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Capítulo I O debate na economia política comparada e a abordagem de

I.3 A abordagem de Variedades de Capitalismo

I.3.2 Comparando mecanismos de coordenação

Os tipos ideais apresentados pela VoC de capitalismo liberal e coordenado remetem, em geral, aos modelos de capitalismo norte-americano e alemão, respectivamente. É, via de regra, a partir da caracterização estilizada do conjunto de instituições pertencentes a cada um desses países que a VoC estabelece as formas preponderantes de coordenação nas economias desenvolvidas. No entanto, existem algumas variantes próximas, ainda que com algumas distinções relevantes, como o caso inglês e japonês/francês. Em geral estas variantes guardam princípios comuns com os modelos norte-americano e alemão, de modo que podem ser entendidas como matrizes institucionais equivalentes (Hall e Soskice, 2001).

A tipologia apresentada remete, imediatamente, a duas questões particulares: 1) de que modo está estruturado cada um dos domínios institucionais; 2) de que maneira eles afetam ou condicionam o processo de tomada de decisões e os comportamentos das firmas?

a. O sistema de relações industriais

No âmbito das relações industriais, as estruturas institucionais onde se desenrolam as negociações entre trabalhadores e empresários têm características completamente opostas entre as ELM e as EMC.

Em economias como a norte-americana ou mesmo a inglesa, a barganha salarial se apresentaria de forma bastante descentralizada, com as negociações sobre questões como remuneração e condições de trabalho ocorrendo, predominantemente, no nível da empresa. Neste tipo de capitalismo (ELM) as formas de representação dos trabalhadores em esferas mais abrangentes, como sindicatos setoriais, seriam amplamente desencorajadas, seja pela

21 Dentre as principais dificuldades desta tipologia cabe ressaltar a existência de muitos casos híbridos, cujo

enquadramento em tão poucos tipos ideais se torna muito difícil. Veja a este respeito, Hall e Soskice (2001), Amable (2000 e 2005) Jackson e Deeg (2006) e outros.

legislação e pelas diversas formas de contratação da mão-de-obra, seja pela cultura de organização da sociedade civil.

Para os autores da VoC, o processo de globalização teria acentuado esta característica. De fato, a liberalização comercial e financeira pelas quais passaram estes tipos de economias nos últimos 20 anos promoveu uma tendência ao não reconhecimento das associações sindicais como interlocutores legítimos na barganha salarial. Este acontecimento ampliou a fragmentação do processo de determinação dos salários, conferindo cada vez mais peso às negociações ao nível da planta industrial ou da firma individual.

Para Thelen (2001) existem enormes semelhanças entre a evolução dos casos norte-americano e inglês nos últimos anos. Segundo a autora, “As in the United States, the trend in British relations in the last twenty years has been in the direction of deregulation in the sense of sharply declining union influence at all levels” (2001: 94)22.

No entanto, este fenômeno parece ter sido muito mais acentuado na Inglaterra, onde o grau de organização sindical e os mecanismos de coordenação entre trabalhadores e empregadores foram, historicamente, superiores aos dos EUA. De acordo com Dore et al (1999)23:

The managerial organizations of major firms such as ICI, BP, and Unilever had come to resemble the civil service in their career structures and incremental salary scale. They were transformed by performance pay and recruitment at market price. (….) Mobility via market, rather than commitment to organizations, began increasingly to shape careers and ambitions. Market principles were brought into civil service employment, university teaching, and, to lesser extent, medicine (Dore et al, 1999: 114).

Em suma, o que caracterizaria as ELMs do ponto de vista das relações industriais seria a enorme flexibilidade do mercado de trabalho. Com mecanismos de coordenação muito limitados, o arranjo institucional prevalecente conferiria enorme poder à gerência na determinação do processo de trabalho e no estabelecimento dos salários. Esta

22 Não obstante, mesmo nestes casos, há que se notar diferenças importantes no que tange aos impactos da globalização

sobre as práticas de recursos humanos em ambos os países. Para maiores detalhes veja Thelen, K. (2001).

