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A conseqüência da perda de tais direitos seria a necessidade de descontinuação do uso de

10.1 Comentários dos diretores sobre:

Introdução

Os dados financeiros referidos abaixo são extraídos de nossas demonstrações financeiras consolidadas para os exercícios sociais encerrados em 31 de dezembro de 2008, 2009 e 2010. Essas demonstrações financeiras foram preparadas sob a responsabilidade de nossa Administração, de acordo com as Normas Internacionais de Relatório Financeiro (“IFRS”) emitidas pelo International Accounting Standards Board - IASB e as práticas contábeis adotadas no Brasil. As práticas contábeis adotadas no Brasil compreendem aquelas incluídas na legislação societária brasileira e os Pronunciamentos, as Orientações e as Interpretações emitidas pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis - CPC e aprovados pela CVM.

As demonstrações financeiras relativas ao exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2008 foram auditadas pela Ernest & Young Auditores Independentes, e as demonstrações financeiras relativas aos exercícios sociais encerrados em 31 de dezembro de 2010 e 2009 foram auditadas pela Deloitte Touche Tohmatsu Auditores Independentes, de acordo com as normas brasileiras de auditoria.

As informações de 2008 foram retiradas do presente Formulário, conforme orientação constante do oficio circular CVM/SEP/Nº 005/2011.

Os saldos comparativos de 31 de dezembro 2009 e 1º de janeiro de 2009 (equivalentes aos saldos de 31 de dezembro de 2008) apresentados no Formulário de Referência de 2009, foram reapresentados nas demonstrações financeiras de 2010, de acordo com as novas práticas contábeis adotadas no Brasil. Para maiores informações sobre os efeitos da adoção das IFRS e das novas práticas contábeis adotadas no Brasil que impactaram as nossas demonstrações financeiras, vide item 10.4 a) e b) deste formulário. Por fim, as informações incluídas neste item relativas ao nosso setor de atividade, bem como as estimativas a respeito de participações de mercado, foram obtidas por meio de levantamentos internos, informações públicas e publicações sobre o setor. Foram incluídas informações de relatórios elaborados por fontes públicas oficiais, como o Banco Central do Brasil (BACEN), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (INFRAERO), dentre outras. As informações que constam dessas publicações são extraídas de fontes consideradas confiáveis, mas não podemos garantir a exatidão e a integridade dessas informações. Os referidos levantamentos internos e estimativas não foram objeto de comprovação independente.

a. Condições financeiras e patrimoniais gerais

Somos uma das maiores companhias aéreas de baixo custo- baixa tarifa (low-cost low-fare) do mundo em termos de passageiros transportados, segundo a IATA, e a maior companhia da América Latina nessa categoria que oferece voos frequentes em rotas que ligam todas as principais cidades do Brasil entre si e estas às principais cidades da América do Sul e destinos turísticos seletos no Caribe. Acreditamos que com nossa jovem frota operacional padronizada de 110 aeronaves Boeing 737, possuímos o maior número de frequências de qualquer companhia aérea no mercado brasileiro de transporte aéreo de passageiros. Em 31 de março de 2011, oferecemos aproximadamente 900 voos diários para 59 destinos ligando as mais importantes cidades do Brasil, bem como os principais destinos na Argentina, Bolívia, Curaçao, Aruba, Chile, Colômbia, Paraguai, Uruguai e Venezuela.

Acreditamos que a nossa forte liquidez e posição de caixa são fatores essenciais para nosso sucesso. Nosso sólido balanço patrimonial aumenta a nossa capacidade de estabelecer parcerias, negociar com fornecedores, mitigar impactos da volatilidade dos mercados financeiros sobre nossos resultados, fortalecer nossa capacidade de recuperação financeira e assegurar a implementação da nossa estratégia de crescimento.

Temos um forte balanço patrimonial, em especial o nosso “caixa total” (caixa, equivalentes de caixa, aplicações financeiras, e caixa restrito de curto prazo) de nossas receitas operacionais líquidas dos últimos doze meses no ano de 2010 (23,9% em 2009). Também estamos comprometidos em não ter dívidas financeiras significativas com vencimento em um horizonte de três anos. Nesse sentido, acreditamos que um sólido balanço patrimonial combinado à nossa geração de fluxo de caixa melhorará ainda mais nossa flexibilidade financeira de modo a nos permitir reagir rapidamente às mudanças do mercado e explorar novas oportunidades.

