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0:39:10-0:40:23 – M1: A situação toda do jagunço, é na verdade uma situação que a gente pode trazer para o mundo atual, para todos aqueles que são hoje em dia subjugados pela situação moderna do mundo capitalista e aqueles que estão desempregados ou que estão nas mãos [...], porque o dinheiro está nas mãos de poucos e aqueles outros que não têm dinheiro são subjugados pelos seus empregadores e patrões etc. Então é uma situação completamente moderna que se aplica a qualquer país capitalista, qualquer país do mundo moderno. Acho bastante atual se colocar um trabalho desse tipo e bastante proveitoso para que as pessoas possam realmente tentar buscar uma saída ou uma solução para toda a problemática do Brasil, principalmente do nosso povo tão sofrido e tão faminto e tão necessitado de alguém que estenda a mão para eles ou que possa ensiná-los a fazer alguma coisa melhor. Eu espero que realmente o trabalho possa trazer o diálogo para todo esse nosso povo.

0:41:25-0:41:42 – P1: [...] uma situação que rege o mundo hoje, né? Quando fala “como vão saber ter poder de serem bons, mesmo que quisessem ser” porque nunca foram ensinados a ser, né? Então existe uma crítica bem grande e quando a gente coloca isso, ele tenta chegar a língua culta ao povo, quem sabe com isso se consiga fazer com que o povo abra os olhos e seja esclarecido.

0:43:32-0:43:52 – M2 - Eu acho que seria interessante a Maira ou o professor [...], porque quem faz a figura do Hermógenes é uma mulher?

0:44:41-0:46:51 – P2 [Cônsul Hubertus von Morr]: In Paris sind Fehler in der Frage der Stadtplanung begangen worden, besonders bei der Frage der Ansiedlung von Minoritäten aus Nord- und Westafrika. Man hat um das historische Zentrum herum, in der Banlieue, am Rande der Stadt, diese Menschen in Hochhäusern angesiedelt und sich dann eigentlich nicht mehr um sie gekümmert. Sie leben dort weitgehend hoffnungslos, vor allem die jungen Menschen, und das ist ein bedrückender Zustand. Unter anderem muss man sich dann fragen, warum das jetzt zur Explosion kommt, denn dieser

Zustand dauert schon viele Jahre an. [...] Dies ist eines der Themen, über die man sprechen, über die man nachdenken kann angesichts dieser sehr schönen Aufführung, zu der ich Ihnen gratulieren möchte. Danke schön.

Em Paris cometeram-se erros na questão do planejamento urbano, especialmente na alocação de minorias da África do norte e da África ocidental. Estes homens foram acomodados em prédios em torno do centro histórico, na periferia da cidade, e depois, ninguém cuidou mais deles. Eles vivem ali na maior parte sem esperança, sobretudo os jovens. É uma situação opressiva. Nós temos que perguntar por que esta explosão ocorre agora, porque essa situação já existe há muitos anos [...]. Este é um dos temas sobre os quais nós podemos refletir e discutir com base nesta bela apresentação, pela qual vocês estão de parabéns. Muito obrigado.

0:46:53-0:50:25 – P3: [Joachin Tiemann] Das Martius-Staden-Institut gibt in den nächsten Tagen sein neues Jahrbuch heraus, Nummer zweiundfünfzig .Und in diesem Jahrbuch steht ein Aufsatz zu dieser Thematik, die heute zum Ausdruck gekommen ist und die bei Guimarães Rosa zum Ausdruck kommt, passt. Es ist ein Aufsatz unter dem Titel “Fragmentierung und Erneuerung” und stammt von dem Tübinger Geographen Martin Coy, der große Erfahrung in der Stadtgeographie hat und jahrelang immer wieder in São Paulo und in Brasilien war. Fragmentierung und Erneuerung, denke ich, ist ein Stichwort, was zu Guimarães Rosa ebenfalls passt. Fragmentierung vor allen Dingen. Das Gewaltpotential, das im Menschen angelegt ist, davon muss man ausgehen. Der Mensch in der Kultur ist eine gezähmte Bestie. Das Gewaltpotential ist im Menschen angelegt und kommt immer dann zum Ausbruch, wenn die Gesellschaft, in der der Mensch lebt, zerbricht. Stichwort Fragmentierung. Das heißt, wenn die Empfindung der Gewalt unterschiedlich innerhalb der Gesellschaft angelegt ist: Vermögensunterschiede, Unterschiede in der Mentalität und, wenn man an den amerikanischen Soziologen Huntington denkt, Unterschiede in der Religion. Wenn diese Unterschiede eskalieren und diese Unterschiede sich isolieren, dann kommt es zum Ausbruch dieses Gewaltpotentials. Und ich denke, das System wird ganz deutlich, wo es Unterschiede gibt zwischen den nicht integrierten Einwanderern und dem integrierten Bürgertum, so wie es in São Paulo deutlich ist, und die Gewalt könnte auch hier zum Ausbruch kommen angesichts der gravierenden Unterschiede innerhalb der Gesellschaft. São Paulo, Fragmentierung der Stadt. In dem Aufsatz von Coy wird deutlich, wie die Stadteinheit in der Fragmentierung zerbricht, wie die Randgruppen in die Stadt, ins Zentrum hinein sickern und dann also im Zentrum tätig werden. Überhaupt braucht man sich nur in São Paulo in der Stadt umzuschauen, wie daraufhin die Reichen und die Wohlhabenden dieses Zentrum verlassen und in Randbezirken Einzelzentren gründen, wir brauchen nur an Alphaville zu denken oder so etwas. All das hat als Ausgangspunkt das Gewaltpotential, das im Menschen angelegt ist, das Gewaltpotential, das zum Ausbruch kommt, wenn in der Gesellschaft, an welchen Stellen auch immer und aus welchen Gründen auch immer, so eine Fragmentierung entsteht.

O Instituto Martius Staden lançará nos próximos dias o seu anuário de número 52. Nesse anuário há um artigo referente a esta temática, a qual hoje nós estamos discutindo e que é expressa por Guimarães Rosa. O texto „Fragmentação e renovação‟, é de autoria do geógrafo Martin Coy de Tuebingen, o qual possui grande experiência em geografia urbana e passou muitos anos em São Paulo e no Brasil em geral. Fragmentação e renovação, penso eu, é uma palavra-chave que combina também com Guimarães Rosa. Fragmentação acima de tudo. Temos que partir do potencial de violência que existe no homem. Na sociedade, o homem é uma fera domada e esse potencial de violência que existe no homem explode sempre quando a sociedade na qual ele vive quebra. A palavra-chave fragmentação, quer dizer, quando a ação da violência se localiza na sociedade de formas diferente: diferenças de patrimônio, diferenças de mentalidades e, quando pensamos no sociólogo americano Huntington, diferenças de religião. Quando essas diferenças se escalam ou se isolam, ocorre uma explosão do potencial de violência. E eu acho que neste sistema fica claro onde existem diferenças entre os migrantes não-integrados e a classe média, como é evidente em São Paulo. A violência poderia também explodir aqui em vista das grandes diferenças sociais. São Paulo, cidade fragmentada. No artigo de Coy, fica claro como a unidade urbana é quebrada pela fragmentação. Como os grupos da periferia se introduzem no centro da cidade de São Paulo e se tornam ativos. Basta olhar para o centro de São Paulo para ver como os ricos, os remediados, abandonam o centro e criam seus próprios condomínios afastados, como Alphaville, por exemplo. O

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ponto de partida de tudo isso é o potencial de violência que faz parte do homem e que explode quando ocorre uma fragmentação na sociedade, não importa onde e por que razões.