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Comentários dos Diretores (Item 10 Da Instrução CVM

10.1 - Condições financeiras e patrimoniais gerais

a. Condições financeiras e patrimoniais gerais

A seguir são apresentados os comentários da Diretoria da Companhia correspondentes à análise da condição financeira e patrimonial da Companhia, que contemplam um panorama sobre o desempenho do mercado global para cada um dos exercícios encerrados em 2017, 2016 e 2015 e seus impactos nos resultados da Companhia, bem como uma análise sobre o desempenho da gestão de capital da Companhia e as ações endereçadas nessa gestão ao longo desses exercícios.

Exercício social de 2017

Em 2017, a produção de celulose totalizou 5.642 mil toneladas, um aumento de 12% comparativamente ao ano anterior, em função, principalmente, da entrada em operação da nova linha de produção de celulose em Três Lagoas (Projeto Horizonte 2), cuja produção em 2017 foi de 559 mil toneladas.

O volume de vendas totalizou 6.212 mil toneladas, um aumento de 13% em relação ao ano anterior, justificado, principalmente, pelo início das operações do Projeto Horizonte 2, cujas vendas foram direcionadas substancialmente para o mercado asiático e, pelo efeito de 12 meses do contrato com a Klabin em comparação a 8 meses de 2016 (o início das aquisições de celulose da Klabin pela Fibria se deu em maio de 2016), representando um aumento de 331 mil toneladas em 2017 comparado com 2016. Os estoques encerraram o ano com 48 dias, apenas um dia superior a 2016.

O custo caixa de produção foi R$ 637/tonelada em 2017, 6% inferior a 2016, principalmente pelo menor impacto das paradas programadas para manutenção, maior diluição dos custos fixos como resultado do efeito da entrada em operação de Horizonte 2, o qual também impactou em maior resultado de utilidades (venda de energia).

O resultado financeiro totalizou uma despesa líquida de R$ 783 milhões, comparado à uma receita líquida de R$ 1,6 bilhão em 2016. Essa variação deveu-se, principalmente, ao efeito da variação cambial na parcela do endividamento da companhia atrelada ao dólar (que no período teve uma valorização de 1,5% frente ao real) e um menor resultado positivo da marcação a mercado dos instrumentos financeiros derivativos em 2017 quando comparado com 2016, que foi compensado parcialmente pelo aumento nas despesas de juros dos empréstimos e financiamentos.

Encerramos o ano com uma dívida bruta de R$ 19.299 milhões, como resultado das captações de longo prazo e baixo custo realizadas durante o ano, através das duas emissões de títulos de dívida no mercado internacional (Bonds), em janeiro e novembro de 2017 (Fibria 2027 e Fibria 2025, respectivamente), da distribuição pública de certificados de recebíveis do agronegócio (CRAs), das liberações de recursos dos contratos com o BNDES e Finnvera e do contrato de pré-pagamento de exportação. A dívida líquida encerrou o ano em R$ 12.331 milhões, o índice de alavancagem medido pela dívida líquida/EBITDA ajustado, em dólares, reduziu de

3,30x para 2,41x e o prazo médio de vencimento das dívidas ficou em 60 meses. A Companhia manteve o Grau de Investimento pelas agências Standard & Poor’s e Fitch ao longo de todo o ciclo de investimento no projeto Horizonte 2, fruto de sua disciplina financeira na gestão da alavancagem, chegando ao final de 2017 com uma sólida posição financeira e com rating BBB-/Estável na S&P e BBB-/Positiva na Fitch.

Como resultado, a Companhia apurou um lucro líquido de R$ 1.092 milhões em 2017, comparado a R$ 1.664 milhões em 2016. O estatuto da Companhia garante um dividendo mínimo obrigatório de 25% do lucro líquido ajustado, após a constituição da reserva legal e por essa razão, a Administração da Companhia propôs a distribuição de R$ 258 milhões como dividendo mínimo obrigatório, a qual foi submetida à aprovação na Assembleia Geral Ordinária em abril de 2018.

Exercício social de 2016

O volume de vendas de 2016 apresentou um melhor desempenho comparado ao volume de 2015. Esse crescimento, aliado ao cenário de preços depreciados e uma perspectiva de curto prazo mais balanceada do que o previsto, no que diz respeito à entrada de novas capacidades, permitiu à Companhia anunciar três aumentos de preços para a China e um para Europa e América do Norte. Destaca-se também o avanço físico geral do Projeto Horizonte 2, que atingiu 77% em dezembro, acima do previsto.

