Variável de controle: Capacidade Suporte dos Recursos
Naturais
Componente: Vegetação
Fator: Cobertura com espécies nativas
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DEFINIÇÃO
Considera-se como cobertura vegetal nativa a área ocupada predominantemente por espécies típicas da região em questão, ainda que estejam em estágio de degradação ou de recuperação.
DESCRIÇÃO
Além de contribuir com as funções características de qualquer cobertura vegetal (proteção do solo, favorecimento da evapotranspiração e da infiltração da água, redução da temperatura e da circulação do ar, atenuação de ruídos, diminuição do material particulado na atmosfera, entre outras), a presença de espécies vegetais nativas contribui para aproximação das condições naturais do meio em análise, favorecendo as condições ecológicas originais, com reflexos em toda a cadeia florística e faunística. As atividades humanas têm acarretado uma remoção significativa da vegetação nativa de diversas regiões, seja
pela simples supressão da cobertura vegetal, seja pela introdução de espécies exóticas, tanto para usos agro-pecuários, quanto em silvicultura (reflorestamentos) e mesmo para fins paisagísticos. A urbanização tem contribuído para a redução da vegetação nativa tanto pela sua remoção direta, quanto pela introdução de novas espécies para fins de arborização e paisagismo urbano.
FORMAS DE AFERIÇÃO PARA
ANÁLISE E AVALIAÇÃO
A determinação da cobertura vegetal nativa (CVN) pode ser feita a partir de mapas temáticos ou medições diretas. São consideradas áreas com cobertura vegetal nativa aquelas em que as espécies autóctones predominam, ainda que em estágio de degradação ou regeneração. Deve-se verificar se o projeto identifica tais ocorrências, e também se há uma previsão de recuperação de áreas impactadas ou uma reintrodução de espécies ameaçadas ou já perdidas.
A tendência à sustentabilidade é determinada comparando-se as áreas com cobertura vegetal nativa existentes antes e as previstas para após a implantação do empreendimento. Se houver um aumento, a tendência será favorável. Caso contrário, tem-se uma tendência desfavorável. A manutenção da CVN ou uma variação pequena de sua área indicam uma condição neutra.
ESCALA GEOGRÁFICA
A área de influência será ampliada se a vegetação nativa afetada representar uma parcela significativa dos remanescentes da região.
INTERRELAÇÕES PRINCIPAIS
Cobertura vegetal, ecossistemas de especial interesse, benefícios ambientais, riscos ambientais.
FLUXOGRAMA DE ANÁLISE
Vegetação: Cobertura com Espécies Nativas
Observações:
- quando a cobertura vegetal nativa for representada por exemplares isolados (árvores), a medição de sua variação pode se dar através da contagem de indivíduos;
- quando houver mais de um tipo de vegetação nativa e os resultados de sustentabilidade forem diferenciados, predominará, para efeito de análise, a condição desfavorável.
2) O projeto prevê um aumento da área com cobertura vegetal nativa após a sua implantação?
Favorável
Sim
Não
Neutro (1) Ocorre variação significativa da
área com cobertura vegetal nativa existente antes da implantação do projeto?
Não
Desfavorável
QUALIDADE DO AR
Variável de controle: Capacidade Suporte dos Recursos
Naturais
Componente: Ar
Fator: Qualidade 7
DEFINIÇÃO
A qualidade do ar é o conjunto de características que este recurso natural apresenta, em termos de sua composição, indicando sua adequação à manutenção da vida, das condições de saúde e conforto, bem como em relação à conservação de materiais e características estéticas.
DESCRIÇÃO
O ar atmosférico é uma mistura de diversos gases (alguns em proporção aproximadamente constante, outros com variações mais acentuadas), com outras substâncias, na forma de vapores, gotículas e partículas de diferentes dimensões e constituições (poeira, microrganismos, fuligem etc.). As quantidades destas substâncias, em relação estreita com as condições meteorológicas, determinam a qualidade do ar num local específico. Esta pode variar sazonalmente. A atividade humana afeta a qualidade do ar, na medida em que lança substâncias na atmosfera (poeira, gases de escapamentos de veículos, emissões industriais, resíduos de queimadas em áreas urbanas ou rurais) ou afeta as condições meteorológicas (alteração da umidade, da circulação de ventos etc.). A urbanização, por sua vez,
pode acarretar todas as conseqüências citadas (exceto as queimadas rurais).
FORMAS DE AFERIÇÃO PARA
ANÁLISE E AVALIAÇÃO
Deverá ser avaliada a qualidade do ar na região afetada pelo projeto, e estimadas as possíveis alterações. Para esta avaliação, poderão ser empregados Índices de Qualidade do Ar já existentes ou propostos para a situação específica. Avaliações qualitativas também podem ser empregadas. Os tipos e as quantidades de emissões atmosféricas possíveis de ocorrer serão um importante instrumento de avaliação.
No presente caso, as características para avaliação da qualidade do ar serão a manutenção das condições de saúde humana e de qualidade ambiental. Uma alteração da qualidade que acarrete danos à saúde ou impactos ambientais indica uma tendência desfavorável à sustentabilidade. Emissões atmosféricas não prejudiciais serão consideradas neutras. Já uma melhoria na qualidade do ar, em decorrência da implantação do projeto, indica uma tendência favorável.
ESCALA GEOGRÁFICA
A área de influência poderá ser ampliada, caso as emissões atmosféricas ou as alterações meteorológicas provocadas
pelo projeto afetem áreas externas ao mesmo.
INTERRELAÇÕES PRINCIPAIS
Erosão do solo, cobertura vegetal, microclima, destinação de resíduos,
matriz energética, dispersão do ambiente construído, benefícios ambientais, riscos ambientais.
FLUXOGRAMA DE ANÁLISE
Ar: Qualidade
Observações:
- as emissões atmosféricas podem originar-se de fontes estáticas (chaminés, exaustores) ou móveis (veículos)
- as alterações meteorológicas geralmente estão relacionadas com a circulação atmosférica, prejudicando a dispersão dos poluentes.
Não
(1) O projeto pode provocar alterações das características de qualidade
Favorável
Sim
(2) As alterações acarretam danos à saúde humana ou à qualidade
Sim
Neutro
Não