• Nenhum resultado encontrado

Combustíveis e formas alternativas de energia

Nesta primeira aula o objetivo foi o de iniciar o estudo da Termoquímica a partir da discussão sobre a grande demanda da sociedade atual por energia. Bem como, a busca incessante por diversas formas alternativas de energia, os combustíveis fósseis e as consequências de seu uso desenfreado. O foco principal nesta aula introdutória foi o uso “não racional” dos combustíveis fósseis bem como as consequências ao meio

ambiente e suas variáveis. Também foi apresentada e definida a Termoquímica como um ramo da ciência Química responsável por estudar as transformações energéticas envolvidas nas reações químicas e outros assuntos pertinentes. Na sala de aula virtual foram postados links de notícias, imagens e infográficos sobre a questão energética, bem como a aula gravada pelo professor em seu canal do YouTube sobre a definição de Termoquímica com uma revisão rápida sobre o conceito de reações químicas e o calor envolvido nessas transformações com duração de 20 minutos, tudo isso para que os alunos pudessem acessar e responder alguns questionamentos sobre essa temática. Nas Figuras 10 e 11 é possível visualizar tanto a videoaula como os links acessados e a atividade proposta.

Figura 10 – Captura de tela da primeira aula da unidade sobre Termoquímica postada na plataforma Google Sala de Aula

Figura 11 – Captura de tela do questionamento referente a primeira aula da unidade sobre Termoquímica postada na plataforma Google Sala de Aula

Fonte: O Autor, 2019.

Na sala virtual, os alunos assistiram à videoaula “Introdução a Termoquímica e Fontes de Energia”, acessaram links para infográficos sobre a demanda de energia no nosso país, a poluição por veículos automotores, as fontes alternativas de energia, a evolução da lâmpada elétrica e sobre a carona solidária. Também leram uma matéria de um periódico sobre a produção de energia elétrica através de células fotovoltaicas, e responderam as seguintes questões:

Observem a matéria no jornal digital da imagem postada. Ela comemora a marca atingida pela geração de energia elétrica através de células fotovoltaica, ou seja, energia elétrica gerada através da energia solar. No entanto, o consumo de energia do Brasil no ano passado foi de 463.948 GW. Portanto, aquele valor não representa quase nada comparado com o consumo total de energia. A pergunta é: Será que nosso país tem condições para ampliar o uso da energia proveniente do sol? Justifique sua resposta, ou seja, explique por que sim ou por que não. Se a resposta for positiva, porque não ampliamos, ou seja, quais os impedimentos ou dificuldades para fazer tal?

Na sala de aula presencial, foram retomadas as questões postadas na AVA, para ampliar e aprofundar a discussão sobre a questão energética, o que foi muito produtivo. O relato dessa discussão se encontra no Apêndice 2, Diário de Bordo do Professor (DB), Diário da Aula 01, Relato do Professor da Turma.

Vejamos algumas respostas de alguns alunos ao questionamento na sala virtual em torno da reportagem: “Energia solar atinge marca histórica de 300MW no Brasil”. A pergunta foi: Será que nosso país tem condições para ampliar o uso da energia proveniente do sol? Justifique sua resposta, ou seja, explique por que sim ou por que não. Se a resposta for positiva, porque não ampliamos, ou seja, quais os impedimentos ou dificuldades para fazer tal?

Sim, ela pode ser ampliada. Pois devido ao fato do Brasil estar localizado predominantemente numa zona térmica tropical, onde os raios solares que ali incidem ser mais intensos, o que aumentaria em grande escala a energia produzida no sistema fotovoltaico. Ela não é ampliada devido ao seu elevado custo tanto na instalação quanto na manutenção. E seus resultados são tardios, o retorno do investimento demora pra vir e os governos e empresas optam por ficar na sua zona de conforto, pois as matrizes energéticas não- renováveis por enquanto dão resultados "imediatos". Uma possível solução seria a seguinte: a sociedade deveria organizar-se e cobrar dos governos investimentos nessa área para sua ampliação. (RPPD1)

Sim, pois nosso país possui grande extensão territorial e também um clima tropical, assim com a junção desses dois fatores recebe um grande índice de raios solares. Porém o grande empecilho para que o Brasil se torne um forte produtor de energia solar está no alto preço para a instalação de placas fotovoltaicas e a demora para o retorno do investimento realizado. O governo poderia realizar investimentos em indústrias brasileiras para que assim houvesse um barateamento na produção e consequentemente uma redução no preço final. (QPPD2)

O Brasil é um país com um grande índice de insolação, entretanto o aproveitamento da energia solar não é feito. O pouco uso e por vezes quase inexistente da energia solar no Brasil se deve aos altos custos da tecnologia. As pessoas não estão preparadas para investimentos como esse e também o desinteresse do governo é um motivo. O governo não investe na energia solar e não torna a tecnologia mais viável, tornando os preços mais acessíveis e os impostos para as empresas, porque assim perderia uma grande parcela de impostos arrecadados do povo brasileiro. Sendo assim a energia solar só seria viável com o interesse do governo, algo árduo. (RPPD3)

Sim, o território brasileiro é vasto e o clima é tropical. No entanto o custo para a fabricação e implantação das placas solares é muito elevado impossibilitando seu uso em massa. Uma solução para isso seria fazer mais empresas produzirem, isso geraria concorrência e, por consequência, baixariam os preços. (RPPD4)

Considerou-se, que nessa aula, foi possível constatar que as atividades propostas na sala virtual proporcionaram aos alunos um conhecimento mais amplo sobre a questão energética e sobre o conceito de Termoquímica, que inicialmente ficou em nível de informação, o que corresponde ao primeiro nível de objetivos educacionais de acordo com a Taxonomia de Bloom.

No entanto, na sala de aula presencial esse conhecimento prévio, já explorado de forma rápida e pontual na sala de aula virtual, permitiu ao professor, debater e discutir de forma mais aprofundada o tema. Assim pelo teor da discussão realizada com a participação dos estudantes, que já vieram preparados previamente para a discussão, constatou-se que houve compreensão por parte deles dos conceitos trabalhados, pois os mesmos puderam sanar dúvidas que só a leitura dos textos e notícias não foi suficiente para sua apreensão. Esse seria o segundo nível da Taxonomia de Bloom que é o da compreensão dos conteúdos trabalhados.

Destaca-se ainda que, nesta primeira aula, a proposta da Sala de Aula Invertida não foi contemplada integralmente. Isso porque além de assistirem a exposição teórica do conteúdo da aula, os alunos tiveram que responder previamente a questão da aula, o que foi retomada pelo professor na sala de aula presencial, algo que não ocorreu nas demais aulas.