Em 2016, a produção de celulose totalizou 5.021 mil toneladas, 3% inferior em relação a 2015, em função do retrofit na caldeira de recuperação da fábrica C da Unidade Aracruz e da curva mais lenta para a estabilização após a parada, em linha com o ciclo de adequação das caldeiras ao prazo de 15 meses. Esta curva de aprendizado foi concluída em 2016. O volume de vendas totalizou 5.504 mil toneladas em 2016, 8% superior ao volume de 2016, principalmente pelo efeito do contrato com a Klabin e aumento da demanda. As vendas relativas ao contrato com a Klabin totalizaram 478 mil toneladas. Os estoques de celulose encerraram o ano em 47 dias, 5 dias a menos que em 2015.

O custo caixa de produção de celulose em 2016 foi de R$ 680/tonelada, 10% superior a 2015, principalmente em função de maior impacto das paradas programadas para manutenção, maior custo com transporte de madeira em função do raio médio e menor resultado de utilidades (menor preço de energia), entre outros fatores menores. Ao convertermos o custo caixa para dólar, verifica-se um aumento de 5% (2016: US$ 195/tonelada | 2015: US$ 185/tonelada).

Em 2016, tivemos um resultado financeiro líquido positivo de R$ 1,6 bilhões, comparado a um resultado financeiro líquido negativo de R$ 3,7 bilhões em 2015, principalmente em função do impacto positivo da variação cambial sobre as dívidas denominadas em dólar norte-americano e pelo efeito positivo no resultado de instrumentos financeiros derivativos. A desvalorização de 16,5% do dólar norte- americano frente ao Real colaborou para esse impacto, o qual foi parcialmente compensado pelo aumento nas despesas financeiras.

A Companhia encerrou o ano de 2016 com um endividamento bruto de R$ 16.153 milhões, correspondente a US$ 5 bilhões, resultado das captações de recursos financeiros de longo prazo, a baixo custo, para o Projeto Horizonte 2, além de

captações obtidas com a emissão de Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA) para reforço da sua já robusta posição de caixa. A dívida líquida ao final de 2016 foi de R$ 11.435 milhões (US$ 3,5 bilhões), o índice de alavancagem financeira (dívida líquida/EBITDA Ajustado) em dólar foi 3,30x e o prazo médio da dívida total foi de 51 meses. Embora 2016 tenha sido marcado por incertezas mercadológicas e por um ciclo de investimento mais robusto, a Fibria manteve o Grau de Investimento pelas agências Standard & Poor’s, com perspectiva negativa e Fitch, com perspectiva estável, atestando a qualidade do seu risco de crédito.

Como resultado, a Companhia apurou um lucro líquido de R$ 1.664 milhões em 2016, comparado a R$ 357 milhões em 2015. O estatuto da Companhia garante um dividendo mínimo obrigatório de 25% do lucro líquido ajustado, após a constituição da reserva legal e por essa razão, a Administração da Companhia propôs a distribuição de R$ 393 milhões como dividendo mínimo obrigatório, a ser submetida à aprovação na Assembleia Geral Ordinária em abril de 2017.

Exercício social de 2015

O mercado de celulose, em 2015, superou as expectativas dos agentes, caracterizado por crescimento de demanda acima do esperado e por interrupções de produção não previstas. Esse cenário contribuiu para que as novas ofertas fossem absorvidas pelo mercado, para a implantação de sucessivos aumentos de preço e manutenção de estoques em níveis equilibrados.

Apesar da volatilidade observada principalmente na Ásia, que impactou o PIX/FOEX BHKP e que levou a Fibria a reduzir sua exposição na região, o nível de estoques de fibra curta reportado pelo PPPC (39 dias em dezembro), o crescimento de 7% nas vendas globais de celulose de eucalipto e a limitação da oferta provocada por paradas não programadas de produtores de fibra curta ainda suportam fundamentos positivos de mercado. Em 2015, o fluxo de caixa livre recorrente da Companhia atingiu R$ 2,9 bilhões e o EBITDA R$ 5.337 milhões, 91% maior que o registrado em 2014.

