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Capítulo V O caso de estudo – as freguesias da área do município da Figueira da Foz

5.2. O Concelho e as freguesias

O Município da Figueira da Foz, com a área de 379,10 km2, e com uma população de 62.601 habitantes (segundo dados de 2001), reparte-se por 18 Freguesias: Alhadas, Alqueidão, Bom Sucesso, Borda do Campo, Brenha, Buarcos, Ferreira-a-Nova, Lavos, Maiorca, Marinha das Ondas, Moinhos da Gândara, Paião, Quiaios, S. Julião, S. Pedro, Santana, Tavarede e Vila Verde. È limitado a norte pelo município de Cantanhede, a leste pelos municípios de Montemor-o-Velho e Soure, a sul por Pombal e a oeste tem litoral no Oceano Atlântico.

A cidade da Figueira da Foz, sede do concelho, situa-se junto à foz do Rio Mondego, no centro de Portugal (Beira Litoral) distando cerca de 180 Kms de Lisboa, 120 Kms do Porto e 40 Kms de Coimbra.

Tal como referido anteriormente, o território do concelho é atravessado pelo rio, o que, ao longo do tempo, condicionou o seu desenvolvimento, orientado sempre pela intensa actividade marítima, decorrente do porto comercial, o que ainda acontece. Actualmente vão surgindo outros factores de atracção e desenvolvimento do concelho.

O concelho da Figueira da Foz, para além da sua famosa praia e do Casino, referência única em toda a região das Beiras, possui muitos outros atractivos, desde as salinas da Morraceira, às bateiras da Gala e Lavos, dedicadas à pesca da enguia e do peixe do rio, ao património histórico valioso, que marca um povo e uma região.

E é ali que se pode admirar a colecção de azulejos de Delft na Casa do Paço, Convento e Igreja de Santo António, Palácio de Sotto Mayor, Forte de Santa Catarina, Museu Municipal Dr. Santos Rocha.

Fora do perímetro urbano, e mais precisamente na freguesia de Maiorca, o Paço de Maiorca é um espaço a descobrir, assim como as lagoas da freguesia de Bom Sucesso. A Figueira da Foz está dotada de boas vias rodoviárias e de uma bela ponte sobre o rio Mondego, encontrando-se também servida por caminho-de-ferro que a liga às linhas do Norte, da Beira Alta e do Oeste.

O Concelho no seu todo, está profundamente marcado por este troço terminal do Rio Mondego que lhe condicionou durante séculos as actividades económicas e o povoamento.

A Contribuição das Freguesias para a divulgação da Sociedade da Informação e do Conhecimento

Hoje constitui um património natural de incalculável valor, essencial à vida da cidade. (Gomes, 2002: 7).

Das 18 Freguesias que integram a área do município da Figueira da Foz: Alhadas, Alqueidão, Bom Sucesso, Borda do Campo, Brenha, Ferreira-a-Nova, Lavos, Maiorca, Marinha das Ondas, Moinhos da Gândara, Paião, Quiaios, constituem as freguesias rurais, sendo as restantes cinco Buarcos S. Julião, S. Pedro, Santana, Tavarede e Vila Verde, freguesias urbanas.

Figura 5 - Distribuição geográfica das Freguesias pelo território concelhio

Fonte: http://antoniocruz.net/mostrar/concelho/

Para a caracterização do concelho e de cada uma das freguesias foram utilizados os dados dos Censos de 2001. Apesar de existirem algumas estatísticas demográficas para 2006, apenas para o ano de 2001 o Instituto Nacional de Estatística (INE), dispõe dos dados estatísticos para todas as categorias abordadas.

Gráfico 1 - Distribuição da população residente pelas freguesias do concelho (2001)

Fonte: INE, Censos de 2001 [em linha] disponivel em www.ine.pt.

