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4.1 ELABORAÇÃO DOS PROJETOS

4.1.2 Medidas de Segurança

Concluído a etapa de classificação da edificação e com isso obtendo as medidas de segurança necessárias, passa-se a analisar as mesmas. Todas as medidas de segurança estão apresentadas nas tabelas 1 e 2 da Resolução Técnica de Transição do CBMRS bem como as normas ou resolução técnica a serem observadas.

4.1.2.1 Acesso de viatura na edificação

Esta medida de segurança está fundamentada conforme Instrução Técnica nº 06/2011, do Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo, a qual tem como objetivo pôr as condições mínimas para o acesso de viatura de bombeiros nas edificações e áreas de risco.

Os principais tópicos que essa IT exigem na edificação são:

• A via deve ter a largura mínima seis metros, altura livre de quatro metros e meio e suportar viaturas com vinte e cinco toneladas distribuídas em dois eixos;

• O portão de acesso deve possuir largura mínima de quatro metros e altura de quatro metros e meio;

4.1.2.2 Segurança estrutural contra incêndio;

A Instrução Técnica nº 08/2011, do Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo possui o objetivo de “estabelecer as condições a serem atendidas pelos elementos estruturais e de compartimentação que integram as edificações, quanto aos Tempos Requeridos de Resistência ao Fogo (TRRF), para que, em situação de incêndio, seja evitado o colapso estrutural por tempo suficiente para possibilitar a saída segura das pessoas e o acesso para as operações do Corpo de Bombeiros”. CBMRS também utiliza a esta IT como documento técnico básico para esta medição de segurança. Na figura 17 está apresentada parte da tabela A da IT nº 08 a qual descreve conforme a classificação da edificação devido a ocupação/uso e altura requer um tempo em mínimo de resistência ao fogo.

Figura 17 – TRRF requerido para a edificação do estudo de caso

Fonte: Instrução Técnica Nº 08 / 2011

O índice de TRRF equivalente para a edificação do estudo de caso está exibido na figura 18.

Figura 18 - TRRF equivalente para a edificação do estudo de caso

Fonte: Instrução Técnica Nº 08 / 2011

Para a edificação deste estudo de caso é exigido um tempo requerido de resistência ao fogo de 90 minutos ou uma hora e meia. Os materiais que compõe a edificação atendem está necessidade, tendo em vista que a construção apresenta parede de alvenaria (blocos de concreto rebocados), e o forro de laje pré-moldada.

4.1.2.3 Compartimentação horizontal;

A compartimentação horizontal se destina a impedir a propagação de incêndio no pavimento de origem para outros ambientes no plano horizontal, onde este objetivo é um dos principais da IT º 09/2011, do Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo.

Esta normativa é o documento seguido pelo CMBRS quando necessário a medição de proteção tipo compartimentação. Alguns elementos construtivos da compartimentação horizontal são:

a) Paredes corta-fogo de compartimentação; b) Portas corta-fogo;

c) Vedadores corta-fogo;

d) Registros corta-fogo (dampers); e) Selos corta-fogo;

Para a edificação do estudo de caso, onde o único prédio existente (prédio de telecomando) possui uma área total de 105,28m² forme o anexo B da IT 09, ver figura abaixo, não se faz necessário a instalação da compartimentação nesta edificação.

Figura 19 - Área máxima de compartimentação

Fonte: IT Nº 09/2004 - Compartimentação Horizontal e Compartimentação Vertical, 2004

Contudo, analisando NBR 13.231 de 2014 a qual arbitra que quando instalados transformadores de força, onde estes ocorreram com instalação externa devem ter uma distância de separação mínima para com edificações ou outros equipamentos, conforme figura abaixo.

Figura 20 – Representação da separação mínima entre o transformador e a edificação

Fonte: NBR 13.231 - Proteção contra incêndio em subestações elétricas, 2014

O tipo e o volume do líquido isolante utilizando no transformador de potência são variáveis para definir as distâncias de separação. A figura 21 apresenta estas informações.

Figura 21 - Parte da placa de identificação do transformador

Fonte: Fabricante do transformador de potência

A distância de separação entre o transformador e a edicação é apresentada na figura 22.

Figura 22 - Distância de separação mínima entre o transformador e a edificação

Fonte: NBR 13.231 - Proteção contra incêndio em subestações elétricas, 2014

Caso as distâncias mínimas de afastamento não sejam possíveis, adota-se a utilização de parede tipo corta fogo. Para este estudo de caso a distância do transformador de potência até o prédio de comando é muito superior à distância mínima, como é possível comprovar na representação abaixo, onde observa-se que a distância é maior que 44m.

