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Imaginário dos profissionais de educação fisica em relação ao exercício, qualidade de vida e saúde

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Academic year: 2021

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IJUÍ 2018

PÂMELA COIMBRA SAGIM

CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA – BACHARELADO

IMAGINÁRIO DOS PROFISSIONAIS DE EDUCAÇÃO FISICA EM RELAÇÃO AO EXERCÍCIO, QUALIDADE DE VIDA E SAÚDE.

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IJUÍ - RS 2018

IMAGINÁRIO DOS PROFISSIONAIS DE EDUCAÇÃO FISICA EM RELAÇÃO AO EXERCÍCIO, QUALIDADE DE VIDA E SAÚDE.

Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado para a obtenção do grau de Bacharel em Educação Física na Universidade do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUI.

Orientadora: Ms. Stela Maris Stefanello Stefanello

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Dedico esse Trabalho de Conclusão de Curso à minha filha Analice, que me dá forças e faz com que eu almeje um futuro melhor.

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Agradeço primeiramente a Deus por ter a oportunidade de estudar e concluir minha graduação como bacharel em Educação Física.

Agradeço aos meus pais Rosa Maria e Elias pelo incentivo e apoio que sempre me proporcionaram sem eles esse sonho não se tornaria real.

Agradeço ao meu amado esposo Edelvan pela compreensão nos dias que não me fiz presente para poder realizar este trabalho, pelo seu incentivo e apoio.

A Professora Ms. Stela Maris Stefanello Stefanello, minha orientadora na construção do presente estudo, agradeço pela competência e disponibilidade em me auxiliar.

Agradeço aos meus verdadeiros amigos que se mantiveram presentes tanto nos momentos felizes como nos de angústia.

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“A possibilidade de realizarmos um sonho é o que torna nossa vida interessante”

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Na presente pesquisa com embasamento teórico e estudo de caso, o objetivo geral foi delinear como os profissionais de Educação Física que atuam em academias tematizam as questões referentes aos exercícios, à qualidade de vida e a saúde com seus alunos. A coleta de dados por meio de um questionário e observação foi realizada em uma academia “x” da cidade de Ijuí – RS, tendo como amostra cinco profissionais bacharéis em Educação Física, sendo duas mulheres e três homens, considerados como alvo representativo do seu universo com uma significativa trajetória profissional servindo, portanto como objeto da pesquisa qualitativa. Com o desenvolvimento foi possível tecemos algumas considerações cuja relevância, contribuiu para compreendermos que o mercado está em expansão e possui carência de bons profissionais. O êxito do profissional de Educação Física é construído não apenas através das habilidades, competência e conhecimentos teórico-práticos adquiridos na formação acadêmica e em processo de formação continuada, também ocorre, no agir eticamente por meio de organizações e segurança nos procedimentos utilizados no exercício da profissão. Além de atentar-se ao conhecimento de suas responsabilidades e atribuições, na ineficácia da atuação, entre as lesões, há também as questões de responsabilidade civil que poderão lhe ser imputadas. Ademais, a pesquisa tem a virtude de apontar caminhos quanto à importância da observação do tripé: exercício físico, qualidade de vida e saúde, diretamente ligadas aos resultados de um treinamento de musculação, fator que transcende a simples atividade física orientada, também exerce papel vital e preponderante para o desenvolvimento pleno e integral do sujeito.

Palavras-chave: Profissionais de Educação Física. Musculação. Exercício Físico.

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ANEXO I - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO ... 51 ANEXO II - QUESTIONÁRIO ... 52 ANEXO III - CONDUTA DOS PROFISSIONAIS DE EDUCAÇÃO FISICA NO EXPEDIENTE DE TRABALHO ... 54

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INTRODUÇÃO ... 9

1 A MUSCULAÇÃO E OS PROFISSIONAIS DE EDUCAÇÃO FISICA: DO EXERCÍCIO À QUALIDADE DE VIDA E SAÚDE ... 11

1.1 A MUSCULAÇÃO ... 11

1.2 BENEFÍCIOS DA MUSCULAÇÃO À SAÚDE E LONGEVIDADE ... 15

1.3 IMPORTÂNCIA DA EXECUÇÃO CORRETA DOS EXERCÍCIOS PARA A SAÚDE FISICA DOS PRATICANTES ... 17

1.4 LESÕES NA PRÁTICA DA MUSCULAÇÃO ... 18

1.5 ÉTICA DO PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA NO AMBIENTE DE TRABALHO ... 19

1.6 EXERCÍCIOS, SAÚDE E QUALIDADE DE VIDA: UM IMAGINÁRIO EM CONSTRUÇÃO ... 22

1.7 A RELAÇÃO PRESCRIÇÃO/INTERVENÇÃO DOS EXERCÍCIOS FÍSICOS NO IMAGINÁRIO DO PROFISSIONAL ... 26 2 METODOLOGIA DA PESQUISA ... 28 2.1 TIPO DE PESQUISA ... 28 2.2 SUJEITOS DA PESQUISA ... 28 2.3 PROCEDIMENTOS ... 29 2.4 COLETAS DE DADOS... 29 2.5 INSTRUMENTOS ... 30

