• Nenhum resultado encontrado

COMPOSIÇÃO ORGÂNICA DOS SEDIMENTOS SUPERFICIAIS LOCALIZADOS NA DISPERSÃO DA PLUMA DO RIO NA ENSEADA DE JACUECANGA

4 MATERIAIS E MÉTODOS

6.4 COMPOSIÇÃO ORGÂNICA DOS SEDIMENTOS SUPERFICIAIS LOCALIZADOS NA DISPERSÃO DA PLUMA DO RIO NA ENSEADA DE JACUECANGA

As características da composição orgânica dos sedimentos coletados nas quinze estações na enseada do rio Jacuecanga, demonstraram dentro de um gradiente rio-mar três grupos de estações que representaram: (a) a dispersão da pluma, próximo a foz do rio; (b) uma região de água de mistura e (c) água marinha.

A granulometria demonstrou o predomínio da fração silte, com média de 85%, seguido da fração argila e baixo percentual de areia, com exceção da estação 1A, que apresentou 36% de areia. A distribuição granulométrica nessas amostras, onde se destaca a ausência de cascalho, é típica de ambientes estuarinos retentores (Figura 6.18).

Figura 6.18 – Correlação entre percentual de argila e carbono orgânico nos sedimentos superficiais da enseada do rio Jacuecanga.

Apesar do maior teor de finos estarem presente nas amostras marinhas, as concentrações de carbono foi mais elevada nas amostras da dispersão da pluma, próximo a foz do rio. O sinal isotópico mais leve dessas amostras e o C/N mais elevado caracterizam restos de vegetais superiores como principal fonte de matéria orgânica dessas amostras. Por outro lado, as amostras marinhas apresentaram menores valores de C/N e 13C, típicas do fitoplâncton, enquanto as amostras de sedimentos localizadas nas amostras da zona de água de mistura apresentaram sinal intermediário entre essas duas fontes (Figura 6.19).

Figura 6.19 – Correlação entre δ13C e C/N nos sedimentos superficiais da enseada do rio Jacuecanga.

O enriquecimento de 15N nas amostras do gradiente: “dispersão da pluma”, “água de mistura”, “mar”, confirmam a entrada de nitrogênio novo através do material particulado do rio Jacuecanga e a reciclagem do mesmo em direção ao mar, diminuindo suas concentrações e aumentando o valor de δ15

N na enseada (Figura 6.20 e 6.21) (MARTINELLI, 1999b ).

Figura 6.20 – Correlação entre δ13C e δ15N nos sedimentos superficiais da enseada do rio Jacuecanga.

Figura 6.21 – Correlação entre δ15N e %C nos sedimentos superficiais da enseada do rio Jacuecanga.

A distribuição dos esteróis na enseada do rio jacuecanga confirma a fonte terrígena para as amostras situadas na região de pluma, pois apresentam os maiores valores, tendo o predomínio de β-sitosterol, típico de vegetais superiores (VOLKMAN et al, 2008) (Figura 6.22 e 6.23).

Figura 6.22 – Concentração por peso seco de coprostanol, do somatório da concentração dos esteróis colesterol, colestanol e colestanona, e da concentração do campesterol, estigmasterol, β-sitosterol e estigmastanol presente nos sedimentos superficiais da enseada do rio Jacuecanga. 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 1A 2A 3A 4A 5A 6A 7A 8A 9A 10A11A12A13A14A15A µ g.g -1

Estações de coleta - enseada

Coprostanol

Colesterol + Colestanol + Colestanona

Figura 6.23 – Concentração por peso seco dos esteróis campesterol, estigmasterol, β-sitosterol e estigmastanol presente nos sedimentos superficiais da enseada do rio Jacuecanga.

Diferentemente do que foi encontrado para as estações do rio, os esteróis das estações da enseada apresentam distribuição similar entre as concentrações por peso seco e normalizada por carbono orgânico. Isso se deve aos maiores teores de carbono e principalmente homogeneidade da matriz mineral. Além disso, foi observada uma maior contribuição da fração de esteróis para o total de carbono, quando comparados as concentrações observadas no rio (Figura 6.24).

