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3 HIPÓTESES E OBJETIVOS

4.6 COMPOSIÇÃO DE ÁCIDOS GRAXOS PRESENTES NAS GEMAS DE OVOS

A determinação do perfil de ácidos graxos das gemas de ovos foi realizada a partir de um pool de três gemas para cada repetição e analisadas no início do estudo (APÊNDICE B) e ao final (APÊNDICE C), através da cromatografia gasosa, de acordo com o método 996.06 da AOAC (2005) no Laboratório CBO – Campinas.

Tabela 2 – Composição calculada e analisada das dietas para poedeiras

Ingredientes (%) Dieta a base de milho Dieta a base de

sorgo Milho 64,50 - Sorgo - 64,22 Farelo de soja (46% de PB) 22,75 21,01 Bicarbonato de sódio 0,15 0,15 Fosfato bicálcico 0,25 0,18 Calcário 9,40 9,45 Sal comum 0,39 0,39 Premix vitamínico1 0,10 0,10 Premix mineral2 0,05 0,05 Óleo de soja 2,00 3,90 DL-Metionina 0,25 0,28 L-Lisina 0,06 0,13 L-Treonina 0,04 0,08 Cloreto de Colina 0,05 0,05 Fitase3 0,006 0,006 Tratamentos Cantaxantina4 0 / 0,006 0 / 0,006 COMPOSIÇÃO CALCULADA Proteína Bruta (%) 15,60 15,60

Energia metabolizável aparente (kcal/kg) 2885 2885

Calcio (%) 3,85 3,85

Fósforo disponível (%) 0,28 0,28

COMPOSIÇÃO ANALISADA5

Matéria seca (%) 88,38 86,26

Proteína bruta (%) 17,27 16,67

Energia bruta (kcal/kg) 4202 4190

Extrato etéreo (%) 3,10 3,88

Cálcio (%) 3,60 3,42

Fósforo (%) 0,36 0,35

Luteína (mg/kg)6 (4,05)7 (4,12)8 (0,4)7 (0,4)8

Zeaxantina (mg/kg)6 (3,75)7 (3,81)8 (0,26)7 (0,24)8

Cantaxantina (mg/kg)6 (Não detectado)7 (4,33)8 (Não detectado)7 (5,38)8

1

Níveis mínimos de garantia do premix vitamínico (kg/produto): Vit. A (9000000 UI), Vit D3 (2500000 UI), Vit. E (20000 UI), Vit. K 3 (2500 mg), Vit B 1 (2000 mg), Vit B 2 (6000 mg), Vit B 6 (3000 mg), Vit B 12 (15000 mg), Ácido pantotênico (12g), Niacina (35g), Ácido fólico (1,5 g), Biotina (100 mg), Selênio (250 mg).

2Níveis mínimos de garantia do premix mineral (kg/produto): cobre (16g), Ferro (95g), manganês (140g) e zinco

(120g).

3Ronozyme® Hiphos (GT) 10,000 FYT/kg de produto.

4 Carophyll Red® 10% - DSM Nutritional Products Ltd, São Paulo, SP/Brasil. 5Laboratório de Bromatologia e Nutrição de Ruminantes (LABRUMEN). 6

Laboratório da empresa DSM Nutritional Products Ltd- Switzerland

7Conteúdo na dieta basal.

4.7 DESEMPENHO PRODUTIVO

4.7.1 Taxa de postura

Diariamente foram feitos os registros dos ovos coletados em cada gaiola, devidamente identificada por tratamento. A cada período de 28 dias, foi calculada a média da taxa de postura de cada repetição, a partir da divisão do total de ovos produzidos pelo número de aves da repetição, multiplicado por 100.

4.7.2 Consumo alimentar

No final de cada período (28 dias), os comedouros foram esvaziados e as sobras pesadas para calcular o consumo de ração individual. O consumo foi calculado pela diferença entre a quantidade fornecida de dieta e a sobra, dividindo o resultado pelo número de aves presentes na repetição.

4.7.3 Peso corporal

Realizou-se a pesagem de 100% das aves no início do experimento e a cada 28 dias, ou seja, no final de cada período de 28 dias, com a utilização de uma balança pendular digital com capacidade de 6 kg.

4.7.4 Peso dos ovos

Os ovos eram identificados por repetição, coletados e pesados em uma balança analítica digital, obtendo assim o peso médio dos ovos dentro do período analisado (28 dias).

4.7.5 Conversão alimentar por dúzia e massa de ovos

A conversão alimentar por dúzia de ovos foi obtida dividindo o consumo das aves no período pelo número de dúzias produzidas por repetição. Para conversão por massa de ovos dividiu-se o consumo das aves no período pelo peso médio de ovos e multiplicado pelo número de ovos na repetição.

4.8 QUALIDADE DE OVOS

Para avaliação da qualidade interna e externa dos ovos, foram selecionados 15 ovos dentro de uma faixa de 2,5% de variação do peso médio do ovo dentro de cada repetição, no final de cada período (28 dias). Os ovos para análise de vida de prateleira (0, 7, 14, 21 e 28 dias de armazenagem) eram identificados e armazenados em temperatura refrigerada (4ºC) ou ambiente (25º), até que fossem utilizados para avaliação da qualidade de ovos.