2.6 ANÁLISE DOS DADOS ... 30

2.7 CUIDADOS ÉTICOS COM A PESQUISA ... 31

3 ANÁLISE E DISCUSSÕES ... 32

3.1 CARACTERIZAÇÃO DOS PARTICIPANTES ... 32

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3.5 OS PROFISSIONAIS E A ROTINA DA ACADEMIA ... 37

3.6 A CONDUTA DOS PROFISSIONAIS NO EXPEDIENTE DE TRABALHO ... 38

CONSIDERACÕES FINAIS ... 43

REFERÊNCIAS ... 46

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INTRODUÇÃO

A população sempre esteve muito preocupada em realizar exercícios físicos. Desde o século XIII, na Europa, já havia uma atenção em divulgar almanaques impressos com alguns cuidados para a saúde. No Brasil, as atenções com a saúde e saúde pública teve um aumento em torno do século XIX (WENZEL E CUNHA 2009). O desempenho do profissional de Educação Física em academia convive com momentos de preocupação e dificuldade, decorrentes em parte do conflito entre as pressões do mercado e as orientações que recebe nos cursos de graduação e pós-graduação. Wenzel e Cunha (2009, p.37) relatam que quando “as pessoas consideram algo cada vez mais importante em suas vidas, começam a dar mais valor ao que lhes é proposto, pois acreditam na significância deste”.

As academias estabeleceram-se no contexto do lazer, de espaços da cultura corporal, sendo que para trabalhar nesses estabelecimentos, há uma procura crescente de profissionais graduados e pós-graduados em Educação Física. Pois os cursos acadêmicos, além favorecer o desenvolvimento das competências e habilidades fundamentais à prática do profissional, devem auxiliar para a elaboração de pensamento crítico sobre si mesmo e sobre o mercado de trabalho em que está atuando.

Diante dessas considerações, e pensando no âmbito do profissional que trabalha na área do bacharel, mais especificamente em academias de musculação, elege-se como problema central de pesquisa a seguinte questão: como se desdobram as concepções sobre exercício físico, qualidade de vida e saúde no âmbito do exercício profissional na academia?

Uma possível hipótese baseada nas experiências na área do bacharel, especificamente em academias, acreditamos que, nem todos os profissionais de

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Educação Física prescrevem e realizam intervenções visando à saúde e qualidade de vida do aluno de tal forma como deveriam fazer.

Para responder ao problema da pesquisa, o objetivo geral foi delinear como os profissionais de Educação Física que atuam em academias tematizam as questões referentes aos exercícios, à qualidade de vida e a saúde com seus alunos. No desenvolvimento três objetivos específicos são estudados, sendo: Compreender os conceitos de exercício, qualidade de vida, saúde e imaginário. Delinear como se desdobram as concepções sobre exercício físico, qualidade de vida e saúde no âmbito do exercício profissional em academia de musculação. Verificar se os profissionais de Educação Física fazem orientação correta dos exercícios aos praticantes durante as suas práticas na academia.

Justifica-se a relevância para realização do estudo ao considerar os caminhos percorridos até aqui, ao atuar na área do bacharel, percebe-se as diferentes formas dos profissionais trabalhar. Alguns só estão focados no exercício físico, não estando interessados com a saúde do aluno. Sendo assim, tornou-se fundamental contextualizar o tema, exercício físico, qualidade de vida e saúde com um olhar crítico em relação a concepção e atuação dos profissionais de Educação Física na academia de musculação.

A natureza do estudo caracterizou-se pela metodologia de pesquisa do tipo qualitativa, de abordagem descritiva com ênfase no estudo de caso. A organização está apresentada em três capítulos, sendo no capítulo um o embasamento teórico com abordagem em relação à musculação, os riscos e lesões decorrentes da execução incorreta dos exercícios e a correlação da ética do profissional de Educação Física com a importância da orientação na execução correta dos exercícios para a saúde e qualidade de vida dos praticantes. No capítulo dois a descrição da metodologia e, por fim, no capítulo três a apresentação, análise e discussões dos resultados da pesquisa, com base no embasamento teórico que serviu de apoio para o estudo e nas entrevistas onde foram capturados os significados para configurar a categorização dos elementos estudados. Conclui-se com as considerações finais.

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1 A MUSCULAÇÃO E OS PROFISSIONAIS DE EDUCAÇÃO FISICA: DO EXERCÍCIO À QUALIDADE DE VIDA E SAÚDE

O presente capítulo apresenta a fundamentação teórica de embasamento à pesquisa em relação à musculação, os riscos e lesões decorrentes da execução incorreta dos exercícios e a correlação da ética do profissional de Educação Física com a importância da orientação na execução correta dos exercícios para a saúde e qualidade de vida dos praticantes.

1.1 A MUSCULAÇÃO

Segundo Guedes apud Costa (2015 p.13), “a palavra “musculação” deriva de “músculo” e “ação” e é assim conhecida popularmente e significa Treinamento de Força ou Treinamento Resistido”.

