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CAPÍTULO 3 -ASPECTOS METODOLOGICOS

3.2 ETAPA 1 QUALITATIVA

3.2.1 Coleta de Informações

O roteiro de entrevistas semi-estruturadas (Apêndice A) teve por objetivo fazer análises mais profundas sobre o método de trabalho desenvolvido, a atuação dos gerentes, stakeholders e consultores e as observações descritas pelos mesmos e torno do processo de melhoria na concepção do projeto. Para tanto, foi selecionada equipes de projeto da Secretaria de Recursos Hídricos e Energéticos (SRHE). Participaram da pesquisa a secretaria executiva, a coordenadora de obras, dois gerentes de projetos e os quatros membros da equipe, além dos dois analistas de orçamento, planejamento e gestão correspondentes.

Para Queiroz (1988), a entrevista semi-estruturada é uma técnica de coleta de dados que supõe uma conversação continuada entre informante e pesquisado re que deve ser dirigida por este de acordo com seus objetivos. Desse modo, da vida do informante só interessa aquilo que vem se inserir diretamente no domínio da pesquisa. A autora considera que, por essa razão, existe uma distinção nítida entre narrador e pesquisador, pois ambos se envolvem na situação da entrevista, movidos por interesses diferentes.

A seleção dos membros da equipe foi baseada de duas formas. Por meio do método da bola de neve, através da indicação de pessoas por parte de um entrevistado inicial, que funciona através de uma rede de amostragem, e é talvez uma das formas mais comuns no propósito da seleção da amostra. Além da conveniência, através do convite a indivíduos que se mostraram mais aptos e dispostos a colaborar com o estudo. Os métodos utilizados são próprios da pesquisa qualitativa (MERRIAM,1998).

O acesso aos entrevistados facilita a interpretação do fato real, pois através das perguntas especificas relacionada ao tema principal do trabalho é fornecida a possibilidade de interpretação focada no conteúdo. Para um melhor dialogo as perguntas foram constituídas adequadamente dando ao entrevistado liberdade de comunicação. A cerca deste trabalho buscou-se refletir sobre as experiências e necessidades de uma profissional de projeto.

Todas as entrevistas ocorreram durante o período de agosto a setembro de 2013, tendo sido gravadas em meio digital e posteriormente transcritas, resultando em um documento único, contendo todas as transcrições com páginas numeradas. Foi acordado com os entrevistados, que seus nomes não seriam divulgados neste trabalho.

3.2.1.1 Análise dos Dados

A análise das entrevistas foi realizada a partir da definição e arranjo das categorias analíticas. “(…) categorias podem vir pelo menos de três fontes: o investigador, os participantes, ou fontes fora do estudo, tal como a literatura” (MERRIAM, 1998). Assim, a lista de categorias será produto da leitura das transcrições e no final será construído um conjunto presentes em todas as transcrições. As respostas foram interpretadas cada uma, de acordo com o método da análise pragmática da linguagem, relacionando-as com os resultados obtidos a partir do referencial teórico utilizado no estudo.

CAPÍTULO 4 - ANALISE DOS RESULTADOS

A seguir será feita uma breve descrição da análise em cada uma das entrevistas realizadas com os profissionais envolvidos com o processo de projeto no SRHE com foco nos pontos principais do estudo.

4.1

RESULTADOS

O Governo do Estado de Pernambuco utiliza-se de seu plano de governo e anseios da população para conceber os projetos.

Primeiro tem aquela questão dos seminários todos por Pernambuco, que ai são feitos os seminários em várias regiões de desenvolvimento e são colhidas várias propostas dessas localidades sobre obras e demandas daquela população para o governador.E, o que acontece é que se uni a essas propostas colhidas nesses seminários que se compatibiliza com o programa de governo e daí são geradas as metas prioritárias.Dessas metas prioritárias tem algumas que o governador quer ver de forma detalhada, daí surgi a demanda para o EGP, quando o projeto quer que seja de forma mais pontual semanalmente ai manda para gente (Entrevistado J).

A demanda e feita à medida que a população tem a necessidade, na área aqui geralmente é voltada para recursos hídricos, seca enchente, então estes fenômenos da natureza é quem demandando muito nossas ações no dia-a-dia aqui, mas assim, específico mesmo não tem (Entrevistado K).

