• Nenhum resultado encontrado

4 ANÁLISE DOS RESULTADOS

4.2 ESTATÍSTICAS DESCRITIVAS

4.2.2 Maiores e menores notas dos municípios pernambucanos no IDSUS

Com base nos dados disponibilizados pelo Ministério da Saúde na página do IDSUS, pode-se extrair as notas para o ano de 2011. No entanto, em virtude da necessidade de analisar os dados correspondentes ao ano de 2010, foi necessário aplicar a metodologia de cálculo própria do IDSUS aos dados disponibilizados pelo Ministério da Saúde para que se chegasse às notas correspondentes ao ano de 2010. Assim se fez para melhor elucidação dos objetivos propostos no trabalho.

De acordo com a Tabela 10, verifica-se-se os municípios com maiores notas no IDSUS para o ano de 2010: Riacho das Almas, com nota 5,92, Quixaba, com 5,88, seguidos por Altinho e Lagoa do Ouro, ambos com nota 5,86. Entre os municípios de menores notas, encontram-se: Toritama, com 3,21, Águas Belas, com 3,48, e São Benedito do Sul, com 3,67.

Tabela 10– Maiores e menores notas IDSUS – GH 6 – 2010

Maiores notas Menores notas

Município Nota Município Nota

Riacho das Almas 5,92 Brejo da madre de Deus 4,18 Quixaba 5,88 Tacaratu 4,14 Altinho 5,86 Lagoa dos Gatos 4,10 Lagoa do Ouro 5,86 Salgadinho 4,09

Jupi 5,62 Manari 3,97

São Caetano 5,56 Orocó 3,76 Caetés 5,53 Afrânio 3,74 Santa Cruz da Baixa Verde 5,52 São Benedito do Sul 3,67 Vertente do Lério 5,48 Águas Belas 3,48 Tamandaré 5,45 Toritama 3,20

Fonte: Elaboração própria, com base nos dados da pesquisa (2015).

Já para o ano de 2011, as notas foram publicadas na página específica do IDSUS, vinculada ao Ministério da Saúde. Os municípios pernambucanos pertencentes ao GH 6 com melhores notas foram: Quixaba, Lagoa do Ouro, Altinho e Riacho das Almas, conforme descrito na Tabela 11. Por sua vez, aqueles com piores notas foram: Toritama, Águas Belas, São Benedito do Sul e Orocó.

Embora pertencentes ao mesmo grupo de acordo com os critérios socioeconômicos e de saúde estabelecidos pelo Ministério da Saúde para o IDSUS, os municípios são bastante heterogêneos e com características bem peculiares. Basta analisar a diferença entre a maior e a menor nota obtida por eles no ano de 2011, correspondendo a 6,33 e 3,53, respectivamente. As notas atribuídas a esse grupo homogêneo apresentam um coeficiente de variação em média de 8,84%.

Tabela 11– Maiores e menores notas IDSUS – GH 6 – 2011

Maiores notas Menores notas

Município Nota Município Nota

Quixaba 6,33 Tacaratu 4,58 Lagoa do Ouro 6,31 Lagoa dos Gatos 4,54 Altinho 6,26 Brejo da Madre de Deus 4,51 Riacho das Almas 6,26 Manari 4,49 Jupi 6,07 Salgadinho 4,44 Caetés 6,02 Afrânio 4,22 Santa Cruz da Baixa Verde 6,00 Orocó 4,20 São Caetano 5,92 São Benedito do Sul 4,10 Tamandaré 5,88 Águas Belas 3,95 Vertente do Lério 5,88 Toritama 3,53

Fonte: Elaboração própria, com base nos dados da pesquisa (2015).

Considerando-se todas as notas para os municípios desse grupo homogêneo, tem-se uma nota média de 5,28. Do total de municípios pesquisados, 75 deles apresentam nota acima desta. Vale ressaltar que a nota do IDSUS para o Brasil foi de 5,47, e para o estado de Pernambuco foi de 5,29. Essa média para o estado de Pernambuco se dá justamente pela grande concentração de municípios no GH 6, sendo 136 municípios de um total de 185. Isso justifica o porquê da proximidade da nota final desse grupo homogêneo, quando comparado com a nota final estadual.