O aumento da massa muscular é um dos mais marcantes efeitos dos exercícios resistidos, justificando o nome de “musculação”. O estímulo básico para o aumento do volume dos músculos esqueléticos é a sobrecarga de tensão, que ocorre sempre que a contração muscular é realizada contra alguma resistência. (SANTAREM, 2000, p. 01).

Historicamente a atividade física, assim como o treinamento físico são uma pratica antiga, porém o seu corpo de conhecimento é relativamente recente. Atividade física modernamente refere-se em especial aos exercícios executados e praticados regularmente com orientação e preferencialmente acompanhamento Profissional, com o fim de manter a saúde física e mental.

Para Bittencourt (1986) atividade física é qualquer movimento corporal, produzido pelos músculos esqueléticos, que resulte em gasto energético maior que os níveis de repouso. A musculação torna uma atividade física altamente versátil.

Os praticantes da atividade física voltada à musculação já se dedicam a essa modalidade há muitos anos. Conforme Ramos (1982, p. 94) a Grécia Antiga foi pioneira a criar locais próprios à prática de musculação, “Estabelecimento Público destinado ao treinamento atlético, constituído de salas cobertas e locais ao ar livre” chamados de Ginásio.

O ginásio era propriedade do Estado e aparelhado com pistas de corrida, locais para saltos, arremessos e lutas, acomodações para os espectadores, recintos para massagens, unção, banhos e discussões filosóficas.

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Normalmente, situava-se nas proximidades dos rios, bosques, colinas etc. (RAMOS, 1982, p. 108)

De acordo com Ramos (1982, p.84) “Com a prática dos exercícios procurava-se tornar o cidadão bom e virtuoso, viril e esbelto, de caráter firme e nobre, vigoroso de corpo e alma”. Para otimizar o processo de desenvolvimento da aptidão física, assim como do esporte nas suas diferentes formas de manifestação, são objetivos a serem alcançados em programas de Educação Física e de esporte nos quais o indivíduo é submetido a um processo de treinamento. Este processo pode ser conceituado como:

Um processo de ações complexas porque atua em todas as características relevantes do desempenho esportivo; é um processo de ações planejadas, devido às relações entre seus componentes como objetivos, métodos, conteúdos, organização e realização; leva em consideração os conhecimentos científicos e experiências práticas do treinamento esportivo, controlado e avaliado durante e após sua realização, em relação aos objetivos propostos e alcançados; é um processo de ações orientadas, porque todas as ações dentro do treinamento são dirigidas/orientadas para os objetivos almejados. (BÖHME, 2003, p. 100).

A musculação sendo um treinamento de força ou treinamento resistido, composta por exercícios aeróbicos e anaeróbicos é uma das principais modalidades para ganho de massa muscular ou para condicionamento físico, possui grande importância por integrar ao treinamento da maioria dos esportes.

A Atividade física pode ser definida como contração muscular, de qualquer tipo ou intensidade, para qualquer finalidade, sempre com gasto energético. Atividade física pode ocorrer no trabalho, no lazer, no esporte, e na vida diária das pessoas. Nem sempre a contração muscular produz movimentação das articulações. Exercício é a atividade física estruturada para atingir algum objetivo funcional ou morfológico. (SANTAREM, 2000, p. 01).

Para Böhme (2003) de acordo com o estilo de vida do indivíduo e motivação, ele pode optar pela prática de atividades de treinamento como um meio/processo, podendo ser de modo participativo, educativo ou inclusive, de rendimento para melhoria de sua aptidão física.

De acordo com Bittencourt (1986); Böhme (2003); Santarem (2000); Uchida (2013) a musculação é um tipo de treinamento de força que pode ser chamado de treinamento com pesos, treinamento com cargas ou treinamento resistido. Nada mais é do que uma sequência de exercícios com sobrecarga ou não, que alinhado

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ao número de repetições resultam no objetivo de estimular a musculatura corporal a um esforço para se mover contra uma resistência. Entre algumas finalidades do treinamento de musculação está à competitiva, a profilática, a terapêutica, a estética e a de preparação física.

É cada vez mais crescente o número de academias onde se verifica a participação de sujeitos com os mais diversos objetivos. As práticas de atividade física, entre elas a musculação, hoje são consideradas com um olhar mais saudável, voltadas aos aspectos de saúde, e qualidade de vida para o bem estar ser efetivado ao homem.

Segundo Santarém (2000) a atividade física tem um papel importante para qualidade de vida, a musculação vem se destacando entre uma das principais atividades físicas, pelo fato das academias estarem mais equipadas e mais confortáveis para se realizar a prática, ainda traz muitos benefícios para saúde e a estética, sendo um dos objetivos mais visados pelos praticantes.

De acordo com Santarém (2000) a musculação quando executada com supervisão adequada por um Profissional de Educação Física, é uma excelente opção para a manutenção da saúde e melhoria da qualidade de vida, pois qualquer sujeito pode se beneficiar da mesma, desde que o protocolo seja ajustado a sua realidade e objetivos. É necessário que os esforços da atividade física sejam adequados para as condições de saúde e de aptidão física das pessoas. O fortalecimento muscular é muito útil para as mais variadas situações e praticamente todas as lesões podem ser prevenidas com a musculação terapêutica.