23 Dore et al (1999) não são adeptos da VoC, ainda que reconheçam a existência de distintos modelos de capitalismo. Sua

menção nesta parte do texto está associada ao amplo estudo sobre as modalidades de capitalismo no século XX, cujos resultados são, de certo modo, compartilhados pelos autores da VoC.

flexibilidade tenderia a alimentar, ainda, uma enorme segmentação no mercado de trabalho, em que a constituição de mercados internos teria por objetivo estabilizar as relações entre trabalhadores e empregadores. Porém, é preciso lembrar que não só a organização sindical dos trabalhadores seria baixa, mas, sobretudo, a dos empregadores. Este fato, para os proponentes da VoC, se tornaria ainda mais importante, na medida em que a unidade central de análise é a empresa.

Nas economias de mercado coordenadas, ao contrário, existiria uma forte coordenação das relações industriais por parte das entidades representativas da sociedade civil organizada, isto é, sindicatos de trabalhadores e empresas. No entanto, variações importantes entre economias como as da Alemanha e do Japão têm sido amplamente reconhecidas pela VoC.

Ainda que as negociações sejam realizadas em níveis de agregação superiores ao da firma, no caso alemão a coordenação depende, de fato, do relacionamento entre associações empresariais e sindicatos de trabalhadores organizados setorialmente. Isto porque, não só no mercado de trabalho, mas também em todos os outros domínios institucionais, o caso alemão corresponde ao que se convencionou denominar de Industry- based coordination (Streeck, 1996; Hall, 1999 e Soskice, 1999). Tal fato decorre da enorme cooperação entre empresas rivais dentro de um mesmo setor. De acordo com Hall e Soskice:

The German Industrial relations system addresses these problems by setting wages through industry-level bargains between trade unions and employer associations that generally follow a leading settlement, normally reached in engineering where the union is powerful enough to assure the labor movement that it has received a good deal. Although union density is only moderately high, encompassing employers’ associations bind their members to these agreements. By equalizing wages at equivalent levels across an industry, this system makes it difficult for firms to poach workers and assures the latter that they are receiving the highest feasible rates of pay in return for the deep commitments they are making to firms (2001: 24-25).

Não obstante, como bem observam os autores, existem ainda esferas de negociação ao nível da firma que se articulam com o que ocorre no plano setorial. Neste sentido,

The complement to these institutions at the company level is a system of workers councils composed of elected employee representatives endowed with considerable authority over layoffs and working conditions. By providing employees with security against arbitrary layoffs or changes in their working conditions, these workers councils encourage employees to invest in company– specific skills and extra effort (Hall e Soskice, 2001: 25).

Por outro lado, no Japão, o arranjo institucional que estrutura as atividades econômicas está associado às redes de negócios intersetoriais, como os keiretsu. Não só as negociações salariais ocorrem no interior destas redes, mas todos os demais elementos das atividades produtivas estão ligados a elas, como sistema de treinamento, a transferência tecnológica e as formas de financiamento, dentre outros. Na barganha salarial o processo de negociação se dá entre sindicatos de trabalhadores organizados por grupos empresariais e suas respectivas contrapartes no lado das firmas. De acordo com Dore et al (1999), o sistema opera de forma descentralizada, porém com as negociações ocorrendo todas ao mesmo tempo, em que alguns grupos assumem a posição de líderes do processo e exercem enorme influência sobre todos os demais.

Nos dois casos, entretanto, o processo de globalização promoveu modificações importantes em direção a uma maior flexibilização das relações laborais. No caso alemão, embora os acordos permaneçam ao nível setorial, foram instituídas cláusulas de flexibilização que respeitam as especificidades das empresas, sobretudo as de menor porte (Thelen, 2001). No Japão, desde os anos 70, com a escalada da inflação naquele período, o poder nas negociações salariais pendeu para o lado dos empresários e para a moderação salarial (Dore et al., 1999).

