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Compostagem doméstica ou caseira

A compostagem doméstica é um processo que se desencadeia em pequena escala, que não exige grandes custos de equipamento ou de manutenção e que pode ser pro- movido em habitações (preferencialmente moradias), escolas, universidades, bairros, jardins municipais, etc..

Neste sistema é possível reciclar, desde os restos de preparação das refeições e restos de comida, aos resíduos provenientes da manutenção do jardim ou da horta (relva, fo- lhas, ramos, etc.).

Este processo, além de permitir reduzir drasticamente a quantidade de resíduos a en- viar para tratamento adequado, permite rentabilizar os benefícios da reciclagem

Estratégia Nacional

De forma a garantir o cumprimento das metas de desvio de Aterro, previstas para 2013 e 2020, sem pôr em causa a sustentabilidade económica dos mesmos, pre- coniza-se um aumento da capacidade nacional instalada de digestão anaeróbia, compostagem, Tratamento Mecânico e Biológico (TMB) e da recolha selectiva da matéria orgânica.

A aposta, numa primeira fase, em unidades de TMB de resíduos indiferenciados permite um maior conforto ao país no que concerne ao cumprimento das metas de desvio de Aterro, uma vez que uma estratégia exclusivamente orientada para a recolha selectiva de orgânicos poderia colocar em risco o cumprimento dessas metas.

Não obstante esta realidade e entendendo-se que a recolha selectiva de orgânicos permite a obtenção de um composto de melhor qualidade com maior facilidade e tem sinergias positivas com a recolha selectiva multimaterial, prevê-se o arranque de algumas unidades de TMB a funcionar com recolha selectiva de orgânicos e ou- tras, que contemplem essa forma de recolha no quadro de futuras ampliações.

A Horta da Formiga é o Centro de Compostagem Caseira da LIPOR. Este espaço permite demonstrar o que é a compostagem, quais as suas vantagens e diferentes usos. Na Horta da Formiga exis- te uma horta e um pomar biológicos com espécies cuidadosa- mente seleccionadas, onde é utilizado o composto produzido.

Mais informações em www.hortadaformiga.com.

O Projecto Terra-à-Terra, dirigido a todos os cidadãos residentes na área de influência da LIPOR, consiste na atribuição de compostores, gratuitos, para a promo-

ção da compostagem caseira. Os interessados em participar no projecto têm que fre- quentar um curso de compostagem caseira de três horas, gratuito, e residir em habi- tação com jardim.

Mais informações e inscrições no link “Terra à Terra” do site www.hortadaformiga.com.

orgânica com a produção de um fertilizante natural que pode ser directamente aplica- do nos solos e espaços verdes.

A compostagem doméstica pode ser realizada com recurso a recipientes específicos ou contentores improvisados para o efeito, designados por compostores.

Existem vários modelos de compostores disponíveis no mercado, mas o compostor também pode ser construído pelo próprio utilizador.

O compostor deve ser colocado no quintal, idealmente à sombra de uma árvore de fo- lha caduca (assim recebe luz solar no Inverno e sombra no Verão) e sobre uma superfí- cie de terra que permita o escoamento da água e o acesso de organismos que acelerem o processo de degradação da matéria orgânica.

Como produzir o seu próprio composto?

• Cortar os resíduos castanhos e verdes em bocados pequenos;

• No fundo do compostor colocar cerca de 10 cm de ramos grossos (para promover o arejamento e impedir a compactação);

• Adicionar uma camada de 3 a 5 cm de resíduos castanhos mais finos;

• Adicionar, no máximo, uma mão cheia de terra ou composto pronto (esta quantida- de contém microrganismos suficientes para iniciar o processo de compostagem);

• Adicionar uma camada de resíduos verdes, de cerca de 3 cm;

• Cobrir com outra camada de resíduos castanhos;

• Repetir este processo até obter cerca de 1 m de altura. As camadas podem ser adi- cionadas todas de uma vez ou à medida que os materiais vão ficando disponíveis;

• A última camada a adicionar deve ser sempre de resíduos castanhos, para diminuir os problemas de desidratação dos materiais verdes e a proliferação de insectos e outros animais indesejáveis;

• Deve controlar a temperatura e revolver a pilha do composto periodicamente (no Inverno de 15 em 15 dias e no Verão semanalmente);

• Regar cada camada de forma a manter um teor de humidade adequado. Este teor pode ser medido através do “teste da esponja”, ou seja, se espremer uma pequena quantidade de material da pilha e ficar com a mão húmida (mas não a pingar) a hu- midade é a adequada.

Verdes Castanhos

Restos de vegetais crus; Restos de cascas de frutos: Borras de café, incluindo filtros; Folhas verdes;

Sacos e folhas de chá; Ervas daninhas (sem semente); Restos de relva cortada e flores; Cascas de ovos esmagadas.

Não colocar:

Restos de carne e peixe; ossos e espinhas; gorduras; excrementos de cães e gatos; cinzas de cigarros e carvão.

Feno; Palha;

Aparas de madeira e serradura; Aparas de relva, erva e folhas secas; Ramos pequenos;

Arroz e massa cozinhados; Pão;

Cereais.

Materiais a compostar Como construir um compostor?

Os compostores mais comuns são os de madeira, de tijolo, de rede, de balde, as cer- cas, as pilhas e os buracos na terra. Todos eles devem possuir espaços ou furos para arejamento.

O composto está pronto a ser utilizado como fertilizante passados 4 a 12 meses do iní- cio do processo, quando o composto tiver as seguintes características:

• aspecto homogéneo;

• textura semelhante a terra;

• cor castanha;

• cheiro a floresta. Os segredos…

• Os talos e as folhas a utilizar devem estar secos;

• Se a pilha tiver muita humidade, é necessário revirar os resíduos, arejar o compos- tor e juntar materiais secos;

• Se o centro da pilha estiver seco, é necessário regar (a existência de formigas é ca- racteristica desta situação);

• Se houver muitos insectos à volta da pilha, cubra com resíduos castanhos;

• Se a pilha estiver demasiado húmida, deve tirar a tampa em dias de sol e revirar de 3 em 3 dias;

• Se aparecerem roedores e moscas, certifique-se que não colocou carne nem peixe na pilha, cubra-a com folhas secas, serradura ou palha, e nunca deixe comida à vista;

• Se saírem vapores, é sinal de libertação de calor, sinal de actividade microbiana (processo a decorrer);

• Se o cheiro for adocicado é porque necessita de mais resíduos verdes, como folhas e talos;

• Se o cheiro for parecido com o amoníaco, então necessita de mais materiais casta- nhos como folhas e ramos secos;

• Se o volume baixar, é bom sinal, querendo dizer que os resíduos estão a ser trans- formados em adubo natural.

A Vermicompostagem

A Vermicompostagem é um processo de bio-oxidação e estabilização onde microrga- nismos, como minhocas e outros invertebrados, transformam resíduos biodegradáveis em fertilizante – o vermicomposto.

É um processo de decomposição biológica no qual é imprescindível monitorizar os pa- râmetros físicos e químicos da vermicompostagem, de modo a promover populações saudáveis de minhocas e um produto final de qualidade.

Os vermicompostores são recipientes pequenos, que podem ser comprados novos ou reutilizados (por exemplo, um aquário ou uma gaveta). Devem ser furados para circu- lação de ar e colocados em locais escuros se não forem opacos.

Outras estruturas de apoio