Nosso índice de alavancagem (representado pela dívida bruta ajustada / EBITDAR dos últimos 12 meses) foi de 5,0 vezes em 2010 ante 6,4 vezes em 2009. A dívida líquida ajustada (dívida bruta ajustada líquida do caixa) / EBITDAR encerrou em 3,7 vezes em 2010 versus 5,2 vezes em 2009, em linha com seu objetivo de nível de alavancagem para o final de 2010, e nos coloca no grupo de empresas aéreas a reduzir sua alavancagem e gerar caixa.

A seguir, estão apresentados um sumário das contas patrimoniais consolidadas dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2010 e 2009:

Balanço Patrimonial Consolidado (em milhões de

reais) 2010 2009

Caixa e equivalentes de caixa 1.955,9 1.382,4

Aplicações financeiras 22,6 40,4

Contas a receber 303,1 519,3

Depósitos 715,4 805,1

Imobilizado 3.461,0 3.325,7

Total de ativos 9.063,8 8.720,1

Empréstimos de curto prazo 346,0 591,7

Empréstimos de longo prazo 3.395,1 2.542,2

Patrimônio Líquido 2.929,2 2.610,0

Em 31 de dezembro de 2010 nossos ativos imobilizados consolidados totalizavam R$3.461,0 milhões, composto principalmente por (i) R$2.210,4 milhões referentes ao arrendamento mercantil financeiro de 39 aeronaves, (ii) R$751,8 milhões referentes à aquisição de peças de reposição e rotables e (iii) R$308,5 milhões referentes aos pré-pagamentos efetuados junto a Boeing para aquisição de 17 aeronaves 737-800 Next Generation, como parte do plano de expansão de nossa frota, conforme demonstrado no quadro abaixo:

Plano de Frota Operacional* 2011 2012 2013 2014 2015

B737-700 NG 40 40 40 40 40

B737-800 NG 75 79 81 85 91

Total 115 119 121 125 131

*contempla aeronaves adquiridas em regime de leasing operacional e financeiro

Além dos ativos mencionados acima, detemos ainda concessões de uso de edifícios em aeroportos e hangares no Brasil, dentre os quais uma parte de um hangar no aeroporto de Congonhas, onde realizamos manutenção de aeronaves. Possuímos também um Centro de Manutenção de Aeronave de última geração em Confins, Estado de Minas Gerais. A certificação autoriza serviços de manutenção de Boeings 737-300s e Boeings 737-700 e 800 Next Generation. Utilizamos a nova instalação para realizar manutenção pesada de fuselagem, manutenção preventiva, pintura de aeronaves e reestruturações da configuração interna das aeronaves.

b. Estrutura de capital e possibilidade de resgate de ações ou quotas, indicando (i)

hipótese de regaste e (ii) fórmula para cálculo do valor de resgate:

Em 31 de dezembro de 2010, o total de empréstimos e financiamentos de curto e longo prazo somavam R$3.741,1 milhões, sendo que as dívidas de longo prazo, excluindo os bônus perpétuos que não possuem vencimento, tinham um prazo médio de 8,6 anos, com taxa média de 11,2% nas obrigações em moeda local, e 6,5% nas obrigações em Dólar. O endividamento em moeda estrangeira representava cerca de 76,0% em 31 de dezembro de 2010. Excluindo o Bônus Perpétuo, o endividamento total da Companhia seria de R$3.443,1 milhões. Nosso índice de alavancagem (representado pela dívida bruta ajustada / EBITDAR dos últimos 12 meses) foi de 5,0 vezes em 2010 ante 6,4 vezes em 2009.

Em 31 de dezembro de 2010 nosso patrimônio líquido totalizava R$ 2.929,2 milhões, representando um acréscimo de 12,2% em relação ao patrimônio líquido de R$2.610,0 registrado em 31 de dezembro de 2009, decorrente do aumento de capital social no valor de R$120,9 milhões e pelo lucro líquido do exercício de R$214,2 milhões.

Em 31 de dezembro de 2010, o nosso capital social era composto por 270.336.668 ações, divididas em 137.032.734 ações ordinárias e 133.303.934 ações preferenciais. Nosso principal acionista é o Fundo de Investimento em Participações Volluto, que detém 100% das nossas ações ordinárias, 27,0% das nossas

ações preferenciais e 64,0% do nosso capital social total. Em 31 de dezembro de 2010, tínhamos 32,0% de nossas ações em circulação.