Analisando a distribuição da população residente pelas freguesias da área do concelho da Figueira da Foz, verificamos que a maior fatia da população reside em três das freguesias urbanas do concelho: São Julião, com 17% do total da população residente, Buarcos com 13% e Tavarede que abrange 12%. Estas freguesias encontram-se no centro urbano, sendo São Julião a freguesia que abrange a maior percentagem da população do concelho.

Gráfico 2 – Distribuição da população residente por freguesia (2001)

Fonte: INE, Censos de 2001 [em linha] disponivel em www.ine.pt

A Contribuição das Freguesias para a divulgação da Sociedade da Informação e do Conhecimento i - Os sectores de actividade:

A população activa reparte-se entre as várias actividades económicas da região, com destaque para a pesca, indústria vidreira, actividades ligadas ao turismo, construção naval, produção de celulose, indústria de sal e, como não podia deixar de ser, a agricultura.

De acordo com os dados dos censos de 2001, a população activa ascendia a 28.582 indivíduos, correspondendo a 45,65% do total da população do concelho, sendo que apenas 26.455 indivíduos se encontravam empregados, correspondendo a 42,26% do total da população residente. O diferencial entre estes valores corresponde à taxa de desemprego verificada na área do concelho neste ano, ou seja, uma taxa de desemprego de cerca de 3,4%.

De acordo com estes mesmos dados, cerca de 5% da população empregada do concelho da Figueira da Foz encontra-se empregada no Sector Primário. É o Sector Terciário (económico e social) que emprega maior número de activos do concelho, ascendendo a um total de 58%, repartidos pelo sector terciário Social (26%) e pelo Sector Terciário Económico (32%).

Gráfico3 – distribuição da população empregada por sector de actividade

Fonte: INE, Censos de 2001 [em linha] disponivel em www.ine.pt.

Os ramos comerciais com maior visibilidade no concelho, são o comércio a retalho de alimentação e bebidas e o comércio a retalho de têxteis, vestuário e calçado. Predomina a

pequena dimensão e a estrutura familiar, embora no primeiro caso daqueles ramos haja casos de dimensão média.

O sector da restauração e similares ocupa uma importante posição na estrutura comercial do concelho, sendo a sua estrutura, maioritariamente, de pequena dimensão. Com alguma importância relativa surgem os ramos da venda a retalho de móveis e artigos de mobiliário, a venda a retalho de produtos químicos e farmacêuticos, os cafés, e as pastelarias. No ramo do comércio por grosso, destaca-se o comércio da alimentação e bebida.

Como seria de esperar, a actividade comercial está implantada principalmente na Freguesia de São Julião (Cidade da Figueira da Foz) e nos núcleos envolventes que são os prolongamentos urbanos da cidade (Buarcos e São Pedro).

O pólo Marinha das Ondas - Paião aproxima-se um pouco da situação comercial da cidade, sendo que, nos restantes núcleos populacionais, a cobertura comercial é menor e menos especializada, desenvolvendo-se um outro tipo de e actividade comercial, como é o caso das feiras que se tomam mais frequentes e mais frequentadas, na razão inversa da implantação doutros tipos de comércios.

Em termos gerais, as actividades comerciais no concelho da Figueira da Foz, são de longe aqueles que se apresentam com maior dinamismo dentro do tecido económico concelhio. (Gomes, 2002: 111).

O Concelho da Figueira da Foz integra a denominada Costa da Prata e é um Pólo de Desenvolvimento turístico tanto a nível regional como nacional, pelo menos desde o século XIX, altura em que a praia da Figueira da Foz era procurada pelas suas propriedades. O concelho oferece a maior capacidade hoteleira da Região Centro, no entanto, apresenta uma relativamente baixa taxa de ocupação turística que é, certamente provocada pela sazonalidade do turismo no concelho. Trata-se de um turismo essencialmente balnear, apesar dos esforços que se vem fazendo através da promoção de actividades e eventos fora do período do Verão, nomeadamente em festivais e em congressos. (Gomes, 2002: 112). A área total de explorações agrícolas no Concelho da Figueira da Foz era, à data de 1988, de aproximadamente 22.784 hectares o que representava para esse ano, uma área média de 3 hectares por cada exploração registada. A estrutura agrícola assentava “grosso modo” nas zonas seguintes:

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- Uma zona de campo (ou de aluviões), quase exclusivamente destinada ao cultivo do arroz.