Além das observações anteriores a característica deposicional da enseada contribui para os maiores teores de carbono orgânico, destacando-se entre os seus compostos de fontes terrígena o coprostanol característico da influência de efluentes domésticos (Figura 6.24). Apesar das estações com maiores concentrações de coprostanol estarem localizadas na região de dispersão da pluma, a sub-bacia vizinha a do rio Jacuecanga (Figura 3.6) é uma importante fonte de efluentes através de um canal de drenagam da vila de Jacuecanga que possui sua desembocadura na mesma enseada, em frente às estações 4A e 6A.

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9

1A 2A 3A 4A 5A 6A 7A 8A 9A 10A 11A 12A 13A 14A 15A

µ

g.g

-

1

Estações de coleta - enseada

Campesterol Estigmasterol β-sitosterol Estigmastanol

Figura 6.24 - Concentração normalizada pelo carbono orgânico de coprostanol, do somatório da concentração dos esteróis colesterol, colestanol e colestanona, e da concentração do campesterol, estigmasterol, β-sitosterol e estigmastanol presente nos sedimentos superficiais da enseada do rio Jacuecanga.

Grimalt e colaboradores (1990) aplicaram a razão: coprostanol/

(coprostanol+colestanol), para discriminar a influência fecal (0,3 a 0,7) da contaminação fecal (>0,7). Desta forma as estações 4A, 5A, 7A e RJ7 apresentaram influência, sendo a estação 1A afetada por contaminação fecal (Figura 6.25).

Figura 6.25 – Resultados da razão coprostanol/ (coprostanol+colestanol) para os sedimentos superficiais da enseada do rio Jacuecanga.

Esta classificação sugere o poder de depuração do meio, uma vez que são consideradas as concentrações de colestanol oriundo da atividade bacteriana, em relação às concentrações

0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 0 50 100 150 200 250 300 350 400 450

1A 2A 3A 4A 5A 6A 7A 8A 9A 10A 11A 12A 13A 14A 15A

Co p ro stan o l (µ g.g Co rg -1) Este is (µ g.g Co rg - 1)

Estações de coleta - enseada Colesterol + Colestanol + Colestanona

Campesterol + Estigmasterol + β-sitosterol + Estigmastanol Coprostanol 0,00 0,20 0,40 0,60 0,80 1,00 1,20

1A 2A 3A 4A 5A 6A 7A 8A 9A 10A 11A 14A RJ7 RV1

5

β/(

5

β+5

α)

Estações de coleta - rios e enseada

Contaminação fecal Influência fecal

de coprostanol presentes nos efluentes. Ressaltamos que o elevado valor desta razão na estação 1A, pode ser um reflexo do menor teor de finos, o que propicia uma baixa ocorrência bacteriana, e com isto baixa taxa de decomposição da matéria orgânica. Por outro lado, as estações que apresentaram uma baixa razão entre esses esteróis, mas concentrações de coprostanol elevadas devem ser monitoradas, podendo com alterações hidrodinâmicas sazonais se enquadrarem como regiões contaminadas.

A análise de componentes principais realizadas entre os parâmetros medidos nos sedimentos da enseada distanciou as estações localizadas na dispersão da pluma das estações marinhas, agrupando em uma região intermediária as estações de água de mistura. A componente do eixo 1 explicou 49,0% da variabilidade dos dados e a componente do eixo 2, 26,0%, totalizando 70% dos dados explicados por essas duas componentes. As estações da dispersão da pluma foram projetadas segundo as variáveis com maiores valores de esteróis e C/N, enquanto as estações marinhas foram projetadas a partir dos menores valores de δ13C e maiores de δ15N. Valores intermediários desses parâmetros situaram as estações da zona de água de mistura próximo a interseção do eixo 1 com o 2. Dessa forma, foi caracterizado graficamente a extremidade direita do eixo 1 como fonte terrígena e a esquerda como fonte marinha. O eixo 2 pode ser relacionado a maior hidrodinâmica da região de dispersão da pluma no lado inferior e um ambiente mais deposicional do lado superior (Figuras 6.26). Nesta sequência destacamos as composições elementar e isotópicas essências para a caracterização da pluma estuarina recente, incluindo os esteróis para a confirmação e detalhamento da qualidade das fontes (Figura 6.27).