As participações percentuais de cada acionista indicadas na tabela abaixo estão baseadas na quantidade de 137.032.734 ações ordinárias e 133.303.934 ações preferenciais em circulação em 31 de dezembro de 2010.

Ordinárias Preferenciais Total

Ações (%) Ações (%) Ações (%)

Fundo de Investimento em Participações Volluto (1) ...137.032.718 100,0% 35.963.279 27,0% 172.995.997 64,0% Diretores ...16 0% 1.891.842 1,4% 1.891.858 0,7% Ações em tesouraria ... – – 454.425 0,3% 454.425 0,2% Alliance Bernstein L.P... 8.510.417 6,4% 8.510.417 3,1% Mercado ...– – 86.483.971 64,9% 86.483.971 32,0% Total ...137.032.734 100,0% 133.303.934 100,0% 270.336.668 100,0% (1) Fundo de Investimento em Participações Volluto é controlado igualmente pelos irmãos Constantino de Oliveira Junior, Henrique Constantino, Joaquim Constantino Neto e Ricardo Constantino.

Por fim, informamos que não existe possibilidade de resgate das nossas ações, além das hipóteses legais. Em 22 de fevereiro de 2011, nosso Conselho de Administração aprovou um aumento de capital no valor de R$ 669.230,82, mediante a emissão de 34.718 ações preferenciais, decorrente do exercício de opção de compra de ações concedidas no âmbito do Plano de Opções. Em consequência, o nosso capital social passou a ser de R$ 2.316.280.420,23, representativos de 270.371.386 ações, sendo 137.032.734 ações ordinárias e 133.338.652 ações preferenciais.

Em 10 de maio de 2011, nosso Conselho de Administração aprovou um aumento de capital no valor de R$ 181.320,00, mediante a emissão de 15.480 ações preferenciais, decorrente do exercício de opção de compra de ações concedidas no âmbito do Plano de Opções. Em consequência, o nosso capital social passou a ser de R$ 2.316.461.740,23, representativos de 270.386.866 ações, sendo 137.032.734 ações ordinárias e 133.354.132 ações preferenciais.

Em 21 de dezembro de 2011, nosso Conselho de Administração aprovou um aumento de capital no valor de R$ 37.882,38, mediante a emissão de 3.138 ações preferenciais, decorrente do exercício de opção de compra de ações concedidas no âmbito do Plano de Opções. Em consequência, o nosso capital social passou a ser de R$ 2.316.499.622,61, representativos de 270.390.004 ações, sendo 137.032.734 ações ordinárias e 133.357.270 ações preferenciais. Na mesma data, foi aprovado o aumento do capital social de R$295.795.170,00, com possibilidade de homologação parcial, mediante a emissão privada de 13.445.235 ações sendo 6.825.470 ordinárias e 6.619.765 ações preferenciais. Está em curso o prazo para o exercício do direito de preferência pelos acionistas titulares de ações da Companhia para a subscrição das ações decorrentes do aumento de capital sujeito à homologação.

c. Capacidade de pagamento em relação aos compromissos financeiros assumidos

Liquidez

Para administrar nossa liquidez, levamos em conta nosso caixa total , assim como saldos de nossas contas a receber. Nossas contas a receber são afetadas pelos prazos de recebimento de nossos recebíveis de cartões de crédito. Nossos clientes podem adquirir passagens efetuando pagamentos parcelados em cartões de crédito, normalmente gerando um intervalo de um a dois meses entre o pagamento de nossos fornecedores e despesas e o efetivo recebimento das receitas de nossos serviços. Quando necessário, obtemos empréstimos para financiar nosso capital de giro, os quais podem ser garantidos por nossos recebíveis, para financiar o ciclo venda-recebimento. Temos um forte balanço patrimonial, em especial nosso caixa total que representava 28,3% de nossas receitas operacionais líquidas dos últimos doze meses. Também estamos comprometidos em não ter dívidas financeiras significativas com vencimento em um horizonte de três anos.

A tabela abaixo apresenta informações financeiras consolidadas utilizadas em análises de liquidez:

Caixa Total (1) 2.013,0 1.448,9 38,9%

Recebíveis 303,1 519,3 -41,6%

Liquidez Total Imediata 2.316,1 1.968,2 17,7%

Pagamentos Antecipados de aeronaves 308,5 804,6 -61,7%

Total de Depósitos em Caixa 2.624,6 2.772,8 -5,3%

(1) Corresponde a somatória dos saldos de caixa, equivalentes de caixa, caixa restrito do curto prazo, e aplicações financeiras, divulgados nas demonstrações financeiras.

