• Nenhum resultado encontrado

COMPARAÇÃO OBRIGATÓRIAS X VOLUNTÁRIAS

São apresentadas de forma resumida as ações sócio ambientais de cunho obrigatório e voluntárias, possibilitando a visualização das ações, que a cooperativa vem cumprindo e realizando junto a sociedade.

51

Quadro 17 – Comparativo entre obrigações legais e voluntárias da Sustentabilidade

Fonte: Dados da pesquisa

Conforme quadro 17, são 4 ações sociais obrigatórias e 4 ações ambientais, quanto as ações voluntárias o destaque cabe para o social em que a Cooperativa desenvolve várias ações atendendo os colaboradores e comunidade externa, e as ações ambientais voluntárias não voltadas a Cooperativa.

Quadro 18- Divulgação

DIVULGAÇÃO

Obrigatórias Voluntárias

Social Ambiental Social Ambiental

Notas Explicativas Balanço Social Site Divulgação na mídia Site

Balanço Social (jornais e redes sociais) Jornais

Balanço Patrimonial Notas explicativas

DRE Balanço Social

DVA

Fonte: Dados da pesquisa

Conforme quadro 18, são demonstradas a divulgação de todas as atividades da Cooperativa nos demonstrativos contábeis, sites, jornais.

No balanço social, são elencadas, as ações no campo econômico, social e ambiental à sociedade em geral, conforme modelo do IBASE, de maneira a divulgar as ações junto aos

COMPARAÇÃO

Obrigatórias Voluntárias

Social Ambiental Social Ambiental

Vale

Alimentação Geração de Efluentes Projeto Transformar

Resíduos Orgânicos (usados para horta e minhocário) benefício para a auto-suficiência

Plano de Saúde Resíduos Administrativos e Hospitalar Clube da Gestante Lâmpadas (logística reversa) Licença

Maternidade Queima de lenha exótica Combate à Dengue

Óleo de cozinha (sobras destinada a empresa que utiliza para a fabricação de farelo)

Medicina

Ocupacional Uso radiológicos de equipamentos Campanha de Vacinação

Eu ajudo na Lata

Sobras de Materiais (doações)

52

clientes, fornecedores, governo e financiadores, por meio desse demonstrativo alguns valores elencados das ações podem ser visualizados, não na sua totalidade, pois parte das informações divulgadas no Balanço Patrimonial e na Demonstração de Resultado do Exercício - DRE. Apesar de os benefícios trazidos pela prática da responsabilidade social, estas são de difícil mensuração, pois se trata de valores subjetivos (MAGNAGO e BORTOLINI, 2005).

Assim, apresentaram os valores referente a gastos com saúde alocados para a comunidade externa investimentos sociais que a empresa realiza tendo como público-alvo a comunidade externa - a sociedade em geral. São projetos e iniciativas nas áreas de educação, cultura, saúde e saneamento, esporte, combate à fome e segurança alimentar, pagamento de tributos e outros. Os gastos com segurança e medicina do trabalho, plano de saúde, e alimentação alocados para os funcionários.

Também é divulgado no Balanço Social, Ações ambientais relativas a produção/ operação que significa, investimentos que visam compensar seus impactos ambientais, bem como aqueles investimentos que possuem o objetivo de melhorar a qualidade ambiental da produção/operação da empresa, por meio de inovação tecnológica ou de programas internos de educação ambiental.

No quadro 19 verifica-se alguns dos valores dessas ações:

Quadro 19 - Indicadores Sociais

INDICADORES SOCIAIS 2014 2015

Ações Ambientais relativas a produção/ operação R$ 110.659,98 R$ 70.385,19

Fonte: Dados da pesquisa

Conforme a quadro 19 os valores alocados como ações representam apenas os valores disponibilizados no Balanço Social, como já citado, não sendo possível identificar em outros demonstrativos obrigatórios.

Outro demonstrativo que permite a busca desses valores e informações é a Demonstração de Valor Adicionado- DVA, é um relatório contábil que apresenta informações de natureza econômica, indicando como foi criada a ‘riqueza’ pela empresa e quais fatores contribuíram para aquela criação, “...é parte integrante do balanço social, atendendo às necessidades informacionais de diversos usuários da contabilidade, como os investidores, os administradores, os governos, os banqueiros e os fornecedores, e também dos consumidores dos produtos e serviços da empresa, os empregados, enfim, a sociedade como um todo (ATTAR, 2005).

