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PARTE II Opções metodológicas

CAPÍTULO 7 A disciplina de Geografia A

7.1.2. Competências e conteúdos programáticos

Sendo o território nacional o objeto de estudo central do programa, sugere-se que através de uma abordagem cartográfica se proporcione aos alunos uma visão de conjunto do país e/ou que se enquadre Portugal em contextos geográficos mais amplos (Península Ibérica, Europa, etc.). A escala de análise alarga-se, sempre que necessário, no sentido de se estabelecerem comparações que permitam “relativizar o nível de desenvolvimento dos territórios considerados, independentemente da escala de análise adotada” (Alves et al., 2001: 17).

Segundo estes autores (idem: 9), os conteúdos da disciplina de Geografia A visam “desenvolver atitudes que proporcionem a compreensão da relação do Homem com a Natureza e o valor das diferentes culturas e sociedades; desenvolver a curiosidade geográfica como promotora da educação para a cidadania; desenvolver o sentido de pertença e de atitudes de solidariedade territorial, numa perspetiva de sustentabilidade; incentivar a participação nas discussões relativas à organização do espaço, ponderando os riscos ambientais e para a saúde envolvidos nas tomadas de decisão”.

74 Este documento foi homologado a 5 de março de 2011, no caso do relativo ao 10.º de escolaridade, e a 6 de

Das competências propostas (Alves et al., 2001: 10-11), destacam-se75: “valorizar as

diferenças entre indivíduos e culturas; demonstrar espírito de tolerância e capacidade de diálogo crítico; aceitar desafios partilhando riscos e dificuldades; desenvolver a perceção espacial no sentido de uma progressiva apropriação criativa dos espaços de vida; interesse pela conciliação entre o crescimento económico e a melhoria da qualidade de vida das populações, associando-os à valorização do património natural e cultural; intervir no sentido de atenuar as assimetrias territoriais, valorizando a preservação das diferenças entre as regiões; identificar situações problemáticas relativas ao espaço geográfico; participar, através da procura e da apresentação de soluções fundamentadas, na resolução de problemas espaciais; utilizar o processo de inferência para interpretar documentos geográficos, encaminhar a pesquisa, responder a problemas ou levantar novos problemas; reconhecer a necessidade de mudança da escala de análise na compreensão do espaço geográfico; relacionar a existência de conflitos no uso do espaço e na gestão de recursos com situações de desigual desenvolvimento, a nível local e/ou regional; reconhecer a importância do ordenamento do território no atenuar das desigualdades de desenvolvimento; compreender a estruturação do território nacional em diferentes escalas de análise, assim como as suas interações com outros espaços, particularmente com os espaços ibéricos e europeu.”

Ao longo dos vários temas e subtemas o programa da disciplina apresenta os objetivos intermédios, organizando-se em módulo inicial e cinco temas. O módulo inicial e os primeiros dois temas são abordados no 10.º ano de escolaridade e os três últimos, no 11.º ano.

Módulo inicial - A posição de Portugal na Europa e no Mundo 1. A população, utilizadora de recursos e a organização do espaço

2. Os recursos naturais de que a população dispõe: usos, limites e potencialidades

75Tanto a consecução das finalidades como das competências, nos manuais escolares, é abordada no

capítulo 8 “Do conhecimento do território à cultura de ordenamento do território - contributo da educação geográfica escolar”.

3. Os espaços organizados pela população

4. A população, como se movimenta e como comunica

5. A integração de Portugal na União Europeia: novos desafios, novas oportunidades

Este programa, ainda em vigor, serve de base para a análise.76

Módulo Inicial - A posição de Portugal na Europa e no Mundo

Neste módulo visa-se a aferição dos objetivos propostos nos ciclos de ensino básico anteriores bem como a consolidação dos conteúdos abordados nesses ciclos, especialmente no 3.º ciclo do ensino básico, ou seja, “corresponde a um momento de consolidação de aprendizagens anteriormente realizadas” (Alves et al., 2001: 26).

Subdivide-se em três subtemas: a constituição do território nacional, a posição geográfica de Portugal e a inserção de Portugal em diferentes espaços.