Estes projetos que eu estou gerenciando, a construção de três barragens, se deu a necessidade do projeto em função da catástrofe da mata sul, por aquelas chuvas que acabou a maioria das cidades da mata sul, e gerou uma necessidade de prestar de estudar uma forma emergencial de que forma ia se apresentar uma solução para este problema (Entrevistado L).

A demanda (...) surgiu de um estudo em cima de uma catástrofe de uma situação secular, pois não foi a primeira vez que aconteceu esse evento. Então, os técnicos estudaram o problema foi feito todo o estudo onde poderia acontecer quando iria começar (Entrevistado N).

São devidos os fatos ocorridos na região. Vamos supor: lá no açude TAL é uma recuperação, lá existia uma barragem com paredão só que com aquela cheia de 2010 arrebentou o paredão em uns 40 a 50 metros de extensão, então fez com que o governo do estado fizesse uma recuperação (Entrevistado P).

(...) tudo se deu por conta daquele trágico episódio que se deu em 2010, as enchentes, e dela decorreram ações do governo no sentido de evitar acidentes como aquele, calamidade como aquela venha a acontecer novamente. Então, foi elaborado estudos e chegou-se a, que a única forma para evitar este tipo de coisa seria a construção de barragens de contenção de enchentes para que este tipo de coisa não acontecesse mais. Isto foi colocado como uma agenda política do Governo do Estado, foi apresentado isto ao Governador, e fomos aos órgãos financiadores que buscam capitação de recursos para isto e logo em seguida passamos a execução,

elaboração dos projetos das barragens. (...) a recuperação do rio Beberibe é outro teor da sociedade que é colocado dentro das discussões do documento participativo e com isso essas informações termina entrando dentro da agenda publica e ela é disponibilizada (Entrevistado R).

Apesar de restrita, pode haver interferência da população para adequação dos projetos à sua necessidade durante a execução. Completando com Kerzner (2006), quando fala sobre clientes, neste estudo identificado como população, o autor afirma que as expectativas dos clientes são caracterizadas como uma força motriz, pois atualmente eles, além de observarem a finalização do bem ou serviço oferecido, estão questionando a existência da gestão de projetos na administração das atividades executadas.

Além disso, mudanças também são provocadas por questões técnicas, pois o projeto inicial não pode ser realizado e alterações são necessárias.

Mas, a mudança, basicamente no projeto de barragem, ou de uma obra, principalmente de barragem é característica da sua fundação, é apoiar todo o peso do corpo da barragem. Então, isto implica mudança. Ás vezes, você projeta mesmo uma barragem toda em concreto e quando você abre e começa a escavar você não encontra rocha que dê capacidade ao suporte do concreto ai você vai ter que mudar para terra. Então estas sã mudanças técnicas mesmo, por uma necessidade técnica. Tem as mudanças que vêm externas. A população por exemplo, algumas destas barragens foram previstas só para controle de cheia, então ela ia trabalhar com o nível baixo, e veio o anseio da população, a gente vai ficar com esta barragem aqui, um paredão deste com o nível baixo, ela não vai servir para o abastecimento d´água…então estas foram algumas mudanças por necessidade externa da população e foram aceitas e acatadas (Entrevistado L).

Observa-se que o analista de orçamento, planejamento e gestão não participa desta concepção. Em um projeto bem estruturado faz-se necessário a presença de seus anilisata a partir do inicio do projeto. O gerente deve ser designado desde o início do projeto e deve ter o apoio visível da alta administração (diretores, presidente), deverá estar atento a todo o contexto que diz respeito á sua gerência, principalmente ao ciclo de vida (divisão por fases), ou seja, a concepção do projeto (DINSMORE E CAVALIERI,2003; PMI 2004).

Porém, segundo analise das entrevistas, sua participação se dá a partir do planejamento, em especial da execução da obra. O entrevistado L critica os fatores apresentados e que levam à modificação dos projetos, pois demonstra falta de planejamento efetivo.