Em 31 de dezembro de 2010, o caixa total chegou a R$2.013,0 milhões, compostos de R$1.955,9milhões de saldo em caixa e equivalentes de caixa, R$22,6 milhões de aplicações financeiras de liquidez imediata e R$34,5 milhões em caixa restrito. O aumento na liquidez total em comparação com 2009 é devido principalmente ao histórico de resultados operacionais positivos com sua consequente geração de caixa operacional; e às diversas medidas tomadas em 2010 no sentido de aumentar a liquidez, tais como a emissão dos bônus seniores com vencimento em 2020 no valor total de R$535,5 milhões (correspondentes a US$300 milhões na data da emissão) e a 4º emissão de debêntures no valor total de R$600 milhões. Os recebíveis de curto prazo (que incluem vendas de cartão de crédito, o programa de pagamentos parcelados Voe Fácil, contas a receber de agências de viagens e transporte de cargas) registrou redução de 41,6% comparado com 2009, devido à: (i) redução no volume de vendas antecipadas pela menor ocorrência de promoções durante o ano de 2010 em comparação ao ano anterior, que gerou um decréscimo no volume de vendas antecipadas e; (ii) cenário de preços mais competitivo no segundo semestre de 2009 e; (iii) aumento no volume de duplicatas descontadas.

Em 31 de dezembro de 2010, tínhamos R$ 308,5 milhões em depósitos com a Boeing a título de pagamentos antecipados de aeronaves, uma redução de 61,7% se comparado a 31 de dezembro de 2009, principalmente em razão do menor número de novas aeronaves a serem entregues pela Boeing sob os termos de nosso plano de frota para os próximos 18 meses, comparado ao mesmo período de 2009. Consequentemente, nossos depósitos de caixa somaram R$ 2.624,60 milhões em 31 de dezembro de 2010, comparado a R$ 2.772,8 milhões em 31 de dezembro de 2009.

Esperamos fazer os pagamentos relativos à aquisição de aeronaves utilizando recursos provenientes das receitas de nossas operações, de empréstimos contratados por meio de linhas de crédito de curto prazo e/ou financiamento junto ao fornecedor. Esperamos financiar o saldo do preço de aquisição das aeronaves do Boeing 737-800 Next Generation por meio de uma combinação de fontes, tais como disponibilidades, disponibilidades decorrentes de nossas operações, contratos de financiamento bancário a juros baixos, operações de venda e arrendamento junto ao próprio fornecedor (sale and leaseback), ofertas de títulos de dívida ou capital e/ou financiamento junto ao fornecedor.

Em 31 de dezembro de 2010, o nosso índice de liquidez corrente, calculado pela divisão do ativo circulante pelo passivo circulante era de 1,6 vezes em comparação ao índice de 1,0 vez de 2009. Este aumento deve-se principalmente à redução dos empréstimos e financiamentos de curto prazo e do aumento do caixa e equivalentes de caixa que atualmente cobrem 5,7 vezes nossas obrigações de curto prazo, em comparação às 2,4 vezes de 2009.

No período de doze meses do exercício findo em 31 de dezembro de 2010 tivemos um EBITDAR (que é definido por nós como lucro operacional antes do resultado financeiro antes de juros, impostos, depreciação, amortização e custos com arrendamento de aeronaves) de R$ 1.535,0 milhões com margem de 22% em comparação aos R$1.206,8 milhões com margem de 20,0% do período de doze meses do ano de 2009. O nosso endividamento total em 31 de dezembro de 2010 era de R$ 3.741,1 milhões. Nosso endividamento bruto ajustado (que considera a somatória do endividamento total com o produto de 7 vezes as despesas anualizadas de arrendamento), era em 31 de dezembro de 2010 de R$7.630,6 milhões em comparação aos R$7.688,6 milhões de 2009. Nosso índice de alavancagem, expresso pelo endividamento total ajustado pela receita líquida dos últimos 12 meses no final do ano de 2010 foi de 5,0 vezes, em comparação aos 6,4 vezes de 2009. Acreditamos que este índice, comumente utilizado pelas agências classificadoras de risco para medir a capacidade financeira das companhias aéreas, considerando que parte significativa das aeronaves de nosso setor é arrendada, mostra nossa evolução crescente em redução de alavancagem.

