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Componente Dentoalveolar Superior

4 M ATERIAL E M ÉTODOS

LINHA MÉDIA

C. Características cefalométricas iniciais

6.5.5 Componente Dentoalveolar Superior

Os grupos experim entais apres entaram s em elhanças entre s i quanto à pos ição angular e linear dos incisivos s uperiores (Tabela 9 e Fig.32), dem ons trando que, independentem ente dos protocolos de tratam ento da Clas s e II, os incis ivos apres entarão um pos icionam ento s em elhante, contrariam ente ao trabalho de Weyrich (2009) (WEYRICH; LISSON, 2009), onde os incis ivos s uperiores apres entaram -s e m ais verticalizados nos protocolos com extrações de 2 e 4 pré- m olares do que quando tratados s em extrações . Ainda, no trabalho do autor (WEYRICH; LISSON, 2009), o grupo com extrações de 2 pré-m olares s uperiores apres entaram os incis ivos m ais verticalizados do que os grupos tratados com extrações de 4 pré-m olares e m uito m ais verticalizados do que o grupo tratado s em extrações . Porém , s ua pes quis a com parou s om ente cas os ao final do tratam ento, s em m encionar s uas caracterís ticas oclusais finais. Is s o difere bas tante do critério de com paração do pres ente es tudo, que s elecionou os m elhores resultados oclus ais . A diferença dos res ultados do es tudo de Weyrich (WEYRICH; LISSON, 2009) com a pres ente pes quis a é notória, pois um a vez que não s e s elecionaram cas os bem finalizados , é de s e es perar que dentre es s es pacientes alguns cas os apres entas s em bem finalizados e outros não. Cons equentem ente, os incis ivos s uperiores podem ter s ido finalizados com torque ves tibular de coroa inadequado. Bis hara (BISHARA et al., 1997a) tam bém verificou que os incis ivos s uperiores apres entaram-se ligeiramente m ais verticalizados no grupo com extrações de 4 pré- m olares , em relação ao grupo de oclus ão norm al, m as tam bém não s elecionou cas os bem finalizados .

Além dis s o, o res ultado do pres ente es tudo contraria tam bém o trabalho de Tadic (TADIC; WOODS, 2007), em 2007, onde o tratam ento ortodôntico envolvendo extrações de 2 pré-m olares s uperiores res ultou em divers os tipos de pos ição dos incis ivos s uperiores. Portanto, s eu es tudo não dem ons trou com exatidão a pos ição dos m es mos nos cas os tratados com extrações de 2 pré-m olares na m á oclus ão de Clas s e II. É perfeitam ente com preensível o res ultado da s ua pes quisa, pois um a vez que s ua am os tra foi com pos ta de Clas s e II, divis ão 1 e 2, é evidente que a pos ição final dos incis ivos apres entarão comportamentos variáveis . Conclui-s e que a falta de critério na s eleção da s ua am os tra res ultou na falta de hom ogeneidade nos

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res ultados (VIG et al., 1990; FINK; SMITH, 1992; O'BRIEN et al., 1995; HOLMAN et al., 1998; VIG et al., 1998; TURBILL et al., 2001).

Quando com parados ao grupo com oclus ão normal, os incis ivos s uperiores não apres entaram diferenças quanto à variável 1.NA, s em elhante a es tudo anterior (DEMIR et al., 2005), m as apres entaram -s e m ais verticalizados quanto à 1.PP nos grupos 2 e 3 (Tabela 9 e Fig 33). Es s a verticalização dos incis ivos s uperiores é altam ente favorável nos cas os com tres pas s e horizontal acentuado e incis ivos s uperiores m uito inclinados para ves tibular (COLE, 1948; BARTON, 1972; GÓMEZ AMEZCUA, 1982), caracterís ticas frequentem ente apres entadas na m á oclus ão de Clas s e II, divis ão 1 acentuada (DRELICH, 1948; CARTER, 1987; VALE; MARTINS, 1987). Es s e com portam ento foi um pouco dis tinto, em relação à pos ição linear ( 1- Aperp), porque os grupos 1 e 3 m os traram m aior retrus ão dos incis ivos em relação ao controle, m as o grupo 2 não. Is s o dem ons tra que no grupo com extrações de 2 pré-m olares a retração dos incis ivos s uperiores não é m aior que nos outros dois protocolos . Já, em relação à pos ição vertical ( 1-PP), o grupo 3 dem ons trou m aior altura dentoalveolar que os dem ais grupos, provavelm ente devido ao s eu padrão de cres cim ento m ais vertical (SASSOUNI, 1969; ISAACSON et al., 1971; SCHENDEl et al., 1976; FIELDS et al., 1984; LOPEZ-GAVITO et al., 1985; JANSON et al., 1994).