Estes subtemas centram-se, primeiro, no reforço do conhecimento da organização político-administrativa do território nacional a diferentes escalas – as unidades territoriais que compõem o espaço nacional, e a sua localização geográfica em relação a outros espaços político-administrativos, culturais e económicos (espaço ibérico, espaço comunitário europeu e das comunidades portuguesas espalhadas pelo mundo, especialmente das Comunidades de Língua Oficial Portuguesa – CPLP).

Tema 1. A população, utilizadora de recursos e a organização do espaço

Neste tema abordam-se as questões da população como “recurso a potencializar na procura de uma melhoria da sua própria qualidade de vida quer na de que os recursos, os que a natureza nos disponibiliza, só são significativos pela necessidade que deles tem a população.” (Alves, et al., 2001: 27).

76 A mudança na organização curricular, em 2001, a que se assistiu no ensino básico, é formalmente rejeitada

no que diz respeito ao ensino secundário, através do Decreto-Lei nº 156/ 2002, de 20de junho, que suspende a produção de efeitos da revisão curricular do ensino secundário, aprovada pelo Decreto-Lei n.º 7/2001, de 18 de janeiro.

Propõe-se uma revisão das variáveis demográficas e dos conteúdos relacionados com o comportamento dessas variáveis nos países desenvolvidos e nos países em desenvolvimento, abordados no ensino básico.

Subdivide-se em dois subtemas:

(1.1) População: evolução e diferenças regionais; (1.2) A distribuição da população.

No primeiro subtema aborda-se a demografia da população portuguesa, analisando a sua evolução na segunda metade do século XX, as suas estruturas e comportamentos sociodemográficos, os principais problemas sociodemográficos, e o rejuvenescimento e valorização da população. Privilegia-se “uma abordagem que permita ao aluno compreender que o estudo da dimensão sociodemográfica da população portuguesa tem de ser entendido quer no quadro evolutivo, quer no quadro de um comportamento espacial diferenciado” (Alves et al., 2001: 28). Neste sentido, valoriza-se a importância do ordenamento do território para a melhoria da qualidade de vida da população.

O subtema sobre a distribuição da população propõe um “olhar crítico” sobre a repartição da população no território nacional através da análise das causas e consequências dessa distribuição. Pretende-se que os alunos reflitam sobre “a necessidade de reduzir as assimetrias regionais na distribuição da população, debatendo medidas concretas para atingir esse objetivo e refletindo sobre os custos económicos e sociais da rarefação do povoamento” (idem: 30).

Tema 2. Os recursos naturais de que a população dispõe: usos, limites e potencialidades De acordo com Alves et al. (2001: 31): “o inventário dos recursos naturais que a população tem ao seu dispor e a forma como os utiliza permite avaliar o resultado das ações humanas sobre o território e as possibilidades de valorizar os recursos, de forma sustentada”. Neste tema do programa sugere-se uma revisão prévia de conhecimentos relacionados com os conteúdos a abordar, nomeadamente:

(2.1.) os recursos do subsolo; (2.2.) a radiação solar;

(2.3.) os recursos hídricos; (2.4.) os recursos marítimos.

Os recursos do subsolo

Neste subtema pretende-se que os alunos identifiquem os recursos do subsolo existentes em território nacional, que os localizem e que relacionem o interesse económico dos mesmos e a sua utilização ao nível da indústria, energia e turismo termal. Deverão adquirir conhecimentos sobre as áreas de exploração dos recursos minerais, dos recursos energéticos e sua distribuição, sobre os problemas na exploração dos recursos do subsolo e as novas perspetivas da sua exploração e utilização dos mesmos.

Além do mencionado, propõe-se uma análise custo-benefício da exploração mineira no território nacional, essencialmente a nível económico, mas também quanto à qualidade da mão de obra diretamente relacionada com esta atividade e sobre os impactos ambientais que daí advêm.

Na rubrica nível de abordagem, pretende-se igualmente que os alunos reflitam sobre os custos económicos e ambientais provenientes da dependência externa de Portugal face ao consumo de recursos energéticos, bem como “sobre a vulnerabilidade do abastecimento energético nacional face à conjuntura económica e política internacional” (Alves et al., 2001: 32).