Acreditamos que a nossa atual estrutura de capital é adequada para fazer frente aos nossos investimentos e as nossas obrigações uma vez que possuímos atualmente uma posição de caixa expressiva, não possuímos necessidades relevantes de caixa para amortizações de empréstimos e financiamentos nos próximos anos e temos apresentado geração de caixa operacional positiva por 10 trimestres consecutivas.

d. Fontes de financiamento para capital de giro e para investimentos em ativos não-circulantes utilizadas

Nossa estratégia é depender principalmente de fluxos de caixa das operações para obter capital de giro para as operações correntes e futuras. Nossos fluxos de caixa operacionais são afetados pela exigência de alguns contratos de arrendamento operacional de aeronaves, que estabelecem contas de reserva de depósito de manutenção para nossa aeronave, com fundos em níveis específicos. Os fundos serão retirados das contas de reserva de manutenção para o reembolso de certos gastos de manutenção estrutural incorridos. Acreditamos que os valores já depositados, e a serem depositados, adicionados de nossos próprios recursos de caixa, sejam suficientes para cobrir nossos custos futuros com aeronaves e manutenção, pela duração dos respectivos arrendamentos operacionais.

e. Fontes de financiamento para capital de giro e para investimentos em ativos

não-circulantes que pretende utilizar para cobertura de deficiências de liquidez

Quando necessário, obtemos empréstimos para financiar nosso capital de giro, os quais podem ser garantidos por nossos recebíveis, para financiar o ciclo venda-recebimento. Temos um forte balanço patrimonial, em especial nosso caixa total que representava 28,3% de nossas receitas operacionais líquidas dos últimos doze meses.

Também estamos comprometidos em não ter dívidas financeiras significativas com vencimento em um horizonte de três anos.

f. Níveis de endividamento e as características de tais dívidas, descrevendo ainda:

(i) contratos de empréstimo e financiamento relevantes

A tabela abaixo demonstra os vencimentos e as taxas de juros de nossas obrigações, decorrentes de empréstimos e financiamentos vigentes em 31 de dezembro de 2010, 2009 e 2008:

(Em milhares de reais) Vencimento 31/12/10 31/12/10 31/12/09

Circulante:

Moeda nacional:

Capital de giro Ago, 2010 2,68% - 160.000

Empréstimo BNDES Jul, 2012 8,66% 14.352 14.352

Empréstimo BNDES Repasse Safra Mar, 2014 11,46% 27.550 -

Empréstimo BDMG Jan, 2014 8,05% 3.376 2.800

Juros 19.721 3.309

64.999 180.461 Moeda estrangeira (em dólares

norte-americanos):

Capital de giro Ago, 2010 2,68% 83.803 -

PDP Facility I Fev, 2010 - - 111.585

PDP Facility II Dez, 2010 2,74% - 131.836

Empréstimo IFC Jul, 2013 4,15% 13.885 14.510

FINIMP Jun, 2011 2,69% 2.718 -

Juros 33.969 16.624

134.375 274.555 199.374 455.016

Arrendamento Financeiro Dez, 2021 146.634 136.679

Total circulante 346.008 591.695

Não circulante:

Moeda nacional:

BNDES Jul, 2012 8,66% 8.372 22.725

BNDES – Repasse Safra Mar, 2014 11,46% 70.934 -

BDMG Jan, 2014 8,05% 27.332 10.056

Debêntures Set, 2015 12,63% 593.870 374.045

700.508 406.826 Moeda estrangeira (em dólares

norte-americanos

Empréstimo IFC Jul, 2013 4,15% 27.770 43.530

Bônus sênior I Abr, 2017 7,50% 347.501 360.993

Bônus sênior II Jul,2020 9,25% 487.887 -

Bônus perpétuos - 8,75% 297.944 310.079

1.161.102 714.602 1.861.610 1.121.428

Arrendamento Financeiro Dez, 2021 1.533.470 1.420.739

Total não circulante 3.395.080 2.542.167

3.741.088 3.133.862

Vencimentos e taxas Vencto. Taxa Contratual Moeda

Capital de Giro Ago/10 118,0% do CDI Real

BNDES Jul/12 TJLP +2,65% Real

BNDES-Safra Mar/14 TJLP +5,5% Real

BDMG Jan/14 IPCA +6,0% Real

Debêntures (3º. Emissão) Nov/14 126,5% do CDI Real

Debêntures (4º. Emissão) Set/15 118,0% do CDI Real

Empréstimo IFC Jul/13 Libor +3,75% Dólar

PDP Facility I Fev/10 Libor + 0,5% Dólar

Senior Notes 2017 Abr/17 7,50% Dólar

Senior Notes 2020 Jul/20 9,25% Dólar

Bônus Perpétuos n/a 8,75% Dólar

Cronograma da Dívida Financeira em 31/12/10 (R$MM) 2011 2012 2013 2014 2015 > 2015 Total Em Moeda Nacional 129,0 40,6 35,3 17,5 598,0 9,1 829,5 Capital de Giro 83,8 - - - 83,8 BDMG 3,4 3,3 6,4 4,4 4,1 9,1 30,7 BNDES 14,3 8,4 - - - - 22,7 BNDES-Safra 27,5 28,9 28,9 13,1 - - 98,4 Debêntures - - - - 593,9 - 593,9 Em Moeda Estrangeira 16,6 13,9 13,9 - - 835,4 879,8 IFC 13,9 13,9 13,9 - - - 41,7 FINIMP 2,7 - - - 2,7 Senior Notes - - - 835,4 835,4 Total 145,6 54,5 49,2 17,5 598,0 844,5 1.709,3 Cronograma da Dívida Financeira em 31/12/09 (R$MM) 2010 2011 2012 2013 2014 > 2014 Total Em Moeda Nacional 177,1 110,9 105,1 96,6 94,3 - 584,0 Capital de Giro 160,0 - - - 160,0 BDMG 2,8 3,1 3,1 3,1 0,8 - 12,9 BNDES 14,3 14,3 8,5 - - - 37,1 Debêntures - 93,5 93,5 93,5 93,5 - 374,0 Em Moeda Estrangeira 14,5 14,5 14,5 14,5 - 361,0 419,0 IFC 14,5 14,5 14,5 14,5 - - 58,0 Senior Notes - - - 361,0 361,0 Total 191,6 125,4 119,6 111,1 94,3 361,0 1,003,0

A seguir descrevemos os nossos contratos financeiros relevantes vigentes em 31 de dezembro de 2010, 2009 e 2008:

Capital de giro

:

Em 31 de dezembro de 2010, possuíamos R$83.803, equivalente a US$50.000 (R$160.000 em 2009 e R$50.000 em 2008) em capital de giro com uma instituição financeira. Junto com o empréstimo, houve a contratação de uma operação de swap, alterando o custo efetivo do empréstimo para 118% do CDI-over, em moeda nacional (10,89% em 31 de dezembro de 2009).Em 31 de dezembro de 2010, não possuíamos valores em garantia referente a esta modalidade.

Empréstimo de Longo Prazo em Moeda Nacional com o BNDES: Em 29 de maio de 2006, contratamos um empréstimo de longo prazo em moeda nacional no valor de R$75,7 milhões junto ao BNDES. A linha direta de crédito aprovada pelo BNDES foi utilizada no financiamento de parte significativa da ampliação das instalações do Centro de Manutenção de Aeronaves no Aeroporto Internacional de Confins, em Minas Gerais, para a aquisição de equipamentos e materiais nacionais. O financiamento exige como garantia títulos de certificado de depósito bancário no valor mínimo de R$8.000 reconhecido como caixa restrito. Empréstimo de Longo Prazo em Moeda Nacional com o BNDES Repasse – Banco SAFRA: Em 31 de março, 26 de maio e 27 de setembro de 2010 contratamos empréstimos de longo prazo em moeda nacional no valor de R$44,4 milhões, R$23 milhões e R$33,7 milhões, respectivamente, junto ao BNDES através de seu programa indireto de repasse “Finame Moderniza BK”. Os recursos foram destinados à modernização de turbinas em oficinas nacionais especializadas. As captações possuem prazos de 48 meses, com seis meses de carência e principal amortizado mensalmente. O pagamento mensal de juros é calculado com base na TJLP acrescido de 5,5% a.a. Em 31 de dezembro de 2010, não possuíamos valores em garantia referente a esta linha de crédito.

Empréstimo de Longo Prazo junto ao International Finance Corporation (IFC): Em 29 de junho de 2006, contratamos um empréstimo de longo prazo junto ao International Finance Corporation (IFC) no valor de US$50,0 milhões correspondente a R$108,0 milhões na data da captação. O financiamento junto ao IFC é utilizado para aquisição de peças de reposição e para capital de giro. O financiamento tem prazo de seis anos e tem garantia de peças e equipamentos pelo valor de mercado a um valor mínimo equivalente a 1,25 vezes o valor do saldo devedor.