- Uma zona da Gândara Norte, onde predominava de forma absoluta a criação de bovinos leiteiros, seguida da produção de um milho – grão e de pequenos pomares de laranjeiras. - Uma zona de serra (ou calcárea), onde se registava o predomínio de bovinos para a produção de leite, seguido de uma produção de milho – grão e de alguma vinha.

- Uma zona de monte (ou Gândara Sul), onde predominava a cultura do milho, da vinha, das hortícolas ao ar livre, em estufas, de bovinos para carne e outros para leite, por ordem decrescente de importância.

Para além destas zonas e em espaços distribuídos por cada uma delas, existe a zona de floresta que representa o uso do solo mais importante, ocupando cerca de 25.000 hectares no Concelho da Figueira da Foz. Cerca de 9.000 hectares de floresta estão sob a exploração do Estado e os restantes 16.000 hectares são de exploração particular. Numa e noutra predomina o pinheiro bravo, seguido do eucalipto. Na zona da serra, a floresta é maioritariamente estável; na zona de campo, quase não há florestas; a zona da Gândara Norte tem bastante mais floresta privada que zona da Gândara Sul e desempenha ali a função de compartimentação entre aglomerados urbanos. (Gomes, 2002: 112)

A cultura do arroz é provavelmente aquela que melhor caracteriza o Concelho da Figueira da Foz, muito embora esteja restrita à zona de campo onde a sua cultura está particularmente bem adaptada, devido aos solos pesados, baixos e insuficientemente drenados que ali são predominantes. O seu predomínio é absoluto, uma vez que é praticamente impossível isolar qualquer área para uma eventual cultura alternativa. As parcelas submetidas à cultura do arroz são propriedade das famílias e por isso são de explorações pequenas. A, quase única, excepção são os arrozais pertencentes à Quinta do Fôja que atingem os 600 hectares, bem como os que pertencem à Quinta do Canal. Os pequenos agricultores adquiriram o hábito de cultivarem em conjunto a área correspondente a um canteiro maior, mediante um “entendimento” parecido com a exploração agrícola comunitária. As sementeiras e os tratamentos são feitos em conjunto, com recurso a trabalhadores contratados, a rega e a monda são igualmente feitos em conjunto. Só a colheita é individualizada. Como a cultura do arroz só traz ingressos financeiros uma vez em cada ano, embora quando tudo corre bem, traga ingressos substanciais, a subsistência das famílias, no resto do ano depende da produção diária de

leite. Esta complementaridade não é só financeira, mas é também em termos de mão-de– obra, já que os picos do trabalho do arroz não colidem com os das culturas forrageiras nem com o ritmo diário de trabalho associado à exploração pecuária, além de que o arroz fornece boa palha para a composição das rações dos animais. (Gomes, 2002: 113).

Gráfico 4 – Distribuição da população empregada das freguesias rurais por sector de actividade

Fonte: INE, Censos de 2001 [em linha] disponivel em www.ine.pt.

Nas freguesias rurais ainda existe uma grande percentagem de população empregada no sector primário, verificando-se que na freguesia de Bom Sucesso cerca de 19% da população desenvolve a sua actividade neste sector. Na freguesia de Marinha das Ondas a percentagem de cidadãos empregados no sector primário ascende a 16% e na freguesia de Ferreira-a-Nova a percentagem de empregados neste sector é de 14%.

