• Nenhum resultado encontrado

Capítulo 3 O Mercado das Low Cost

3.3. Companhias Low Cost Europeias

3.3.1. Ryanair

3.3.1.1. Linhas Gerais

Tendo iniciado as suas operações em 1985 como uma linha aérea regional competindo apenas em rotas ligando a Irlanda ao Reino Unido, esta companhia Irlandesa é hoje das maiores companhias de low

foi tomada a decisão de reestruturar a companhia seguindo o modelo SWA. Assim começou a primeira companhia

Para reduzir os custos esta companhia decidiu manter o sistema de reservas o mais simples possível, afastando a possibilidade de aluguer de hotéis ou de carros. Por outro lado, todo e qualquer extra era pago. Assim, refeições, bebidas, revistas, etc., eram todos

A típica opção de voar para aeroportos subutilizados que ofereciam melhores preços à operadora resultou também em ganhos a nível de rendas e despesas em edifícios, particularmente nos aeroportos HUB.

Em terceiro lugar a PEx preocupava-se com a organização dos seus recursos

A política da companhia envolvia a resolução interna de problemas, não recorrendo a analistas externos, e o corte de custos com empregados. A PEx assumia que poderia funcionar com menos empregados desde que estes estivessem bem preparados e que

ntivados monetariamente pela sua produtividade [86].

De facto, inicialmente todas as condições assumidas pela companhia aparentavam estar correctas pois os seus custos estavam abaixo da média e a sua produtividade bastante acima. No entanto, no decorrer do processo de expansão a People Express

bastantes problemas a nível da contratação de pessoal que se enquadrasse na mentalidade da companhia ao mesmo ritmo de crescimento desta. Isto levou a uma baixa de produtividade e a uma série de erros que eventualmente levou ao falhanço comercial da

À data da sua aquisição pela Continental Airlines a People Express 75 aeronaves e voava para 50 destinos diferentes [87].

Low Cost Europeias

Figura 16 - Logótipo da Ryanair

Fonte: [66]

Linhas Gerais

Tendo iniciado as suas operações em 1985 como uma linha aérea regional competindo apenas em rotas ligando a Irlanda ao Reino Unido, esta companhia Irlandesa é hoje das

low cost da Europa. Após anos lutando contra o insucesso em 1991

foi tomada a decisão de reestruturar a companhia seguindo o modelo SWA. Assim começou a primeira companhia low cost da Europa [87].

o sistema de reservas o mais simples possível, afastando a possibilidade de aluguer de hotéis ou de carros. Por outro lado, todo e qualquer extra era pago. Assim, refeições, bebidas, revistas, etc., eram todos

aeroportos subutilizados que ofereciam melhores preços à operadora resultou também em ganhos a nível de rendas e despesas em edifícios,

dos seus recursos humanos. A política da companhia envolvia a resolução interna de problemas, não recorrendo a analistas externos, e o corte de custos com empregados. A PEx assumia que poderia funcionar com menos empregados desde que estes estivessem bem preparados e que

De facto, inicialmente todas as condições assumidas pela companhia aparentavam estar correctas pois os seus custos estavam abaixo da média e a sua produtividade bastante

People Express encontrou

bastantes problemas a nível da contratação de pessoal que se enquadrasse na mentalidade da companhia ao mesmo ritmo de crescimento desta. Isto levou a uma baixa de entualmente levou ao falhanço comercial da

People Express tinha uma frota de

Tendo iniciado as suas operações em 1985 como uma linha aérea regional competindo apenas em rotas ligando a Irlanda ao Reino Unido, esta companhia Irlandesa é hoje das da Europa. Após anos lutando contra o insucesso em 1991 foi tomada a decisão de reestruturar a companhia seguindo o modelo SWA. Assim

Em 2006, os dados estatísticos da empresa foram os seguintes [65]:

• Ganhos líquidos: €306.7 milhões;

• Lucro Operacional: €375.046.000;

• Passageiros Transportados: 348 milhões.

