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Quando 4 Mudanças no comportamento através do treinamento

3.1 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA

Para a classificação da pesquisa Vergara (2000) diz que a qualifica em relação a dois aspectos: quantos aos fins e quanto aos meios.

Quanto aos fins, a pesquisa foi descritiva e exploratória. Descritiva, porque visou levantar opiniões, atitudes, percepções, expectativas e sugestões dos entrevistados.

Já quanto aos meios, a pesquisa pode ser classificada como bibliográfica, documental e de campo.

3.1.1 Quanto a Natureza

Do ponto de vista da sua natureza, Roesch, (2010) afirma que pode ser pesquisa básica e pesquisa aplicada. A pesquisa básica tem como foco questões considerada importante para a área de estudo ou interesse intelectual pessoal.

Na pesquisa básica, Patton (1990) apud Roesch (2010), afirma que o propósito é entender como o mundo opera, interpreta e explica os fenômenos. As questões básicas de pesquisa emergem de tradições oriundas das disciplinas especificas e as contribuições ao conhecimento tomam forma de teorias, que explicam o fenômeno investigado.

Já na pesquisa aplicada Patton (1990) apud Roesch (2010), diz que os pesquisadores trabalham com problemas humanos. Entender a natureza de um problema para que se possa controlar o ambiente. A fonte das questões de pesquisa e centrada em problemas e preocupações das pessoas e o proposito é gerar soluções para o problema.

3.1.2 Quanto à Abordagem

Quanto à abordagem, a pesquisa pode ser: pesquisa quantitativa e pesquisa qualitativa Segundo Roesch (2010, p. 131) “pesquisa quantitativa é para avaliar mudanças em grandes organizações”. Quando se trata de programas abrangentes, como restruturação do trabalho, sistema participativo, programa de incentivos, é interessante introduzir mudanças numa base experimental. A ideia é testar se vale a pena introduzir tal sistema ou programa; se o momento é oportuno; se as pessoas vão ter condições de operá-lo e, evidentemente, se o sistema produz bons resultados.

Pesquisa qualitativa, conforme, Roesch (2010) é apropriada para a avaliação formativa, quando se trata de melhorar a efetividade de um programa, ou plana, ou mesmo quando é o caso da proposição de planos, ou seja, quando se trata de selecionar as metas de um programa e construir uma intervenção, mas não é adequada para avaliar resultados de programas ou planos.

Roesch (2010), ainda afirma que outra maneira de encarar a pesquisa qualitativa: considerá-la como um paradigma diferente de pesquisa, neste caso o pesquisador capta a perspectiva dos entrevistados, sem partir de um modelo preestabelecido.

3.1.3 Quanto aos Objetivos

Com relação aos objetivos as pesquisas podem ser classificadas em: exploratória, descritiva e explicativa.

A pesquisa exploratória, segundo Gil (2009), proporciona maior familiaridade como problema com vistas a torná-lo mais explicita ou a construir hipóteses. Pode se dizer que esta pesquisa tem como objetivo principal o aprimoramento de ideias ou a descoberta de intuições. Seu planejamento é, portanto bastante flexível de modo que possibilite a consideração dos mais variados aspectos relativos aos fatos estudados.

Para Gil (2009), embora o planejamento da pesquisa exploratória seja bem flexível na maioria das vezes assume a forma de pesquisa bibliográfica ou de estudo de caso.

Pesquisa exploratória é o primeiro passo de todo trabalho cientifico. São finalidades, sobretudo quanto à bibliografia, proporcionar maior informação sobre determinado assunto, definir os objetivos ou formular as hipóteses de uma pesquisa exploratória e descobrir novo tipo de enfoque para o trabalho que se tem em mente (ANDRADE, 2009 p. 114).

Uma pesquisa descritiva, conforme Gil (2010, p. 27), “tem como objetivo a descrição das características de determinada população. Podem ser elaboradas também com a finalidade de identificar possíveis relações entre variáveis”.