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Gráfico 5 – Distribuição da população empregada das freguesias urbanas por sector de actividade

Fonte: INE, Censos de 2001 [em linha] disponivel em www.ine.pt

Quanto às freguesias urbanas, em todas se verifica que a maior parte da população desenvolve a sua actividade profissional no sector terciário.

ii - A estrutura etária

De acordo com os dados dos censos de 2001, a estrutura etária da área do Concelho da Figueira da Foz é envelhecida, existindo cerca de 19% de população residente com mais de 65 anos, e apenas 13,5% de jovens até aos 14 anos.

Esta tendência verifica-se, aliás em toda a região do Baixo Mondego, bem como na região centro do país.

Gráfico 6 – População residente por unidade territorial (2001)

Quando verificados os dados do Continente, verifica-se que a percentagem de população com mais de 65 anos está praticamente ao mesmo nível da população mais jovem.

A população está cada vez mais envelhecida e existem cada vez menos jovens, o que deverá pesar nas políticas seguidas pelas autarquias locais, que terão de ter cada vez mais um papel social no apoio à crescente população idosa.

À população do concelho, que, de acordo com os dados dos censos de 2001, compreende 62.601 habitantes, como já referido, corresponde uma densidade populacional de 165,14 hab/km2, sendo que 19,51% da população da área do concelho tem mais de 65 anos, e apenas 13,57 % de população se encontra no escalão até 14 anos. A população activa, de acordo com os dados do INE (Censos de 2001), atinge uma percentagem de 40, 86%, do total da população do concelho.

Gráfico 7 – Distribuição da população residente por escalão etário (2001)

Fonte: INE, Censos, 2001 [em linha] disponivel em www.ine.pt

Nas freguesias urbanas, a população idosa ocupa uma fatia superior à correspondente à população mais jovem, que inclui os indivíduos até aos 14 anos. Existem também, uma enorme percentagem de população que poderá ser denominada de “média idade”, no escalão de 45 a 59 anos.

A Contribuição das Freguesias para a divulgação da Sociedade da Informação e do Conhecimento Tabela 20 – Distribuição estaria da população residente nas freguesias urbanas

Distribuição por escalão etário Freguesias Urbanas De 0 a 14 anos de 15 a 29 anos de 30 a 44 anos de 45 a 59 anos de 60 a 69 anos 70 e mais anos Buarcos 13,0% 20,7% 21,1% 20,8% 12,3% 6,7% São Julião da Figueira da Foz 13,2% 19,7% 19,8% 18,6% 14,4% 3,3% São Pedro 15,3% 20,9% 22,5% 18,8% 12,8% 10,4% Tavarede 16,3% 22,2% 25,6% 19,4% 13,3% 1,9% Vila Verde 13,1% 19,1% 20,3% 19,4% 12,6% 3,7%

Fonte: INE, Censos, 2001 [em linha] disponivel em www.ine.pt

Gráfico 8 – Distribuição etária da população residente nas freguesias urbanas

Fonte: INE, Censos, 2001 [em linha] disponivel em www.ine.pt

No que diz respeito à população residente nas freguesias rurais da área do concelho da Figueira da Foz, verifica-se que a população idosa, com mais de 60 anos, ultrapassa em 100% a percentagem de população mais jovem (até aos 14 anos), pelo que estas freguesias se mostram extremamente envelhecidas.

