• Nenhum resultado encontrado

PROPOSTA DE AVALIAÇÃO E MONITORAMENTO POR PARTE DA INSTITUIÇÃO

PROJECTO EDUCATIVO FAMILIAR

PROPOSTA DE AVALIAÇÃO E MONITORAMENTO POR PARTE DA INSTITUIÇÃO

Indicar os recursos humanos envolvidos, ferramentas de trabalho, frequência das visitas, justificativos.

5. AS COMPETÊNCIAS PARENTAIS

O conceito de família vem mudando ao longo da história da humanidade. Sua dinâmica, estrutura e composição vêm se adaptando às mudanças sociais, económicas e geográficas, mas as suas funções ainda são muito relevantes na nossa sociedade. Historicamente, falou-se da família como promotora do desenvolvimento do indivíduo, e embora seja verdade que devemos deixar para trás o conceito tradicional do termo, ainda é considerada a unidade básica da nossa sociedade.

A família como célula base da sociedade é o lugar onde as pessoas aprendem pela primeira vez os valores que os guiarão para toda a vida; daí a responsabilidade de cada família em guiar os seus filhos para o desenvolvimento físico, psicológico e social.

É importante que as famílias satisfaçam ao menos as necessidades básicas de sobrevivência e saúde, e proporcionem aos seus membros um mundo físico organizado, seguro e previsível que permita o estabelecimento e a existência de rotinas essenciais ao seu desenvolvimento.

É também, importante que pais / responsáveis permitam que cada membro contacte, reconheça e interaja com o mundo físico e social que o rodeia. Assim, para serem satisfeitas as necessidades de afecto, confiança e segurança essenciais no estabelecimento de vínculos seguros com os seus filhos.

Nos dias de hoje, a negligência e os maus- tratos por parte dos progenitores aos menores que se encontram sob a responsabilidade deles têm vindo a crescer de um modo quase exponencial. Tal como sabemos os efeitos dessas acções não são apenas evidências físicas, tais como pisadas, mordeduras, estes podem ainda ser afectivos, sociais, comportamentais ou até mesmo cognitivos.

Melhorar a capacidade educativa das figuras parentais, e nos casos mais graves, promover um conjunto de actividades educativo/pedagógicas e de suporte que ajudem pais e futuros pais a compreenderem as suas próprias necessidades/incapacidades sociais, emocionais, psicológicas, físicas, de formas a que cumpram o papel fundamental para promoção do bem-estar dos seus filhos.

Por competências parentais, entendem-se um conjunto de estratégias, capacidades e acções que permitem aos pais ou encarregados (às figuras que assumem uma função parental) de lidar com os desafios inerentes ao ser mãe e pai: têm o intuito de potenciar a comunicação efectiva, a resolução de problemas e a regulação emocional na dinâmica entre

A Organização Mundial de Saúde define os maus-tratos infantis como um conceito muito amplo

que compreende os abusos e a desatenção em relação aos menores de 18 anos. Além disso,

inclui todos os tipos de maus- tratos físicos e emocionais, abuso

sexual, descuido ou negligência ou exploração comercial ou de

qualquer outro tipo. A questão é que estes originam um dano real ou potencial para a

saúde da criança, sua sobrevivência, desenvolvimento ou dignidade no contexto de uma

relação de responsabilidade, confiança e poder (OMS, 2003).

pais e filhos. Estas capacidades, cuja origem está determinada por factores biológicos e hereditários, não obstante sejam moduladas por experiências vitais e influenciadas pela cultura e os contextos sociais, podem contudo ser ensinadas ou redefinidas.

Apesar de se pensar que nos dias de hoje as crianças já têm os seus direitos bem definidos e defendidos, a verdade é que a realidade é bastante diferente.

Por quanto concerne as famílias das crianças e jovens a viver na rua, elas vivem em um contexto socio-ambiental muito frágil, um ambiente extremamente pobre, não só a nível económico, mas também, sociocultural e educativo.

Como já adiantou-se no capítulo 4, as principais razões que levam as crianças e adolescentes a saírem de casa para ir viver na rua são: a desagregação e vulnerabilidade familiar, a violência doméstica, a negligência parental, por estas razões os temas principais que tratamos nas formações com as famílias nas etapas de reinserção familiar, abordam os seguintes temas: A convivência na família, a gestão dos conflitos, 11 compromissos do estado angolano em prol a criança, os pais de verdade, a importância da comunicação na família, a colaboração entre a família e o centro de acolhimento.

5.1 Palestras formativas sobre as Competências Parentais

Neste parágrafo são apresentados alguns exemplos das palestras dadas,pretendendo promover uma parentalidade positiva e que podem ser de estímulo para outros encontros de formação para outros operadores sociais.

Escolheu-se abordar nas palestras que vão a seguir, algumas temáticas relevantes no trabalho com a categoria de “famílias vulneráveis”: a convivência na família, o abandono

familiar, a gestão dos conflitos, o abuso sexual, a violência de género, e as doenças provocadas pela falta de higiene.

As palestras têm como objectivo principal oferecer bases aos pais para reforçar as suas competências parentais, educativas e os seus níveis de informação, tendo como foco a educação, a capacitação, os cuidados e a saúde da criança / adolescente. Proporcionando- lhes conhecimentos e orientação, sem violência e com limites para possibilitar o seu pleno desenvolvimento integral e saudável.

Esse trabalho de formação com as famílias pretende contribuir para desenvolver nos pais /responsáveis a percepção da importância do exercício de uma parentalidade mais positiva e os benefícios destas para a melhoria da qualidade das relações entre eles e seus filhos.

IMPORTANTE: AS DINÂMICAS PROPOSTAS NAS PALESTRAS DESTE MANUAL PODEM VARIAR DEPENDENDO DOS OBJECTIVOS DE CADA PALESTRANTE OU FORMADOR!

Depois das fichas com as palestras, no parágrafo 5.2 seguirão algumas sugestões metodológicas para realizá-las.

5.1.1Ficha de formação-TEMA: O RELACIONAMENTO FAMILIAR (Pais de Verdade)

Título: Pais de verdade

Descrição: Designa-se por família o conjunto de pessoas que possuem grau de parentesco

entre si e vivem na mesma casa formando um lar. Entre os familiares, é possível identificar dois graus de proximidade: a família nuclear e a família extensa. A família nuclear normalmente é composta pelos pais e irmãos, enquanto a família extensa é composta por avós, tios, primos, etc. No entanto, este conceito é flexível, já que muitas vezes os avós (ou outros parentes) podem morar na mesma casa ou em casos que os pais não estejam presentes por algum motivo, eles assumem responsabilidade e por isso são considerados como membros da família nuclear.

As famílias são submetidas a direitos e deveres para com os seus membros, devendo velar para que os que se encontram no seio dela se sintam bem, em prol da felicidade comum. O Abandono familiar consiste no afastamento pessoal cometido pelos pais/responsáveis para com seus filhos e entes.

Quando a criança/adolescente se vê abandonada pela família, isto causa nela uma serie de danos físicos, psicológicos, educacionais (debilidades ou abandono escolar), social (exclusão por parte da sociedade) e espiritual.

O ARTIGO 3º DA LEI CONTRA A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA DEFINE O ABANDONO FAMILIAR COMO

Documentos relacionados