O programa da disciplina recomenda ainda uma reflexão sobre a valorização e potencialização dos recursos do subsolo disponíveis, entre eles os associados à atividade termal na sua vertente turística.

Perante a constatação de que Portugal depende de um fornecimento de energia externo, sugere-se que se deve fazer “referência à política energética nacional e ao seu enquadramento na política energética comunitária” (ibidem).

A radiação solar

Propõe-se o estudo da temática tendo em vista “as condições específicas do território nacional relativamente à possibilidade de valorizar economicamente o clima, através da rentabilização da insolação na procura de energias alternativas e na potencialização do turismo” (Alves et al., 2001: 34). Deste subtema fazem parte a aquisição de conhecimentos sobre a variabilidade da radiação solar em Portugal continental e insular, a distribuição da temperatura no território nacional e a valorização da radiação solar.

Com este propósito, analisa-se a variação temporal e espacial da radiação solar em território nacional, identificando-se as causas dessa variabilidade. Sugere-se ainda que se estabeleçam comparações com outros países europeus, no sentido de “equacionar as vantagens que advêm das condições especificas do nosso país” (idem: 34).

Tendo por base o estudo efetuado sobre a radiação solar é analisada a variação da temperatura no espaço e no tempo (ao longo do ano), identificando-se os fatores condicionantes dessa variação.

Por último, perante as características da radiação solar, pretende-se que os alunos reflitam sobre a sua valorização económica na exploração da energia solar e da atividade turística.

Os recursos hídricos

Neste subtema salienta-se “a importância da água como componente essencial dos sistemas naturais e como recurso insubstituível na quase totalidade das atividades humanas” (idem: 36). Propõe-se o estudo das disponibilidades hídricas em Portugal, tendo por base as condicionantes físicas – o clima e, mais especificamente, a variabilidade estacional da precipitação e a sua distribuição espacial e os problemas decorrentes da sua utilização. A utilização sustentável da água é aqui evidenciada, na medida em que se pretende que os alunos equacionem o facto de que “as reservas futuras de água dependem, por um lado, da capacidade para conservar, reutilizar e racionalizar a sua utilização e, por outro, da cooperação internacional, no sentido de uma gestão integrada deste recurso finito e vulnerável” (ibidem).

Além do estudo da precipitação, sugere-se a análise da rede hidrográfica portuguesa e das reservas de água subterrâneas, no sentido de se conhecerem as disponibilidades hídricas das bacias hidrográficas. Estabelece-se a relação entre os fatores físicos e humanos e a irregularidade dos caudais. E, por último, que os alunos reflitam sobre a problemática da gestão dos rios internacionais, e sobre os problemas decorrentes da utilização e distribuição da água, de acordo com duas perspetivas: “por outro lado, deve-se problematizar a distribuição da água, o custo, a qualidade, o avanço técnico e a organização administrativa das redes de abastecimento de água existentes em Portugal, não esquecendo os problemas que se colocam à evacuação das águas usadas” (Alves et al., 2001: 37). Neste sentido, realça-se que o controlo quantitativo e qualitativo deste recurso é fundamental. Neste subtema, o programa, faz referência aos documentos suporte no ordenamento e gestão das águas.

Os recursos marítimos

Neste quarto subtema dedicado às questões do mar, propõe-se que os alunos compreendam “que o espaço marítimo é um sistema complexo e dinâmico, em que os fatores naturais e humanos se interligam, colocando ao dispor da população inúmeros recursos” (idem: 39). A inesgotabilidade destes recursos não é esquecida, abordando-se a exigência de uma legislação de suporte que regulamente a sua exploração e utilização, tendo em conta a necessidade da conciliação dos interesses de cada país com o interesse de todos.

Para a abordagem desta temática parte-se da caracterização da linha de costa e da plataforma continental com o intuito de compreender a sua dinâmica e potencialidades, localizar os principais portos de pesca (identificando-se os condicionalismos físicos dessa localização) e, por outro, conhecer e perceber os recursos marítimos disponíveis.