4.8.1 Peso do ovo, da casca, do albúmen e da gema

Para estas análises foram pesados três ovos por repetição (n= 240) em uma balança analítica e posteriormente quebrados para determinação do peso de casca, gema e albúmen. As gemas foram pesadas em uma balança de precisão (0,0001g). Para a determinação do peso da casca as mesmas foram lavadas para a remoção do albúmen aderido à sua membrana interna. Após secas em temperatura ambiente, por 48 horas, foram pesadas juntamente com a membrana, na mesma balança. O peso da clara foi feito pela diferença entre peso total, peso de gema e casca e o resultado desta variável está apresentado no APENDICE D.

4.8.2 Unidade Haugh

A unidade Haugh (UH) foi calculada como o log da altura do albúmen denso ao lado da gema, corrigido pelo peso do ovo (OVERFIELD, 1995; BERARDINELLI et al., 2003). A medida da altura do albúmen denso (mm) foi realizada nos mesmos ovos da análise anterior, com o auxílio de um paquímetro digital. A fórmula utilizada foi a descrita por Haugh (1937) e Brant, Ohe, Norris (1951): UH: 100 Log (h-1,7p°᾿³⁷ + 7,6); onde; h: altura do albúmen denso (mm), p: peso do ovo (g).

4.8.3 pH de albúmen

O pH do albúmen foi verificado por meio de um pHmetro digital de bancada da marca Digimed, modelo DM-20, que foi calibrado previamente com soluções tampão de pH 4,0 e 7,0. O pH de albúmen foi medido em três ovos por repetição (n=240). Após a quebra do ovo, o albúmen foi separado da gema e colocado em um recipiente, após foi realizada a imersão do eletrodo no conteúdo de albúmen para a leitura do pH.

4.8.4 Resistência da membrana vitelina

Para determinar a resistência da membrana vitelina (RMV) foi utilizada a técnica descrita por Keener et al. (2006). Foram utilizadas as gemas dos mesmos ovos analisados para de pH de albúmen. A RMV foi realizada através do TA.XT Plus Texture Analyzer 123 com capacidade de 50 kg de força, pertencente ao Núcleo Integrado de Desenvolvimento em Análises Laboratoriais (NIDAL) - UFSM. Para mensurar a RMV foi usada uma probe de 2 mm de diâmetro, um pré-test speed de 1,00 mm/s, test speed de 3,20 mm/s, post-test speed 10,00 mm/s, distância de 36 mm e auto força de 0,1g aplicado sobre a gema do ovo.

4.8.5 Índice de gema

Para determinar o índice de gema (IG), foi utilizado um paquímetro digital de profundidade para mensurar a altura e diâmetro das gemas, segundo recomendações de Carbó (1987), dos mesmos ovos utilizados para peso e UH. A fórmula utilizada para determinação foi: índice da gema= altura da gema/média entre dois diâmetros da gema.

4.8.6 Coloração de gema

A coloração da gema foi avaliada comparando a cor das mesmas gemas utilizadas para IG, com o auxílio de um leque colorímetro (DSM – Yolk color fan), com escore de 1 a 15, sendo 1- amarelo fraco e 15 - amarelo avermelhado.

4.8.7 Concentração de carotenóides totais (β-caroteno) na gema

Após a avaliação da coloração das gemas, uma amostra de 2 g de cada, foi analisada utilizando um espectrofotômetro portátil (I-Check, BioAnalyt GmbH, Alemanha) que quantificou a concentração de carotenoides totais (β-caroteno) na gema do ovo.

4.8.8 Teor de cantaxantina, luteína, zeaxantina e α-tocoferol na gema

A determinação do teor de carotenoides na gema foi realizada em amostras de gemas de ovos frescos (0 dias) e não nos armazenados. Um pool das três gemas utilizadas para coloração e concentração de carotenóides totais por repetição, foi congelado para análise posterior. As gemas foram encaminhadas ao Laboratório da empresa DSM Nutritional

Products Ltd- Switzerland para analise, acondicionadas em caixa térmica contendo gelo seco suficiente para que não houvesse o descongelamento das mesmas.

4.8.9 Oxidação lipídica através de substâncias que reagem com o ácido tiobarbitúrico (TBARS)

Para a determinação da oxidação lipídica foi realizado um pool de três gemas por repetição (n = 240 gemas). Uma alíquota de 10 g de gema de cada pool foi analisada através da técnica TBARS (substâncias que reagem ao ácido tiobarbitúrico) descrita por Raharjo, Sofos, Schimidt (1992) adaptado para gemas, no Núcleo Integrado de Desenvolvimento de Análises Laboratoriais (NIDAL - UFSM). A técnica baseia-se na reação de uma molécula de malondialdeído com duas de ácido tiobarbitúrico, em meio ácido e sob alta temperatura, formando um complexo de coloração amarelada a rósea, o qual foi quantificado por espectrofotometria em um comprimento de onda de 532 nanômetros (nm).

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