Uma questão suscitada pela exposição anterior é, obviamente, se estas transformações recentes não significariam um processo de convergência institucional, contradizendo, portanto, a tese mais geral da VoC. De acordo com Hall e Soskice (2001), mas principalmente Thelen (2001), ainda que se verifique um processo de flexibilização das relações salariais, há que se reconhecer a diferença entre este processo e aquilo que vem ocorrendo nas economias liberais de mercado, que se configura, sobretudo, como desregulamentação.

Seja como for, o que importa por agora é menos afirmar ou negar a existência de um movimento de convergência institucional e mais caracterizar o tipo de arranjo

institucional que circunscreve as relações industriais, para, em seguida, avaliar a articulação entre este domínio institucional e os demais, assim como de que maneira esta articulação interfere na performance econômica.

b. O sistema de treinamento e formação de mão-de-obra

Outra esfera importante de coordenação é aquela que se dá em torno da formação dos trabalhadores e da aquisição de habilidades para o processo de produtivo. Neste caso, as distinções entre ELM e EMC também são marcantes.

Embora nem sempre este tema tenha sido tomado como relevante, durante grande parte dos anos 80, alguns autores acreditavam que o melhor ou pior desempenho nesta esfera estaria na raiz das performances desiguais entre as principais nações desenvolvidas. Segundo Jackson e Deeg,

Many saw higher skills as a remedy to the long-term industrial decline of liberal economies such as Britain and United States. In this view the creation of skills in these countries was subject to serious market failure, since firms compete over skilled labor and may act as free riders in appropriating skills that they have not helped generate. By contrast, Germany and Japan both represent “high-skill” patterns that help overcome these various collective action problems in skill generation through facilitating institutional mechanisms… (2006: 17).

Para os autores da VoC, nas economias liberais de mercado, o modo de funcionamento dos sistemas educacional e de treinamento seria complementar à flexibilidade encontrada nas relações industriais. Isto porque a formação dos trabalhadores se dá através das instituições formais de instrução, tendo como ênfase o desenvolvimento de habilidades genéricas. Como não há qualquer tipo de vínculo direto entre habilidades adquiridas e os processos produtivos das empresas, tampouco a obrigatoriedade de contratação de aprendizes por parte das mesmas, as ELM elidem os problemas do tipo free rider, pois seu envolvimento em termos financeiros com estes mecanismos de formação é muito baixo ou mesmo inexistente (Hall e Soskice, 2006).

Já no caso das EMC o processo de formação é completamente diferente. Uma das características mais singulares dessas economias é que empregam trabalhadores com graus elevados de capacitação específica em relação ao setor ou empresa em que trabalham.

Nos países em que vigoram mecanismos de coordenação do tipo Industry-based coordination, o sistema de treinamento está articulado à aquisição de competências setoriais. Isto decorre, em parte, do fato de nestas economias o estabelecimento de normas e procedimentos técnicos ser padronizado intra-setorialmente, o que aproxima as habilidades requeridas pelas diversas empresas dentro de um mesmo setor.

Na Alemanha, por exemplo, a função de prover treinamento e capacitação profissional é confiada “a las asociaciones de empleadores y a los sindicatos. Sector por sector, ambos supervisan un sistema de formación que se financia mediante fondos públicos” (Hall e Soskice, 2006: 576).

Note que, neste caso, o problema do free rider também é mitigado em virtude do fato de que as organizações que coordenam este sistema pressionam as empresas para a contratação de aprendizes e controlam sua participação financeira e logística em tais estruturas de treinamento.

Além disso, é importante lembrar que esse arranjo é suportado não só por estruturas setoriais de coordenação, mas também por mecanismos que operam em nível nacional e que dão respaldo a estes procedimentos. De acordo com Hall:

[I]n each industry-coordinated economy, the sectoral coordination is tied to a greater or less degree into a national framework. Vocational training and employee representation are normally the objects of framework legislation, with the aim of cross-sectoral uniformity of practices, and supported by labor courts and expert standing comities, with strong associational activity in both (1999: 107).