Seguidamente, propõe-se a caraterização da atividade piscatória portuguesa, a identificação das espécies capturadas, tanto nas águas nacionais como nas internacionais; as consequências da adesão de Portugal à União Europeia; a reflexão sobre os problemas inerentes à atividade piscatória (a poluição das águas, para a sobre-exploração dos recursos, dificuldade no controlo das águas nacionais e ZEE); a identificação de medidas

que contrariem os problemas; a reflexão sobre as potencialidades do uso do mar, tendo sempre presente o uso sustentável do mesmo.

Tema 3. Os espaços organizados pela população

Este tema sustenta-se no pressuposto de que “o conhecimento da diversidade territorial e das relações que se estabelecem entre os diferentes territórios é fundamental para perceber o modo como as populações ocupam, usam e organizam os vários tipos de espaço, criando oportunidades e problemas que é necessário gerir de forma a garantir um desenvolvimento mais sustentado” (Alves et al., 2001: 45).

A análise divide-se em três subtemas: (3.1) As áreas rurais em mudança; (3.2) A reorganização da rede urbana;

(3.3) A rede urbana e as novas relações cidade-campo.

As áreas rurais em mudança

Neste subtema intenta-se que os alunos compreendam que “os espaços rurais perderam diversidade produtiva e funcional e fragilizaram-se, incapazes de absorver o progresso técnico e científico da agricultura produtiva” (idem: 43), sendo necessária uma revitalização destas áreas através da descoberta das suas potencialidades endógenas e da diversificação das suas estruturas produtivas.

É caracterizada a atividade agrícola em Portugal, as implicações na mesma da Política Agrícola Comum (PAC) e as suas potencialidades assentes na reinvenção do sector, refletindo-se sobre possíveis utilizações dos recursos endógenos (potenciais em ativos territoriais), que, sem as descaracterizar ou desviar da sua essência, poderão promover o desenvolvimento das áreas rurais.

No primeiro conteúdo analisam-se as fragilidades dos sistemas agrários através do estudo da heterogeneidade espacial das estruturas agrárias de cada região agrária, e pretende-se que o aluno “reflita sobre os principais bloqueios ao desenvolvimento do

sistema agrário, quer no domínio da produção, quer no da transformação e da comercialização” (Alves et al., 2001: 43), de maneira a avaliarem-se os problemas intrínsecos ao funcionamento do sector agrícola, e aos relacionados com as condições de vida da população nas áreas rurais.

Seguidamente, abordam-se os impactos da PAC na agricultura portuguesa, propondo- se uma reflexão “sobre as formas de potencializar o sector agrário [nacional], dotando-o de uma estrutura de produção que lhe permita enfrentar os desafios da concorrência internacional e afirmar as vantagens competitivas dos produtos nacionais face à produção externa” (ibidem), através, de entre outros aspetos, “da aplicação racional dos financiamentos comunitários e dos programas de apoio postos à disposição da agricultura portuguesa” (ibidem).

Por último, com a identificação “dos pontos fracos e potencialidades” das regiões mais dinâmicas e das mais marginalizadas propõe-se que os alunos equacionem medidas de desenvolvimento integrado, que permitam uma produção mais sustentável e a valorização dos recursos endógenos.

A reorganização da rede urbana

Neste subtema pretende-se que o aluno compreenda a importância crescente das áreas urbanas tanto na organização do espaço, como na organização das atividades económicas.

Analisa-se, em primeiro lugar, a evolução interna de uma cidade, a distribuição espacial das suas áreas funcionais, e respetivas caraterísticas, explicitando-se que a alteração numa das áreas implica modificações noutras, estando implícita uma visão sistémica de território.

No segundo conteúdo estudam-se os processos de expansão dos centros urbanos, nomeadamente a formação e caracterização das áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto.

Na rubrica nível de abordagem sugere-se uma reflexão “sobre os impactos territoriais [e ambientais] resultantes da substituição progressiva do uso do solo agrícola por usos

industriais e urbanos, bem como sobre os impactos sociais resultantes da penetração progressiva em áreas rurais do modo de vida urbano” (Alves et al., 2001: 47).

Por último, são abordados os problemas urbanos resultantes do crescimento excessivo. Na prevenção e resolução destes problemas sobressai o planeamento, propondo-se a discussão de soluções para os problemas identificados através do estudo e dos instrumentos de planeamento adequados a esta escala de análise: os “PDM, os PP e os PU, ou de programas específicos, tais como o POLIS – Programa de Requalificação Urbana e de Valorização Ambiental das Cidades, o PRAUD – Programa de Recuperação das Áreas Urbanas Degradadas – ou do PER – Programa Especial de Realojamento”77 (Alves et al.,

2001).