Segundo o autor, a musculação apresenta benefícios como: a) manutenção e aumento do metabolismo;

b) diminuição da perda de massa muscular - efeito este de grande utilidade aos idosos, pois no processo de envelhecimento há uma diminuição progressiva da massa muscular;

c) redução da gordura corporal;

d) diminuição das dores lombares - com um programa adequado de alongamento e fortalecimento da musculatura lombar ocorre uma significante queda no desconforto lombar;

e) melhora do sono;

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g) prevenção de doenças cardíacas; h) controle de diabetes;

i) diminuição de riscos de quedas e fraturas.

Carvalho et al. (2004) com pesquisa realizada sobre o efeito de um programa combinado de atividade física de força máxima em pessoas idosas, constataram que, paralelamente à atividade física generalizada, o trabalho resistido em máquinas de musculação parece ser ideal, uma vez que permite um maior controle da postura, além de um ajuste facilitado das cargas apropriadas aos grupos musculares.

Santos & Pereira (2006) ao verificar em pesquisa os benefícios da prática regular de exercícios em idosas concluíram que a prática da musculação e da hidroginástica reduz a sarcopenia (diminuição da função da musculatura esquelética), induzida pelo envelhecimento, aumentando, com isso, a qualidade da marcha e reduzindo o risco de quedas e adicionando a eficiência na prática de atividades da vida diária.

A atividade física tem efeitos positivos na postura corporal e representando um fator de qualidade de vida, está associado ao aumento da capacidade de trabalho físico e mental, maior entusiasmo de viver, sensação de bem estar, diminuição de riscos de obtenção de doenças crônicas degenerativas não transmissíveis e mortalidade precoce.

De acordo com a organização Mundial de Saúde, qualidade de vida é a percepção do indivíduo de sua posição na vida no contexto da cultura e do sistema de valores nos quais ele vive, considerando seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações. Para considerar que uma pessoa tem qualidade de vida é necessário êxito em nas áreas social, afetiva, profissional e da saúde.

Segundo Santarém (2000, p. 5) “a prática de atividade muscular previne e auxilia na correção de patologias ósseas, comuns nas idades mais avançadas”. Os exercícios físicos atuam sobre os problemas lombares crônicos, doenças do sistema locomotor, redução de massa magra e falta de flexibilidade. Ainda apresenta um efeito favorável sobre “o equilíbrio e a marcha, diminuindo o risco de quedas e fraturas, proporcionando ao idoso menor dependência no dia a dia, elevando de forma significativa sua qualidade de vida”.

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1.2 BENEFÍCIOS DA MUSCULAÇÃO À SAÚDE E LONGEVIDADE

A musculação é um tipo de treinamento físico onde são estimulados todos os músculos do corpo humano de maneira metódica e sistemática, cujos benefícios melhoram a saúde e aumentam a longevidade. De acordo com Bittencourt (1986), Vieira (1996), Nahas (2001) e Uchida (2013), os benefícios da musculação são classificados como para a manutenção e aumento do metabolismo, diminuição da perda de massa muscular, redução da gordura corporal, diminuição das dores lombares, melhora do sono, minimização da ansiedade e da depressão, prevenção de doenças cardíacas, controle de diabetes, diminuição de riscos de quedas e fraturas, controle da pressão sanguínea, combate a osteoporose em mulheres, autoestima, colesterol, depressão, doenças crônicas, envelhecimento, ossos, stress e ansiedade, saúde cardiovascular, diabetes, estética, profilática ou terapêutica e recreativa.

Bittencourt (1986) propõe cinco diferentes aplicações para a prática da musculação:

a) Competitiva: visa preparar o indivíduo para competições de altos níveis (levantamento olímpico, levantamento básico e culturismo).

b) Profilática: visa educar o individuo sobre a importância de prevenir as anomalias físicas e cultivar a saúde.

c) Terapêutica: direcionada a fim de corrigir problemas acarretados ao longo da vida, tais como: desvios de coluna, assimetria da musculatura, etc.

d) Estética: dirigida às academias clubes e condomínios.

e) Preparação física: auxiliar no desenvolvimento das capacidades físicas necessárias a prática do desporto. Desenvolver as capacidades físicas em busca de melhoria da saúde, qualidade de vida e longevidade.

Para Uchida et al. (2013, p. 5-13) existem variáveis que devem ser controladas pelos professores de Educação Física, para que o treino seja adequado ao objetivo do aluno, sendo:

- Escolha dos exercícios e equipamentos que sejam adequados ao condicionamento físico do aluno;

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- Volume - o volume de treinamento é definido pelo número de séries x repetições x peso;

- Intensidade, controlando o número de repetições e os pesos (é importante que o aluno trabalhe próximo ao número de repetições máximas para garantir um estímulo real para o objetivo);

- Frequência do treino, planejando o número de sessões ideal para que o aluno atinja seu objetivo;

- Intervalo, controlando o tempo deste entre as séries e os exercícios para que assim o aluno não fuja do treino que foi elaborado;

- Formas de controle da carga, aumentando pesos, repetições e séries ou diminuindo a velocidade de execução do movimento, realizar os exercícios com grande amplitude articular, etc.;

-Tipo de respiração no treinamento, indivíduos com tendência a ansiedade e depressão são beneficiados pela liberação de substâncias calmantes e relaxantes durante os exercícios.