Tabela 21 – Distribuição etária da população residente nas freguesias rurais

Distribuição por escalão etário Freguesias Rurais População

Total De 0 a 14 anos de 15 a 29 anos de 30 a 44 anos de 45 a 59 anos de 60 a 69 anos 70 e mais anos Alhadas 4.069 12,4% 20,9% 20,4% 20,6% 12,3% 13,2% Alqueidão 1.963 11,4% 18,9% 20,6% 16,6% 14,4% 18,2% Bom Sucesso 2.006 14,8% 19,9% 21,0% 17,5% 12,8% 14,0% Borda do Campo 953 11,9% 22,2% 17,2% 19,8% 13,3% 15,5% Brenha 951 12,4% 20,2% 20,3% 22,2% 12,6% 12,3% Ferreira-a-Nova 1.678 13,8% 22,9% 19,7% 18,8% 13,0% 11,8% Lavos 4.171 13,1% 19,4% 19,6% 18,7% 12,7% 16,5% Maiorca 3.006 12,9% 21,1% 21,6% 18,9% 12,8% 12,6% Marinha das Ondas 3.241 14,7% 22,7% 20,8% 18,6% 11,3% 11,9% Moinhos da Gândara 1.376 13,3% 21,1% 22,5% 15,6% 15,3% 12,1% Paião 2.404 11,1% 18,2% 19,1% 20,3% 11,6% 19,7% Quiaios 3.118 13,2% 20,6% 21,2% 18,8% 12,8% 13,4% Santana 1.146 14,3% 20,6% 21,4% 18,2% 12,8% 12,7%

Fonte: INE, Censos, 2001 [em linha] disponivel em www.ine.pt

A fatia de população com idades compreendidas entre os 45 e os 59 anos é também consideravel, pelo que se prevê que estas populações evoluam para níveis de envelhecimento cada vez maiores.

A Contribuição das Freguesias para a divulgação da Sociedade da Informação e do Conhecimento Gráfico 10 – Distribuição etária da população residente nas freguesias rurais

Fonte: INE, Censos, 2001 [em linha] disponivel em www.ine.pt

iii - O nível de escolaridade

A população do concelho da Figueira da Foz apresenta uma enorme percentagem de individuos com baixa escolaridade, existindo cerca de 16% do total da população concelhia sem qualquer nível de instrução.

Gráfico 11 – Nivel de instrução da população concelhia

O facto da população concelhia apresentar um baixo nível de escolaridade aliado com a enorme percentagem de população com mais de 60 anos, apresenta-se como um factor de dificuldade de implementação da SIC. Face a estas caracteristicas, deveria existir uma maior preocupação do sector público no sentido de consciencializar esta população para os beneficios dessa integração, bem como para direccionar algumas das politicas locais para este vector, por forma a minimizar o risco de info-exclusão.

iv - Caracterização geral de cada uma das freguesias

Na tabela seguinte apresenta-se uma breve descrição de cada uma das freguesias do concelho da Figueira da Foz, em estudo.

Tabela 22 – Caracterização geral de cada uma das freguesias da área do Concelho da Figueira da Foz

Freguesia Descrição

Alhadas

Elevada a vila a 30 de Junho de 1989, Alhadas está situada na serra homónima, distando cerca de 8 quilómetros da sede do concelho. É de povoamento muito antigo. A atestá-lo, conserva vestígios de Dólmens do Neolítico, com especial referência para o Dólmen das Carniçosas que é Monumento Nacional. Confina com as freguesias e Brenha, Quiaios, Moinhos da Gândara, Santana, Maiorca e Vila Verde (Henriques, 2005:61).

Trata-se de uma Freguesia eminentemente rural, na qual se desenvolvem as seguintes actividades económicas: indústria de madeiras, metalomecânica, construção civil, comércio tradicional, extracção de areias, panificação, cerâmica, pirotecnia e agricultura. Destacam-se, também, a produção e comércio de produtos como o pão e a broa de fabrico artesanal, fornecidos especialmente à cidade da Figueira. Estes são considerados o ex-libris de Alhadas, mantendo uma excelente qualidade devido à qualidade dos cereais produzidos na zona, à pureza das suas águas e ao seu modo de fabrico

As relações de sociabilidade dos habitantes de Alhadas têm maior destaque no que diz respeito ao Associativismo local. São três as principais colectividades de Alhadas. A “Boa União Alhadense” é a mais antiga, possuindo quase um século e meio de actividades culturais. Foi pioneira das sessões cinematográficas na região de Gândara. Um pouco, mas muito pouco mais nova, é a Filarmónica Boa União Alhadense criada no seio da Colectividade e que hoje em dia, mantém uma grande actividade musical e artística. Por seu turno, o “Ateneu Alhadense” tem no seu historial um grande contributo para a divulgação do. Teatro Popular. Acompanha-o, no âmbito das actividades recreativas e desportivas, o Clube Recreativo Instrução Alhadense (C.R.I.A.). Alhadas é terra de gente amante da liberdade cívica e da cultura. (Gomes, 2002:119)

