• Nenhum resultado encontrado

Anexo I Sistema De Valorização Da Qualidade Como Os Valores De Gordura

4 METODOLOGIA

4.1 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA

A classificação da pesquisa se baseia nas principais características em relação à natureza, aos níveis ou abordagem, segundo os procedimentos técnicos, meios e estratégias de pesquisa (ZAMBERLAN et al, 2014).

Com relação à natureza a presente pesquisa caracteriza-se como pesquisa aplicada, “tendo como objetivo a solução de problemas concretos. Possui como finalidade a prática, baseada na curiosidade e especulação do pesquisador. Esse tipo de pesquisa possibilita inúmeras aplicações nas ciências sociais (VERGARA 2004, p.47)”. Para Gil (1999, p.43) “A pesquisa aplicada, por sua vez, apresenta muitos pontos de contato com a pesquisa pura, pois depende de suas descobertas e se enriquece com o seu desenvolvimento”.

Já no que diz respeito à abordagem, a pesquisa se classifica como quantiqualitativa, uma vez que a coleta de informações se deu tanto de forma quantitativa como qualitativa. Para Oliveira (1999) pesquisa quantitativa significa quantificar opiniões, dados, nas formas de coleta de informações, assim como também com o emprego de recursos e técnicas estatísticas. E qualitativamente, onde os pesquisados foram ouvidos, como forma de se realizar a coleta dos dados por meios subjetivos, onde se validaram as suas opiniões.

Segundo Alves (2001), pesquisa quantitativa é a mais adequada para apurar opiniões e atitudes explícitas dos entrevistados, pois utiliza instrumentos estruturados. Deve ser representativa de um determinado universo de modo que seus dados possam ser generalizados e projetados para aquele universo. Seu

objetivo é mensurar e permitir o teste de hipóteses, já que os resultados são concretos e menos passíveis de erros de interpretação. Em muitos casos criam-se índices que podem ser comparados ao longo do tempo, permitindo traçar um histórico de informação. Mostra-se apropriada quando existe a possibilidade de medidas quantificáveis de variáveis e inferências a partir de amostras numéricas, ou busca padrões numéricos relacionados a conceitos cotidianos.

Na visão de Zamberlan et al (2014, p.94) pesquisa qualitativa:

Considera que há uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, isto é, um vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a subjetividade do sujeito que não pode ser traduzido em números. A interpretação dos fenômenos e a atribuição de significados são requisitos básicos no processo de pesquisa qualitativa. Não requer o uso de métodos e técnicas estatísticas. O ambiente é natural e a fonte é direta para coleta de dados e o pesquisador é o instrumento-chave. É descritiva. Os pesquisadores tendem a analisar seus dados indutivamente. O processo e seu significado são os focos principais de abordagem.

Quanto aos objetivos, Vergara (2004) classifica as pesquisas quanto aos fins de investigação e quanto aos meios utilizados. Quanto aos fins, a presente pesquisa é classificada como exploratória.

Quanto aos fins classifica-se como exploratória, de acordo com Gil (1996, p. 45) “as pesquisas exploratórias têm como objetivo proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais explícito ou a construir hipóteses. Tem como objetivo principal o aprimoramento de ideias ou a descoberta de intuições”. Zamberlan et al (2014) explana que pesquisa exploratória é especialmente útil em áreas nas quais ainda há pouco conhecimento acumulo e sistematizado, permitindo que as idéias levem o pesquisador a explícita de forma mais precisa o problema, ou defini-lo com maior precisão; identificar cursos alternativos de ação; desenvolver hipóteses; isolar variáveis e relações chaves para exame posterior; obter critérios para desenvolver uma abordagem do problema e estabelecer prioridades para pesquisas posteriores.

Quanto aos meios, ou procedimentos técnicos a investigação se classifica como bibliográfica, documental, estudo de caso, entrevista não-estruturada, observação in loco e pesquisa participante. Como técnica para a obtenção dos dados destacam-se: questionários, entrevistas, observações.