Podemos salientar que a musculação é uma das atividades perfeitamente utilizada para aprimorar vários aspectos da aptidão física. A prática regular de exercícios físicos acompanha vários benefícios que se manifestam sob todos os aspectos do organismo.

De acordo com Bittencourt (1986) para melhoria e manutenção da saúde, a musculação é considerada o mais completo entre todas as formas de treinamento físico, aumentando a resistência muscular, evitando a incapacidade física dos sedentários e idosos e evitando doenças crônicas.

Para melhores resultados é indicada a combinação da musculação com alguma atividade aeróbia (caminhadas, corridas, pedaladas) promovendo assim uma melhora no conjunto ósseo muscular, cardíaco e respiratório do indivíduo.

Segundo Santarém (2000) as pessoas procuram por formas de treinamento na musculação, porém é preciso ter o conhecimento sobre a qualidade e eficácia do exercício. Somente o Profissional de Educação Física está preparado para determinada prescrição e orientação da pratica, daí surge à importância da técnica para a execução correta dos exercícios.

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1.3 IMPORTÂNCIA DA EXECUÇÃO CORRETA DOS EXERCÍCIOS PARA A SAÚDE FISICA DOS PRATICANTES

Para o corpo humano desenvolver e adaptar-se a uma determinada situação física e fisiológica necessita de algum tempo, ou seja, as melhorias em aspectos relacionados à atividade física são gradativas e progressivas. Porém a prática de exercícios incorreta, de forma inapropriada ou ineficiente pode acarretar consequências tão maléficas quanto o sedentarismo se for realizada de forma inadequada.

Assim como pode trazer benefícios para o praticante, a atividade física poderá trazer malefícios se realizada de forma inadequada. Assim, para Corazza (2003, p. 20) é preciso estar atento em relação a:

a) vestimentas: Um calçado inapropriado para absorver impacto, ou que forma bolhas e ferimentos nos pés durante a atividade. Uma roupa justa que dificulte a circulação, roupas pesadas ou de materiais que não permitam a liberação do calor;

b) alimentação: a não ingestão, ou a ingestão em demasia de alimentos ou líquidos para a realização de uma atividade;

c) forma de realização da prática: praticar exercício em alta intensidade ou com uma longa duração que não condizem com o condicionamento do praticante;

d) prática de alongamentos: técnica usada para a manutenção ou aumento dos níveis de flexibilidade.

A Flexibilidade é a capacidade biomotora, podendo ser trabalhada para aumentar a amplitude de movimento das articulações.

Flexibilidade é a capacidade de realizar movimentos amplos nas articulações. A redução da flexibilidade pode dificultar a realização de movimentos ou até mesmo impedi-los. O envelhecimento sedentário tende a reduzir a flexibilidade, o que pode ser agravado por situações patológicas com dor articular, rigidez muscular, ou necessidade de imobilizações frequentes. (SANTAREM, 2000, p. 03).

Segundo o autor um programa regular de exercícios físicos deve possuir pelo menos três componentes: aeróbio, sobrecarga muscular e flexibilidade, variando a ênfase em cada um de acordo com a condição clínica e os objetivos de cada indivíduo. Os benefícios do aumento da flexibilidade são a facilidade de

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movimentação; a prevenção de lesões; a amplitude de movimento aumentada e a tensão muscular reduzida e relaxamento aumentado.

Toda atividade física gera uma resposta ao indivíduo que a pratica, sendo ela um treinamento de força ou de resistência muscular localizada. O que deve ser cuidado, entretanto, é o objetivo que esse quer atingir e a pratica eficiente sem lesões no organismo.

1.4 LESÕES NA PRÁTICA DA MUSCULAÇÃO

Assim como toda atividade física, também a musculação pode ter uma finalidade terapêutica e auxiliar os praticantes a manter ou desenvolver a postura correta, melhorando dores musculares e articulares, e fortalecendo os músculos sustentadores, também pode ser prejudicial ao praticante caso não siga as instruções corretamente. A realização dos exercícios de maneira errônea, prejudicando as articulações e a estrutura óssea, cujos acometimentos mais comuns são as lesões musculares, articulares e tendíneas. Ainda há o aumento de riscos quando o profissional que atua em academias não possuiu qualificação adequada.

Para Weineck (2003a, p. 316) "diversos estudos chamam a atenção para lesões da coluna vertebral devido a esforços excessivos. Frequentemente a causa disso é a falta de técnica". A falta de técnica pode também prejudicar a postura do aluno, fortalecendo ou desgastando a musculatura de maneira indesejada.