Figura 23 - Distância de afastamento do prédio de telecomando e o transformador de potência

Fonte: Próprio autor

O capítulo 7.2 da NBR 13.231 de 2014 aborda o assunto de parede corta fogo, onde orienta a utilização desta medida de segurança quando as distâncias mínimas não são possíveis de serem atendidas tanto para edificações importante quanto para equipamentos adjacentes. Neste estudo de caso temos a possibilidade de instalação de dois transformadores de potência onde a distância mínima não será atendida, sendo desta forma a necessidade de instalação de uma parede corta fogo entre estes equipamentos.

Os requisitos mínimos que a parede corta fogo deve atender são: a) Resistência mínima ao fogo de no mínimo de 2 horas;

b) Dimensão estendida em 0,3m (na altura) e 0,6m (no comprimento) a maior que o equipamento protegido;

c) Distância livre mínima de 0,5 entre a parede e o equipamento protegido;

d) Ser capaz de suportar não menos que 25% da carga de vento total de projeto à temperatura máxima de exposição ao fogo;

e) Construção de bloco de concreto ou concreto armado;

f) A parede sofrendo um colapso estrutural e caindo, parcial ou totalmente, não pode atingir edificações ou bloquear a rota de fuga;

A representação da separação entre equipamento e edificações através de parede tipo corta fogo está apresentada na figura 24.

Figura 24 – Separação por parede tipo corta fogo entre equipamentos e edificação

Fonte: NBR 13.231 - Proteção contra incêndio em subestações elétricas, 2014

4.1.2.4 Controle de materiais de acabamento

A medida de segurança de controle de materiais de acabamento está baseada na Instrução Técnica nº 10/2011, do Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo. O objetivo desta IT é “estabelecer as condições a serem atendidas pelos materiais de acabamento e de revestimento empregados nas edificações, para que, na ocorrência de incêndio, restrinjam a propagação de fogo e o desenvolvimento de fumaça”.

Nesta IT temos as seguintes terminologias definidas:

• Materiais de revestimento: todo material ou conjunto de materiais empregados nas superfícies dos elementos construtivos das edificações, tanto nos ambientes internos como nos externos, com finalidades de atribuir características estéticas, de conforto, de durabilidade etc. Incluem-se como material de revestimento, os pisos, forros e as proteções térmicas dos elementos estruturais.

• Materiais de acabamento: todo material ou conjunto de materiais utilizados como arremates entre elementos construtivos (rodapés, mata-juntas, golas etc.).

• Materiais termo acústicos: todo material ou conjunto de materiais utilizados para isolação térmica e/ou acústica.

A classificação dos materiais está vinculada com as características construtivas de cada produto, onde é avaliado para os materiais de revestimento de piso os seguintes itens:

• Fluxo crítico – Fluxo de energia radiante necessário à manutenção da frente de chama no corpo de prova.

• FS – Tempo em que a frente da chama leva para atingir a marca de 150 mm indicada na face do material ensaiado.

• Dm – Densidade ótica específica máxima corrigida. • ∆t – Variação da temperatura no interior do forno. • ∆m – Variação da massa do corpo de prova. • ࢚ࢌ– Tempo de flamejamento do corpo de prova.

Os demais revestimentos, exceto piso, os seguintes itens são analisados: • Ip – Índice de propagação superficial de chama.

• Dm – Densidade específica ótica máxima.

• Δt – Variação da temperatura no interior do forno. • Δm – Variação da massa do corpo de prova. • ࢚ࢌ– Tempo de flamejamento do corpo de prova.

Ponderadas estas propriedades dos revestimentos serão atribuídas as seguintes categorias: • Classe I;

• Classe II-A ou II-B; • Classe III-A ou III-B; • Classe IV-A ou IV-B; • Classe V-A ou V-B; • Classe VI;

De posse destas informações podemos analisar o anexo B da IT em questão, onde está apresentado a tabela recortado na figura abaixo, sendo que obtemos quais as classes dos revestimos são aceitas para a ocupação da edificação deste estudo de caso.

Figura 25 - Classificação dos materiais conforme a ocupação em função da finalidade do material

Fonte: IT Nº 10/2011 - Controle de materiais de acabamento e de revestimento, 2011

Logo, no estudo de caso temos a seguinte classificação, conforme tabela 4.

Tabela 4 – Classificação dos materiais da edificação

Piso Parede e Divisória Teto e Forro

Cerâmica Alvenaria

Blocos de concreto rebocados Laje pré-moldada rebocada

Classe I Classe I Classe I

Fonte: Próprio autor

4.1.2.5 Saídas de emergência

Saída de emergência é “caminho contínuo, constituído por portas, corredores, halls, passagens externas, balcões, sacadas, vestíbulos, escadas, rampas ou outros dispositivos de saída ou combinações destes, a ser percorrido pelo usuário em caso de sinistros de qualquer ponto da edificação até atingir o espaço livre exterior térreo” (CBMRS RT Nº 11, 2016).