Figura 6.26 – Projeção espacial da ordenação dos vetores das variáveis cascalho (casc), areia (ar), silte (sil), argila (arg), %C (C), %N (N), razão C/N (CN), coprostanol (cop), cloesterol (cl), colestanol (CLT), colestanona (cltona), campesterol (camp), estgmasterol (egnol), β- sitosterol (sit), estigmastanol (egnol) das amostras de sedimentos dos rios nas duas componentes principais.

Projeção dos casos nos eixos (1x2)

1A 2A 3A 4A 5A 6A 7A 8A 9A 10A 11A 12A 13A 14A 15A -6 -4 -2 0 2 4 6 Fator 1: 49,02% -8 -6 -4 -2 0 2 4 F a to r 2 : 2 6 ,0 0 %

Projeção das variáveis nos eixos (1x 2)

COP CL CLT SIL e CLTONA CAMP EGOL e EGNOL SIT C N CN 13C 15N AR ARG -1,0 -0,5 0,0 0,5 1,0 Fator 1 : 49,02% -1,0 -0,5 0,0 0,5 1,0 Fa to r 2 : 2 6 ,0 0 % Menos deposicional Terra Mar Mais deposiciona l

Figura 6.27 – Estações de coleta da enseada do rio Jacuecanga separadas em três grupos distintos: dispersão da pluma do rio jacuecanga ( ); zona de água de mistura ( ); influência marinha ( ).

7 CONCLUSÃO

As ferramentas utilizadas para caracterização da matéria orgânica e determinação dos parâmetros físico-químicos da água demonstram o estado oligotrófico dos rios Jacuecanga e Caputera. Contudo, alguns trechos ao longo desses corpos hídricos, como a estação RJ2 localizada a jusante da Vila Caputera, já apresentam tendências a eutrofização devido a influências antrópicas. O desmatamento, exposição do solo e ocupação humana desordenada foram relacionadas ao maior aporte de carbono, nitrogênio, MPS e DBO para esse trecho do rio. Da mesma forma, na zona estuarina, o adensamento urbano da Vila de Jacuecanga demonstrou influência sob a estação RJ7, pelos altos percentuais de carbono e nitrogênio, principalmente durante eventos de chuva.

A entrada lateral de águas oriundas da lagoa de estabilização não demonstrou alterações significativas do rio Jacuecanga. As águas pluviais que drenam o pátio da Transpetro e são lançadas no rio Jacuecanga no final do trecho de água doce apresentou características alternadas entre o período seco, com alta condutividade, e o período chuvoso, com elevada concentração de MPS, sem, no entanto, interferir de forma relevante na qualidade das águas do rio Jacuecanga.

O rio Vermelho apresenta a eutrofização natural das suas águas, pois apresenta as características típicas de uma região pantanosa, com baixa concentração de oxigênio e elevado teor de material orgânico, sem, no entanto, alterar a dinâmica da matéria orgânica no curso principal do rio Jacuecanga.

O predomínio da fração arenosa seguida do cascalho dos sedimentos da bacia do rio Jacuecanga demonstra à intensa hidrodinâmica e ausência de depósitos orgânicos ao longo da bacia. Na porção estuarina foi registrado elevação nos teores de matéria orgânica com a identificação de fontes de restos vegetais e de coprostanol a partir do maior adensamento urbano que ocorre em sua margem direita.