Outro problema que pode ocorrer é o excesso de treinamento das atividades de musculação, o chamado overtraining, cujas causas da sobrecarga em um treinamento podem ser caracterizadas como:

Aumento muito rápido do número ou da intensidade das sessões de treinamento; Instrução forçada de movimentos tecnicamente muito difíceis; Métodos e programas de treinamentos unilaterais ou muito intensos; Massagem antes das competições com pausas de recuperação insuficientes. (WEINECK, 2003a, p. 632).

Segundo o autor, o overtraining é facilmente diagnosticado, o praticante se sente doente e com diversos sintomas característicos. O tratamento requer a diminuição do treinamento para recuperação.

Fleck e Simão (2008, p.139) citam que “as lesões mais comuns durante o treinamento com pesos são contraturas musculares e pequenas torções nas

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articulações”. As lesões e doenças podem ser classificadas em agudas e crônicas de acordo com o período de tempo que levam para se desenvolver. As possíveis causas de lesões durante o treinamento de força com pesos são:

a) Tentativa de levantar peso excessivo com técnica de execução incorreta; b) Tentativa de realizar determinado número de repetições com carga

inadequada;

c) Uso incorreto da técnica no levantamento de pesos;

d) Posição imprópria do corpo no aparelho, resultando em técnica incorreta para o exercício;

e) Mãos ou pés que se soltam dos apoios ou do suporte de um aparelho; f) Desatenção dos profissionais;

g) Comportamento impróprio ou distrações;

h) Deslizamento de parte do equipamento durante um exercício;

i) Quebra do equipamento do exercício (cabos ou roldanas dos aparelhos); j) Ausência de presilhas nos exercícios com pesos livres;

k) Queda acidental das anilhas durante a colocação ou remoção de cargas de um aparelho;

Em relação às possíveis causas de lesões durante o treinamento de força com pesos, Fleck e Simão (2008, p.139) afirmam que “se um músculo for continuamente sobrecarregado ou alongado em excesso, pode ocorrer uma distensão muscular crônica”, entre elas as bursites e tendinites são tipos comuns de lesões crônicas no treinamento de força com pesos.

O treinamento com pesos, se bem orientado e supervisionado por profissionais qualificados, o risco de lesões torna-se quase nulo. Para que a atividade física proporcione o maior número de benefícios é importante que o Profissional de Educação Física oriente a execução correta visando à saúde e qualidade de vida dos praticantes.

1.5 ÉTICA DO PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA NO AMBIENTE DE TRABALHO

Inicialmente é importante salientar que a palavra ética é de origem grega Ethos (lugar de moradia, caráter, mentalidade). De acordo com Vazquez (2005, p.304), a ética é a teoria ou ciência que estuda o comportamento moral dos homens em sociedade. A ética não é criadora da moral, portanto não dita aos homens o que

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fazer, e sim possui a função fundamental de explicar, esclarecer ou investigar uma determinada realidade.

Os profissionais de Educação Física, tanto o bacharel ou licenciado, devem possuir o conhecimento sobre ética, haja visto que trabalham com pessoas de várias idades, sexos, classes sociais. O código de ética escrito pelo Conselho Federal de Educação Física (CONFEF/CREFs), é, sobretudo um código de ética humano, contém normas e princípios que devem ser seguidos pelos profissionais de Educação Física. Estes são registrados e regidos pelo Conselho, sendo uma instituição mediadora que dispõe sobre o Código de Ética exercendo a função educativa, atuando como reguladora e codificadora das relações e ações entre beneficiários e destinatários.

O Código tem como aspecto norteador uma ÉTICA para o profissional de Educação Física, baseada na necessidade precípua de utilização do melhor, e mais atualizado conhecimento, através do qual em todas as suas ações, deva estar implícito que somente se disporá a prestar o atendimento, como Destinatário quando possuir a consciência de que a sua atuação trará unicamente benefícios ao indivíduo, no caso identificado como Beneficiário, necessitando, portanto identificar as suas possibilidades em relação ao “SABER” ou seja, o melhor conhecimento sobre o problema a ser resolvido.(TOJAL, 2004, p. 10).

Ao regulamentar a Educação Física como atividade profissional, foi identificada, simultaneamente à importância de conhecimento técnico e científico especializado, a necessidade do desenvolvimento de competência específica para sua aplicação, que possibilite estender a toda a sociedade os valores e os benefícios advindos da sua prática. “O descumprimento do disposto no Código pelo profissional de Educação Física constitui infração ética, ficando sujeito a penalidades, a ser aplicada conforme a gravidade da infração”. (CONFEF, 2015, p. 02).

De acordo com o Código de Ética, a Educação Física afirma-se, segundo as mais atualizadas pesquisas científicas, como atividade imprescindível à promoção e à preservação da saúde e à conquista de uma boa qualidade de vida.

