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Classificação dos municípios com maiores gastos per capita por área

4 ANÁLISE DOS RESULTADOS

4.2 ESTATÍSTICAS DESCRITIVAS

4.2.1 Classificação dos municípios com maiores gastos per capita por área

De acordo com as informações disponíveis no sítio da FINBRA/STN (BRASIL, 2015), os municípios pernambucanos com maiores gastos per capita em saúde durante os anos de 2010 e 2011 são os representados na Tabela 3:

Tabela 3 – Maiores gastos per capita – saúde

2010 2011

Município Valor (R$) Município Valor (R$)

Itacuruba 779,18 Belém de São Francisco 1.019,15 Ingazeira 519,65 Itacuruba 846,41 São Joaquim do Monte 435,57 Ingazeira 700,18 Itaquitinga 400,57 Solidão 477,61 Tuparetama 388,27 Camutanga 477,38 Angelim 383,41 Jatobá 465,85 Camutanga 378,10 Orocó 457,16 Brejinho 376,35 São Joaquim do Monte 453,70 Solidão 375,68 Tuparetama 442,24 Santa Cruz da Baixa Verde 364,21 Angelim 420,83

Fonte: Elaboração própria, com base nos dados da pesquisa (2015).

Durante o ano de 2010, o município de Itacuruba apresentou o maior gasto per capita em saúde (R$ 779,18), entre todos os municípios pernambucanos constantes no GH 6 do IDSUS, seguido de Ingazeira (R$ 519,65) e São Joaquim do Monte (R$ 435,57).

Já em 2011, o município de maior destaque foi Belém de São Francisco, com um gasto

per capita de R$ 1.019,15, seguido por Itacuruba (R$ 846,41) e Ingazeira (R$ 700,18).

Vale ressaltar que, entre os dez municípios que proporcionaram o maior gasto per

capita em saúde durante o ano de 2010, sete deles também permaneceram em 2011, com

exceção de Itaquitinga, Brejinho e Santa Cruz da Baixa Verde, os quais cederam lugar aos municípios de Belém de São Francisco, Jatobá e Orocó.

Tabela 4– Maiores gastos per capita – educação

2010 2011

Município Valor (R$) Município Valor (R$)

Itacuruba 1.197,35 Itacuruba 1.359,83 Iati 739,20 Paranatama 854,55 Granito 723,70 Moreilândia 839,39 Cortês 682,71 Calumbi 821,12 Xexéu 681,50 Casinhas 820,68 Ingazeira 672,00 Santa Cruz 816,67 Solidão 665,21 Afrânio 803,16 Calumbi 660,91 Cortês 799,97 Lagoa do Ouro 651,88 Ingazeira 786,51 Quixaba 649,67 Jupi 785,45

Analisando-se os gastos per capita com educação, aquele que mais investiu durante o ano de 2010 foi Itacuruba (R$ 1.197,35), seguido por Iati (R$ 739,20) e Granito (R$ 723,70), conforme Tabela 4.

Ao contrário do que aconteceu em relação aos gastos com saúde, em que a maioria dos municípios que mais gastaram em 2010 permaneceram gastando em 2011, quando se refere ao gasto per capita com educação, apenas quatro dos dez municípios que mais gastaram em 2010 continuaram entre aqueles de 2011: Itacuruba (R$ 1.359,83), Cortês (R$ 799,97), Ingazeira (R$ 786,51) e Calumbi (R$ 821,12).

Destaca-se, também, o fato de todos os municípios que mais gastaram em ambos os anos aumentaram o valor dos investimentos em relação ao ano anterior, ou seja, os investimentos foram maiores em 2011, se comparados com o ano de 2010, da mesma forma que ocorrido com os gastos em saúde.

De acordo com a Tabela 5, os gastos per capita com infraestrutura são bem mais modestos do que aqueles realizados com saúde e educação. Os municípios com mais aplicação de recursos nesse quesito são, para 2010: Itacuruba, com o montante de R$ 374,74, Granito, tendo aplicado R$ 252,10, e Tuparetama (R$ 209,36).

Tabela 5– Maiores gastos per capita – infraestrutura

2010 2011

Município Valor (R$) Município Valor (R$)

Itacuruba 374,74 Tuparetama 299,20 Granito 252,10 Itacuruba 276,57 Tuparetama 209,36 Tamandaré 224,64 Quixaba 181,85 Solidão 186,91 Lagoa do Carro 169,60 Quixaba 162,52 Betânia 148,67 Itapetim 161,85 Cumaru 141,31 Cumaru 161,18 Solidão 140,52 Rio Formoso 144,30 Joaquim Nabuco 138,74 Cedro 138,58 Camutanga 129,23 Granito 138,31

Fonte: Elaboração própria, com base nos dados da pesquisa (2015).