Os sedimentos da enseada localizados próximo à foz do rio Jacuecanga e influenciados pela dispersão da pluma apresentaram maiores teores de matéria orgânica de qualidade terrígena (restos vegetais e efluentes domésticos). Os sedimentos marinhos, mais distantes da foz do rio, apresentaram menores teores de matéria orgânica com características fitoplânctonicas, sendo os sedimentos localizados na zona da água de mistura com valores intermediários. Foi verificada contaminação fecal na estação 1A, e influência fecal nas estações 4A, 5A e 7A, estações próximas e situadas em frente ao canal de drenagem da Vila de Jacuecanga, pertencente à bacia hidrográfica vizinha. A influência fecal também ocorreu na estação RJ7.

A alteração da cobertura natural do solo na área de drenagem da bacia pode influenciar diretamente na qualidade dos recursos hídricos da bacia hidrográfica. No município de Angra dos Reis o crescimento da urbanização, a presença de atividades navais e petrolíferas, e o desenvolvimento do turismo, devem ser gerenciados com o objetivo de manter a qualidade dos recursos hídricos da região.

8. REFERÊNCIAS

ANDREWS, J. E.; GREENAWAY, A. M.; DENNIS, P. F. Combined carbon isotope and C/N rations as indicators of source and fate of organic matter in a poorly flushed, tropical estuary: Hunts Bay, Kingston Harbour, Jamaica. Estuarine, Coastal and Shelf Science, 46, p. 743- 756, 1998.

BAIRD, C. Química ambiental. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 2002, 622 p.

BALBI, D. M. Suspended chlorophyll in the River Nene, a small nutrient-rich river in eastern England: long-term and spatial trends. The Science of the Total Environment, v. 251/252, p. 401-421, 2000.

BALESTER, M. V; MARTINELLI, L. A; KRUSCH, A. V; VICTORIA, R. L; BERNARDES, M.; CAMARGO, P. B. Effects of increasing organic matter loading of dissolved O2, free dissolved CO2 and respiration rate in the Piracicaba river basin, southeast

Brazil. Water Research, v. 33, n 9, p. 2119-2129, 1999.

BERNARDES, M. C., MARTINELLI, L. A., KRUSCHE, A. V., MOREIRA, M., VICTORIA, R. L., OMETTO, J. P. H., BALLESTER, M. V. R., AUFDEMKAMP, A., RICHEY, J. E., HEDGES, J. Organic matter composition of rivers of the Ji-Paraná basin (southwest Amazon basin) as a function of land use changes. Ecological Application, Nova York, ESA, v. 14, n. 4, 2004.

BERNARDI, J. V. E.; FOWLER, H. G.; LANDIM, P. M. B. Um estudo de impacto ambiental utilizando análises estatísticas espacial e multivariada. Holos Environmental, v. 1, p. 162- 172, 2001.

BILLEN G.; LANCELOT C.; MEYBECK M. N, P and Si retention along the aquatic continuum from land ocean. In: MANTOURA R. F. C; MARTIN J. M; WOLLAS, R. T. (eds). Ocean margin processes in global change. New York: JohnWiley and Sons, p. 19–44, 1991.

BOULION, V. V. Regularities of the primary production in limnetic ecosystems. St. Petersburg: [s.n.] 1994. 222 p. (in Russian).

BREZONIK, P. L. Effect of organic colour and turbidity on Secchi disk transparency. J. Fish.

Res. Board Can, v. 35, p. 1410–1416, 1978.

CANUEL, E. A. Relations between river flow, primary production and fatty acid composition of particulate organic matter in San Francisco and Chesapeake Bays: a multivariate approach. Org. Geochem, v.32, p. 563-583, 2001.

CARMICHAEL, R. H.; VALIELA, I. Coupling of near-bottom seston and surface sediment composition: change with nutrient enrichment and implications for estuarine food supply and biogeochemical processing. Limnology and Oceanography, v. 50, p. 097-105, 2005.

CARREIRA, R. S.; WAGNER, A. L. R.; READMAN, J. W. Sterols as markers of sewage contamination in tropical urban estuary (Guanabara Bay, Brazil): space-time variations.

Estuarine, Coastal and Shelf Science, v. 60, p. 587-598, 2004.

