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CLASSIFICAÇÃO E DIMENSÕES DOS COMPARTIMENTOS SEÇÃO

CLASSIFICAÇÃO

Art. 94 – Para efeitos da presente Lei, o destino dos compartimentos não será considerado apenas pela sua denominação em plantas, mas também pela sua finalidade lógica decorrente de suas disposições no projeto.

Art. 95 – Os compartimentos das edificações, conforme sua destinação, assim se classificam: I. De permanência prolongada;

II. De permanência transitória; III. Especiais;

IV. Sem permanência.

Art. 96 – Compartimentos de permanência prolongada são aqueles que poderão ser utilizados, pelo menos, para uma das funções ou atividades seguintes:

I. Dormir ou repousar; II. Estar ou lazer;

III. Trabalhar, ensinar ou estudar; IV. Preparo e consumo de alimentos;

V. Tratamento médico ou recuperação de pessoas; VI. Reunir ou recrear.

Parágrafo Único – Considera-se compartimentos de permanência prolongada, entre outros com destinações similares, os seguintes:

I. Dormitórios, quartos e salas em geral; II. Lojas, escritórios, oficinas e indústrias;

IV. Salas de leitura e biblioteca; V. Enfermarias e ambulatórios; VI. Copas e cozinhas;

VII. Refeitórios, bares e restaurantes; VIII. Locais de reunião e salão de festas;

IX. Locais fechados para prática d esporte ou ginástica.

Art. 97 – Compartimentos de permanência transitória são aqueles que poderão ser utilizados, pelo menos, para uma das funções ou atividades seguintes:

I. Circulação e acesso de pessoas; II. Higiene pessoal;

III. Depósito para guarda de materiais, utensílios ou peças sem a possibilidade de qualquer atividade no local;

IV. Troca e guarda de roupas;

V. Lavagem de roupa e serviços de limpeza.

§ 1º - Consideram-se compartimentos de permanência transitória, entre outros com destinações similares, os seguintes:

I. Escadas e seus patamares (caixa de escada) e as rampas e seus patamares, bem como as respectivas antecâmaras;

II. Patamares de elevadores; III. Corredores e passagens; IV. Átrios e vestíbulos;

V. Banheiros, lavabos e instalações sanitárias; VI. Depósitos, despensas, rouparias, adegas; VII. Vestuários e camarins de uso coletivo; VIII. Lavandeiras, despejos e área de serviço.

§ 2º - Se o compartimento comportar também uma das funções ou atividades mencionadas no artigo 96, será classificada como de permanência prolongada.

Art. 98 – Compartimentos especiais são aqueles que, embora podendo comportar as funções ou atividades relacionadas nos artigos 96 e 97, apresentam características e condições adequadas à sua destinação especial.

Parágrafo Único – Consideram-se compartimentos especiais, entre outros com destinações similares, os seguintes:

I. Auditórios e anfiteatros;

II. Cinema, teatros e salas de espetáculos; III. Museus e galerias de arte;

IV. Estúdios de gravação, rádio e televisão;

V. Laboratórios fotográficos, cinematográficos e de som; VI. Centros cirúrgicos e salas de raios X;

VII. Salas de computadores, transformadores e telefonia; VIII. Locais para duchas e saúnas;

Art. 99 – Compartimentos sem permanência são aqueles que não comportam permanência humana ou habitabilidade, assim perfeitamente caracterizados no projeto.

Art. 100 – Compartimentos para outras destinações ou com denominações não indicadas nos artigos precedentes deste Capítulo, ou que apresentem peculiaridade especiais, serão classificados com base nos critérios fixados nos referidos artigos, tendo em vista as exigências de higiene, salubridade e conforto correspondentes à função ou atividade.

SEÇÃO II DIMENSIONAMENTO

Art. 101 – Os compartimentos deverão ter conformação e dimensões adequadas à função ou atividade que possam comportar, obedecidos os mínimos fixados nas tabelas n.ºs I, II, III e IV, constantes do anexo n.º I da presente Lei, e nos Capítulos referentes às Normas Específicas das edificações.