3.3.1.2. Estratégia e Forma de Actuar

Assumindo o modelo SWA, o mercado-alvo foi também o dos passageiros viajavam em outros meios de transporte ou que simplesmente não voavam, assumindo que mantendo os preços baixos se estimularia o mercado o suficiente para manter a companhia rentável. Ao contrário da SWA, a Ryanair dá também algum enfoque aos passageiros executivos que se mostrem sensíveis aos preços baixos.

Um dos factores que tem feito a Ryanair ter grandes lucros é o de fixar com antecedência os valores dos preços dos combustíveis. Tendo em conta a economia recente, isto tem sido uma mais-valia considerável. De acordo com a Ryanair o sucesso da empresa assenta em cinco pilares fundamentais.

Em primeiro lugar o investimento numa frota homogénea. Mais uma vez, seguindo o modelo SWA, foi mantido apenas uma família de aeronaves na frota, os Boeing 737, operando com uma classe única e com todos os ganhos oportunamente descritos.

Em segundo lugar, estabeleceu-se uma política de subcontratação de serviços. A empresa utiliza pessoal próprio apenas nas suas bases operacionais, subcontratando todo o de solo a terceiros. Também a manutenção pesada é subcontratada, sendo a ligeira feita por pessoal da própria empresa [56].

O terceiro ponto é a utilização de aeroportos secundários ou regionais. Algo que, mais uma vez implica menores custos operacionais por implicar menores taxas e tempos de embarque e desembarque menores. Esta companhia não faz ligações, apenas voos de ponto a ponto [56].

No quarto ponto aparecem os custos laborais e a produtividade. A Ryanair oferece grandes incentivos de produtividade mas ao mesmo tempo ordenados base abaixo da média. Simultaneamente são oferecidas comissões para as vendas a bordo, algo que tem levado a que as desta companhia sejam um pouco acima da média [56].

O ponto final desta lista está relacionado com os custos de marketing. Actualmente a

Ryanair vende entre 95%-100% dos seus bilhetes online, poupando investimentos em

agências de viagens e afins sendo também que é sua política publicitar-se na imprensa internacional com regularidade. Esta operadora não oferece qualquer tipo de serviço secundário. Como tal, bebidas, refeições, bagagens, alugueres de carros e hotéis, tudo isto serve de fonte de rendimento extra [56].

Neste momento a Ryanair tem uma frota de 120 Boeing 737-800 voando para 141 destinos dentro da Europa e em Marrocos [66].

3.3.2. easyJet

Figura 17 - Logótipo da easyJet

Fonte: [30]

3.3.2.1. Linhas Gerais

Fundada em 1995 no Reino Unido, esta é outra das grandes companhias de low cost europeias da actualidade.

Em 2006, os dados estatísticos da empresa foram os seguintes [31]:

• Lucro: £129,2milhões;

• Ganhos provenientes de operações: £221,6milhões;

• Passageiros transportados: 33milhões;

• Factor de carga: 84,8%.

3.3.2.2. Estratégia e Forma de Actuar

A easyJet segue o modelo Southwest: voa preferencialmente para aeroportos secundários, não oferece voos de ligação, vende todos os serviços extra, vende apenas bilhetes online ou nas suas agências [56], disponibiliza apenas uma classe de passageiros e opera um mínimo de tipos aeronave (Boeing 737 e a família A320) [30]. Isto faz com que esta empresa seja mais um exemplo do quão bem sucedido o modelo de low cost pode ser.

A easyJet demarca-se das restantes companhias ao manter uma cultura fácil de assimilação pelo seu público-alvo. No marketing esta companhia diferencia-se das restantes ao apostar numa forte numa exposição pública com uma imagem marcante. Exemplo disto são as suas cores: laranja e branco [56].

Actualmente a easyJet voa para 103 destinos em 27 países e 3 continentes [30].