Em março de 2013, a Standard & Poor’s (“S&P”) elevou o rating da Fibria de 'BB/Positivo' para 'BB+' com perspectiva estável. Em setembro de 2013, a Moody’s revisou a perspectiva de estável para positiva. Em fevereiro de 2014, a Fitch elevou o rating da Fibria para ‘BBB-‘, com perspectiva estável, atingindo o status de grau de investimento por essa agência. Em março de 2014 a S&P revisou a perspectiva do rating de crédito da Companhia de estável para positiva. Em abril de 2015, a S&P elevou o rating da Companhia para BBB-, com perspectiva estável e em novembro de 2015, a Moody’s elevou seu rating de Baa3 com perspectiva estável, o que lhe dá o status de uma empresa com Grau de Investimento pelas três agências de rating. S&P, Fitch e Moody’s reafirmaram seus ratings BBB- / classificação estável e Baa3 / estável, respectivamente, para a Fibria. Muito embora (i) a S&P e Fitch tenham rebaixado o rating soberano do Brasil de BBB- para BB +, em setembro de 2015 e dezembro de 2015, respectivamente, (ii) em dezembro de 2015 o rating soberano Baa3 do Brasil atribuído pela Moody’s tenha sido colocado em perspectiva de possível rebaixamento, (iii) em fevereiro de 2016, a S&P tenha rebaixado novamente o rating soberano do Brasil de BB+ para BB com perspectiva negativa, e (iv) também em fevereiro de 2016 a Moody’s tenha rebaixado o rating soberano do país para Ba2, o rating da Fibria foi reafirmado em fevereiro de 2016, pela S&P e Fitch em suas classificações de BBB-

/estável e Baa3 /estável, enquanto que a Moody’s rebaixou a classificação de riscos da Companhia para Ba1 com perspectiva negativa.

Conforme divulgado pela Companhia na nota explicativa 16 de suas Demonstrações Financeiras Consolidadas de 31 de dezembro de 2015, em 28 de dezembro de 2015, a Fibria comunicou a seus acionistas e ao mercado em geral que celebrou instrumentos particulares de compra e venda de imóveis com uma de suas acionistas controladoras, Votorantim Industrial S.A. (“Votorantim”), antiga denominação da Votorantim S.A., por meio dos quais (i) a Companhia obrigou-se a vender e a transferir e a Votorantim obrigou-se a comprar e a adquirir imóveis rurais de propriedade da Companhia, totalizando 5.042 hectares, pelo valor de R$ 172 milhões, e (ii) a Votorantim obrigou- se a vender e a transferir e a Companhia obrigou-se a comprar e a adquirir os imóveis rurais de propriedade da Votorantim, totalizando 33.994 hectares, pelo valor de R$ 452 milhões. A Companhia esclareceu que os valores de compra e de venda dos imóveis foram negociados entre as partes com base em avaliações independentes. A operação está alinhada ao objetivo da Fibria de otimizar sua base de ativos de forma a garantir e ampliar a competitividade estrutural de suas atividades florestais.

Em 2015, a produção de celulose da Companhia foi de 5.185 mil toneladas, 2% inferior a 2014, em função em grande parte do menor impacto das paradas programadas para manutenção, as quais foram realizadas, pela primeira vez, após 15 meses de operação, enquanto nos anos anteriores eram realizadas a cada 12 meses. O volume de vendas totalizou 5.118 mil toneladas, 3,5% menor que 2014. Apesar da performance positiva durante a maior parte de 2015, o que permitiu a imposição de três sucessivos aumentos de preço durante o ano, as vendas no último trimestre foram afetadas pela pressão sobre os preços imposta pela China, o que levou a Companhia a reduzir a exposição na Ásia abaixo da média histórica. Os estoques de celulose encerraram o ano em 52 dias, 4 dias a mais que em 2014.

O custo caixa de produção em 2015 foi de R$ 618/t, 19% superior a 2014, em função, majoritariamente, de maiores custos com madeira (R$ 35/t), como resultado principalmente do maior custo logístico (maior raio médio e maior participação de madeira de terceiros), e do efeito câmbio (R$ 28/t). Outros fatores que tiveram impacto no aumento do custo caixa de produção foram o maior impacto das paradas programadas para manutenção e o menor resultado de utilidades. Em dólar norte- americano, a mesma comparação representou uma queda de 16%.

O resultado financeiro totalizou uma despesa líquida de R$ 3,7 bilhões, comparada a uma despesa líquida de R$ 1,6 bilhão em 2014, principalmente pelo efeito da variação cambial na parcela do endividamento da Companhia atrelada ao dólar norte-americano (que no período teve apreciação de 47% frente ao real) que, por sua natureza exportadora, mantém grande parte da sua dívida denominada na moeda norte- americana. Contribuiu ainda para esse resultado o pior resultado de hedge, compensado parcialmente por itens do ativo atrelados ao dólar norte-americano, que geraram uma receita no mesmo período.

Em 2015, o EBITDA ajustado da Fibria foi de R$ 5,3 bilhões (margem de 53%), 91% superior ao registrado no ano anterior. A apreciação do dólar norte-americano frente ao real e o maior preço médio líquido em dólar norte-americano da celulose foram os principais fatores que influenciaram esse desempenho, recorde para o período, parcialmente compensado pelo aumento no CPV Caixa e queda no volume de vendas.

