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3 METODOLOGIA

3.1 Classificação da pesquisa

Neste trabalho seguiu-se a base teórica trazida em Zamberlan et al (2014). Esses autores apresentam uma classificação das pesquisas científicas no que se refere à natureza, à abordagem, aos objetivos e aos procedimentos técnicos, as quais serão descritas a seguir.

3.1.1 Classificação da pesquisa quanto à natureza

Segundo Gil (1999) quanto à natureza as pesquisas podem ser classificadas em básicas e aplicadas. A pesquisa básica visa gerar conhecimentos novos sem aplicação prática prevista; envolve verdades e interesses universais. Já a pesquisa aplicada visa gerar conhecimentos para aplicação prática para solucionar problemas específicos; envolve verdades e interesses locais.

Essa pesquisa se classificou como básica tendo em vista que buscou conhecer o comportamento de compra de artigos de vestuário de mulheres jovens da classe C do município de Ijuí/RS.

3.1.2 Classificação da pesquisa quanto à abordagem

Considerando a forma de abordagem de investigação, as pesquisas podem ser classificadas em pesquisa quantitativa e qualitativa. Segundo Zamberlan et al (2014) a pesquisa quantitativa traduz em números opiniões e informações para classificá-las e analisá- las e, para tanto, requer o emprego de recursos e de técnicas estatísticas. Já a pesquisa qualitativa considera que há “um vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a subjetividade do sujeito que não pode ser traduzido em números” (ZAMBERLAN et al, 2014, p. 94), sendo a interpretação dos fenômenos e a atribuição de significados requisitos básicos no desenvolvimento desse tipo de pesquisa.

Oliveira (1997) e Richardson (1999) corroboram com o entendimento de que o método quantitativo caracteriza-se pelo emprego da quantificação tanto nas modalidades de coletas de informações, quanto no seu tratamento por meio de técnicas estatísticas; já o qualitativo não

tem a pretensão de numerar ou medir unidades ou categorias homogêneas. Minayo (1994) acrescenta que a abordagem qualitativa aprofunda-se nos significados, preocupando-se com um nível de realidade que não pode ser quantificado.

Do ponto de vista da abordagem, o estudo se classificou como quanti-qualitativo, isto é, contemplou as formas de abordagem qualitativa e quantitativa simultaneamente, pois, ao mesmo tempo em que traduziu em números diferentes aspectos acerca do comportamento de compra de artigos de vestuário de mulheres jovens da classe C do município de Ijuí/RS, buscou analisar o fenômeno organizacional em questão à luz das teorias estudadas.

3.1.3 Classificação da pesquisa quanto aos objetivos

Quanto aos objetivos, as pesquisas podem ser classificadas como exploratórias, descritivas e explicativas. Segundo Zamberlan et al (2014) a pesquisa exploratória visa investigar uma situação para propiciar aproximação e familiaridade com o assunto, fato ou fenômeno com vistas à conhece-lo. A pesquisa descritiva visa identificar, expor e descrever os fatos ou fenômenos de determinada realidade, população ou contexto social. Já a pesquisa explicativa é mais complexa do que os dois tipos anteriormente mencionados, busca esclarecer os fatores que determinam ou que contribuem para a ocorrência dos fenômenos.

Para Gil (2002) as pesquisas exploratórias visam proporcionar maior familiaridade com o problema com vistas a torná-lo mais explícito ou a constituir hipóteses. As pesquisas descritivas têm como objetivo descrever as características de uma determinada população ou fenômeno ou o estabelecimento de relações entre variáveis. As pesquisas explicativas preocupam-se em identificar os fatores que determinam ou contribuem para a ocorrência dos fenômenos; explica o porquê das coisas.

No entendimento de Vergara (1998) a pesquisa exploratória é realizada em áreas nas quais há pouco conhecimento acumulado e sistematizado; já as pesquisas descritivas expõem características de determinada população ou de determinado fenômeno, podendo também estabelecer correlações entre variáveis e definir a sua natureza; e as pesquisas explicativas visam tornar algo inteligível, isto é, esclarecer quais os fatores que contribuem para a ocorrência de determinado fenômeno.

Este estudo se classificou como exploratório, tendo em vista que se buscou conhecer o comportamento de compra de artigos de vestuário de mulheres jovens pertencentes à classe C do município de Ijuí/RS; descritivo, pois buscou descrever o perfil das mulheres jovens

pertencentes à Classe C do município de Ijuí; e explicativa, pois identificou e explicou os fatores que fazem com que as mulheres jovens pertencentes à Classe C do município de Ijuí comprem artigos de vestuário feminino.