Em nosso estado a legislação vigente sobre esta medida de segurança é a Resolução Técnica CBMRS Nº 11/2016 – Saídas de Emergência, onde a mesma tem o objetivo de “estabelecer os requisitos mínimos necessários para o dimensionamento das saídas de emergência para que a população possa abandonar a edificação, em caso de incêndio ou pânico, protegida em sua integridade física, e permitir o acesso de guarnições de bombeiros para o combate ao fogo ou retirada de pessoas[...]” (CBMRS RT Nº 11, 2016).

Para o dimensionamento das saídas de emergência faz necessário a análise da população que irá transitar a edificação, observando diversos critérios e características. Mas a análise que utilizamos essencialmente é através da equação abaixo.

ܰ = ௉

Equação 1 – Dimensionamento das saídas de emergência

ܰ - Número de unidades de passagem, arredondado para número inteiro imediatamente superior;

ܲ - População, conforme coeficiente da Tabela 1, do Anexo “A” da RT 11;

ܥ - Capacidade da unidade de passagem, conforme Tabela 1, do Anexo “A” da RT 11.

Para o estudo de caso, conforme apresentado no item 5.1.14 é necessária pelo menos uma porta de emergência de 0,80m

4.1.2.6 Plano de Emergência;

A Normal Brasileira Nº 15.219 – Plano de emergência contra incêndio – Requisitos válida a partir de 30 junho de 2005, e a normativa vigente quando tratamos da medida de segurança Plano de Emergência. Esta normativa aplica-se a qualquer edificação, com exceção das edificações unifamiliares, onde fica estabelecida através desta “[...]os requisitos mínimos para a elaboração, implantação, manutenção e revisão de um plano de emergência contra incêndio, visando proteger a vida e o patrimônio, bem como reduzir as consequências sociais do sinistro e os danos ao meio ambiente”. (ABNT NBR 15.219, 2005)

Para uma boa elaboração do plano de emergência o profissional habilitado deve considerar os seguintes pontos:

• Localização, pontos de referências e/ou riscos próximos a edificação, bem como a distância da unidade do Corpo de Bombeiros;

• Construção, tipo de material utilizado na edificação; • Ocupação;

• População;

• Característica de funcionamento; • Pessoas portadoras de deficiências;

• Recursos humanos, analisar a existência de uma brigada de incêndio, bombeiros profissionais civis na edificação; medidas de proteção existente bem como seu funcionamento;

O plano de emergência dever ser um guia de que as pessoas que habitam a edificação devem agir durante a ocorrência de um sinistro. O fluxo das informações está apresentado na figura 26.

Figura 26 - Fluxograma de procedimentos de emergência contra incêndio

4.1.2.7 Brigada de incêndio;

A composição de uma brigada de incêndio está regulamentada através da Resolução Técnica Nº 014/2009. A “Brigada de Incêndio é um grupo organizado de pessoas preferencialmente voluntárias ou indicadas, treinadas e capacitadas para atuar na prevenção e no combate ao princípio de incêndio, abandono de área e primeiros socorros, dentro de uma área pré- estabelecida” (CBMRS RT Nº 14, 2009). A tabela 5 exibe o número de brigadistas exigidos conforme o risco, bem como a carga horária do treinamento.

Tabela 5 - Quantitativos de brigadistas por edificação e carga horária do treinamento

Quantitativo de Brigadistas Carga Horário do Treinamento

Risco Nº de Pessoas

Pequeno 01 a cada 750m²

5 horas

Médio 02 a cada 750m²

Grande 03 a cada 750m² 10 horas

Mínimo 02 pessoas

Fonte: CBMRS RT Nº 014, 2009

Para o estudo de caso será necessárias 02 pessoas para a brigada de incêndio.

4.1.2.8 Iluminação de emergência;

A legislação que rege a medida de segurança Iluminação de Emergência é a NBR 10898/2013. Dentre esta normativa estão apresentadas as principais funções da iluminação de emergência, que são:

• Para evacuação de público

A iluminação de aclaramento é imprescindível em todos os lugares que possibilitem uma movimentação vertical ou horizontal, de saídas para fora da edificação. O nível mínimo de iluminamento no piso deve ser de:

a) 5 lux em locais com desnível (escadas ou passagens com obstáculos);

A iluminação precisa consentir o reconhecimento de obstáculos que estejam de forma que possam bloquear a circulação, como grades, saídas, mudanças de direção. O reconhecimento de obstáculos deve ser obtido por aclaramento do ambiente ou por sinalização luminosa.