O estado de Pernambuco, com essa nota, ficou apenas em 16º lugar entre os estados brasileiros, que teve Santa Catarina com a maior nota (6,29) e o Pará com a menor (4,17). Em relação aos estados nordestinos, Pernambuco ocupa apenas a 6ª colocação, com Alagoas em 1º, apresentando nota 5,43 e a Paraíba em 9º, com nota 5,0.

A Tabela 12 contém as estatísticas descritivas média, desvio padrão, valores máximo e mínimo de cada uma das variáveis utilizadas nos modelos estatísticos.

Tabela 12– Estatísticas descritivas

Variável N Média Desvio padrão Mínimo Máximo

IDSUS 256 5,08 0,51 3,20 6,33 GSAU 256 739,26 204,50 290,06 2.099,96 GPREV 256 386,15 212,95 8,89 1.230,03 GASSISTH 256 206,89 206,74 0,00 1.368,82 GODS 256 146,22 175,34 0,00 1.103,63 GED 256 1.279,60 333,63 545,57 3.358,65 GINFRA 256 103,66 97,83 0,00 582,71 GSAN 256 34,44 56,69 0,00 374,50 GAGR 256 50,23 52,59 0,00 350,14

Fonte: Elaboração própria, com base nos dados da pesquisa (2015).

Com base nos dados da Tabela 12, pode-se analisar o comportamento dos gastos per

capita em relação às variáveis estudadas, bem como do IDSUS nos anos de 2010 e 2011,

Entre todas as variáveis, a que apresenta maior destaque em relação à aplicação de recursos é educação, com valores que variam entre R$ 545,57 e R$ 3.358,65 nos 128 municípios analisados.

Os gastos com saúde per capita ficam em segundo lugar em relação aos valores investidos pelos municípios pernambucanos, atingindo o valor máximo de R$ 2.099,96 e mínimo de R$ 290,96.

O gasto per capita com agricultura apresenta o pior índice médio entre todos os analisados, tendo sido aplicado, em média, apenas R$ 50,23, se analisados os valores investidos, durante os dois anos da pesquisa, pelos municípios pernambucanos pertencentes ao GH 6 do IDSUS.

Vale ressaltar que alguns municípios apresentaram componentes nulos de gasto per

capita. A relação está evidenciada no Quadro 5.

Quadro 5 – Municípios que apresentaram valor nulo nos componentes de gastos analisados

Variável Data

2008-2010 2009-2011

GASSIST Brejinho, Gameleira, Inajá, Moreilândia, Terezinha, Verdejante

Brejinho, Serrita, Moreilândia, Terezinha, Verdejante

GODS

Camutanga, Cedro, Chã de Alegria, Correntes, Dormentes, Granito, Iati, Inajá, Lagoa do Ouro,

Macaparana, Manari, Nazaré da Mata, Parna- mirim, Poção, Quipapá, Quixaba, Salgadinho,

Santa Maria do Cambucá, São Caetano, São João, São José da Coroa Grande, Tupanatinga

Cedro, Chã de Alegria, Correntes, Dormentes, Granito, Iati, Inajá, Ingazeira, Macaparana, Manari, Nazaré da Mata, Parnamirim, Poção,

Quipapá, Quixaba, São João, São José da Coroa Grande, Moreilândia, Tupanatinga GINFRA Palmeirina, Venturosa Jataúba, Palmeirina, Venturosa

GSAN

Angelim, Carnaubeira da Penha, Igarassu, Itaíba, Machados, Passira, Quixaba, Santa Cruz

da Baixa Verde, Santa Terezinha, São José da Coroa Grande, Terezinha

Angelim, Camutanga, Carnaubeira da Penha, Dormentes, Glória do Goitá, Granito, Igarassu, Itaíba, Lagoa do Itaenga, Machados, Passira, Quixaba, Santa Cruz da Baixa Verde, Santa Terezinha, São José da Coroa Grande GAGR Iati, Ilha de Itamaracá, Santa Terezinha Iati, Inajá, Ilha de Itamaracá, Quixaba, Santa

Terezinha

Fonte: Elaboração própria, com base nos dados da pesquisa (2015).