CASTRO, P.; VALIELA, I.; FREITAS, H. The use of sedimentary %C, %N, δ15N and Pb concentrations to assess historical changes in anthropogenic influence on Portuguese estuaries. Environmental Pollution, v. 147, p. 706-712, 2007.

CENTRO DE PESQUISAS LEOPOLDO AMÉRICO MIGUEZ DE MELLO. Projeto: Avaliação ambiental do rio Jacuecanga, Angra dos Reis, RJ. Relatório integrado da 1º

campanha. Rio de Janeiro, 2010.

CLASKA, M. E.; GILBERT, J. J. The effect of temperature on the response of Daphnia to toxic cyanobacteria. Freshwater Biology, v. 39, p. 221–232, 1998.

CLOERN, J. E. Our evolving conceptual model of the coastal eutrophication problem. Marine

Ecology Progress, Series 210, p. 223–253, 2001.

COX, B. A. A review of dissolved oxygen modeling techniques for lowland rivers. The

Science of the Total Environment, n. 314, p. 303–334, 2003.

DANIEL, M. H. B.; MONTEBELO, A. A.; BERNARDES, M. C.; OMETTO, J. P. H. B.; CAMRGO, P. B.; KRUSCHE, A. V.; BALLESTER, M. V.; VICTORIA, R. L.; MARTINELLI, L. A. Effects of urban sewage on dissolved oxygen, dissolved inorganic and organic carbon, and electrical conductivity of small streams along a gradient of urbanization in the Piracicaba river basin. Water, Air, and Soil Pollution, v. 136, p. 189-206, 2002. DIAZ, R. J.; NEUBAUER, R. J.; SCHAFFNER, L. C.; PIHL, L.; BADEN, S. P. Continuous monitoring of dissolved oxygen in an estuary experiencing periodic hypoxia and the effect of hypoxia on macrobenthos and fish, Marine Coastal Eutrophicaton. Science of the Total

Environment, suppl. 1992; p. 1055–1068; 1992.

DIAZ, R. J.; ROSENBERG, R. Marine benthic hypoxia: a review of its ecological effects and the behavioural responses of benthic macrofauna. Oceanography and Marine Biology:

Annual Review, v. 33, p. 245–303, 1995.

ESTEVES, F.A. Fundamentos de Limnologia. Rio de Janeiro: Interciência. 1998.

FISHER, S.G.; GRIMM, B.N.; MARTÍ, E.; HOLMES, R. M.; JONES, J. B. Material spiraling in stream corridors: a telescoping ecosystem model. Ecossystem, v. 1, p. 19-34,

FOLK, R. L., WARD, W. Brazos River bar, a study in the significance of grain-size

parameters. J. Sedimental Petrology, v. 27, p. 3-27, 1957.

FOX, L. E. The removal of dissolved humic acid during estuarine mixing. Estuarine, Coastal

and Shelf Science. V.16, p. 431– 440, 1983.

FRANCISCO, C. N. Subsídios à gestão sustentável dos recursos hídricos no âmbito

municipal – O caso de Angra dos Reis, RJ. Tese (Doutorado em Geoquímica Ambiental).

Niterói: Universidade Federal Fluminense, 2004.

FRANCISCO, C. N; CARVALHO, C. N. Disponibilidade hídrica - da visão global às

pequenas bacias hidrográficas: o caso de Angra dos Reis, no Estado do Rio de Janeiro.

Revista de Geociências, Ano 3, n.3. Niterói: Instituto de Geociências, 2004.

FRY, B., GACE, A., McCLELLAND, W. J. Chemical indicators of anthropogenic nitrogen loading in four Pacific estuaries. Pacific Science. V. 57, p. 77-101, 2003.

GIBBS R. J. Mechanisms controlling world water chemistry. Science, v. 170, p. 1088–90, 1970.

GONZALEZ-OREJA, J. A., SAIZ-SALINAS, J. Short-term spatio-temporal changes in

urban pollution by means of faecal sterols analysis. Marine Pollution Bulletin. 36, p 868-

875, 1998.

