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1. EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

1.3 O Mundo Virtual

1.3.4 Comunidades Virtuais de Aprendizagem

1.3.4 Comunidades Virtuais de Aprendizagem 1.3.4 Comunidades Virtuais de Aprendizagem 1.3.4 Comunidades Virtuais de Aprendizagem 1.3.4 Comunidades Virtuais de Aprendizagem

Uma comunidade somente se configura quando as pessoas que a compõem formam uma relação próxima, interagindo dentro de um mesmo espaço e de um mesmo tempo, em que os interesses não são apenas individuais, mas comunitários. Para Moraes e Paz-Klava (2005, p.71), a diferença entre uma comunidade comum para uma virtual, é porque esta se forma pelos meios eletrônicos ligados em rede, o que carrega um grande diferencial.

Já Rheingold (1998) introduz o termo “ciberespaço” em sua descrição, ao definir que comunidades virtuais são agregações sociais que surgem na rede, quando um grupo de pessoas prossegue por um determinado tempo com uma discussão, formando redes de relacionamento dentro do ciberespaço.

Na aprendizagem colaborativa, o aluno aprende com seus parceiros, enquanto o educador orienta, faz a mediação e colabora no processo de construção do conhecimento. Assim, é criada uma oportunidade para o trabalho em rede e o desenvolvimento das capacidades de cooperação, apreensão, acesso e produção de informação, exercidas não apenas na fase formal do processo educacional, mas no decorrer da carreira de cada um, uma vez que a educação continuada é uma demanda em constante transformação. O papel do estudante

pós-80 moderno, conforme define a heutagogia, passa a ser mais ativo, autodirigido, em que ele deve ser capacitado a aprender a aprender, usando interações colaborativas.

Um termo referenciado por Valente (2005, p.29) é o “estar junto virtual”, que significa a interação entre os membros do grupo e que pode acontecer por meio de tantas ferramentas, como o fórum, chat, o blog e outros que possibilitem o ciclo “descrição – execução – reflexão – depuração – descrição”.

Esse ciclo tem início quando o grupo se engaja na resolução de um problema, ou projeto. Cada aprendiz produz uma ação com resultados que servirão de “objetos de reflexão”. Essas reflexões, por sua vez, poderão gerar indagações e dificuldades que talvez impeçam o aprendiz de resolver o problema ou o projeto. Nesse ponto, ele pode interagir com o grupo, enviando questões ou uma descrição do que está ocorrendo. Algum especialista do grupo reflete sobre as solicitações, enviando sua opinião, ou material, como textos e/ou atividades, que auxiliarão o aprendiz e o grupo a resolver seus problemas. Ao receber essas idéias, o internauta tenta colocá-las em ação, gerando novamente outras dúvidas que poderão ser resolvidas com o suporte dos demais colegas ou do especialista. Assim, o ciclo está estabelecido, mantendo os membros do grupo cooperando entre si, com atividades inovadoras e com oportunidades de construção de conhecimento. Desse modo, a Internet pode propiciar o “estar junto” dos membros de um grupo, tendo o suporte de um especialista, vivenciando com ele o processo de construção do conhecimento. Na verdade, terminando um ciclo, um pensamento nunca é igual ao que se encontrava no início da realização desse ciclo. (VALENTE,

81 2005, p.29).

Mudanças são necessárias, e a mais importante é a ampliação no processo de aprendizagem colaborativa, porque está potencializada pela Internet. Aprender e comunicar são as duas principais atividades desses usuários (TAROUCO, 2006, p.46). Mas aprender dentro de uma comunidade requer algumas habilidades, que são destacadas por Lotito (2005, p.5):

A comunicação não depende do tempo nem do local;

A comunicação se dá entre muitas pessoas;

O produto é coletivo;

Os participantes são ativos e compartilham suas experiências e conhecimento;

A escrita é estimulada, o que colabora na redução do analfabetismo funcional, e também prepara para a sociedade que requer pessoas conhecedoras, informatizadas;

A comunicação ocorre por meio de conexão entre computador e Internet;

Pode haver um mediador que viabiliza a troca, num papel em que são reduzidas a formalidade e a impessoalidade, com maior autonomia, em que as pessoas mudam de papel de uma situação para outra;

A importância da motivação como uma sensação de reciprocidade, que vigora nas comunidades de aprendizagem em rede, em que há uma recompensa cognitiva, afetiva e/ou emocional.

82 Para se construir, então, uma comunidade virtual de aprendizagem, é necessário, primeiro, que se desenvolva o espírito de comunidade, para que o processo se estabeleça. Ele deve ser cultivado, desenvolvido e estimulado por aqueles que compõem o sistema tutorial.

O tutor deve ser um agente mediador que não deixa a discussão perder o rumo, redirecionando-a, lidando com os conflitos dos alunos, sabendo se posicionar e avaliar adequadamente cada colocação, sua pertinência, e a separação dos assuntos que insistem em fugir do caminho.

A educação a distância caminha para consolidar sua posição de ser a educação do futuro, dentro da sociedade do conhecimento e da informação. Baseada nas Tecnologias de Informação e Comunicação, a EAD requer ferramentas adequadas para consolidar a construção do conhecimento, na relação estabelecida entre os agentes da aprendizagem. Para desenvolver essas ferramentas, além dos conhecimentos técnicos é necessário conhecer outras referências como inteligência, o modo de percepção da informação, e inteligência virtual.

Esses assuntos, os ambientes virtuais e o sistemas tutoriais compõem o próximo capítulo – Sistemas Tutoriais

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SISTEMAS TUTORIAIS SISTEMAS TUTORIAISSISTEMAS TUTORIAIS SISTEMAS TUTORIAIS

84 2 SISTEMAS TUTORIAIS

2 SISTEMAS TUTORIAIS 2 SISTEMAS TUTORIAIS 2 SISTEMAS TUTORIAIS

A educação convencional e a EAD podem se valer de ferramentas tecnológicas para aprimorar o desenvolvimento de habilidades cognitivas, proporcionando melhores meios de ensino e aprendizagem.

Os ambientes virtuais de aprendizagem (AVAs) permitem que se faça uma conjugação de usuários, sendo assim, produtos que possibilitam tanto o gerenciamento de cursos e conteúdos online, quanto a consolidação de um espaço virtual para aprendizagem não presencial, com troca de informações, construção de conhecimentos e criação de comunidades virtuais integradas pelas redes.

Já os sistemas tutoriais inteligentes são programas de auxílio à aprendizagem, baseados em computadores, que permitem o fornecimento de instruções personalizadas ao aluno. Pela interação existente entre o tutor e o aluno, o sistema não ensina. O aluno é que constrói seu conhecimento.

No entanto, para entender essas ferramentas, é necessário o entendimento prévio da inteligência e suas implicações, destacando a inteligência emocional, por estar ligada aos aspectos comportamentais de interação e afetividade do aluno com a tecnologia e os personagens da aprendizagem. Também tem destaque a inteligência artificial, pelo fato de ser utilizada para basear os sistemas tutoriais inteligentes.

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