A dívida bruta da Companhia encerrou 2015 em R$ 12.744 milhões, correspondente a US$ 3.264 milhões, que representa um aumento de 4% em dólar norte-americano quando comparado ao saldo de 2014, como resultado das captações ocorridas no período para a execução do Projeto Horizonte 2 (projeto que contempla a ampliação da unidade de Três Lagoas, mediante a construção de uma nova linha de produção de celulose). A Fibria fechou o ano com dívida líquida de R$ 11.015 milhões e um indicador dívida líquida/EBITDA em dólar norte-americano em 1,78x e prazo médio total de dívida de 51 meses.

Como resultado, a Companhia apurou um lucro líquido de R$ 357 milhões em 2015, comparado à R$ 163 milhões em 2014. O estatuto da Companhia garante um dividendo mínimo obrigatório de 25% do lucro líquido ajustado, após a constituição da reserva legal. Entretanto, em 17 de dezembro de 2015, o Conselho de Administração da Companhia aprovou a proposta de distribuição de dividendos no montante de R$ 300 milhões, sendo R$ 81 milhões a título de dividendo obrigatório e R$ 219 milhões a título de dividendo adicional. Os dividendos propostos foram submetidos e aprovados na Assembleia Geral Ordinária em abril de 2016, cujo pagamento foi realizado no dia 6 de maio de 2016.

Gestão de Capital

A Administração da Companhia monitora o endividamento com base no índice de alavancagem financeira consolidado (dívida líquida dividida pelo lucro antes dos juros, impostos sobre renda incluindo contribuição social sobre o lucro líquido, depreciação e amortização e outros itens, incluindo o ajuste não caixa do valor justo do ativo biológico – “LAJIDA ajustado”). A dívida líquida, por sua vez, corresponde ao total de empréstimos, subtraído do montante de caixa e equivalentes de caixa, títulos e valores mobiliários e o valor justo dos instrumentos financeiros derivativos.

Em 6 de maio de 2011, o Conselho de Administração aprovou a nova política de gestão do endividamento e liquidez da Companhia, que tem como objetivo estabelecer diretrizes para a gestão de endividamento financeiro e liquidez visando a retomada e manutenção do grau de investimento, segundo a classificação das três principais agências de risco, S&P, Moodys e Fitch. Esta classificação possibilita à Companhia diversificar suas fontes de financiamento, acesso permanente a mercados de dívida, redução do custo do endividamento e também a criação de valor para os acionistas. A política é parte dos controles internos e da governança corporativa da Companhia e complementa a “Política de Gestão de Riscos de Mercado”. A área de Governança, Riscos e Compliance possui a prerrogativa de controlar e reportar, de forma independente da Tesouraria, o enquadramento dos indicadores descritos.

A política prevê a relação dívida líquida sobre índice LAJIDA ajustado (EBITDA) dentro do intervalo de 2,0x e 2,5x, podendo, em determinado momento do ciclo de investimento, atingir temporariamente o nível máximo de 3,5x. As decisões estratégicas e de gestão da Companhia não deverão implicar que esta relação exceda 3,5x. Essa relação deve ser calculada com base no último dia de cada trimestre com a divisão da dívida líquida do fechamento do trimestre pelo índice acumulado dos últimos quatro trimestres. Caso os indicadores da política se desenquadrem dos limites estabelecidos, devido ao impacto de fatores exógenos, todos os esforços deverão ser feitos para que os mesmos sejam reenquadrados.

A Companhia deverá manter um saldo mínimo de caixa, equivalentes de caixa e títulos e valores mobiliários, de modo a evitar que a ocorrência de descasamento em seu fluxo de caixa afete sua capacidade de pagamento. Esse saldo mínimo de caixa é definido pela soma do: (i) saldo de caixa mínimo operacional, que reflete o ciclo de conversão operacional de caixa; e (ii) saldo mínimo para cobertura do serviço da dívida, que inclui juros e principal de curto prazo. Adicionalmente, a Administração poderá buscar reforço de caixa, incluindo linhas compromissadas, para atender às métricas de caixa mínimo das agências de rating. O monitoramento da liquidez será feito principalmente pela projeção de fluxo de caixa de 12 meses. A projeção de fluxo de caixa irá considerar testes de stress em fatores riscos exógenos de mercado, como taxa de câmbio, taxa de juros e preço de celulose, além dos fatores endógenos.