GREGOR J., MARSÁLEK B. Freshwater phytoplankton quantification by chlorophyll a:

a comparative study of in vitro, in vivo and in situ methods. Water Research, v. 38 p.

517–522, 2004.

GRIMALT, J. O., FERNANDEZ, P., BAYONA, J. M., ALBAIGES, J., Assessment of faecal sterols ans ketones as indicators of urban sewage inputs to coastal waters. Environmental

Science & Technology, v. 24, p. 357-363, 1990.

GUERRA, L. V. Processos microbiológicos e composição da material organic

relacionados à eutrofização de uma lagoa costeira hipersalina, L. Araruama, RJ.

Dissertação (Mestrado em Geoquímica Ambiental). Niterói:Universidade Federal Fluminense, 2008.

HAKANSON, L., MIKRENSKA, M., PETROV, K., FOSTER, I. Suspended particulate matter (SPM) in rivers: empirical data and models. Ecological Modelling, v. 183 p. 251–267, 2005.

HAYES, J. M. Factors controlling 13C contents of sedimentary organic compounds: Principles and evidence. Marine Geology, v. 113, p. 111-125, 1993.

HEDGES, J.I. Global biogeochemical cycles: progress and problems. Mar. Chem, v. 39, p. 67– 93, 1992.

HEDGES, J.I., CLARK, W. A., QUAY, P. D., GROOTES, J. E., RICHEY, J. E., DEVOL, A. H., SANTOS, U. M. Compositions and fluxes of particulate organic material in the Amazon River. Limnology and Oceanography, v. 31, p. 717-738, 1986a.

HILTON, J., O'HARE, M., BOWES, M.J., JONES, J.I. How green is my river: a new paradigm in eutrophication in rivers. Sci. Total Environ, v. 365, p. 66–83, 2006.

HYNES, H.B.N. The ecology of running waters. Liverpool: Liverpool University Press 1970. P. 555.

JEWELL, W.J., MCCARTY, P.L. Aerobic decomposition of algae. Environmental Science

and Technology, v. 5, n. 10, p. 1023–1031, 1971.

JØRGENSEN, S.E., JOHNSEN, J. Principles of environmental science and technology (Studies in Environmental Science, v. 33) 2. ed. Amsterdam: Elsevier, 1989. p. 628.

KEIL, R. G., TSAMAKIS, E. C., FUH, C. B., GIDDINGS, J. C., HEDGES, J. I. Mineralogical and textural controls on the organic composition of coastal marine sediments: hydrodynamic separation using SPLITT-fraction. Geochimica et Cosmochimica Acta, v. 58, p. 879-893, 1994.

KEISTER, J.E., HOUDE, E.D., BREITBURG, D.L. Effects of bottom-layer hypoxia on abundances and depth distributions of organisms in Patuxent River, Chesapeake Bay. Marine

Ecology Progress, Series 205, p. 43–59, 2000.

KILLOPS, S., KILLOPS, V. An introduction to organic geochemistry. 2. ed. [S.l.]: Blackwell Publishing 2004. p. 408.

LENIHAN, H., PETERSON, C. S. Mass mortality of oysters, Crassostrea virginica, in a wind-driven estuary, prolonged hypoxia and the restoration of a declining fishery. Twenty-

Third Benthic Ecology Meeting, 1995.

MARTINELLI, L.A., M. V. R. BALLESTER, A. V. KRUSCHE, R. L. VICTORIA, P. B. CAMARGO, M. BERNARDES AND J. P. H. B. OMETTO. Landcover changes and 13C composition of riverine particulate organic matter in the Piracicaba River basin (southeast region of Brazil). Limnology and Oceanography, v. 44, p. 1826-1833, 1999b.

MARTINELLI, L. A., KRUSCHE, A. V., VICTORIA, R. L., CAMARGO, P. B., BERNARDES, M., FERRAZ, E. S., MORAES, J. M., BALLESTER, M. V. Effects of sewage on the chemical composition of Piracicaba river, Brazil. Water, air and soil

pollution, v. 110, p. 67-79, 1999.