Não há uma planejamento efetivo da obra, o que implica mudanças no cronograma de execução do projeto por questões técnicas não detectadas anteriormente. Os envolvidos não são incluídos no planejamento e algumas demandas da população são acatadas após o início do planejamento, wimplicando mudanças na execução da obra.A concepção do projeto se dá através da escuta do Governo às necessidades específicas da população, de acordo com o plano de governo proposto. A partir de estudos específicos, os quais o gerente e a equipe de projetos não participaram, indicaram a melhor solução para a problemática apresentada (Entrevistado L).

O planejamento é realizado através do desenvolvimento de um plano de projeto e cronograma de execução das atividades, através de discussões entre os representantes da secretaria, representante da construtora, o gerente do projeto e o analista. São realizadas reuniões iniciais para explicar o funcionamento do trabalho, sua importância para só então, iniciar o planejamento. Como salientado por Maximiano (2009), o planejamento é a compreensão do problema que determina a decisão de iniciação do projeto levantando uma previsão esclarecedora das variáveis do projeto. Após o planejamento pronto, ele é levado ao secretário para validá-lo. Se este não atender às suas expectativas, há alteração nas durações das ações dos projetos, ou alteração nas próprias ações.

Então, esse planejamento começa a partir do momento que a gente senta com eles, explica como é que vai funcionar todo o trabalho, depois parte para elaboração do plano de projeto que é aquele documento inicial com todas as informações do projeto. E, o planejamento ele combina com a finalização do cronograma (Entrevistado J).

A rotina do EGP ela é baseada em reuniões onde há um membro do EGP, membro da secretaria da atividade fim e um membro da empresa executora da obra. E ai, a empresa executora é que tem o planejamento dela das atividades, e ai ela vem com a gente, nosso analista, detalha no cronograma e elabora esse cronograma de acordo do que é passado para gente por esse responsável pela execução e ai a pessoa da secretaria vem para confirmar, para validar as informações, para ver o término dos pacotes das entregas se é valido ou não (Entrevistado T).

De fato, percebe-se o desmembramento entre a concepção do projeto e o seu planejamento e acompanhamento pela secretaria executora e pela Secretaria de Planejamento e Gestão (SEPLAG). Os projetos, em geral, são designados para o EGP- PE quando estão na etapa de obra civil, o que acarreta muitas falhas na execução e modificações no projeto e planejamento iniciais. A execução, segundo Valeriano (2009) a execução é a fase que, com intenso trabalho de equipe, proporciona a execução das tarefas nas condições necessária de qualidade e outras variáveis as quais deveriam ter sido adequadamente analisadas na fase de planejamento. Um mau andamento em meio à fase de planejamento afeta a execução do projeto.

Então, isto nós reunimos semanalmente onde existe um planejamento inicial que é semanalmente revisado, mensalmente também, semestralmente a gente faz uma revisão geral deste planejamento para ver se tudo está ocorrendo como tudo foi planejando inicialmente. As pessoas que participam destas reuniões são o gestor da obra, os contratados da empresa o pessoal do EGP e nós também, gestores aqui e secretários também participam (Entrevistado K).

Bem, a minha parte é mais operação, o projeto vem para gente e lá no campo a gente procura desenvolver o serviço do projeto. (...) em conjunto a gente aqui da secretaria com a empreiteira, com a contratada. Ai a gente vai com o projeto base detalhando- o, vendo a previsões de cada trabalho, de tarefa e, em seguida, a gente vai acompanhado para semanalmente em reunião com a SEPLAG ver se realmente está atendendo aquele cronograma, aquela previsão que tava determinada. Esse projeto ele é um projeto base, estamos acompanhado e corrigindo lá no campo e estamos tendo certa dificuldade. Ele apresenta algumas coisas que não condiz com pratica, à realidade. Sempre procuramos fazer as adequações, dar uma melhorada, nunca vem 100% para gente, entendeu? (Entrevistado P).

Nós temos aqui, a partir do momento que contratado o empreendimento, na própria licitação já vem em um dos anexos dela é o cronograma de execução não só temporal como quantitativo. Com isso, é aplicado dentro do monitoramento e a gente vai fazendo o monitoramento se foi ou não atingindo as metas mensalmente (Entrevistado R).