Do ponto de vista da VoC, todo este aparato institucional, associado à significativa estabilidade do emprego, garantida pelo sistema de relações industriais, faz com que se estabeleça entre empresa e empregado um comprometimento entre salário e produtividade. Mais do que isso, a articulação entre o sistema de remunerações e treinamento encoraja um engajamento inicial da força de trabalho mais jovem em programas de treinamento vocacional específicos, fato que reforça o compromisso empresa-trabalhador.

c. Financiamento e governança corporativa

Um dos aspectos mais importantes do arranjo institucional que condiciona as atividades econômicas diz respeito à estruturação dos sistemas financeiros e de governança corporativa. A forma de operação dos sistemas financeiros remete aos canais de transferência de recursos entre poupadores e tomadores que pode ocorrer, por exemplo, por meio dos bancos ou dos mercados de capitais. De acordo com Jackson e Deeg (2006), alguns estudos no campo da economia política comparada distinguem:

not two but three types of financial systems based on the respective roles of financial institutions, industry and the state: capital market systems (U.S., Britain), negotiated credit system dominated by relatively autonomous banks and some state assistance (German, Sweden), and credit-based system using state ownership or control over investment (France, Japan) (2006: 14).

O debate sobre os modos de governança corporativa é, de fato, bastante complexo, tendo passado por algumas modificações ao longo do tempo. Iniciada nos Estados Unidos e na Inglaterra, esta agenda de pesquisa tinha como foco principal a relação entre as firmas e os seus respectivos provedores de recursos externos. Dentro da estrutura conceitual da teoria da agência, a corporate governance poderia ser entendida “in terms of how shareholders (“principals”) control management (“agents”) to act in their interests” (Jackson e Deeg, 2006: 15). Este problema surge da separação entre propriedade e controle da firma, tal como formulado em 1932 por Berle e Means.

Os acionistas procuram maximizar o retorno de seus investimentos, tendo como restrições os riscos associados aos empreendimentos. Quaisquer outras questões como as estratégias de mercado de curto e longo prazos, as políticas de recursos humanos, dentre outras, ficam subordinadas àquela preocupação fundamental 24.

Porém, para a gerência, a maximização de lucros pode ser um dos objetivos, mas não se configura, necessariamente, como o mais importante. Suas preocupações podem ser de natureza bem distinta. Em certas organizações, o problema fundamental reside no processo de expansão e ampliação da fatia de mercado ao longo do tempo. Segundo a teoria da agência isto ocorre porque o crescimento da firma confere maior prestígio ou salários à gerência. Por outro lado, é possível supor que, por vezes, a gerência

apresente comportamento totalmente oposto ao dos interesses dos acionistas: a efetuação de fraudes contábeis ou apenas o “corpo mole” (shirking) na execução das tarefas são exemplos claros a este respeito. Em ambos os casos os custos salariais e a carteira de produtos são ampliados por tempo superior àquele que seria necessário pelos padrões de competitividade exigidos.

De acordo com Aguilera e Jackson, os custos de agência surgem, portanto, em decorrência das dificuldades de monitoramento da gerência pelos acionistas:

they have imperfect information to make qualified decisions; contractual limits to management discretion may be difficult to enforce; and shareholders confront free-rider problems where portfolios are diversified, thereby reducing individual incentives to exercise rights and creating preferences for exit (Eisenhardt, 1989 Apud Aguilera e Jackson, 2003: 448).

Um dos aspectos centrais da governança corporativa diz respeito à maneira pela qual se estrutura a propriedade do capital. A teoria da agência parece adotar uma hipótese implícita de que a propriedade é sempre bastante dispersa entre os acionistas, que gerenciam sua carteira de ativos, minimizando riscos por meio da manutenção em portfólio de parcelas relativamente pequenas do capital das empresas (Vitols, 2001 e Aguilera e Jackson, 2003).