A iluminação dos ambientes não pode deixar sombras nos degraus das escadas ou obstáculos.

• Requisitos do sistema de iluminação

A magnitude do iluminamento necessita ser adequada para impedir acidentes e garantir a evacuação das pessoas em segurança, bem como o controle do sinistro das áreas por equipes de socorro e combate ao incêndio. Necessita ser levada em conta a possível penetração de fumaça nas vias de abandono.

• O sistema de iluminação de emergência deve:

a) deixar o controle visual das áreas abandonadas para que seja possível localizar pessoas impedidas de locomoverem-se;

b) proteger a segurança patrimonial e facilitar a localização de pessoas indesejadas pelo pessoal da intervenção;

c) sinalizar, de forma inequívoca, as rotas de fuga utilizáveis, no momento do abandono de cada local;

d) sinalizar o topo do prédio para a aviação civil e militar.

• Autonomia

Com o objetivo de cumprir seu alvo o sistema de iluminação de emergência deve garantir a intensidade dos pontos de luz de caráter a respeitar os níveis mínimos de iluminamento desejados. O sistema não pode ter uma autonomia menor que 1 h de funcionamento, incluindo uma perda não maior que 10 %de sua luminosidade inicial.

4.1.2.9 Alarme de incêndio;

A NBR 17240/2010 especifica os requisitos para projeto, instalação, comissionamento e manutenção de sistemas de detecção e alarme de incêndio em edificações.

Nesta normativa estão descritas as características que um projeto de sistema de alarme de incêndio deve obter, dentre os principais são:

• A central deve ser monitorada, localmente ou de maneira remota 24 horas por dia; • Deve ser instalada preferencialmente na entrada da edificação, ou caso não seja

possível ter um painel repetidor próxima a entrada da edificação;

• A central não deve ser instalada próximo a materiais inflamáveis ou tóxicos; • O local da instalação da central deve permitir a rápida comunicação com a brigada

de incêndio e ou corpo de bombeiros;

• Prever um espaço mínimo de 1m² em frente a central para operação e manutenção; • A distância máxima a ser percorrida por uma pessoa para acessar o acionador

manual não pode ser superior a 30m;

4.1.2.10 Sinalização de emergência;

A norma brasileira 13434, parte 1, parte 2 e parte 3 do ano de 2004, 2004 e 2005 respectivamente fundamenta os requisitos da Sinalização de Segurança contra Incêndio e Pânico. Essa medida tem o objetivo de diminuir o risco de ocorrência de incêndio alertando as pessoas da edificação, alertando para os riscos existentes e abonar que sejam seguidas as ações apropriadas à situação de risco, que dirijam as ações de combate e facilitem a localização dos equipamentos de combate a incêndio, bem como as rotas de saída para abandono seguro da edificação em caso de incêndio.

Para sua eficácia, a sinalização de segurança contra incêndio faz uso de símbolos, mensagens e cores, que devem ser instaladas nas áreas de risco e locais apropriados. Na figura abaixo (figura 27) estão apresentadas as principais placas de sinalização.

Figura 27 - Principais placas de sinalização de emergência

Fonte: ABNT NBR 13434 – Parte 2, 2004

4.1.2.11 Extintores;

Esta medida de prevenção é orientada através da Resolução Técnica CBMRS nº 14/2014 – Extintores de Incêndio, a qual constituiu os critérios para proteção contra incêndio em edificações através de extintores de incêndios.

Dentre as principais definições desta pode-se destacar as distâncias máximas a serem percorridas conforme as classes de riscos, onde a tabela 6 apresenta estas informações.

Tabela 6 - Distância máxima a ser percorrida a encontrar um extintor

Classe de Risco

Capacidade Extintora Mínima Distância Máxima a ser percorrida

Classe A Classe B Classe C Classe A Classe B/C

Baixo 2-A 20-B C 25m 25m

Médio 2-A 40-B C 20m 20m

Alto 4-A 80-B C 15m 15m

Fonte: CBMRS RT Nº 14 - Extintores de Incêndio, 2014

Percebe-se portanto que para este estudo de caso serão necessários dois extintores ABC 10Kg (ܥܱ) no prédio de comando, e no pátio externo um extintor BC 50kG (PQS) e mais quarto extintores ABC 6kG (PQS).

