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3. PROCEDIMENTO METODOLÓGICO

3.2. MÉTODO DE TRABALHO

3.2.1. Coleta dos Dados

As unidades de análise que fizeram parte da pesquisa são empresas das cadeias de suprimento agroalimentar do arroz e do pêssego, ou seja, abrangendo desde fornecedores

74 de insumos/maquinário, indústria de beneficiamento, distribuidores até varejistas. As empresas do montante da indústria de beneficiamento do arroz e do pêssego representam fornecedores de rótulo, embalagens, lata, insumos agrícolas, maquinário, entre outros. As empresas de beneficiamento que fizeram parte da pesquisa representam as maiores empresas de beneficiamento do arroz e pêssego do estado do Rio Grande do Sul. A lista de contatos com a indústria de beneficiamento do arroz baseou-se na seleção das 50 maiores empresas do estado do Rio Grande do Sul. Quanto às empresas de beneficiamento do pêssego, contataram-se as maiores empresas do setor, totalizando 11 de um total de 13 empresas.

As empresas selecionadas representam aproximadamente 90% do pêssego beneficiado no Brasil. Os varejistas foram selecionados por meio da indicação da AGAS (Associação Gaúcha dos Supermercados), a qual disponibilizou uma lista dos 240 maiores supermercados do estado do Rio Grande do Sul. A Tabela 10 aponta as principais características das empresas que participaram da pesquisa.

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Tabela 10 - Caracterização das empresas que participaram da pesquisa Função % Escolaridade % experiência Tempo de

na empresa % funcionários % Faturamento % Classificação na cadeia % SGA % Proprietário

/Presidente 27,1 Graduação 55,4 < 5 anos 40,2 < 50 38,0 < 1 Mi 3,2

Fornecedor

Matéria-prima 7,6 Sim 52,1 Gerente de

Produção 23,9 Especialização 29,3 5 – 10 anos 21,7 51 – 250 34,8 1 – 10 Mi 14,1 Fornecedor insumo 21,7 Não 13,0 Gerente de

Qualidade 19,5 Mestrado 5,4 11 – 15 anos 13,0 >250 27,1 11 – 50 Mi 34,8 Armazenadora 1,0 Em progresso 45,6 Gerente de

Compras 16,3 Doutorado 2,1 16 – 20 anos 9,7 51 – 250 Mi 28,3 Beneficiamento 27,1

Outros 13,0 Outra 7,6 > 20 anos 15,2 > 251 Mi 19,5 Varejo 39,1

Outra

(Distribuidores) 3,2

76 Um dos desafios iniciais para realizar a coleta de dados foi a dificuldade em conseguir o retorno das empresas. A dificuldade foi identificada na ocasião do estudo- piloto, quando não foram identificados pontos a serem ajustados no questionário; porém, foi importante para adequar a estratégia de coleta dos dados. Inicialmente, foram realizados contatos telefônicos e o retorno estava sendo baixo. Para superar esta dificuldade, optou-se pelas visitas in loco às empresas. O contato inicial foi com as grandes empresas do setor de beneficiamento, onde essas indicavam uma lista de empresas, dentre elas: fornecedores, beneficiadores, varejistas e distribuidores, bem como as representações das cadeias de suprimentos em estudo. Deste modo, por meio das indicações, aumentou-se significativamente o percentual de retorno por meio das ligações, bem como o universo de empresas a serem contatadas. Durante as ligações e reuniões in loco, eram detalhados o objetivo e a importância do estudo e o questionário era aplicado na ocasião.

Para delimitar a amostra do estudo, foram usados bancos de dados de empresas relacionadas com as cadeias de suprimento agroalimentar do arroz e do pêssego: (i) relação de empresas vinculadas ao Sindocopel (Sindicato das Indústrias de Doces e Conservas Alimentícias de Pelotas); (ii) lista de empresas vinculadas ao IRGA (Instituto Rio Grandense de Arroz) e a relação de expositores da Expoarroz 2017; e (iii) lista dos maiores supermercados do Rio Grande do Sul cadastrados na AGAS (Associação Gaúcha de Supermercados).

O Sindocopel disponibilizou uma lista com o contato das empresas que estão envolvidas diretamente com a cadeia de suprimento agroalimentar do pêssego. Desta lista foram excluídas as empresas que não possuíam afinidade com o estudo. Com isto, foram selecionadas 16 empresas da respectiva cadeia. Dessas, 11 empresas foram visitadas in

loco, as quais disponibilizaram uma lista de 34 empresas da cadeia de suprimento

agroalimentar do pêssego.

Na base de dados do IRGA existe uma lista com as 50 maiores beneficiadoras de arroz do Rio Grande do Sul. Desta base visitaram-se cinco empresas sediadas em Pelotas, as quais indicaram um conjunto 22 empresas da cadeia de suprimento agroalimentar do arroz. O restante das empresas fora contatado por telefone e e-mail. Por último, a AGAS disponibilizou uma lista com 240 supermercados do Rio Grande do Sul. Desta lista, foram entrevistadas quatro empresas, as quais indicaram seis empresas que atuam nas cadeias de suprimento do arroz e do pêssego.

77 Ao final, obteve-se uma lista com 322 empresas, sendo excluídas as duplicidades, observando que muitas empresas atuam nas duas cadeias. A pesquisa obteve o retorno dos questionários de 92 empresas, representando um percentual 28,6% de retorno do universo de empresas contatadas. O primeiro contato foi realizado no dia 14/07/17 e o término foi no dia 30/09/17.

O primeiro contato sempre procedia de uma ligação telefônica. Dependendo do tamanho da empresa, solicitava-se o encaminhando para o responsável da empresa; em outras situações, eram direcionadas ao gestor de produção, qualidade, compras e/ou ambiental. No primeiro contato era explicado o propósito da pesquisa e, na sequência, encaminhado um e-mail com o questionário no formato on-line (Google Forms). O segundo contato era realizado caso não houvesse o retorno, no período de uma semana. Então, um novo e-mail era encaminhado e reforçada a importância da contribuição da empresa com a pesquisa. O último contato era telefônico, sendo questionado se existia algum problema ou dúvida para responder o questionário. A Tabela 12 apresenta os percentuais de retorno dos questionários.

Tabela 11 - Distribuição do retorno das empresas

1º Contato 2º Contato 3º Contato Total

Nº Empresas 22 52 18 92

% 24 56 20 100%

O retorno recebido das empresas foi aproveitado na totalidade, não existindo questionários com questões sem resposta. Foi previsto no questionário que todas as questões deveriam ser respondidas para ter acesso às seções internas do questionário. Assume-se que o percentual de retorno é satisfatório e permite obter resultados alinhados com a realidade estudada, bem como permite aferir resultados estatísticos para estudos do tipo Survey. O Quadro 7 apresenta o protocolo técnico que resume os principais aspectos da coleta de dados.

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Quadro 7 - Protocolo técnico da coleta de dados Aspectos da coleta de dados

Cadeia Empresas da Cadeia do Arroz e Pêssego

Região Geográfica Rio Grande do Sul

Instrumento de pesquisa Questionário (Impresso, via e-mail e disponível no Google Forms) Número de empresas que o questionário foi

enviado 322

Tamanho da amostra 92/322 = 28,6% (retorno)

Função/Ocupação dos respondentes Alta e média gestão das empresas Período da coleta de dados 14 Julho à 30 Setembro de 2017

Para compreensão dos dados coletados e auxílio na discussão, são apresentados os procedimentos para a análise dos dados, conforme descrito na próxima seção.