No que diz respeito às habilitações literárias da população desta freguesia, verifica-se que existe uma grande percentagem de população sem qualquer nível de instrução, atingindo os 18%. Da população residente nesta freguesia, encontramos 32% de sujeitos que possuem

como nível de instrução o 1.º CEB, existindo, ainda, uma percentagem de 13% de indivíduos que apenas possuem o 1.º CEB incompleto. Apenas 7% de sujeitos possuem habilitações ao nível do ensino secundário completo, 0,45% com habilitações ao nível superior de bacharelato e 1,45% ao nível de licenciatura.

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Alqueidão

A freguesia de Alqueidão dista cerca de quinze quilómetros da sede do concelho e é acessível através das estradas municipais que fazem ligação ao I.C.l. É limitada a Norte pela freguesia de Vila Verde, Sul pelo Paião e Borda do Campo, a Oeste por Lavas e a Este pelo concelho e Soure. (Henriques, 2005:105).

Situada a sul do concelho, foi criada pelo Decreto n.º 15.287, de 30 de Março de 1928, por desanexação da Freguesia de Paião.

As actividades económicas predominantes são a agropecuária, a construção civil, e, especialmente, a agricultura, nomeadamente com a vitivinicultura, favorecida pela proximidade dos rios (para além do Mondego, a freguesia é também banhada pelo rio Pranto, um seu afluente), e, principalmente, a enorme produção de arroz, favorecida pelo Mondego que, com as suas águas, regou e fertilizou os campos de arroz. No que diz respeito ao nível de instrução da população residente na freguesia de Alqueidão, à semelhança do que acontece na freguesia de Alhadas, verifica-se que existem ainda cerca de 18% de residentes sem qualquer nível de instrução17% com o 1.º CEB incompleto, bem como cerca de 32% de indivíduos com nível de instrução ao nível do 1.º CEB completo. Apenas 6% da população possui habilitações ao nível do ensino secundário completo. Com habilitações de nível superior encontramos 1% de sujeitos com Bacharelato e 1% de indivíduos com habilitação ao nível de licenciatura

Bom Sucesso

A Freguesia de Bom Sucesso, situada a norte da freguesia de Quiaios, a cerca de dessasseis quilómetros da sede do concelho, destaca-se pela cultura de um povo típico e que ainda conserva algumas das suas arcaicas características, como por exemplo o vestuário. Confina com as freguesias de Moinhos da Gândara e Ferreira-a-Nova e com o concelho de Cantanhede. (Henriques, 2005:67)

A sua actividade económica principal é a agropecuária (criação de gado e produção de leite), já que a mesma encontra condições ecológicas favoráveis nesta Freguesia, constituindo um importante recurso para a população. Da sua actividade económica fazem, também, parte a pequena industria, o comércio, a hotelaria e os serviços. Bom Sucesso é uma freguesia tipicamente gandaresa, tanto nas suas gentes, como nos seus costumes e nas tradições carregadas de ruralidade. Quando analisados dos dados dos censos de 2001 relativamente ao nível de instrução da população desta freguesia, verifica-se que existem cerca de 25% de sujeitos sem qualquer nível de instrução e 17% de indivíduos com habilitações ao nível do 1.º CEB incompleto. Com o 1.º CEB completo surgem 26% de residentes. Apenas 3% da população possui habilitações ao nível do ensino secundário completo, e 2% possuem habilitação de nível superior (licenciatura).

Borda do Campo

Distando cerca de dezoito quilómetros da sede do concelho, Borda do Campo confina com as freguesias