Para que possa contribuir para a sua saúde, já é de longa data que o homem começou a praticar exercícios físicos muitas vezes em academias com orientação de um profissional formado, reeducando com isso seus hábitos de vida. Assim:

Torna-se imperativo pela aplicação do Código de Ética, que o profissional de Educação passe a adotar atitudes que resultem no estabelecimento permanente da necessidade de um saber ou um saber fazer, que venha a

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efetivar-se como o saber bem ou um saber fazer bem, que torne como o ideal sublime dessa profissão, prestar sempre o melhor serviço a um número cada vez maior de pessoas. (TOJAL, 2004, p. 10).

O saber fazer bem é necessário considerando que um dos assuntos mais comentados dos últimos anos é a prática de exercícios físicos, tanto para melhorar ou para que se possa ter uma vida saudável. Segundo Nahas (2010, p.15), “qualidade de vida é diferente de pessoa para pessoa e tende a mudar ao longo da vida de acordo com as suas necessidades”. Assim:

A educação promove mudanças em um indivíduo, ela pode moldar uma pessoa ou comunidade, é uma importante ferramenta para trabalhar saúde. A educação anda em conjunto com promoção de saúde e prevenção de doenças, mudando e melhorando os comportamentos dos indivíduos, aproximando profissionais e usuários, tornando as ações em saúde mais resolutivas e efetivas. (WENZEL e CUNHA, 2009, p.32).

Para evitar o sedentarismo ocasionado pela vida moderna, percebe-se que a sociedade busca cada vez mais praticar exercícios físicos, sejam eles orientados por um profissional capacitado. De acordo com o código de ética, ficou definido que cabe somente aos profissionais formados e diplomados em curso superior de Educação Física e regularmente registrados no Sistema CONFEF/CREFs, o direito pleno do exercício da profissão, o que vem demonstrar o zelo com que o Sistema trata a qualidade dos serviços a serem prestados ao indivíduo e a sociedade.

Segundo Ferreira apud Araujo I e Araujo II (2000), a experimentação de exercício na escola é significativa para criar o hábito de exercitar-se. O autor destaca que o ambiente escolar não é somente para ensinar matérias, mas também incorporar hábitos e atitudes.

Quanto mais cedo for inserida a prática do exercício físico na cultura do indivíduo, mais fiel será ele para prosseguir futuramente realizando essas ações. E mais exigente será na aceitação de uma instrução de exercício.

Conforme Araujo e Araujo (2000, p. 201):

Apesar de vivermos em uma sociedade industrializada, imaginamos que essa sociedade priorize uma escola ativa fisicamente, práticas sociais ativas fisicamente, acesso ao conhecimento dos benefícios de fazermos exercícios regulares e acesso a programas públicos de atividade física. Para isso, é necessário que o planejamento público e o privado da sociedade incorporem condições tais como segurança pública, parques e jardins, centros comunitários que proporcionem diferentes atividades físicas, etc.

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Pate et. al apud Araujo e Araujo (2000, p.201) reforçam:

A ideia de que a prática regular de exercício físico possui boa correlação com um nível adequado de qualidade de vida, cientistas afirmam que pouca atividade física está associada a outros comportamentos negativos para a saúde de jovens e adolescentes.

Quando a cultura está inserida na sociedade, na comunidade, no bairro ou na escola, os indivíduos que participam destes grupos carregam consigo os aprendizados adquiridos nestes meios, e tratando-se de uma questão de melhora consigo mesmo, na saúde e na qualidade de vida destes, certamente eles praticariam após “sair” destes meios, auxiliando de forma positiva na saúde e no comportamento desses indivíduos.

1.6 EXERCÍCIOS, SAÚDE E QUALIDADE DE VIDA: UM IMAGINÁRIO EM CONSTRUÇÃO

Conforme já descrito anteriormente, o exercício físico é definido como qualquer movimento corporal que resulte em gasto energético maior que os níveis de repouso, o termo refere-se em especial aos exercícios executados com o fim de manter a saúde física, mental e espiritual, ou seja, boa forma física e mental, que está associada diretamente a melhorias da saúde e condições físicas dos praticantes. Todo e qualquer exercício físico deve ser orientado por profissionais de Educação Física.

Em todo o mundo tem-se observado um grande aumento da obesidade, diabetes, cardiopatias e outras doenças relacionadas ao sedentarismo, são tidas como o famoso estilo de vida moderno, no qual a maior parte do tempo livre é utilizada em atividade ociosa e sedentária.

A prática de exercícios físicos regularmente contribui para benefícios que se manifestam sob todos os aspectos do organismo, pois propicia uma melhora da força e do tônus muscular e da flexibilidade, fortalecimento dos ossos e das articulações, bem como, exercer efeitos no convívio social do indivíduo, tanto no ambiente de trabalho quanto no familiar.

Conforme Araujo e Araujo(2000 p.194)

Existe um número cada vez maior de estudos e documentos que comprovam e relatam os benefícios da aptidão física para a saúde. Pesquisadores nas áreas de exercício físico, Educação Física e de Medicina

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do Exercício e do Esporte, pelos métodos de pesquisa epidemiológica, já demonstraram que tanto a inatividade física como a baixa aptidão física são prejudiciais à saúde.

