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4 M ATERIAL E M ÉTODOS

LINHA MÉDIA

C. Trespasse vertical

O tres pas se vertical, s ignificantem ente m aior obtido no grupo 3 em relação ao grupo 2 (Tabela 9 e Fig.30), provavelm ente s e deva à m aior tendência de aprofundam ento da m ordida com a m aior quantidade de extrações (STACKLER, 1958; SCHUDY, 1965; LUDWIG, 1966; SCHUDY, 1966; THOMPSON, 1966; GRABER, 1969B; HERNANDEZ, 1969; CASTALDO, 1971; LUECKE; JOHNSTON, 1992; BRAVO et al., 1997; DARENDELILER; TANER-SARISOY, 2001) e à tendência a um m enor tres pas s e vertical no protocolo com duas extrações s uperiores na m á oclus ão de Clas s e II (GRABER, 1969b; PARKER et al., 1995). Es s a tendência a um m enor tres passe vertical s e deve a um a pequena dis crepância entre os tam anhos dentários s uperior e inferior provocado pelas extrações de 2 pré- m olares s uperiores (SANGCHAREARN; HO, 2007a).

Em relação ao grupo de oclus ão norm al, o grupo 2 apres entou m enor tres pas se vertical em relação aos grupos 3 e 4, o que pode ter s ido atribuído pelos m es m os m otivos citados anteriorm ente (Tabela 9 e Fig.31).

É im portante res s altar que o pres ente es tudo es tá de acordo com o es tudo de Jans on (JANSON et al., 2007b), onde o tres pas s e vertical não apres entou diferença s ignificante entre os grupos tratados s em e com extrações de 2 pré- m olares s uperiores .

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6.5.8 Perfis Ósseo e Tegumentar

Os res ultados dem ons traram que, independente do protocolo s em e com extrações de 2 ou 4 pré-m olares , os perfis ós s eo e tegum entar apres entam -s e s im ilares entre os grupos experim entais (LO; HUNTER, 1982; BOLEY et al., 1998; BASCIFTCI; USUMEZ, 2003; FUZIY, 2005; JANSON et al., 2007b), e des tes com o grupo controle (Tabela 9 e Figs. 30 e 31). Sendo as s im , os res ultados des ta pes quis a corroboram o es tudo de Jans on (FUZIY, 2005; JANSON et al., 2007b), onde os protocolos s em e com extrações de 2 pré-m olares apres entaram -s e efeitos s em elhantes no perfil tegum entar. Além dis s o, apes ar de o es tudo de Dem ir (DEMIR et al., 2005) utilizar a m edida do eixo facial, confirm a tam bém os res ultados do pres ente es tudo que não apres entou diferença do grupo tratado com extrações de 2 pré-m olares s uperiores com o grupo de oclus ão norm al.

6.6Considerações Clínicas

Diante do que foi dis cutido, torna-s e evidente que o tratam ento da m á oclus ão de Clas s e II divis ão 1, com pleta e bilateral com os protocolos s em e com extrações de 2 e 4 pré-m olares apres entam s em elhante inclinação dos incis ivos s uperiores e s em elhantes efeitos no perfil tegum entar. Portanto, independente do protocolo de tratam ento, o ortodontis ta é capaz de finalizar bem s eus cas os clínicos .

Se antes havia m uitos dogm as , na literatura, de que o protocolo de tratam ento da Clas s e II com extrações de 2 pré-m olares s uperiores ocas ionava des ordens têm poro-m andibulares (PERRY, 1973; EIREW, 1976; BOWBEER, 1986; BOWBEER, 1987; SPAHL; WITZIG, 1987); ins tabilidade na relação m olar de Clas s e II (LOUGHLIN, 1952; REITAN, 1958; GRABER; VANARSDALL, 2000; MAILANKODY, 2004); a finalização em relação m olar de Clas s e I (ANGLE, 1907; TWEED, 1936A; TWEED, 1936B; TWEED, 1944; STRANG, 1957); m aior retrus ão do lábio, prejudicando m ais o perfil tegum entar do que s em extrações (BOLEY et al., 1998; ZIERHUT et al., 2000; STEPHENS et al., 2005; CRUIKSCHANK, 2006; SCOTT CONLEY; JERNIGAN, 2006); m aior reabertura dos es paços das extrações (William s , 1979; Safirs tein, 1996); não há evidência, na literatura, de que a finalização de m olar em Clas s e II apres ente des ordens têm poro-m andibulares

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(GIANELLY et al., 1991; ARTUN et al., 1992; KREMENAK et al., 1992a; KREMENAK et al., 1992b; LUECKE; JOHNSTON, 1992; SADOWSKY, 1992; O'REILLY et al., 1993); ins tabilidade no tratam ento (OWMAN et al., 1989; DE FREITAS et al., 2004, FREITAS et al., 2004; CAMARDELLA, 2006; ARAKI, 2007) e a reabertura dos es paços das extrações (VALARELLI, 2010).

Portanto, es te trabalho colabora m ais um a des m is tificação de alguns dogm as pres entes na literatura (SANGCHAREARN; HO, 2007a; WEYRICH; LISSON, 2009) e es peculações de que no tratam ento da Clas s e II com extrações de 2 pré-m olares apresenta-se incis ivos s uperiores m ais verticalizados em relação ao protocolo com 4 extrações e, principalm ente, s em extrações .

Sabe-s e que os protocolos com extrações de 2 pré-m olares apres entam m elhores res ultados oclus ais em m enor tem po de tratam ento (JANSON et al., 2006a; JANSON et al., 2007a), porém não é devido a is s o que todos os cas os deverão s er tratados apenas com es se tipo de protocolo. Is s o s erve para orientar os ortodontis tas quando s e deparam com pacientes adultos em que o tratam ento s em extrações é des favorável e pacientes não colaboradores em que o protocolo com extrações de 2 pré-m olares requer m enos colaboração do que s em extrações (ANDREWS, 1975; BRYK; WHITE, 2001). Sendo as s im , além de a redução do tem po de tratam ento s er um objetivo do tratam ento, valorizado pelos pacientes e/ou res pons ável, explicar aos pacientes que há os m es mos efeitos s em e com extrações de 2 pré-m olares no perfil tegum entar torna-s e um argum ento para realizar extrações dentárias no tratam ento ortodôntico, haja vis ta que m uitos pacientes e res pons áveis apres entam algum as res trições ao tratam ento com extrações .

O m es m o acontece com a pos ição dos incis ivos s uperiores , em que a m ecânica com extrações de 2 pré-m olares poderia ocas ionar a pos ição dos m esmos m ais no s entido vertical. Mas é im portante lem brar que, diante de um a m á oclus ão de Clas s e II, divis ão 1, com pleta e bilateral, os incis ivos apres entam -s e inclinados para ves tibular, podendo variar de pouco a m uito inclinado para ves tibular e cons equentem ente com tres pas s e horizontal norm al a acentuado de acordo com es tudo de Canuto (CANUTO, 2009).

Sabe-s e que as caracterís ticas cefalom étricas podem influenciar na m odalidade de tratam ento durante o diagnós tico e planificação do tratam ento ortodôntico. Nes s e contexto de evidência científica, pode-s e afirm ar que o es tabelecim ento de planos de tratam ento es tritam ente ortodôntico nos três