Os municípios acima descritos, apesar de possuírem seus dados informados e disponíveis na base de dados FINBRA/STN, não possuem quaisquer gastos informados para as variáveis analisadas neste estudo, tendo apresentado, portanto, variáveis nulas.

Os valores das estatísticas descritivas separadas para os anos de 2010 e 2011 encontram-se, respectivamente, nas Tabelas 13 e 14. A primeira apresenta os dados correspondentes ao ano de 2010, e a outra os dados de 2011.

Analisando-se apenas o ano de 2010, separadamente, percebe-se situação semelhante ao apresentado de forma consolidada, em que o maior gasto dispendido pelos municípios pernambucanos diz respeito ao gasto com educação per capita, com investimento médio de

R$ 1.202,33, variando entre R$ 545,57 (menor valor) e R$ 3.090,07 (maior valor aplicado pelos municípios pernambucanos).

Tabela 13– Estatísticas descritivas para o ano de 2010

Variável N Média Desvio padrão Mínimo Máximo

IDSUS 128 4,87 0,48 3,21 5,92 GSAU 128 701,51 188,17 290,06 1.956,09 GPREV 128 373,21 199,47 8,89 866,70 GASSISTH 128 195,13 199,56 0,00 1.083,92 GODS 128 133,18 168,72 0,00 1.103,63 GED 128 1.202,33 311,02 545,57 3.090,07 GINFRA 128 99,21 86,99 0,00 346,43 GSAN 128 35,12 57,59 0,00 374,50 GAGR 128 49,04 53,71 0,00 349,37

Fonte: Elaboração própria, com base nos dados da pesquisa (2015).

Os menores investimentos per capita foram identificados em infraestrutura, durante o ano de 2010, um pouco acima daqueles investidos em agricultura (R$ 346,43 e 349,37, respectivamente). Esses foram os maiores valores investidos em cada uma dessas modalidades de aplicação de recursos. Chama a atenção o fato de muitos municípios não terem aplicado qualquer recurso em infraestrutura, saneamento básico e agricultura.

A Tabela 14 descreve os resultados das estatísticas descritivas para o ano de 2011, conforme análise dos dados obtidos na pesquisa.

Tabela 14– Estatísticas descritivas para o ano de 2011

Variável N Média Desvio padrão Mínimo Máximo

IDSUS 128 5,28 0,48 3,53 6,33 GSAU 128 777,01 213,76 367,06 2.099,96 GPREV 128 399,10 225,67 78,13 1.230,03 GASSISTH 128 218,65 213,82 0,00 1.368,82 GODS 128 159,26 181,45 0,00 958,07 GED 128 1.356,87 338,71 636,36 3.358,65 GINFRA 128 108,10 107,74 0,00 582,71 GSAN 128 33,75 56,00 0,00 371,53 GAGR 128 51,43 51,63 0,00 350,14

Fonte: Elaboração própria, com base nos dados da pesquisa (2015).

Os investimentos per capita realizados em todas as variáveis objeto deste estudo sofreram aumento em relação ao ano anterior. Apesar de alguns municípios continuarem sem realizar investimentos em infraestrutura, saneamento básico e agricultura, o valor médio em infraestrutura teve aumento significativo, saindo de R$ 99,21, em 2010, para R$ 108,10, em 2011, com valor máximo investido de R$ 582,71.

Os gastos com educação também aumentaram significativamente em relação ao ano imediatamente anterior. Por sua vez, o gasto com saneamento diminuiu de R$ 374,50 (2010) para R$ 371,53 (2011).