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Quando abordamos os sujeitos sobre a conduta ao prescrever e orientar os programas de exercícios físicos aos praticantes da academia, observamos que o sujeito A, diz que na individualidade de cada aluno, respeitando seus objetivos e a resposta do corpo em relação às atividades propostas, é muito importante que além de obter resultados o aluno esteja satisfeito e sentindo-se bem com seu corpo.

O sujeito B, observa o padrão postural (encurtamentos musculares, atrofias, músculos hiperativos) individualidade biológico.

O sujeito C, prescrição é baseada primeiramente no individuo considerando seus objetivos, necessidades, condição física, nível de condicionamento físico, ausência ou não de patologias. A partir disso prescrevo aquilo que considero adequado para cada individuo.

O sujeito D, inicialmente em estudos e práticas absorvidas no decorrer da graduação, como através de vivencias com os estágios profissionais.

O sujeito E tem como base para prescrição autores como Caue Teixeira, Valdemar Guimarães, Eder Lima e outros, pois tenho convicção que os métodos que estes desenvolvem têm maior eficácia.

De acordo com o Estatuto do Conselho Federal de Educação Física (CONFEF) a avaliação física é fundamental em um programa de treinamento esportivo e na prescrição de exercícios esta avaliação compete exclusivamente:

Ao profissional de Educação Física, compete coordenar,

planejar, programar, prescrever, supervisionar, dinamizar, dirigir, organizar, orientar, ensinar, conduzir, treinar, administrar, implantar, implementar, ministrar, analisar, avaliar e executar trabalhos, programas, planos e projetos, bem como, prestar serviços de auditoria, consultoria e assessoria, realizar treinamentos especializados, participar de equipes multidisciplinares e interdisciplinares e elaborar informes técnicos, científicos e pedagógicos, todos nas áreas de atividades físicas, desportivas e similares (CONFEF, 2000, p. 23).

Para Guedes (2003), a anamnese é um instrumento em que o Profissional de Educação Física vai reunir informações de qualidade e quantidade suficientes para a tomada segura de decisões a respeito do tipo de treinamento que o seu aluno pode introduzir em sua prática, sem nenhum risco à saúde.

3.3 CONCEPÇÕES SOBRE QUALIDADE DE VIDA

Quando abordamos os sujeitos sobre seu entendimento sobre qualidade de vida, para o sujeito A, é realizar atividades físicas regulares, ter cuidados básicos com alimentação, estar livre ou procurar evitar coisas como o estresse, manter a mente de bem, sem demais preocupações, coisas que o próprio exercício proporciona. Para o sujeito B, é bem estar físico, psíquico e mental.

Para o sujeito C, qualidade de vida está relacionada às condições de vida do sujeito considerando, as condições de moradia, trabalho, relações sociais e familiares e de saúde, que lhe proporcionem satisfação, prazer em viver.

O sujeito D, entende a qualidade de vida como um fator que abrange aspectos que se relacionam a fatores relacionados à saúde, aspectos de segurança, cuidados com lazer, exercícios. Abrange muito mais do que a prática de exercícios físicos simplesmente.

O sujeito E, entende como um conjunto de valências físicas que em conjunto com hábitos saudáveis leva a um estilo de vida sustentável e duradouro.

De acordo com a organização Mundial de Saúde, qualidade de vida é a percepção do indivíduo de sua posição na vida no contexto da cultura e do sistema de valores nos quais ele vive, considerando seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações. Para considerar que uma pessoa tem qualidade de vida é necessário êxito em nas áreas social, afetiva, profissional e da saúde.

Santarém (2000) entende como qualidade de vida a capacidade de conseguir realizar as atividades desejadas, do ponto de vista homeostático e biomecânico, sem riscos para o perfeito funcionamento do organismo humano.

3.4 CONCEPÇÕES SOBRE SAÚDE

Buscamos também identificar nas respostas dos sujeitos o seu entendimento sobre saúde. Para essa questão, o sujeito A, diz que ter saúde é estar livre de doenças, e manter bons hábitos que provém de uma vida com qualidade.

Para o sujeito B, é principalmente o individuo não depender de ninguém para realizar suas atividades diárias, e não somente isso, mas estar com saúde em dia, atestado por um médico através de exames.

No entendimento do sujeito C, saúde não está relacionada apenas à ausência de doenças, mas sim a capacidade do sujeito suportar e enfrentar as adversidades de sua própria vida seja fisiológico ou psicológico. Simplificando um bem estar físico, mental e social.

O sujeito D, entende que a saúde é algo além do individuo estar livre de doenças, mas sim um conceito amplo de bem estar físico, mental e emocional.

Para o sujeito E, saúde corresponde a não enfermidades e uma mente tranquila em harmonia com o físico.

Para Wenzel e Cunha (2009, p.32) “a educação promove mudanças em um indivíduo, ela pode moldar uma pessoa ou comunidade em relação à promoção de saúde e prevenção de doenças”, mudando e melhorando os comportamentos dos indivíduos, aproximando profissionais e usuários, tornando as ações em saúde mais resolutivas e efetivas.

Quando abordamos os sujeitos sobre a sua concepção em relação à saúde e qualidade de vida na prescrição, orientação e correção dos exercícios aos

praticantes da academia, para o sujeito A, os exercícios de forma bem executada e orientada tendem a levar a esses dois conceitos.

O sujeito B, acha que existe muito pouca prescrição e orientação que realmente atenda e respeita a individualidade biológica.

O sujeito C, acredita que o exercício físico deva ser algo prazeroso para o aluno para que a probabilidade de adesão e regularidade seja maior. Nesta perspectiva procura realizar a prescrição de forma individualizada a fim de atender as necessidades de cada um, orientando e corrigindo de forma agradável e motivando-os a atingirem seus objetivos e consequentemente melhorarem sua saúde e qualidade de vida.

O sujeito D, acredita que todo profissional da área deve compreendê-los para auxiliar na boa pratica laboral e com o cuidado para com os alunos.

A abordagem do sujeito E, é embasada na prática mais teoria, segundo ele, sem esta base, não tem uma certeza para aplicar os métodos de treinamento.

Ao relacionar exercício físico, à aptidão física e à educação para saúde salientamos que:

As preocupações com a promoção da saúde cada vez mais se configuram em prioridades nos países desenvolvidos e em desenvolvimento. E, dentre as diversas abordagens deste tema, destacam-se as implicações do sedentarismo como fator de risco na gênese de um conjunto de doenças denominadas de hipocinéticas. (MARQUES e GAYA, 1999, p.613).

As doenças hipocinéticas são consideradas doenças do homem moderno, surgem ou podem agravar-se por conta da insuficiência ou ausência de exercícios físicos. Segundo Marques e Gaya (1999) as limitações do movimento somado à alimentação errada podem criar um campo vasto e fértil para o surgimento de doenças hipocinéticas, entre elas o diabetes tipo 2, a hipertensão arterial, obesidade mórbida, arteriosclerose múltipla, osteoporose, doenças reumáticas, atrofia de ossos e músculos, perda de massa muscular, desvios posturais e o câncer. Pode ocorrer também o surgimento de alterações no sistema neurológico. Portanto é de suma importância à necessidade da prática de exercício físico na relação saúde e qualidade de vida.

As doenças hipocinéticas tem como causa principal a falta de exercícios físicos, então o tratamento consiste em, ter em mente que o movimento é sinônimo de vida saudável. Neste sentido para Wenzel e Cunha (2009, p.37) quando “as

pessoas consideram algo cada vez mais importante em suas vidas, começam a dar mais valor ao que lhes é proposto, pois acreditam na significância deste”.

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