• Nenhum resultado encontrado

COMPREENDENDO OS ANOS 2016, 2017 e

ACTIVIDADE RESULTADOS NUMÉRICOS LOCALIZAÇÕES FEITAS 200 VISITAS DOMICILIARES FEITAS 171 ENCONTROS FORMATIVOS COM AS FAMÍLIAS 18 RAPAZES EM ACOMPANHAMENTO COM RESPECTIVAS FAMÍLIAS 60 ZONAS DE LUANDA ONDE FORAM FEITAS AS LOCALIZAÇÕES DAS FAMÍLIAS Sapú, Cacuaco, Sambizanga, Golfo2, Viana, Canzenga, Rangel, Benfica, Mabor, Bairro Popular, Funda, Camama, Cassequel do Buraco, Golfo 1 (kilamba Kiaxe), Maianga, Kicolo OUTRAS PROVINCIAS

ONDE FORAM FEITAS AS VISITAS FAMILIARES Huambo, Benguela, Malanje, Bengo Kwanza Sul, Kwanza Norte, Bié, Úige, Lunda Norte.

Nos dias em que o familiar programar a ida ao centro, o localizador organiza encontros em presença do coordenador do centro e com o psicólogo caso seja necessário e seguem-se momentos pessoais entre a família e o menino. Estes, conhecendo o historial do menor têm uma noção das razões que levaram o menor a abandonar o lar, por isso, preparam algumas orientações

específicas para a família de formas a ela às ter em conta e colocar em prática quando o menor retornar a casa. Os técnicos do lar (Coordenador, Psicólogo e Localizador) ao sentarem com os familiares fazem eles reconhecerem as mudanças do menino, fruto do caminho feito e os aconselham a assumirem um comportamento em linha com a nova realidade do rapaz; por fim, utilizam técnicas de formas a fazer com que tanto o menino como a família voltem a criar os laços afectivos, de confiança e aceitação mútua.

Estas acções desenvolvidas no centro de acolhimento são seguidas por reinserções parciais do menino durante finais de semana ou períodos de férias (onde se considerar possível) avaliando a resposta ao contexto e à relação novamente estabelecida. Isto ajuda a, tanto os familiares como o menor, apreciar as mudanças e encontrar formas de relacionarem-se, permitindo ao técnico de se aperceber e avaliar o momento certo para a devida reinserção definitiva, caso haja as condições.

3. Encontros formativos para as famílias.

Sabendo que alguns métodos que as famílias usam para o acompanhamento e educação das crianças têm propiciado a saída da criança a rua, são agendados no mínimo 2 encontros de formação por ano para cada família. Os encontros não são uma secção académica onde os especialistas ensinam os pais a cuidarem dos seus filhos, pelo contrário, são preparados de tal forma que colocam os familiares a trocarem experiências; onde cada familiar explica as suas dificuldades e os recursos que adoptou para ajudar os seus filhos a rever as suas práticas negativas.

Os técnicos preparam algumas dicas para ajudar, apresentam as leis que protegem a criança e explicam da melhor maneira como cumprir com os direitos das crianças e apresentam também a visão das crianças. Os meninos têm uma visão de família e procuram apresenta-la para os familiares, pelos quais é importante saber que tipo de família é que os seus filhos querem e precisam.

Estes encontros são feitos em grupo, de maneira informal ou individual, segundo as necessidades. Quando os

familiares aparecem no centro são orientados sobre como devem acompanhar os filhos conforme o ponto anterior. Para além da formação, os encontros com os familiares visam proporcionar o reencontro e o restabelecimento de uma relação saudável entre eles; sensibilizá-los no seu papel de responsáveis e educadores dos meninos e nos seus deveres de protecção e cuidado das crianças.

4. Reinserção familiar parcial.

Quando se percebe que existe uma vontade entre ambos de voltarem a unir-se; quando se toma conta tanto no menor como nos familiares da vontade de estar juntos, nos finais de semanas e nos feriados os familiares são orientados a passar no centro para pegar o menor e ficar com ele durante estes dias, avaliando o seu comportamento, fortificando o afecto.

Nesta fase não deve ser o menor sozinho a ir a casa dos familiares, nem o técnico do centro a levá-lo. Para mostrar um interesse por parte da família, tem de ser o responsável pelo menor, de preferência a pessoa que irá acolhê-lo quando ele voltar para casa a ir ao centro, levar o menino para ficar um final de semana ou férias e traze-lo de volta.

Não se admite também que se de dinheiro ao menor para se deslocar de forma independente.

O estar com o menor já diz que o familiar quer ficar com ele e a maneira como ele for tratado criará uma nova imagem de família na qual o menor poderá ou não se identificar.

É tão importante esta fase que deve durar no mínimo seis (6) meses.

O psicólogo conversa tanto com o menor como com o familiar antes do menor ir para casa e depois que ele voltar para o centro, a fim de avaliar as expectativas e o grau de satisfação depois do contacto com a família. Estes dados nos dirão se o menor está ou não pronto para voltar ao lar.

Mediante um termo de responsabilidade que os familiares assinam, depois de terem cumprido os passos anteriores, eles recebem o menino, comprometendo-se a dar continuação ao acompanhamento começado no lar de acolhida, ficando isto registado no referido termo de responsabilidade. Os familiares se comprometem em:

 Criar condições humanas para uma convivência saudável: Dar de comer, vestir, demonstrar afecto tratando bem o menor se existir separação entre os filhos de casa e nem o acusar pelo mal que eventualmente tenha cometido ou por ter vivido na rua por algum tempo.

 Prontificar-se em encontrar uma escola e/ou centro profissionalizante para continuar a formação académica e técnica da criança.

 Prontificar-se em acompanhar o menor na igreja mais próxima de forma a dar continuidade a formação religiosa recebida no centro (inscrever na catequese, inseri-lo em um grupo juvenil e fazer com que o menor participe da missa), seja qual for a igreja onde os seus familiares rezem, desde que ajude no seu desenvolvimento humano e espiritual.

 Comprometer-se em tratar a documentação do menor caso ainda não a tenha.

 Comprometer-se a não deixar o menor sem cuidados de um adulto.

 Estar dispostos a acolher a equipa de acompanhamento familiar.

6. Acompanhamento familiar

Nos casos em que o menino seja definitivamente reinserido na família vai se garantir por parte da Rede Salesiana um acompanhamento periódico para facilitar a gestão das relações e das actividades diárias do menino (documentos, escola, roupa, etc.) monitorando constantemente as dinâmicas familiares reconstruídas e renovadas.

DADOS ILUSTRATIVOS DA EQUIPA

Documentos relacionados