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Grupo 1: Sem extrações

Grupo 2: Extrações de 2 pré-m olares s uperiores

Grupo 3: Extrações de 4 pré-m olares

Figura 32. Sobrepos ição no plano palatino centrado em ENA dos traçados m édios finaldos grupos experim entais .

Grupo 1: Sem extrações

Grupo 2: Extrações de 2 pré-m olares s uperiores

Grupo 3: Extrações de 4 pré-m olares

Grupo 4: Oclus ão Norm al

Figura 33. Sobrepos ição no plano palatino centrado em ENA dos traçados m édios dos grupos experim entais e controle.

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6.5.6 Componente Dentoalveolar Inferior

Entre os grupos experim entais, os incisivos inferiores ( 1.NB) apres entaram - s e m ais inclinados para ves tibular no grupo 1 do que no 3 (Tabela 9). Es s es res ultados corroboram , em parte, o es tudo de Weyrich (WEYRICH; LISSON, 2009), onde os incis ivos inferiores ( 1.NB) apres entam -s e m ais inclinados para ves tibular nos grupos s em extrações e com extrações de 2 pré-m olares s uperiores em relação ao grupo com extrações de 4 pré-m olares . Is s o pode s er atribuído ao tipo de m ecânica dos protocolos s em e com extrações de 2 pré-m olares s uperiores. Em bora o tipo de correção da m es m a m á oclusão s eja diferente entre es s es dois protocolos , am bos não apres entam extrações no arco inferior. Portanto, um a vez que não há extrações no arco inferior, há um a tendência de os incis ivos inferiores inclinarem -s e m ais para ves tibular durante o alinham ento. Ao contrário do protocolo com extrações de 4 pré-m olares onde es ta inclinação para ves tibular dos incis ivos inferiores durante o alinham ento e nivelam ento é controlada com a m ovim entação pos terior dos dentes ântero-inferiores para o es paço da extração.

Os res ultados des te es tudo corroboram os trabalhos de Bis hara et al. (BISHARA et al., 1995b; BISHARA et al., 1997a), Finnoy (FINNOY et al., 1987) e Paquette et. al (PAQUETTE et al., 1992), onde os incis ivos inferiores apres entaram - s e m ais verticalizados no grupo com extrações de 4 pré-m olares do que no grupo s em extrações . Segundo es s es autores (FINNOY et al., 1987; PAQUETTE et al., 1992; BISHARA et al., 1997a), não há diferença s ignificante da inclinação dos incis ivos inferiores entre os grupos s em e com extrações de 2 pré-m olares s uperiores .

Em relação ao grupo controle, os incis ivos inferiores ( 1.NB) não apres entaram diferença s ignificante dos grupos experim entais , o que corrobora o es tudo de Dem ir (DEMIR et al., 2005), onde es s es dentes ( 1.NB) não apres entam diferença s ignificante entre os grupos com extrações de 2 pré-m olares s uperiores e oclus ão norm al.

Ao s e com parar a inclinação dos incis ivos inferiores expres s a pela variável IMPA, entre os grupos experim entais , obs erva-s e que os incis ivos inferiores apres entaram -s e m ais inclinados para ves tibular nos grupos 1 e 2, em relação ao grupo 3 (Tabela 9 e Fig.34), o que pode s er atribuído tam bém pelo tipo de m ecânica

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requerido nos protocolos s em (CIGER et al., 2005) e com extrações de 2 pré- m olares s uperiores pelo m esmo m otivo explanado anteriorm ente. Es s es res ultados corroboram o es tudo de Weyrich (WEYRICH; LISSON, 2009), onde com parou tam bém com os três protocolos de tratam ento. Os res ultados do pres ente es tudo confirm aram , tam bém , o es tudo de Dem ir (DEMIR et al., 2005), onde os incis ivos inferiores (IMPA) não apres entaram diferença s ignificante entre o grupo tratado com extrações de 2 pré-m olares com oclus ão norm al.

Em relação ao grupo de oclus ão norm al, os incisivos inferiores apres entam - s e m ais inclinados para ves tibular no grupo s em extrações , o que pode s er atribuído à m aior inclinação dos incisivos inferiores, geralmente pres entes nas m ás oclus ões de Clas s e II com o m ecanis m o de com pens ação da dis crepância ântero-pos terior (Tabela 9 e Fig. 35).