Art. 102 – Para banheiros, lavabos e instalações sanitárias das edificações serão ainda observadas as exigências seguintes:

I. Nos compartimentos que contiverem instalações sanitárias agrupadas, as subdivisões que formem as celas ou boxes, terão altura mínima de 1,80m e manterão uma distância até o teto de 0,40m, no mínimo. As celas ou boxes terão área mínima de 0,65m2 e qualquer dimensão não será inferior a 0,70m. as

passagens ou corredores internos não terão dimensão inferior a 0,80m.

II. Os banheiros, lavabos e instalações sanitárias, que tiverem comunicação direta com compartimentos ou espaços de uso comum ou coletivo, serão providos de anteparo que impeça ou devassamento do seu interior ou de antecâmara, cuja menor dimensão será igual ou maior de que 0,80m;

III. Quando não estiverem localizados no mesmo andar dos compartimentos que deverão servir, ficarão situados, pelo menos, em andar imediatamente inferior ou superior. Nesse caso, o cálculo das instalações sanitárias obrigatórias, conforme fixado nas tabelas próprias, para cada destinação, previstas nas normas específicas das edificações, levará em conta a área total dos andares atendidos pelo mesmo conjunto sanitários;

IV. O percurso máximo de qualquer ponto da edificação até uma instalação sanitária não será superior a 100,00m e será sempre protegido com cobertura;

V. Quando o número mínimo obrigatório para a edificação, fixado nas tabelas próprias previstas nas Normas Específicas, for igual ou superior a dois aparelhos sanitários e dois lavatórios, sua instalação deverá ser distribuída em compartimentos separados para os dois sexos, ressalvados os casos cujo número de instalações, para cada sexo, já se acha indicado na tabela própria das Normas Específicas das edificações. A mesma exigência de separação prevalecerá para os chuveiros, quando a instalação de dois os mais for obrigatória pelas mencionadas tabelas;

VI. Nas edificações construídas de unidades autônomas, as instalações sanitárias poderão ser distribuídas pelas respectivas unidades, desde que observadas as proporcionalidade pelos andares (item III deste artigo), a distribuição para os dois sexos (item V deste artigo), e as quantidades fixadas nas tabelas próprias previstas nas Normas Específicas das edificações constantes desta Lei.

Art. 103 – Para vestuários da edificações, serão observadas as exigências seguintes:

I. Terão área mínima de 4,00m2, condição que prevalecerá mesmo quando em edificações para

as quais forem obrigatórios;

II. Quando a área de vestuários, obrigatória para a edificação, fixada nas tabelas próprias, previstas nas Normas Específicas, for igual ou superior a 8,00m2, vestiários serão distribuídos em

compartimentos separados para os dois sexos, cada um com área mínima de 4,00m2;

III. Nas edificações constituídas de unidades autônomas, os vestiários poderão ser distribuídos pelas respectivas unidades, desde que se situem no mesmo imóvel e observem as proporcionalidade pelos andares, a distribuição para os dois sexos e as quantidades fixadas nas tabelas próprias, previstas nas Normas Específicas das edificações constantes desta Lei.

Art. 104 – Em compartimentos de utilização prolongada ou transitória, as paredes não poderão formar ângulo diedro menor que 60º (sessenta graus).

SEÇÃO III SÓTÃO

Art. 105 – Os compartimentos situados nos sótãos, que tenham pé-direito médio de 2,50m (dois metros e cinqüenta centímetros), poderão ser destinados à permanência prolongada, com o mínimo de 10,00m2 (dez metros quadrados), desde que sejam obedecidos os requisitos mínimos de ventilação e

iluminação e não tenham local pé-direito inferior a 1,80m (um metro e oitenta centímetros). SEÇÃO IV