No entanto, as distintas formas de propriedade, assim como a existência de outros objetivos para as firmas, que não a maximização do valor acionário, ensejaram a necessidade de uma visão mais abrangente sobre este tema. Neste sentido, o debate na literatura procurou estabelecer um novo significado para “corporate governance”25. O que passa a importar é a relação que se estabelece entre acionistas, proprietários de empresas, bancos, gerência operacional, trabalhadores, fornecedores e a comunidade onde a firma se localiza, no que diz respeito à forma e composição do processo decisório, assim como aos objetivos fundamentais das empresas26.

De acordo com Vitols (2001), a existência de “(…) different ownership patterns and financial institutions, but also (...) a very different structure of industrial relations of

25 É importante notar que os diversos autores da VoC se apresentam mais como “consumidores” dessa nova abordagem do

que propriamente propositores da mesma.

26 É possível demonstrar que a análise da corporate governance, assim como a de outros domínios institucionais, não

the firm and employee representation and also organization of the firm” (…) se convertem em “different corporate practices, including longer investment time-horizons and a greater concern with the impact of decision on different constituencies of the firm” (p. 341).

Para a abordagem de Variedades de Capitalismo, é possível estabelecer uma distinção entre os modelos de governança corporativa. Por um lado, há países em que os bancos jogam um papel central no monitoramento da gerência. Isto decorre das dívidas contraídas ou mesmo da sua participação societária na empresa. Além disso, em muitos casos, a participação de gerentes, empregados e fornecedores no processo decisório assumiu contornos mais horizontais e se converteu em uma característica distintiva daquilo que se convencionou denominar de modelo stakeholder. Por outro lado, há países em que a governança se dá através da relação estrita entre os acionistas e a gerência, o chamado modelo shareholder. Neste caso, o processo decisório não conta com a participação de trabalhadores e de fornecedores, e a performance da empresa é definida, estritamente, em termos de seu valor no mercado de capitais.

Nos EUA e na Inglaterra (ELM), por exemplo, ainda que parte dos recursos financeiros seja tomada no setor bancário, o financiamento externo das empresas se dá, principalmente, através do mercado de capitais, onde a lucratividade corrente e a transparência dos registros contábeis se convertem em parâmetros essenciais à obtenção de recursos. Não por acaso predominaria nestes países o modelo shareholder de corporate governance, em que a maximização do valor das ações no mercado de capitais consiste no objetivo principal das empresas27.

O funcionamento adequado de tal sistema de governança requer que a gerência ou administração da empresa tenha plenos poderes e incentivos para executar todo tipo de medida que repercuta positivamente no lucro de curto prazo e promova a valorização no mercado acionário. Neste sentido, a flexibilidade para contratar e demitir mão-de-obra, reduzir salários, etc. se configura como fator de suma importância. Segundo Hall e Soskice, nestas economias “Top management normally has unilateral control over the firm [and] (…) Firms are under no obligation to establish representative bodies for employees such as

27 Para um exame detalhado da evolução do sistema de governança corporativa ao longo do século 20 nos EUA veja Dore

works councils…” (2001: 29).

Assim, um aspecto importante do sistema de governança corporativa está relacionado à forma de coordenação dentro da empresa entre gerência e empregados. Nas ELMs, esta questão é resolvida a partir da constituição dos chamados “internal labor markets”, em que a estabilização das relações de trabalho e a obtenção do comprometimento do trabalhador com a empresa se dão através de uma estratégia de segmentação da mão-de-obra de modo que, como salienta Thelen, “individual employers attempt to shield themselves from competition over labor by erecting barriers to outside labor market. This translates into measures such as internal career ladders, seniority wages, and company based-training” (2001: 77).

De acordo com Höpner (2005) e Hall e Gingerich (2004), o grau de organização do mercado de trabalho está positivamente correlacionado com a regulação pública da governança corporativa, de modo que, quanto menos regulado for o mercado de trabalho,