Os res ultados des te es tudo expres sos pela variável 1-NB, onde os incis ivos inferiores não apres entaram diferença s ignificante entre os três protocolos de tratam ento corroboram os es tudos de Jans on (JANSON, 2005; JANSON et al., 2007b), onde os m es m os ( 1-NB) não apres entaram diferença entre os grupos s em e com extrações de 2 pré-m olares s uperiores e entre os grupos com extrações de 2 e 4 pré-m olares . Entretanto, contraria o es tudo de Bis hara (BISHARA et al., 1997a), onde os incis ivos inferiores ( 1-NB) apres entam -s e m ais retruídos no grupo com extrações de 4 pré-m olares em relação ao grupo s em extrações .

Ao com parar a pos ição dos incis ivos inferiores expres s a pela m edida 1- Pogperp, obs erva-s e que o grupo com extrações de 4 pré-m olares apres entou-s e m ais retruído em relação ao grupo s em extrações , confirm ando o es tudo de Jans on (JANSON, 2005) em que s e utilizou des s a m es m a variável. Is s o pode s er atribuído pelo tipo de m ecânica requerido no protocolo com extrações de 4 pré-m olares onde os incis ivos inferiores apresentam a tendência de inclinarem -s e m ais para lingual e retruírem -s e ocupando o es paço da extração. É im portante res s altar que, apes ar de am bos os protocolos s em e com extrações de 2 pré-m olares s uperiores apres entarem o m es mo tipo de m ecânica no arco inferior, ou s eja, s em extrações , o grupo 3 diferiu apenas do grupo 1, entre os grupos experim entais . Is s o s e jus tifica porque, um a vez que não s e extraem os dentes , há um a tendência de os m es m os s e inclinarem m ais para ves tibular e protruírem durante o nivelam ento e, cons equentem ente, o arco inferior acom panha es s e m ovim ento perm itindo m aior

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inclinação dos incis ivos inferiores para ves tibular e m ovim ento de protrus ão. Com is s o, quando há extrações de 2 pré-m olares s uperiores , ocorre tam bém m aior inclinação para ves tibular e protrus ão dos dentes ântero-inferiores com o alinham ento e nivelam ento (Tabela 9).

Em relação à pos ição linear dos incis ivos inferiores , entre os grupos experim entais e controle, am bas as variáveis ( 1-NB e 1-Pogperp) expres s aram diferenças s ignificantes entre os grupos 1 e 4, dem ons trando que os incis ivos inferiores apres entaram-se m ais protruídos no grupo s em extrações em relação ao grupo de oclus ão norm al. Is s o pode s er atribuído à m aior protrus ão dos incis ivos inferiores , geralm ente pres entes nas m ás oclus ões de Clas s e II, com o m ecanis m o de com pensação da dis crepância ântero-pos terior. Es s es res ultados corroboram o es tudo de Dem ir (DEMIR et al., 2005), onde os incis ivos inferiores ( 1-NB) não apres entaram diferença entre os grupos com extrações de 2 pré-m olares s uperiores e oclus ão norm al.

Quanto à pos ição dos incis ivos inferiores no s entido vertical ( 1-GoMe), obs erva-s e que entre os grupos experim entais e des tes com o grupo controle, a única diferença s ignificante foi no grupo 3 em relação aos dem ais grupos . Is s o pode s er atribuído ao des envolvim ento m ais vertical do proces s o alveolar pelo fato de es s e grupo apres entar padrão de cres cimento m ais vertical em relação aos dem ais grupos (SASSOUNI, 1969; ISAACSON et al., 1971; SCHENDEL et al., 1976; FIELDS et al., 1984; LOPEZ-GAVITO et al., 1985; JANSON et al., 1994).

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Grupo 1: Sem extrações

Grupo 2: Extrações de 2 pré-m olares s uperiores

Grupo 3: Extrações de 4 pré-m olares

Figura 34. Sobrepos ição no plano m andibular centrado na s ínfis e dos traçados m édios final dos grupos experim entais .

Grupo 1: Sem extrações

Grupo 2: Extrações de 2 pré-m olares s uperiores

Grupo 3: Extrações de 4 pré-m olares

Grupo 4: Oclus ão Norm al

Figura 35. Sobrepos ição no plano m andibular centrado na s ínfis e dos traçados m édios dos grupos experim entais e controle.

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6.5.7Relações Dentárias