O estudo científico está assentado nos resultados oferecidos pelos estudos explicativos.

As pesquisas explicativas têm como propósito identificar fatores que determinam ou contribuem para a ocorrência de fenômenos. Estas pesquisas são as que mais aprofundam o conhecimento da realidade, pois têm como finalidade explicar a razão, o porquê das coisas (ROESCH, 2010, p. 28).

Afirma Gil (2010), que as pesquisas explicativas nas ciências naturais valem-se quase exclusivamente do método experimental.

3.1.4 Quanto aos procedimentos

As pesquisas quanto ao procedimento técnico podem ser classificadas em: pesquisa bibliográfica, pesquisa documental, pesquisa experimental, ex-post-facto, levantamento (survey), laboratório, pesquisa de campo, pesquisa participante, pesquisa-ação, estudo de caso e observação.

Para Gil (2010, p. 29) “a pesquisa bibliográfica é elaborada com base em material já publicado. Tradicionalmente, esta modalidade de pesquisa inclui material impresso, como livros, revistas, teses dissertações e anais de eventos científicos”.

Para Marconi (2010, p. 157) a característica da pesquisa documental “é que a fonte de coleta de dados está restrita a documentos, escrita ou não, constituindo o que se denomina de fontes primárias”. Elas podem ser feitas no momento em que o fato ou fenômeno ocorre, ou depois.

Para Marconi (2010, p. 172) a definição para pesquisa experimental “consiste em investigações de pesquisa empírica cujo objetivo principal é o teste de hipóteses que dizem respeito a relações de tipo causa-efeito”.

Para Gil (2010, p. 32) a pesquisa ex-post-facto “tem-se um experimento que se realiza depois do fato. Neste tipo de pesquisa são tomadas como experimentais situações que se desenvolveram naturalmente”.

Para Gil (2010, p. 170) a pesquisa levantamento ou survey é um método de coleta de informações diretamente de pessoas a respeito de suas ideias, sentimentos, saúde, planos, crenças e de fundo social, educacional e financeiro.

Conforme descreve Marconi (2010, p. 173) a pesquisa laboratório “é um procedimento de investigação mais difícil, porém mais exato. Ela descreve e analisa o que será ou ocorrerá em situações controladas. Exige instrumental específico, preciso e ambientes adequados”.

Para Marconi (2010, p. 169) pesquisa de campo “é aquela utilizada com o objetivo de conseguir informações e/ou conhecimentos acerca de um problema, para o qual se procura uma resposta, ou de uma hipótese, que se queira comprovar, ou, ainda, de descobrir novos fenômenos ou as relações entre eles”.

Pode-se definir pesquisa participante, para Le Boterf, (1984) apud Gil (2010) como uma modalidade de pesquisa que tem como objetivo auxiliar a população envolvida a identificar os seus problemas, a realizar a análise crítica destes e a buscar as soluções adequadas.

De acordo com Gil (2009, p. 54), “estudo de caso é uma modalidade de pesquisa amplamente utilizada nas ciências biomédicas e sociais”. Consiste no estudo profundo e exaustivo de um ou poucos objetos de maneira que permita seu amplo e detalhado conhecimento.

Segundo Yin, (1994) apud Roesch, (2010) estudo de caso é uma estratégia de pesquisa que busca examinar um fenômeno contemporâneo dentro de seu contexto. Difere, pois dos delineamentos experimentais no sentido de que estes deliberadamente divorciam o fenômeno em estudo de seu contexto.

Para Patton (1990) apud Roesch (2010), a pesquisa-ação é uma forma de pesquisa que busca resolver problemas específicos, dentro de um grupo, organização ou programa. Neste tipo a pesquisa torna-se parte do processo de mudança ao encorajar as pessoas envolvidas com o programa a estudar seus próprios problemas para resolvê-los.

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