3.1.4 Classificação da pesquisa quanto aos procedimentos técnicos

Quanto aos procedimentos técnicos, as pesquisas podem ser classificadas em: bibliográfica, documental, experimental, ex-Post Facto, Levantamento, Laboratório, Pesquisa de Campo, Pesquisa Participante, Pesquisa-Ação, Estudo de Caso e Observação.

A pesquisa bibliográfica consiste no estudo sistematizado desenvolvido com base em material publicado em livros, revistas, jornais e redes eletrônicas (VERGARA, 1998). De forma semelhante, Gil (2002) afirma que é a pesquisa desenvolvida com base em material já elaborado, principalmente livros e artigos científicos.

A pesquisa documental vale-se de materiais que ainda não receberam um tratamento analítico, ou que ainda podem ser reelaborados conforme os objetivos da pesquisa (GIL, 2002). A investigação documental realiza-se em materiais como: registros, anais, regulamentos, circulares, ofícios, memorandos, balancetes, entre outros (VERGARA 1998).

A pesquisa experimental consiste em determinar um objeto de estudo, selecionar variáveis capazes de influenciá-lo, e definir formas de controle e de observação dos efeitos produzidos no objeto pelas variáveis (GIL, 2002). No mesmo entendimento, Vergara (1998) afirma que a pesquisa experimental é a investigação empírica na qual o pesquisador manipula e controla variáveis independentes e observa as variações produzidas por tal manipulação e controle em variáveis dependentes.

A pesquisa ex-Post Facto é o estudo realizado após a ocorrência de variações na variável dependente, tendo como propósito básico o mesmo da pesquisa experimental: verificar a existência de relações entre variáveis (GIL, 2002). Segundo Vergara (1998) esse tipo de investigação refere-se a um fato que já aconteceu e aplica-se quando o pesquisador não pode controlar ou manipular variáveis.

As pesquisas do tipo levantamento se caracterizam pela interrogação direta dos indivíduos cujo comportamento se deseja conhecer. Basicamente solicita-se a um grupo significativo de pessoas informações acerca do problema estudado, e, em seguida, mediante análise quantitativa, obtêm-se as conclusões correspondentes (GIL, 2002).

A pesquisa de laboratório é uma experiência realizada em local circunscrito, tendo em vista que no campo seria praticamente impossível realiza-la (VERGARA, 1998).

A pesquisa de campo consiste numa investigação empírica realizada no local onde ocorre ou ocorreu um fenômeno ou então que dispõe de elementos para explica-lo (VERGARA, 1998). Basicamente a pesquisa é desenvolvida por meio da observação direta do grupo em tudo e de entrevistas com informantes para identificar suas explicações e interpretações do que ocorre no grupo (GIL, 2002). De acordo com Marconi e Lakatos (1996) a pesquisa de campo consiste na observação de fatos e fenômenos, na coleta de dados a eles referente e no registro de variáveis que se presumem relevantes para analisá-los.

A pesquisa participante é aquela na qual tomam parte pessoas implicadas no problema sob investigação, fazendo com que a fronteira pesquisador/pesquisado seja tênue (VERGARA, 1998). Gil (2002) afirma que a pesquisa participante caracteriza-se pela interação entre pesquisador e membros da situação investigada.

A pesquisa-ação é definida por Vergara (1998, p. 47) como “um tipo particular de pesquisa participante que supõe intervenção participativa na realidade social”.

O estudo de caso, para Gil (2002), é o estudo profundo e exaustivo de um ou poucos objetos, de modo que permita o seu amplo e detalhado conhecimento. Vergara (1998) menciona que é o circunscrito a uma ou poucas unidades, podendo ser uma pessoa, uma família, um produto, uma empresa, um órgão público, uma comunidade ou mesmo um país.

O método observacional fundamenta-se em procedimentos de natureza sensorial, tendo como objetivo captar os aspectos essenciais e acidentais de um fenômeno do contexto empírico (FACHIN, 2001, apud ZAMBERLAN et al, 2014).

Este estudo classificou-se quanto aos procedimentos técnicos como bibliográfico, de campo e estudo de caso. Bibliográfico porque utilizou material já publicado em livros e artigos científicos sobre classificação das classes sociais no Brasil, gerações profissionais, conceitos e aspectos históricos da moda, origens do uso de vestuário pelo homem, o setor têxtil e de confecção brasileiro, o que é Marketing, Comportamento de compra do consumidor e Motivação; de campo porque alguns dos questionários aplicados foram deixados em estabelecimentos comerciais para serem respondidos; e estudo de caso porque estudou especificamente mulheres de 15 a 29 anos da classe C do município de Ijuí.

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