MARTINELLI, L. A., OMETTO, J. P. H. B., FERRAZ E. S., VICTORIA, R. L., CAMARGO, P. B., MOREIRA, M. Z. Desvendando questões ambientais com isótopos

estáveis. São Paulo: Oficina de Textos, 2009.

MEYERS, P. A. Applications of organic geochemistry to paleolimnological reconstructions: a summary of examples from the Laurentian Great Lakes. Organic Geochemistry, v. 34, p. 261–289, 2003

MEYERS, P. A. Organic geochemicalproxies of paleoceanographic, paleolimnologic, and paleoclimatic processes. Org. Geochem, v. 27, N. 5/6, p. 213-250, 1997.

MEYERS, P. A. Preservation of elemental and isotopic source identification of sedimentary organic matter. Chemical Geology, v. 144, p. 289-302, 1994.

MOATAR, F. Modélisations statistiques et déterministes des paramètres physico-

chimiques utilisés en surveillance des eaux des rivières: Application à la validation des

séries de mesures en continu (Cas de la Loire Moyenne). 283f. thesis, PH.D-INP Grenoble, 1997.

MUDGE, S. M. BEBIAANNO, M. J. A. F., EAST J. A., BARREIRA, L. A. Sterols in the Ria Formosa lagoon, Portugal. Wat. Res, v33, N. 4, p. 1038-1048, 1999.

MUDGE, S. M. BEBIAANNO, M. J. A. F. Sewage contamination following an accidental spillage in the Ria Formosa , Portugal. Marine Pollution Bulletin, v. 34, p. 163-170, 1997. NAQVI, S.W.A., JAYAKUMAR, D.A., NARVEKAR, P.V., NAIK, H., SARMA, V.V.S.S., DSOUZA, W., JOSEPH, S., GEORGE, M.D. Increased marine production of N2O due to intensifying anoxia on the Indian continental shelf. Nature, n. 408, p. 346–349, 2000.

NEAL, C. HILTON, J., WADE, A. J., NEAL, M., WICKHAM, H. Chlorophyll-a in the rivers of eastern England. Science of the Total Environment, v. 365, p. 84–104, 2006. OMETTO, J. P. H. B., MARTINELLI, L. A., BALLESTER, M. V., GESSNER, A., KRUSCHE, A. V., VICTORIA, R. L., WILLIANS, M. Effects of land use on water chemistry and macroinvertebrates in two streams of Piracicaba river basin, south-east Brazil.

FreshWtlter Biology, v. 44, p. 327-337, 2000.

OTSUKI, A., HANYA, T. Production of dissolved organic matter from dead green algal cells. II. Anaerobic microbial decomposition. Limnology and Oceanography, v. 17, n. 2, p. 258– 264, 1972b.

PETERSON, B. J., FRY, B. Stable isotopes in ecosystem studies. Ann. Rev. Ecol, v. 18, p. 292-320, 1987.

REYNOLDS, C. S. Hydroecology of river plankton: the role of variability in channel flow.

Hydrol Proc, v. 14, n. 3, p. 119–32, 2000.

RICKLEFS, R. E. A economia da natureza. 5. ed.Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003. RIVERS-MOORE, N.A., JEWITT, G.P.W. Intra-annual thermal patterns in the main rivers of the Sabie catchment. Water SA, v. 30, n. 4, p. 445–452, 2004.

ROSENBERG, R., LOO, L.O., MOELLER, P. Hypoxia, salinity and temperature as structuring factors for marine benthic communities in a eutrophic area. Proceedings of the 26th European Marine Biology Symposium. Biological Effects of Disturbances on Estuarine and Coastal Marine Environments 1992. Netherlands Journal of Sea Research, v. 30, p. 121–129, 1992.

SABATER, S. ARTIGAS, J., DURÁN, C., PARDOS, M., ROMANÍ, A. M., TORNÉS, E., YLLA, I. Longitudinal development of chlorophyll and phytoplankton assemblages in a regulated large river (the Ebro River). Science of the total environment, v. 404, p. 196 – 206, 2008.

