossa legislação vigente estar baseadas em algumas IT do corpo de bombeiros do estado de São Paulo. Na tabela 1 confronta-se a classificação da edificação deste estudo de caso com a legislação e estado de referência.

Tabela 1 – Classificação conforme legislação e estado

Estado Rio Grande do Sul São Paulo

Legislação de

Referencia LEC N. º 14.376 DEC. N. º 53.280 DEC. N. º 56.819 Classificação da

Edificação M-3 M-5 M-3

Fonte: Próprio autor

4.1.1.4 Classificação da edificação quanto à capacidade de lotação

A definição de capacidade lotação é definida pela Lei Complementar nº 14.924 de 22 setembro de 2016 no Art. 6º como sendo “a quantidade máxima de pessoas em uma edificação ou

área de risco de incêndio, de acordo com a ocupação e demais características, cujo cálculo é regulado por RT CBMRS”. A figura 12 representa parte da tabela 1 da RT CBMRS Nº 11.

Figura 12 – Tabela com dados para dimensionamento das saídas de emergência.

Fonte: RT CBMRS Nº 11 - PARTE 1 - SAÍDAS DE EMERGÊNCIA, 2016

Reunindo as informações existentes na figura 12, juntamente com os dados deste estudo de caso obtém-se o quantitativo populacional para a edificação em estudo. Estas informações são apresentadas na tabela 2.

Tabela 2 - Cálculo populacional

Local Área (m²) Classificação Capacidade Prédio de

Telecomando 105,28 M-3 11 Pessoas

TOTAL 11 Pessoas

Fonte: Próprio autor

Para esta edificação temos a seguinte necessidade de saídas de emergência: 11

100∗ 0,55 = 0,06 ݉ ݀݁ ݏܽí݀ܽ ݀݁ ݁݉݁ݎ݃ê݊ܿ݅ܽ

Sendo assim faz-se necessário pelo menos uma saída de emergência de 1,10m. A edificação do estudo de caso tem uma porta principal medindo 1,60m, e mais uma porta auxiliar de 0,80m.

4.1.1.5 Classificação da edificação quanto à carga de incêndio

“A soma das energias caloríficas possíveis de serem liberadas pela combustão completa de todos os materiais combustíveis contidos num ambiente, pavimento ou edificação, inclusive o revestimento das paredes, divisórias, pisos e tetos” é a definição de carga de incêndio descrita na Lei Complementar Nº 14.376, Art. 6º.

Para a edificação deste estudo de caso não está claramente descrito a carga de incêndio na Lei Complementar nº 14.376. Utilizando as informações contidas na tabela 3.1 da mesma lei temos os seguintes itens produtos com a carga de incêndio:

Tabela 3 - Produtos x Carga de Incêndio

Descrição Carga de Incêndio (MJ/m²)

Fios Elétricos 300

Transformadores 200

Centrais Telefônicas 200

Fonte: Lei Complementar nº 14.376, 2013

A classificação das edificações quanto à carga de incêndio conforme a Lei Complementar nº 14.376 é apresentado na figura 13.

Figura 13 - Classificação das edificações quanto à carga de incêndio

Fonte: Lei Complementar nº 14.376, 2013

Analisando a tabela 2, podemos classificar a edificação em estudo orientandos pela figura 13 como Risco Baixo, até 300MJ/m².

Porém, com a publicação do Decreto nº 53.280, a carga de incêndio está apresentada na tabela 3.1, figura 10, onde a edificação deste estudo de caso tem carga de incêndio de 450 MJ/m². Conforme tabela 3 do mesmo decreto, figura 14, a edificação é classificada com grau de risco

Figura 14 - Classificação das edificações e áreas de risco quanto ao grau de risco

Fonte: DECRETO Nº 53.280, 2016

4.1.1.6 Exigências para as edificações

Concluída a etapa de classificação da edificação passamos a averiguar qual são as exigências para confecção do projeto de PPCI. Conforme o anexo B da Lei Complementar nº 14.376, na tabela 6M.3 está registrado as medidas de segurança contra incêndio necessárias, as quais estão apresentadas na figura 15.

Figura 15 - Tabela das medidas de segurança contra incêndio para edificação do grupo M-3

Fonte: Lei Complementar nº 14.376, 2013

Entretanto conforme o Decreto nº 53.280 passa ser necessário além das medidas já exigidas na Lei Complementar 14.376, o Plano de Emergência conforme figura abaixo.

Figura 16 - Tabela das medidas de segurança contra incêndio para edificação do grupo M-6

Fonte: DECRETO Nº 53.280, 2016

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