Para 2011, seis dos municípios que mais aplicaram em infraestrutura em 2010 permaneceram entre os dez. O Município de Tuparetama foi o terceiro em aplicações nessa modalidade no ano de 2010, assumindo a primeira posição em 2011, tendo aplicado, por habitante, o valor de R$ 299,20, valor superior ao que aplicou no ano anterior, porém inferior ao aplicado por Itacuruba em 2010 (R$ 374,74). Mesmo sendo o que mais aplicou em 2010, esse município diminuiu os investimentos no ano seguinte, passando para R$ 276,57 per capita.

O município de Tamandaré, embora não apareça na lista dos maiores gastos per capita com infraestrutura em 2010, ficou em terceiro lugar entre aqueles que mais investiram em 2011.

Lagoa do Carro, Betânia, Joaquim Nabuco e Camutanga, embora apareçam entre no ano anterior, não figuram na lista dos maiores investidores deste aspecto no ano de 2011.

Analisando-se os gastos com saneamento básico, apenas dois municípios que figuram na lista dos dez maiores em 2010 permanecem também em 2011. Bodocó gastou R$ 147,44 e R$ 70,25 e Xexéu gastou R$ 134,32 e R$ 39,10, nos anos de 2010 e 2011, respectivamente, conforme Tabela 6.

Tabela 6– Maiores gastos per capita – saneamento básico

2010 2011

Município Valor (R$) Município Valor (R$)

Tamandaré 165,25 São Caetano 195,86 Bodocó 147,44 Manari 75,59 Xexéu 134,32 Catende 73,61 Barra de Guabiraba 122,89 Bodocó 70,25 Vertentes 106,36 Pedra 57,65 Sairé 101,12 São Benedito do Sul 57,24 Jupi 68,57 Água Preta 52,05 Orocó 62,66 Carnaíba 46,83 Iati 58,90 Ferreiros 39,96 Riacho das Almas 52,81 Xexéu 39,10

Fonte: Elaboração própria, com base nos dados da pesquisa (2015).

Durante o ano de 2011, percebem-se investimentos bem menores, se comparados ao ano anterior. Apenas o valor do município que mais gastou evoluiu de um ano para o outro, saindo de R$ 165,25, investido por Tamandaré em 2010, para R$ 195,86, aplicado por São Caetano em 2011.

Por fim, entre as áreas objeto deste estudo, passa-se a descrever as aplicações per

capita em agricultura pelos municípios pernambucanos participantes do GH 6 do IDSUS.

Tabela 7– Maiores gastos per capita – agricultura

2010 2011

Município Valor (R$) Município Valor (R$)

Serrita 137,35 Ingazeira 102,88 Cumaru 120,11 Santa Cruz 89,24 Granito 97,38 Serrita 87,47 Brejinho 92,78 Granito 81,49 Santa Cruz 86,30 Sertânia 78,34 Cedro 78,17 Manari 75,27 Bodocó 74,51 Terezinha 67,97 Afrânio 70,41 Itapetim 67,47 Orocó 63,31 Brejinho 67,12 Lagoa Grande 60,75 Cedro 65,40

Fonte: Elaboração própria, com base nos dados da pesquisa (2015).

De acordo com a Tabela 7, destacam-se os municípios de Serrita, Granito, Brejinho, Santa Cruz e Cedro, os quais figuram entre os maiores gastos per capita durante os dois anos

analisados. Da mesma forma que ocorreu com os investimentos em infraestrutura, de uma forma geral, a agricultura passou pelo mesmo problema de redução ao longo dos anos.

Pelas Tabelas 8 e 9 é possível verificar a aplicação de recursos realizada pelos 128 municípios objetos de análise desta pesquisa, separadas por tipo de despesa, conforme abaixo discriminadas.

Tabela 8– Gastos públicos (per capita) por função – 2010

Estatística Saúde Educação Infraestrutura Saneamento Agricultura

Mínimo 0,00 212,88 0,00 0,00 0,00 Média 270,50 481,55 44,22 14,63 20,42 Máximo 779,18 1.197,35 374,74 165,25 137,35 Desvio padrão 86,95 125,54 56,03 29,20 24,34 Coeficiente de variação (%) 32,14 26,06 126,70 199,58 119,19 * Valores em R$.

Fonte: Elaboração própria, com base nos dados da pesquisa (2015).