Como não é dedicado esforço e o tempo necessário para o planejamento, não se consegue antever situações futuras que impactam negativamente no projeto, de forma que o trabalho se torna gerenciar estas situações. O que aumenta o prazo de execução e custo da obra. O planejamento é suscetível a falhas, o que pode levar a mudanças bruscas no cronograma de execução do projeto, pois as contramedidas determinadas não são suficientes ou estas não são monitoradas e efetivadas no prazo adequado para mitigar seu risco correspondente. Então, são feitos replanejamentos, à medida que seja necessário, modificando a linha de base.

[...] porque nós trabalhamos muito em apagar incêndio, na pressão, acontecendo os problemas e você tendo que resolver. Você não tem tempo para pensar, você não tem tempo para planejar. É muita coisa em cima dos gestores e poucas pessoas para pensar, para estar lhe ajudando (Entrevistado K).

O mais importante foi na barragem TAL, que a gente que indicava que a barragem ia ser construída todo seu corpo em concreto, o projeto dela é previsto para um quilômetro de extensão, com setenta e cinco metros de altura. Estava previsto quase um milhão de metros cúbicos de concreto, a gente intensificou a campanha de sondagem, começamos a escavação e não identificamos, justamente, a rocha da margem esquerda do rio, não é que nós não identificamos, a rocha foi aprofundando, o que foi inviabilizando a construção da barragem toda em concreto. Então, por conta disso só pode construir a metade da barragem em concreto, este um milhão de metros cúbicos de concreto foi reduzido para seiscentos mil metros cúbicos de concreto e foi apontada a necessidade de aumentar cinco milhões de metros cúbicos de aterro compactado. Isso no processo construtivo o concreto é mais rápido, é mais fácil de fazer, é mais fácil de controlar, e o aterro não. A barragem, a parte de terra, ela é mais lenta, você tem que buscar matéria-prima cada vez mais distante, porque vai se exaurindo as jazidas. Você vai compactando, você vai fazendo as análises de

compactação do solo é mais difícil. É mais complexo. Os resultados não são tão rápidos, o controle tecnológico do concreto se dá através de densímetros nucleares e do solo ainda é incipiente, uma coisa ainda meio rudimentar, demora mais. Então, tudo isso provocou um aumento de custo da barragem, o projeto inicial estava previsto para duzentos e quarenta e seis milhões, foi para duzentos e noventa e cinco. Estava previsto ser construída em dezoito meses de obra, foi praticamente dobrado este tempo por conta do volume de serviços de aterro compactado. (Entrevistado L).

Determinado a necessidade de fazer aquela barragem naquele local. Vai desenvolver uma série de procedimentos, escolher quem vai fazer o projeto, vão escolher qual o melhor local pra colocar aquele projeto, que executado se transforma no projeto base que é um projeto sem detalhamento e ele é colocado em curto tempo e depois enviado para licitação, para depois se fazer a escolha da firma que vai executar aquele projeto. No nosso caso, aqui essa parte de detalhamento ele sempre colocam com o empreiteiro que vai ser escolhido (detalhamento é o que é chamando aqui de projeto executivo) e esse detalhamento é feito conforme o paralelamente a obra, sendo ajustada. Existem inúmeras surpresas, principalmente que estamos trabalhando com solo, nesse solo ai é feito pesquisas através de sondagem, uma hora que fazem escavações aparecem às surpresas, às vezes a sondagem não acusa determinadas falhas que aparecem depois. E isso é que está dando certa dificuldade para o detalhamento do projeto a posterior, que é o caso da hora da execução da obra (Entrevistado O).

Bem, no açude TAL eu estou lá desde o inicio da ordem de serviço, e quando a gente viu a barragem que foi rompida e o pessoal da região com a maior dificuldade para atravessar, porque é um acesso a um bairro muito importante que liga a cidade a esse bairro, ai vimos a dificuldade do pessoal. E, a gente quando estava trabalhando lá, no inicio do serviço, que o projeto marcava uma coisa na escavação foi outra e foi muito concreto (Entrevistado P).