4.1.2.12 Hidrantes e mangotinhos;

A norma brasileira da associação brasileira de normas técnicas nº 13.714 de janeiro de 2000 é o documento básico e vigente para dimensionamento, instalação, manutenção, aceitação e manuseio e definição de demais características pertinentes do sistema de hidrantes e de mangotinhos para todas edificações com exceção a: indústrias petroquímicas, refinarias de petróleo, terminais e bases de distribuição de derivados de petróleo e instalações de armazenagem de líquidos combustíveis e inflamáveis.

Dente as principais características descritas nesta normativa está o tipo de sistema de hidrante e de mangotinhos. A figura abaixo apresenta esta classificação.

Figura 28 - Tipo de sistema de hidrante e mangotinhos

O dimensionamento do tipo de sistema hidrante e mangotinhos conforme a ocupação ou uso da edificação está apresentado no anexo D desta normativa. A figura abaixo é parte da tabela D.1.

Figura 29 - Classificação dos edifícios e aplicabilidade dos sistemas

Fonte: Tabela D.1 da NBR 13.714 - Sistemas de hidrantes e de mangotinhos para combate a incêndio, 2000

Analisando a figura 29 não está diretamente apresentado o tipo de ocupação da edificação deste estudo de caso. Contudo a Resolução Técnica de Transição do CBMRS de 2015 também é documento que compreende a legislação vigente para esta medida de segurança. No item 4.7.1 “o sistema de hidrantes e mangotinhos para esta ocupação será do tipo 2, conforme ABNT NBR 13714/2000”. A ocupação que está sendo referenciada no item 4.7.1 é a divisão M-3 (Subestações Elétricas), conforme a Lei Complementar nº 14.376.

Desta forma para o estudo de caso deverá ser instalado um sistema de hidrante tipo 2, com 01 ponto de hidrante, onde terá uma reserva técnica de no mínimo 36.000 litros.

O dimensionamento da reserva técnica é resultado da seguinte equação: ܸ = ܳ ∗ ݐ

ܸ é o volume da reserva, em litros;

ܳ é a vazão de duas saídas do sistema aplicado, em litros por minuto;

ݐ é o tempo de 60 minutos para sistemas do tipo 1 e 2, e de 30 minutos para sistema do tipo 3;

5 CONCLUSÃO

“É sempre melhor prevenir do que remediar”. Esse pequeno ditado popular que faz parte de nosso “folclore” e existe a muito tempo, possui correlação como a prevenção contra incêndio. A primeira correlação é a essência da palavra prevenção, cuja tem o seguinte significado: “conjunto de medidas ou preparação antecipada de (algo) que visa prevenir (um mal) ”.

A segunda correlação é a história do mundo e de nosso pais/estado no contexto de prevenção a incêndio, porém o ditado não é seguido. Primeiramente acontecem os sinistros para depois a sociedade tomar providência. Observando o fato ocorrido em Santa Maria/RS, na boate Kiss, o qual provocou uma grande cobrança sobre as entidades públicas e responsáveis, onde com apenas 11 (onze) meses após o ocorrido foi publicada uma nova legislação sobre o assunto. A Lei Kiss foi de significativa importância, pois provocou uma “revolução” ou melhor uma reestruturação sobre o assunto de prevenção e proteção contra incêndios.

Contudo os órgãos públicos não sofreram a mesma restruturação, fazendo com que a solução aplicada à legislação criou outras dificuldades. É notório que ao longo destes últimos 03 (três) anos o quantitativo de leis, decretos, normativas e afins, foram criados posterior a leis Kiss para corrigir e adequar todo o sistema.

No entanto, não basta apenas ser produzido o estudo de um adequado plano de prevenção e proteção contra incêndio de uma edificação para que a mesma esteja protegida. O sucesso de uma atividade ou ação é um conjunto de fatores que sobre esse tema podemos considerar alguns itens:

- o projeto ou estudo por parte do profissional habilitado; - a fiscalização ou verificação por parte do estado;

- a execução das medidas de proteção tal qual o projetado, por parte do proprietário; - o treinamento por parte dos usuários ou colaboradores;

- a valorização ou cuidado por parte da sociedade;

Este trabalho teve como objetivo principal elaborar um adequado PPCI, para uma subestação de energia, após a publicação da Lei Kiss e demais alterações e complementares. Tais documentos possibilitam mais que uma interpretação a respeito da efetividade das medidas de segurança necessárias para esse tipo de edificação.

No entanto com a conclusão deste trabalho, é possível afirmar que o objetivo central do estudo foi atendido. O PPCI apresentado no decorrer deste estudo é valido e exequível.

6 BIBLIOGRAFIA

ASSOCIOAÇÃO BRASILEIRA DE NORMA TÉCNICAS (ABNT). NBR 13.714 - Sistemas de

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