A pesquisa utilizou-se de meios bibliográficos, que segundo Gil (2002) é desenvolvida com base em material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos. Para Vergara (2004), a pesquisa bibliográfica é o estudo

sistematizado desenvolvido com base em material publicado em livros, revistas, jornais, redes eletrônicas; fornece material analítico para qualquer outro tipo de pesquisa, mas também pode esgotar-se em si mesma.

Classifica-se como uma pesquisa documental por que foram utilizados materiais documentos descritivos da organização objeto de estudo. Segundo Vergara (2004, p. 48):

A pesquisa documental é realizada em documentos conservados no interior de órgãos públicos e privados de qualquer natureza, ou com pessoas: registros, anais, regulamentos, circulares, ofícios, memorandos, balancetes, comunicações informais, filmes, microfilmes, fotografias, videoteipe, informações em disquete, diários, cartas pessoais e outros.

Na visão com Gil (2002), pesquisa documental, são documentos ou materiais que ainda não foram analisados, mas que, de acordo com a questão e objetivos da pesquisa, podem ter valor científico.

Utilizou-se também do método do estudo de caso, segundo Vergara (2004, p.49) “é o circunscrito a uma ou poucas unidades, entendidas essas como pessoa, família, produto, empresa, órgão público, comunidade ou mesmo país. Tem caráter de profundidade e detalhamento”. Para Yin (2001), é uma investigação empírica que investiga um fenômeno contemporâneo dentro de seu contexto da vida real, especialmente quando os limites entre o fenômeno e o contexto não estão claramente definidos.

A investigação de estudo de caso enfrenta uma situação tecnicamente única em que haverá muito mais variáveis de interesse do que pontos de dados e, como resultado baseia-se em várias fontes de vidências, com os dados precisando convergir em um formato de triângulo e como outro resultado, beneficia-se do desenvolvimento prévio de proposições teóricas para conduzir a coleta e a análise de dados. (YIN, 2001, p. 32).

Também se utilizou o uso de entrevista não-estruturada, Gil (1999 p.117) define entrevista como “técnica em que o investigador se apresenta ao investigado e lhe fórmula perguntas, com o objetivo de obtenção dos dados, sendo uma fórmula de diálogo assimétrico, em que uma das partes busca coletar dados e a outra se apresenta como fonte de informação”.

Do mesmo modo, foram realizadas entrevista informais que conforme Gil (2002) são as mais utilizadas na pesquisa etnográfica. Elas podem ser vistas como conversação casuais, mas, assim como as entrevistas estruturadas, também tem uma agenda especifica, embora não explicita. Este tipo de entrevista é o menos estruturado possível e só de distingue da simples conversação porque tem como

objetivo básico a coleta de dados, pretendendo obter uma visão geral do problema pesquisado, bem como a identificação de alguns aspectos da personalidade do entrevistado.

A observação segundo Gil (2002) geralmente a forma de observação participante, que se caracteriza pelo contato direto do pesquisador com o fenômeno, propriedade de estudado, com a finalidade de obter informações acerca da realidade vivenciada pelas pessoas em seus próprios contextos.

De acordo com Zamberlan et al,(2014, apud FACHIN, 2001, p.35) “o método observacional fundamental fundamenta-se em procedimentos de natureza sensorial, objetivando captar os aspectos (fatos) essenciais e acidentais de um fenômeno de contexto empírico”. Ainda conforme Zamberlan et al (2014) a observação envolve o registro sistemático de padrões de comportamento a fim de obter informações sobre o fenômeno de interesse.

Outro meio que foi utilizado é a pesquisa participante que conforme Gil (2002 p. 55) “quando se desenvolve a partir da interação entre pesquisadores e membros das situações investigadas”. Gil (2002) salienta que a pesquisa participante consiste na participação real do conhecimento na vida da comunidade, do grupo, isto é da propriedade, sendo um membro integrante.