53

Na DVA foi identificado valores dos benefícios aos colaboradores e também a Contribuição para Sociedadevalor de R$ 28.677,81 em 2014 e R$ 43.608,26 em 2013.

A partir das notas explicativas, abre-se a possibilidade de buscar informações abrangentes sobre valores que se encontram agrupados nos demonstrativos, assim, no item 23 das notas explicativas, que se refere às Despesas Administrativas, são demonstrados duas informações importantes sendo a primeira: despesas com pessoal próprio, que inclui salários e benefícios para colaboradores este integra a obrigatoriedade social da cooperativa, ainda compõe este item honorários dos conselhos de administração, diretoria executiva, conselho fiscal e encargos sociais sobre folhas de pagamentos.

A segunda informação são Despesas Administrativas Diversas, sendo referente às despesas com doações, auxílio a entidades, publicações legais entre outras, que integra a parte social da cooperativa também, sendo a social voluntária em estudo, mas que não é possível identificar os valores relativos a cada ação, tanto social como ambiental de cunho voluntário.

Como exemplo no quadro 19 das Despesas Administrativas:

Quadro 20 - Despesas Administrativas- Notas Explicativas

DESCRIÇÃO 2014 2013

Despesas com pessoal próprio R$ 11.067.473,20 R$ 9.846.004,95

Despesas administrativas diversas R$ 1.055.434,84 R$ 886.020,46

Fonte: Dados da pesquisa

Agora a divulgação e os possíveis valores alocados no Balanço Patrimonial e DRE: Constata- se que a identificação dos valores com colaboradores obrigatórias são facilmente identificadas, mas não foi possível identificar valores das atividades sócio ambientais voluntárias, pois estes são de difícil identificação, não há separação das contas em relação as atividades sócio ambientais, poderia constar no Balanço, contas de Ativo Ambiental e Passivo ambiental, mas os mesmos são de difícil mensuração. Os valores que são identificados são apenas as atividades sociais obrigatórias.

Na DRE foi identificado no Resultado Bruto, conta de Despesas Administrativas já demonstradas nas notas explicativas que são compostas por despesas com doações, auxílio a entidades, publicações legais entre outras, que integram as ações sociais voluntárias da Cooperativa, também se constata assim como no Balanço Patrimonial uma difícil identificação de valores das outras atividades que a Cooperativa realiza.

54

CONCLUSÃO

O estudo buscou descrever as ações sociais e ambientais praticadas na Cooperativa

estudada de cunho obrigatório e voluntário, de maneira a evidenciar aos usuários interessados, ou seja, para a comunidade interna e externa o que a Cooperativa realiza conforme exigência da legislação para o funcionamento de suas atividades, e as ações voluntárias em prol da comunidade, bem como o processo de divulgação.

As ações e atividades existentes são elencadas como social obrigatória: vale alimentação, plano de saúde, licença maternidade e medicina ocupacional. As ambientais obrigatórias são: Tratamento de Efluentes da cooperativa, filtros e desinfecção, impedindo dessa forma que os resíduos líquidos afetem o ecossistema da região; Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos de Saúde, com o objetivo de qualificar a separação dos resíduos de todos os tipos em sua fonte geradora, para um melhor entendimento; Uso de equipamentos radiológicos, a cooperativa é regulamentada para fazer uso destes equipamentos; queima de lenha exótica (eucalipto), decorrente da atividade da caldeira, fornecedora de água quente e vapor para processos principais e de apoio.

Sociais voluntárias: Projeto Transformar, uma iniciativa para que as crianças mais carentes da comunidade tenham oportunidade de mudança nas suas visões de vida e realidade; Clube da Gestante caracteriza-se como um espaço para esclarecimento de dúvidas de pais e mães; Campanhas de Combate à Dengue, Campanhas de Vacinação, Sobras Materiais (doações) todo material como colchões, e outros são doados para instituições; Projeto Eu Ajudo na Lata, arrecadação de lacres de latas, assim não prejudicando as famílias que se utilizam das latas como fonte de renda.

Começou na cooperativa de Ijuí e estendeu-se para a cidade de Panambi e Frederico Westphalen. Ambientais voluntárias: Resíduos Orgânicos (usados para horta e minhocário) benefício para a autosuficiência; Lâmpadas (logística reversa) e Óleo de cozinha (sobras destinada a empresa que utiliza para a fabricação de farelo).

Nesse contexto, foi evidenciado que as atividades voluntárias sociais são mais evidentes que as ambientais, e são divulgadas no site da cooperativa, na mídia, jornais, redes sociais, notas explicativas e balanço social e DVA. No contexto das ações sócio ambiental as de cunho obrigatório são contempladas em notas explicativas e balanço social.

