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Escola A Escola B Matrículas 325 336 Turmas 15 18 Turmas multi - 2 Turnos de funcionamento 2 3 Salas de aula 9 10 Docentes 18 22 Auxiliares/monitores/tradutores de Libras 1 5 Total de funcionários 41 43 Indicador de Nível Socioeconômico – INSE Grupo 5 Grupo 4 Indicador de Complexidade de gestão Nível 2 Nível 5

Modalidades/Etapas oferecidas Anos iniciais do ensino fundamental

Anos iniciais do ensino fundamental e EJA

Fonte: Elaborado pela autora a partir de dados do INEP (BRASIL, 2015).

As duas escolas apresentam número de matrícula semelhante, bem como a quantidade de turmas, número de salas de aula e de funcionários. Os dados significativos deste quadro referem-se ao Indicador de nível socioeconômico e ao Indicador de complexidade de gestão.

De acordo com a metodologia de análise do INEP, o INSE situa o público atendido pelas escolas em um estrato social. O cálculo que gera o indicador é formulado tendo por base a escolaridade dos pais, a renda familiar, os bens que a família possui e os serviços que as mesmas têm condições de contratar. A escala de classificação compreende do Grupo 1 ao Grupo 7. O Grupo 1 representa os alunos que possuem um nível socioeconômico mais baixo.

Os alunos matriculados na Escola A estão classificados como pertencentes ao Grupo 5. Essa classificação indica que a família dos alunos da Escola A possuem bens elementares; bens complementares, como videocassete ou DVD, máquina de lavar roupas e computador (com ou sem internet); bens suplementares, como freezer, um telefone fixo, um carro, além de uma TV por assinatura e um aspirador de pó; não contratam empregada mensalista; a renda familiar mensal está entre 2 e 12 salários mínimos; e seu pai e sua mãe (ou responsáveis) completaram o ensino fundamental, podem ter concluído ou não o ensino médio, mas não completaram a faculdade (BRASIL, 2015).

Os alunos da Escola B estão classificados no nível 4, indicando que a família possui bens elementares, como um rádio, uma geladeira, um ou dois telefones celulares, um banheiro, dois ou mais televisores em cores; bens complementares, como videocassete ou DVD, máquina de lavar roupas e computador (com ou sem internet); bens suplementares, como freezer, um telefone fixo e um carro; não contratam empregada mensalista; a renda familiar mensal está entre 1 e 2 salários mínimos; e seu pai e sua mãe (ou responsáveis) completaram o ensino fundamental, podem ter concluído ou não o ensino médio, mas não completaram a faculdade (BRASIL, 2015).

O INEP trabalha com essa metodologia de análise de dados como instrumento de compreensão acerca dos resultados obtidos na Prova Brasil. Apoiam-se em estudos que evidenciaram que os fatores extra e intraescolares estão relacionados ao desempenho escolar. Nesses estudos, o nível socioeconômico dos alunos, ao lado de outros fatores, tais como o atraso escolar e a cor/etnia, se mostrou significativamente associado ao desempenho obtido pelos estudantes em testes cognitivos. Os resultados destas pesquisas revelaram que o desempenho escolar tende a aumentar à medida que os alunos pertencem aos estratos mais altos da sociedade. Apesar de não ser o único complicador, é um aspecto relevante e que precisa ser levado em consideração para a implementação de políticas educacionais

e para a compreensão dos resultados apresentados por cada escola nos indicadores de desempenho (BRASIL, 2015).

Contudo, é preciso salientar que essa relação não é determinista, apesar de estudos estabelecerem relação entre os fatores, é possível que existam escolas cujos resultados se devam mais ao desempenho, interesse dos seus alunos e de políticas que atendam às suas necessidades do que aos entraves estabelecidos pelos aspectos socioeconômicos.

O indicador de complexidade de gestão, apresentado pelas escolas, indica uma diferenciação considerável. A Escola A está classificada no Grupo 2 e a Escola B, no Grupo 5. Na prática, este indicador aponta que a Escola B possui uma quantidade maior de questões dificultadoras da prática da gestão. Os aspectos que determinam este indicador referem-se ao porte da escola, número de etapas/modalidades atendidas e a complexidade destas etapas. A metodologia de análise considera os níveis mais elevados de ensino como os mais complexos a serem geridos e uma maior dificuldade em manter os alunos na escola. Ainda figura como determinante neste indicador, o número de turnos de atendimento que a escola oferece.

A Escola B apresenta um número maior de turnos e de etapas/modalidades oferecidas, o que traz complexidade à gestão. Questão, provavelmente, incidente sobre os resultados da escola em indicadores externos.

Outra questão apontada no PPP e considerada pelo INEP como dificultadora da gestão é a prática pedagógica inclusiva que ainda precisa de ajustes para criar condições de aprendizado efetivo para todos os alunos da turma.

Tabela 7 - Dados comparados entre a Escola A e a Escola B de acordo com o site do INEP: Prática pedagógica inclusiva

PRÁTICA PEDAGÓGICA INCLUSIVA Escola A Escola B

Alunos incluídos 5 13

Sala de recursos multifuncionais Sim Sim

Tradutor intérprete de Libras - -

Docentes com formação continuada em Educação Especial

2 6

Fonte: Elaborado pela autora a partir de dados do INEP (BRASIL, 2015).

As duas escolas têm matrícula de alunos com necessidades especiais. A escola B apresenta uma quantidade expressiva de alunos incluídos. Apesar de contar com um número superior de docentes com formação continuada em

educação especial, estes professores não são destacados para o trabalho exclusivo com esses alunos. Os casos diagnosticados recebem desde julho de 2014 uma pessoa denominada “cuidador” que é responsável por ajudar o aluno com necessidades especiais com sua alimentação e higienização. Não possuem funções pedagógicas e não precisam ter formação na área24. O processo de contratação destes funcionários é terceirizado.

O grande diferencial entre as escolas está no fato de a Escola B possuir a mesma estrutura física e, praticamente, o mesmo número de alunos por turma (como veremos em tabela posterior) o que implica em um número maior de alunos com necessidades especiais por turma. Apesar de a legislação garantir e priorizar o atendimento desses alunos no sistema regular de ensino sabe-se pela prática cotidiana que a presença desses alunos implica em atendimento individualizado pelo professor. As escolas contam com salas multifuncionais e professores especializados para o atendimento desses alunos, mas esse trabalho é desenvolvido em dias e horários específicos. Na maior parte do tempo, ficam na sala regular.

Em relação aos alunos que não apresentam necessidades especiais são oferecidos espaços e equipamentos adequados para a efetivação do ensino como podemos observar no quadro a seguir.

Quadro 8 - Dados comparados entre a Escola A e a Escola B de acordo com o site do INEP: Espaço de aprendizagem e equipamentos

ESPAÇO DE APRENDIZAGEM E