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2.1 ABORDAGEM QUALITATIVA

2.1.4 Coleta de Dados

Inicialmente foi solicitada uma visita às secretarias de educação para explicar o trabalho e então agendar um encontro com os gestores das escolas selecionadas, objetivando aprofundar a explanação acerca da pesquisa, e neste momento, foram apresentados os termos de compromisso do pesquisador para com a instituição, além de agendar entrevistas e as observações com os professores de educação física e ou responsáveis pelas atividades físicas e dança na escola.

Num segundo momento, a coleta de dados aconteceu por meio de entrevista semiestruturada gravada, com os professores de educação física concomitantemente ao diário de campo.

A entrevista conteve cinco perguntas que dialogam com a formação do professor, seus métodos de trabalho e suas percepções em relação ao seu trabalho e ao educando, no aspecto de seu desenvolvimento integral.

Para tal segue a organização das perguntas da entrevista: 1.Professor qual a sua formação?

2.Professor a sua formação acadêmica proporciona ou proporcionou discussões e reflexões sobre o desenvolvimento integral dos estudantes? De que modo? O que entendes por desenvolvimento integral?

3.Professor ao planejar suas aulas existe a preocupação em propor uma melhoria afetiva, cognitiva e motora para seu aluno? Por quê?

4.Professor em sua opinião as atividades físicas e danças contribuem para o desenvolvimento integral dos alunos? Que contribuições trouxeram para teu trabalho? 5.Professor a partir da tua experiência a escola de tempo integral e ou em jornada ampliada permite maior ênfase nas atividades físicas e dança? Por quê?

A entrevista foi realizada na escola, em sala de aula, ou espaço adequado para tal, quando o pesquisador fez a apresentação da proposta de pesquisa seguindo para a entrevista em tom de conversa, ao pressentir respostas vagas ou com pouca expressão de palavras o pesquisador utilizou-se de situações práticas de aula, para agregar mais interesse ao seu pensamento. Para Bogdan e Biklen (1991, p.136):

As boas entrevistas caracterizam-se pelo fato de os sujeitos estarem a vontade de falarem livremente sobre os seus pontos de vista. As boas entrevistas produzem

uma riqueza de dados, recheados de palavras que revelam as perspectivas dos respondentes.

Considerou-se de grande relevância a entrevista semiestruturada com os professores de educação física e dança das escolas investigadas. Esta se constituiu em uma ótima ferramenta para a pesquisa, uma vez que através dela o pesquisador buscou obter uma série de dados contidos nas falas dos atores sociais.

A entrevista foi semiestruturada e organizada previamente quanto a algumas questões que nortearam a conversa com os professores. Para uma coleta fiel de informações os encontros foram gravados em áudio e serão preservados por um prazo de cinco anos pelo pesquisador ficando a disposição do pesquisado para acesso a qualquer tempo.

Após as entrevistas concluídas deu-se início às observações que foram previamente agendadas com os professores de educação física e foi quando o pesquisador fez apenas a observação de um período de aula, em torno de cinquenta minutos, em planilha de informações que levam ao entendimento direto e comparativo daquilo que o professor relatou na entrevista e a prática observada pelo pesquisador. Para o modelo de planilha de observação consta no apêndice B do trabalho.

Sobre as observações Minayo (2001, p.22),

destaca, a técnica de observação participante se realiza através do contato direto do pesquisador com o fenômeno observado para obter informações sobre a realidade dos atores sociais em seus próprios contextos. O observador, enquanto parte do contexto de observação, estabelece uma relação face a face com os observados. Nesse processo, ele, ao mesmo tempo, pode modificar e ser modificado pelo contexto. A importância dessa técnica reside no fato de podermos captar uma variedade de situações ou fenômenos que não são obtidos por meio de perguntas, uma vez que, observados diretamente na própria realidade, transmitem o que há de mais imponderável e evasivo na vida real.

Para a pesquisa de campo tornar-se rica e mais fidedigna com o relatado e observado, tornou-se o diário de campo também um documento rico em informações para que, posteriormente, viesse a contribuir significativamente para a análise dos dados.

Sobre essa ferramenta Minayo (2001, p.63 e 64) afirma,

[...] esse diário é um instrumento ao qual recorremos em qualquer momento da rotina do trabalho que estamos realizando. Ele, na verdade, é um "amigo silencioso" que não pode ser subestimado quanto à sua importância. Nele diariamente podemos colocar nossas percepções, angústias, questionamentos e informações que não são obtidas através da utilização de outras técnicas. O diário de campo é pessoal e intransferível. Sobre ele o pesquisador se debruça no intuito de construir detalhes que no seu somatório vai congregar os diferentes momentos da pesquisa. Demanda um uso sistemático que se estende desde o primeiro momento da ida ao campo até a fase final da investigação. Quanto mais ricas

forem anotações esse diário, maior será o auxílio que oferecerá à descrição e à análise do objeto estudado.

As entrevistas, as observações e o diário de campo, foram instrumentos de pesquisa utilizados para que o professor pudesse dialogar sobre a importância da sua aula na constituição do processo de ensino e aprendizagem, voltado a formação plena e integral do educando.

Por meio destes instrumentos foi possível ter uma visão mais ampla da prática nas escolas, tornando a coleta de dados abrangente e com mais conteúdo para a análise e interpretação dos dados.

Os professores que participaram das entrevistas e das observações foram orientados sobre a proposta e assinaram os seguintes documentos: “TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO”,conforme anexo 1 e 2"TERMO DE AUTORIZAÇÃOPARA USO DE VOZ",uma vez que a entrevista foi gravada. Também, foi providenciado junto a Secretaria Municipal de Educação (SMED), através de seu responsável, a assinatura do documento de “AUTORIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO”, em anexo 3, de modo a registrar as informações do projeto e receber o consentimento para a realização da pesquisa e o uso dos espaços das escolas.

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