A gestão de endividamento financeiro e liquidez deverá ainda considerar os covenants financeiros contratuais, contemplando uma margem de segurança para que os mesmos não sejam excedidos.

A Administração prioriza captações na mesma moeda da sua principal fonte de geração de caixa, buscando dessa forma um hedge natural para o seu fluxo de caixa. Todas as captações deverão estar suportadas por cotações e aprovadas pelas políticas e procedimentos vigentes.

A Tesouraria da Companhia é responsável pela elaboração do plano de contingência que contemple as ações necessárias para solucionar eventual ocorrência desta natureza. Este plano deverá ser submetido ao Comitê de Finanças e devidamente acompanhado pelas instâncias envolvidas.

Os índices de alavancagem financeira em 31 de dezembro de 2017, 2016 e 2015 eram os seguintes:

(R$ milhões) 2017 2016 2015

Dívida Líquida 12.331 11.435 11.015

EBITDA Ajustado 4.952 3.742 5.337

Dívida Líquida / EBITDA Ajustado 2,49 3,06 2,06

O índice de alavancagem reduziu de 3,06 em 2016 para 2,49 em 2017, principalmente, em virtude do aumento do EBITDA Ajustado no período, impactado, essencialmente, pelo aumento da receita líquida de 2017 comparada à de 2016 em função do aumento no volume vendido e pelo aumento do preço médio líquido em dólar, compensado parcialmente pela queda no câmbio médio de 2017 em comparação a 2016.

A partir de junho de 2012, para fins de análise dos covenants financeiros, incluindo o índice de alavancagem financeira, a moeda de mensuração passou a ser o dólar norte- americano, conforme detalhado na Nota 23 das demonstrações financeiras do exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2012. Tendo em vista que os índices usados acima para o exercício social findo em 31 de dezembro de 2017 foram mensurados em reais, há diferença entre esse índice e o índice mensurado para fins de análise dos covenants e de alavancagem financeira seguindo as novas premissas adotadas.

Em outubro de 2016, a Companhia concluiu a renegociação dos covenants financeiros requeridos. A renegociação resultou nas seguintes mudanças: o índice mínimo de

cobertura do serviço da dívida está suspenso desde o segundo trimestre de 2017 até o final de 2018; o índice máximo de endividamento (dívida líquida sobre LAJIDA ajustado, em dólar norte-americano) aumentou para 7x a partir do segundo trimestre de 2017 até o final de 2017; o índice máximo de endividamento (dívida líquida sobre LAJIDA ajustado, em dólar norte-americano) aumentou para 6x em 2018.

Nenhuma taxa ou comissão foram pagas para esta renegociação.

b. Estrutura de capital

O patrimônio líquido da Companhia, em 31 de dezembro de 2017, era de R$ 14.650 milhões, o que significa um aumento de 6%, ou R$ 832 milhões, em relação ao patrimônio líquido em 31 de dezembro de 2016, principalmente em função do lucro líquido apurado no exercício encerrado em 2017, no valor consolidado de R$ 1.093 milhões.

O patrimônio líquido da Companhia, em 31 de dezembro de 2016, era de R$ 13.818 milhões, o que significa um aumento de 8%, ou R$ 1.002 milhões, em relação ao patrimônio líquido em 31 de dezembro de 2015, principalmente em função: (i) da distribuição dos dividendos adicionais propostos em 2015, no valor de R$ 219 milhões e pagos em 6 de maio de 2016, os quais foram aprovados na Assembleia Geral Ordinária de 27 de abril de 2016, (ii) do lucro líquido apurado no exercício encerrado em 2016, no valor consolidado de R$ 1.664 milhões.

Em 31 de dezembro de 2017, o saldo da dívida bruta da Companhia totalizava R$ 19.299 milhões (em comparação ao saldo da dívida bruta de R$ 16.153 milhões em 31 de dezembro de 2016 e de R$ 12.744 milhões em 31 de dezembro de 2015), e a posição de caixa e títulos e valores mobiliários, líquido dos derivativos, era de R$ 6.968 milhões (em comparação com a posição de R$ 4.717 milhões em 31 de dezembro de 2016 e de R$ 1.730 milhões em 31 de dezembro de 2015). Como resultado, a dívida líquida, em 31 de dezembro de 2017, correspondia a R$ 12.331 milhões (em comparação à dívida líquida de R$ 11.435 milhões em 31 de dezembro de 2016 e de R$ 11.015 milhões em 31 de dezembro de 2015). No exercício social findo em 31 de dezembro de 2017, a geração de caixa medida pelo EBITDA ajustado (sigla em inglês para earnings before interest, taxes, depreciation and amortization, ou lucro antes de