A rede urbana e as novas relações cidade-campo

Neste subtema carateriza-se a rede urbana portuguesa comparando-a com a rede urbana ibérica e europeia. É analisada a importância das cidades de média dimensão e do desenvolvimento dos transportes no equilíbrio desta rede urbana, no sentido do seu desenvolvimento policêntrico. Contudo, como é referido na rubrica nível de abordagem, “é importante salientar, no entanto, que o papel dos centros de média dimensão só é possível porque existe complementaridade entre centros de dimensões diferentes, permitindo uma maior capilaridade dos efeitos desencadeados a partir de aglomerações de nível hierárquico superior” (idem: 49).

Neste tema propõe-se ainda que os alunos conheçam as parcerias entre as cidades e o mundo rural e que analisem as consequências dessas parcerias, o que chama a atenção para a necessidade de criação de “estratégias de desenvolvimento territorial das áreas rurais quer das afetadas pelo declínio da agricultura, quer das sujeitas a novas formas de pressão devido à urbanização (...) baseadas numa reavaliação da parceria entre as cidades e as áreas rurais, equacionando formas concretas de estabelecimento dessas parcerias” (ibidem).

Tema 4. A população, como se movimenta e comunica

Este tema do programa parte do princípio que “os transportes e comunicações são elementos estruturantes do desenvolvimento do território nacional que se pretende cada vez mais articulado com espaços supranacionais, particularmente os espaços ibérico e europeu” (Alves et al., 2001:51).

Este tema aborda a temática dos transportes e comunicações como aspetos diferenciadores na organização do território e como fator de melhoria da qualidade de vida da população. “É importante salientar que, embora a abordagem das redes privilegie as escalas regional, nacional e europeia, estas se integram num espaço mais amplo, seja o espaço mundial de trocas seja o ciberespaço” (idem: 52).

Estrutura-se nos seguintes subtemas:

(4.1) A diversidade dos modos de transporte e a desigualdade espacial das redes; (4.2.) A revolução das telecomunicações e o seu impacto nas relações interterritoriais; (4.3.) Os transportes e as comunicações e a qualidade de vida.

A diversidade dos modos de transporte e a desigualdade espacial das redes

Neste subtema abordam-se as características, vantagens e desvantagens dos diversos modos de transporte, ou seja, as “questões da segurança, do ambiente e da saúde resultantes do uso dos diferentes modos de transporte” (idem: 51).

Propõe-se a análise da distribuição das redes de transporte e de energia no território nacional, sugerindo-se que se reflita “sobre as decisões políticas tomadas nos últimos anos no sector dos transportes e da energia e inseridas nomeadamente na PGT, no PRN, no PFN”78 (idem: 52).

Com a intenção de levar os alunos a refletir sobre o posicionamento de Portugal nas redes intercontinentais, “considera-se fundamental enfatizar a necessidade de conexão das redes de transporte nacionais e a sua inserção nas redes europeias, nomeadamente a

Ibérica. Assim, considera-se importante a discussão sobre as políticas comunitárias para o sector” (Alves et al., 2001: 52).

A revolução das telecomunicações e o seu impacto nas relações interterritoriais Aqui “pretende-se que se equacionem, à escala regional, nacional e europeia, as novas oportunidades criadas pelas Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), na organização das atividades económicas e no aumento das relações interterritoriais” (idem: 53).

Analisa-se a distribuição espacial das redes de telecomunicações, em território nacional, e sua inserção nas redes europeias. No sentido de esbater possíveis desequilíbrios, é proposto que se aborde o programa STAR79 como fator de

desenvolvimento das regiões marginalizadas e que se equacione os “impactos territoriais resultantes do desenvolvimento das Tecnologias de Informação e Comunicação” (idem: 51).

Os transportes e as comunicações e a qualidade de vida

O debate sobre as vantagens e os efeitos perversos na qualidade de vida da população do uso dos transportes e comunicações está na essência deste subtema, no qual se