No início dessa função, que eu estou de barragem, um fato marcante foi logo quando cheguei, iniciei a obra como estava no contrato é que não tinha nem área desapropriada e nem licenciamento concluído, então fiquei sentado sem poder assinar o contrato e botar uma equipe para trabalhar. (...) Ai, a gente aprendeu com essa obra para nas outras não cometer e eu vi que nas outras obras repetiram as mesmas coisas no programa, os menos problemas. Então, isso me marcou muito um problema que a gente passou e continuar com o mesmo problema e a gente tem visto muito nessas barragens a questão de geologia, (...) temos que construir o projeto muito rápido, com custo pequeno, ai não dá para fazer tantas coisas, com todo esse aperto acabo descobrindo falhas no projeto, assim a gente tem que parar a execução para estudar de novo a geologia e fazer uma nova licitação por causa de todas a mudanças feita do projeto. Esse tempo que economizou no projeto, gastou muito mais tendo que parar a obra e fazer uma nova licitação. Se tivesse um projeto mais detalhado poderia ter tido menos custo na frente (Entrevistado Q).

A demanda da população é quem dá o início à concepção do projeto. Esta demanda é debatida internamente pela cúpula do Estado, e então, estando em linha com o plano de governo, é autorizado o seu desenvolvimento.

Então, é demandada pela população inicialmente. E o Governo prioriza as ações que possam ter condições que ele possa executar dentro de seu orçamento e ai é onde a gente é “startado” através do governador (Entrevistado K).

Todavia, é apontado que há uma falha neste processo de inclusão dos demais envolvidos. Há distinção das equipes que executam os projetos bases, para a equipe que planeja e monitora a obra, de forma que muitos problemas ocorrem devido a esta distinção. Faz-se necessário incluir os envolvidos, desde o início, no planejamento, que deveria incluir os projetos base.

Tem uma falha ai na hora desde a época que a gente contrata os projetos. Quando a gente contrata os projetos, o planejamento é feito pelo projetista, ele tem que dar um cronograma ao orçamento, mas basicamente estaria cedendo, ele quando faz ele faz uma divisão financeira de custo, por meio de concurso. (...) na época do projeto, a gente já tem que entrar com Project para dar uma visão melhor para gente da obra e, quando chegar para gente executar, de acompanhar, então tem que adaptar alguma coisa de projeto com a execução e isso já vem desde a época do projeto, a gente inclui essa ferramenta no projeto. Quando for para executar, já está pronta a ferramenta que já sabe os problemas que teria que enfrentar. (...) então, desde época do projeto a gente tem que está atuando, a gente tem que adaptar projetos da SEPLAG para execução e durante a execução surgir problema que poderia ter feito antes (Entrevistado Q).

Eu gostaria muito que fosse corrigida a parte desses projetos bases, que estão muito a desejar. Nós confiamos que vai fazer e termina tendo problemas com eles. Gostaria que as empresas que o elaboram o projeto, que elas pudessem ir lá ver a realidade da situação, pois vemos que tem coisas que esta muitas vezes diferente do projeto. Então, essas empresas elas procurem sempre chegar perto dos 100% da elaboração do projeto. Diante de um projeto chegando perto da realidade (Entrevistado P).

O entrevistado Q aponta, então, que deve haver uma mudança de procedimento do Estado no tocante ao desenvolvimento dos projetos, de forma a incluir todos os envolvidos desde a sua concepção. Kerzner (2006, p.84) afirma que “para a obtenção da excelência é importante o comprometimento dos executivos”. No intuito de que os projetos possam ser desenvolvidos de maneira mais consistente. Com o mínimo de falhas e adequações.

Acho que não só vim da SEPLAG essa cobrança, quando a obra está andando, acho que é introduzir essa questão de gerenciamento desde a época do projeto ver uma concepção, ver qual a necessidade e tal (Entrevistado Q).

O planejamento é a primeira etapa do processo de gestão de projetos. Este ocorre através de reuniões entre o analista, os representantes da secretaria e a empresa construtora. Em seguida, é desenvolvido o cronograma das atividades do projeto, que é validado pelo secretário. E, para monitorar as atividades são executadas, ocorrem encontros semanais.

A gente recebeu a demanda para acompanhar as barragens, e ai o que aconteceu, a

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