Tabela 9– Gastos públicos (per capita) por função – 2011

Estatística Saúde Educação Infraestrutura Saneamento Agricultura

Mínimo 0,00 69,13 0,00 0,00 0,00 Média 321,67 580,98 48,77 11,62 21,13 Máximo 1.019,15 1.359,83 299,20 195,86 102,88 Desvio padrão 111,92 151,34 55,14 22,72 21,62 Coeficiente de variação (%) 34,79 26,04 113,06 195,52 102,31 * Valores em R$

Fonte: Elaboração própria, com base nos dados da pesquisa (2015).

As despesas com saúde por habitante em 2010 variaram de R$ 0,0 a R$ 779,18, com média de R$ 270,50. O que chama a atenção nesse dado é que, dos 128 municípios pesquisados, 67 deles aplicam, em saúde, menos que a média dos demais. O município de Jaqueira aparece em último em relação a essa variável, aplicando apenas R$ 67,09 por pessoa em 2010, levando-se em consideração os que fizeram aplicação de recursos. Os municípios de Ferreiros, Ipubi e Primavera não aplicaram recursos nessa modalidade.

Já em 2011, referidos gastos tiveram variação entre R$ 0,0 e R$ 1.019,15, o que, em termos médios, equivale a R$ 321,67. O gasto máximo aumentou em relação ao ano anterior, assim como o gasto médio, porém o número de municípios que aplicou menos que a média do referido grupo passou para 77 municípios, com destaque para o município de Triunfo, que aplicou apenas R$ 2,48 per capita em saúde, e Santa Cruz, que nada aplicou nas atividades relacionadas a essa variável.

No que se refere aos gastos por pessoa em educação, é possível perceber que, em média, é gasto mais do que em saúde, nos dois anos analisados. O valor máximo gasto pelos municípios pernambucanos é de R$ 1.197,35, com média de R$ 481,55, em 2010, e

R$ 1.359,83, com média de R$ 580,98, em 2011. Os municípios que menos gastaram foram: Igarassu (R$ 212,88), em 2010, e Belém de São Francisco (R$ 69,13), em 2011.

Entre todas as variáveis estudadas, a educação apresentou um menor coeficiente de variação, o que comprova um maior nível de homogeneidade desses gastos. Vale ressaltar, também, os percentuais de variação bem próximos, de um ano ao outro (26,06% e 26,04%, respectivamente).

Os gastos com infraestrutura apresentam-se de forma bastante discreta nesses municípios pernambucanos, com média de R$ 44,22 para 2010 e 48,77 para 2011. Nos dois anos, 91 e 85 municípios aplicaram menos do que a média dos demais, respectivamente.

Em 2010, 18 dos municípios pesquisados não aplicaram em infraestrutura, e outros aplicaram valores mínimos, com destaque para Araçoiaba, que aplicou apenas R$ 0,02 por habitante, João Alfredo (R$ 0,24), Alagoinha (R$ 0,25), Bonito (R$ 0,32), Maraial (R$ 0,64) e Itaquitinga (R$ 0,86). Já em 2011, os municípios de Barra de Guabiraba, Capoeiras, Carnaubeira da Penha, Glória do Goitá, Ipubi, Jataúba, Maraial, Palmeirina, Sairé, Santa Cruz da Baixa Verde, São João, Triunfo e Venturosa, não aplicaram nessa modalidade de gastos. Em outros municípios, apesar de investirem, os valores chegaram a centavos, se analisados de forma per capita, como, por exemplo: Lajedo (R$ 0,34), Santa Filomena (R$ 0,68), Jurema (R$ 0,85) e São Joaquim do Monte (R$ 1,37).

Em relação aos gastos com saneamento básico, existe uma grande heterogeneidade entre os municípios analisados, comprovado pelo elevado coeficiente de variação nessa variável (199,58% para 2010 e 195,52% para 2011). Mesmo estando classificados no mesmo grupo homogêneo do IDSUS, respectivos municípios apresentaram características bem peculiares e bastante diferenças entre si.

O investimento médio em saneamento foi o menor entre todos os analisados, girando em torno de R$ 14,63 e R$ 11,62 para os dois anos, respectivamente. Em 2010, 54,68% dos 128 municípios pesquisados investiram menos de R$ 2,00 per capita em saneamento básico (37 não investiram, 24 investiram menos de R$ 1,00 e 9 investiram entre R$ 1,00 e R$ 2,00). Já em 2011, esse percentual caiu, porém ainda ficou em 51,56% (41 não investiram, 16 investiram menos de R$ 1,00 e 9 investiram entre R$ 1,00 e R$ 2,00).

Por sua vez, analisando-se a variável gasto per capita com agricultura, pode-se perceber uma variação média entre os valores aplicados entre R$ 20,42, em 2010, e R$ 21,13, em 2011. Essa variável também apresentou elevado coeficiente de variação nos dois anos pesquisados, comprovando quão heterogêneos são os municípios pertencentes a esse grupo do IDSUS.