As ações voluntárias de cunho ambiental são voltadas para os usuários internos, para a própria Cooperativa, os sociais acontece de forma mais abrangente, contemplando também a comunidade externa.

55

A Cooperativa atende toda a legislação sócio ambiental prevista para a sua atuação e procura desenvolver os projetos citados no trabalho, projetos que são divulgados por meio de site da cooperativa e jornais.

As informações obrigatórias são localizadas nos demonstrativos, Notas Explicativas, Balanço Social, Balanço Patrimonial e DRE.

56

REFERÊNCIAS

ATTAR, R.B. Introdução à Contabilidade. São Paulo: Prentice Hall, 2005.

BASSO, I. P. Contabilidade Geral Básica. 3. ed. rev. Ijuí: Editora Unijuí, 2005. 332p.

BASSETTO, L. I. A incorporação da responsabilidade social e sustentabilidade: um

estudo baseado no relatório de gestão 2005 da companhia paranaense de energia – COPEL, Gest. Prod., São Carlos, v. 17, n. 3, p. 651, 2010

BEUREN, I. M. (org); LONGARAY, A. A. ; RAUPP, F. M.; SOUSA, M. A. B.; COLAUTO, R. D.; PORTON, R. A. B. Como Elaborar Trabalhos Monográficos em Contabilidade –

Teoria e Prática. São Paulo: Editora Atlas, 2004. 195p.

CAPRA, F. As conexões ocultas: ciência para uma vida sustentável. São Paulo. Cultrix, 2002.

CATTANI, A. D. A outra economia. Porto Alegre, Veraz Editores, 2003. 25p.

CAVALCANTI, C. Desenvolvimento e natureza: Estudos para uma sociedade sustentável. São Paulo. Editora Cortez, 2001. 429p.

CELLARD, A. A análise documental. In: POUPART, J. et al. A pesquisa qualitativa:

enfoques epistemológicos e metodológicos. Petrópolis, Vozes, 2008.

CRACOLICI, M. F. ; CUFFARO, M. ; NIJKAMP, P. Pesquisa de Indicadores Sociais. 2009.

FARINÉA, O. O cooperativismo de crédito como alternativa para a obtenção ao crédito. 2003. 67 f. Monografia (Graduação em Economia) – Universidade Federal de Santa Catarina, 2003.

57

FRANTZ, W. Participação e Democracia em Organizações Cooperativas. Ijuí: Unijuí, 2003, 22 pg.

GIL, A.C. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social.São Paulo: Editora Atlas, 1999. 206p.

______.Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. ed. 6º. São Paulo: Atlas, 2008.

GONÇALVES, J. L. Uma contribuição a análise dos fatores determinantes da

remuneração dos serviços médicos de uma operadora de planos de saúde: o caso da

UNIMED de Londrina. 2001. 117f. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção) – Universidade Federal de Santa Catarina, 2001.

GRUPO SOLVÍ – GRI- Gerenciamento de Resíduos Industriais. Disponível em http://www.grisolvi.com.br/> Acesso dia 10 de setembro de 2015.

IUDÍCIBUS, S. de; MARION, J. C. Introdução à teoria da contabilidade. ed. 3º. São Paulo: Editora Atlas, 2002. 288p.

KARLINER, J., GUENTHER, R. Agenda Global Hospitais Verdes e Saudáveis. 2011. Disponível em: http://greenhospitals.net/wpcontent/uploads/2012/03/GGHHAPortugese.pdf>. Acesso dia 13 de junho de 2015.

KRAEMER, M. E. P. e TINOCO, J. E. P. Contabilidade e gestão ambiental. São Paulo: Atlas, 2004.

LIARGOVAS, P. G.; FOTOPOULOS, G. Pesquisa de indicador social. The case of Greece, Grécia, 2009.

LÖWY, M. Ecologia e socialismo. São Paulo: Editora Cortez, 2005.

MAGNAGO, K. M.; BORTOLINI, T. B. Balanço social: uma Análise do Modelo Adotado pela Aracruz Celulose S/A de 1997 à 2003. Monografia de graduação. Espírito Santo: UFES, 2005.

58

MARCONI, M. A.; LAKATOS, E. M. Fundamentos de Metodologia Científica. São Paulo: Editora Atlas, 2003. 311p.