SALIOT, A., LAUREILLARD, J., SCRIBE, P., SCREIBE, M. A. Evolutionary trends in the lipid biomarker approach for investigating the biogeochemistry of organic matter in the marine environment. Mar. Chem, v. 36, p. 233- 248, 1991.

SANTOS, E. S.; CARREIRA, R. S; KNOPPRES, B. Sedimentary sterols as indicators of environmental conditions in southeastern Guanabara bay, Brazil. Brazilian journal of

oceanography, v. 56, n. 2, p. 97-113, 2008.

SILLIMAN, J. E., MEYERS, P. A., BOURBONNIERE, R. A. Recor of postglacial organic matter delivery and burial in sediments of lake Ontario. Organic Geochemistry, v. 24, p. 463-472, 1996.

SILVA, G.N. Caracterização do Uso e Cobertura do Solo do Município de Angra dos

Reis. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Geociências) – Niterói: Universidade

Federal Fluminense, 2002

SKIRROW, G.. The dissolved gases-carbon dioxide. In: Chemical Oceanography. RILEY, J.P.; SKIRROW, G. (Eds), v.2, 2. ed. New York Academic, 1975, p. 1-192.

SOARES, F. S. Distribuição espacial da precipitação na região hidrográfica da Baía da

Ilha Grande e área de entorno (RJ). Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em

Geociências) – Niterói: Universidade Federal Fluminense, 2005

SOUZA, W. F. L.; KNOPPERS,B. Fluxos de água e sedimentos a costa leste do Brasil: relações entre a tipologia e as pressões antrópicas. B. Geochim. Brasil., v. 17, n. 1, p. 057- 074, 2003.

STEFENS, J. L. Caracterização molecular de compostos orgânicos biogênicos e

antropogênicos em sedimentos da lagoa Rodrigo de Freitas. Rio de Janeiro, RJ.

Dissertação (Mestrado em Química). Porto Alegre: Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2006.

STRICKLAND, J. D. H., PARSONS, T.R. A pratical handbook of seawater analysis. 2. ed. Ottawa: Fisheries Research Board of Canada Bulletin. 1977. p. 185-192.

SUGIYAMA, Y., SUGIYAMA, M., HORI, T. Environmental chemistry of Rivers ans lakes, part V: A comparative study of the chemical and physicochemical characteristic of orgnic carbon dissolved in river and lakeswaters. Waters. Limnology, v. 1, p. 171-176, 2000.

SULLIVAN, A. B., SNYDER, D. M., ROUNDS, S. A. Controls on biochemical oxygen demand in the upper Klamath River, Oregon. Chemical Geology, v. 269, p. 12–21, 2010. TRANVIK, L. J. Allochthonous dissolved organic matter as an energy source for pelagic bacteria and the conception of the microbial loop. Hydrobiologia, v. 229, p. 107-114, 1992. VOLKMAN, J. K. A review of sterol markers for marine and terrigenous organic matter.

Organic Geochemistry, v. 9, p. 83-100, 1986.

VOLKMAN, J. K. Polycyclic isoprenoids: source specificity and evolution of biosynthetic pathways. Organic Geochemistry, v. 36, p. 139-159, 2005.

VOLKMAN, J. K., REVILL, A. T., HOLDSWORTH, D. G., FREDERICKS, D. Organic matter sources in an enclosed coastal inlet assessed using lipid biomarkers and stable isotopes.

VOLKMAN, J. K., BARRETT, S. M., BLACKBURN, S. I., MANSOUR, M. P., SIKES, E. L., GELIN, F. Microalgal biomarkers: a review of recent research developments. Organic

Geochemistry, v. 29, p. 1163-1179, 1998.

WAKEHAM, S.G.; CANUEL, E.A. Organic geochemistry of particulate matter in the eastern tropical North Pacific Ocean: implications for particle dynamics. Journal of Marine

Research, v. 46, p. 183-213, 1988.

WETZEL, R.G. Limnology. 2. ed., Philadelphia, 1983. PA. & LIKENS, G.E. Limnological