MARTINS, G. A., THEÓPHILO, C. R. Metodologia da investigação científica para

ciências sociais aplicadas. 2 ed. São Paulo: Atlas, 2009.

MARTINS, E. ; GELBCKE, E. R.; SANTOS, A.; IUDÍCIBUS, S. Manual de contabilidade

societária. 2. Ed. São Paulo: Atlas, 2013.

MICHEL, M. H. Metodologia e pesquisa científica em ciências sociais.2 edição.Atlas, 06/2009. Vital Book file

MIRANDA, A. B., TEIXEIRA, B. A. N. Indicadores para o Monitoramento da

Sustentabilidade em Sistemas Urbanos de Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário. Engenharia Sanitária e Ambiental, v. 9, n. 4, p. 269-279. 2004.

OCB. Organização das Cooperativas Brasileiras. Disponível em: http://www.brasilcooperativo.coop.br/site/ocb/index.asp?CodIdioma=1. >Acesso dia 10 de outubro de 2015.

OMS. Organização Mundial de Saúde. Disponível

em:http://www.who.int/suggestions/faq/en/index.html. > Acesso dia 13 de junho de 2015.

PAGNUSSATT, A. Guia do Cooperativismo de Crédito- Organização, governança e

políticas corporativas. Porto Alegre. Ed. Sagra Luzzata, 2004.

PAIVA, P. R. Contabilidade Ambiental. São Paulo: Editora Atlas, 2003. 154p.

PAULANI, L. M., BRAGA, M. B. A nova contabilidade social. São Paulo: Editora Saraiva, 2007. 360p.

PFITSCHER, E. D. Gestão e sustentabilidade através da contabilidade e contabilidade

59

(Doutorado em Engenharia de Produção) – Curso de Pós-graduação em Engenharia de Produção, Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis. 2004.

PFITSCHER, E. D.; LIMONGR, B.; VIEIRA, E. M. F.; PFITSCHER, M. P. ; PFITSCHER, P. C. A situação dos hospitais quanto ao gerenciamento dos aspectos e impactos

ambientais. Cadernos EBAPE. v.5, n.3, 2007.

Portal Nacional de Saúde - Unimed Brasil | Copyright 2001-2010 Portal Unimed,

Disponível em

http://www.unimed.coop.br/pct/index.jsp?cd_canal=58672&cd_secao=58671>Acesso dia 07 de setembro de 2015.

RIBEIRO FILHO, V. O. Gestão Ambiental na Indústria de Saúde no Brasil: A gestão da cadeia produtiva em favor da sustentabilidade ambiental. 2005. Dissertação (Mestrado Administração de Empresas) – Fundação Getulio Vargas, FGV, São Paulo, 2005.

RIBEIRO, M. S., Contabilidade Ambiental.- ed.-2º - São Paulo: Saraiva, 2010.

RIO GRANDE DO SUL (ESTADO), PORTARIA SEMA Nº 019, de 30 de março de 2010;

RIO GRANDE DO SUL (ESTADO), Lei Estadual n.º 9.519, de 21 de janeiro de 1992, Institui o Código Florestal do Estado do Rio Grande do Sul e dá outras providências.

RIO GRANDE DO SUL (ESTADO), Resolução CONSEMA n.º 128/2006, Dispõe sobre a fixação de Padrões de Emissão de Efluentes Líquidos para fontes de emissão que lancem seus efluentes em águas superficiais no Estado do Rio Grande do Sul.

SACHS, I. Desenvolvimento incluente, sustentável, sustentado. Rio de Janeiro, Garamond/ Sebrae, 2004.

SANTOS, J. L., Contabilidade Geral – ed.2° São Paulo : Atlas, 2004.

SANTOS, T. L.; COSTA, A. S. V.; FILHO, T. G. J.; JUNIOR, R. A. S. Inserção da

60

Cristalina LTDA .Amazônia em Foco, Castanhal, v. 1., n.1, p. 177, jul./dez., 2012.

Disponível em http://www.convibra.com.br/upload/paper/2012/28/2012_28_4494.pdf> Acesso dia 14 de maio de 2015

SOARES, F.A.; ABREU, M.C.S.; SAMPAIO, J.C. A relação entre a evidenciação

ambiental e a performance econômica na indústria siderúrgica brasileira. In: EnANPAD,

30., 2006, Salvador. Anais E Rio de Janeiro: ANPAD, 2006.

TINOCO, J. E. P.; KRAEMER, M. E. P. Contabilidade e gestão ambiental. São Paulo: Atlas, 2008.

Documentos relacionados