Então, cada vez mais as pessoas estão buscando realizar algum tipo de exercício físico, pois com o passar das gerações, estão mais conscientes sobre a importância da realização de exercício físico para melhoria e manutenção da saúde.

Segundo Dantas (1994, p. 2) Saúde, em um sentido geral “é semelhante à homeostase. É absoluta: ou existe ou não existe! Para o homem total é indispensável o fitness total”.

Conforme Houaiss apud Dantas (1994, p.1) fitness é “aptidão, competência, adequação, conveniência”.

Segundo DeVries, et. al apud Nahas (2010 p.299):

Saúde: em geral, as pessoas ainda associam saúde à mera ausência de doenças, preservando o conceito equivocado e dicotômico de que uma pessoa ou é absolutamente saudável ou doente. Difícil de definir objetivamente, a tendência atual é considerar saúde numa perspectiva holística, como uma condição humana com positivos e negativos. A saúde positiva seria caracterizada num contínuo com pólos de ter uma vida dinâmica e produtiva, confirmada geralmente pela concepção de bem-estar geral, enquanto saúde negativa estaria associada com riscos de doenças, morbidade e, no extremo, com mortalidade prematura.

De acordo com Jenkins (apud Wenzel e Cunha 2009 p.34)

A saúde é a primeira e mais importante forma de riqueza. A saúde física, mental e social de toda uma população é um recurso natural e fundamental de uma nação. Se for ignorada ou desperdiçada, as fazendas perderão sua cor, as minas fecharão, as fábricas de motores diminuirão sua produção, as famílias se separarão e a risada das crianças não mais soará na comunidade. A nação cuja saúde se tornou exclusividade dos ricos tem futuro ameaçado. Os pobres lutarão pela equidade, e mesmos os ricos sentindo-se isolados, incapacitados ou amedrontados, não mais desfrutarão de suas riquezas. A saúde é o alicerce essencial que sustenta e alimenta o crescimento, a aprendizagem, o bem-estar pessoal, a satisfação social, o enriquecimento do próximo, a produção econômica e a cidadania construtiva.

Para Wenzel e Cunha (2009 p. 33) “condições de saúde dependem muito de sua motivação e sensibilização para com os objetivos previstos”.

Com a realização contínua de um exercício físico, instruído por um profissional capacitado há manutenção e melhorias na saúde, e prevenção de doenças, que implicará positivamente para uma melhoria na qualidade de vida. Saúde está diretamente ligada à qualidade de vida, pois se sabe que uma pessoa

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saudável tem autoestima elevada, e procura fazer as coisas que gosta, deixando seu dia a dia melhor, cuidando do seu corpo e sua mente, gerando um bem estar físico e mental.

Conforme Pires et al. (apud Gonçalves e Vilarta 2004, p.3):

Qualidade de Vida significa varias coisas. Diz respeito a como as pessoas vivem, sentem e compreendem seu cotidiano, envolve, portanto, saúde, educação, transporte, moradia, trabalho, e participação nas decisões que lhes dizem respeito e determinam como vive o mundo. Compreende, deste modo, situações extremamente variadas, como anos de escolaridade, atendimento digno em caso de doenças e acidentes, conforto e pontualidade nas condições para se dirigir a diferentes locais, alimentação em quantidade suficiente e com qualidade adequada e, até mesmo, posse de aparelhos eletrodomésticos.

Muitos são os fatores que norteiam qualidade de vida, entre eles estão: educação, trabalho, saúde, lazer, prazer, religião, relações familiares e longevidade. Observando esses fatores que define a condizem a qualidade de vida, podemos definir qualidade de vida como um grau de dignidade. (NAHAS, 2010).

De acordo com Wenzel e Cunha (2009, p.32) “De uma maneira mais objetiva, o indivíduo que tem uma boa qualidade de vida, é porque, provavelmente, sofreu ações educativas, o que ocasionou esse modo de viver saudavelmente”.

Entende-se que para uma boa qualidade de vida, esses fatores que a determinam devem estar em sintonia, fazendo com que haja atendimento das necessidades humanas fundamentais desde a infância. Assim imaginamos que o profissional que vai instruir um aluno para o exercício também seja educado e capacitado para isso.

Para Wenzel e Cunha (2009, p.33) o profissional de Educação Física “tem no seu dia-a-dia uma importante missão de orientar através da educação e ensino, promovendo saúde e prevenindo doenças”. Por isso, é de tamanha importância, que seja capacitado e responsável com seu aluno.

Conforme, Wenzel e Cunha (2009 p. 34):

Não se pode esquecer a ética na questão de influenciar na cultura, mas devemos pensar que não é ético também, o educador ter o conhecimento e não informar as pessoas, não disponibilizar esses conhecimentos, para que estas possam se desenvolver melhor, fazer a sua escolha e ter uma boa qualidade de vida.

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As crianças e os adolescentes são espontaneamente mais ativos que os adultos fisicamente, todavia, esta participação diminui quando se inicia a vida adulta, pois a mudança de hábitos bem como influencias entre ambientes sociais e físicos que estimulem e possibilitem a atividade física diminuem e com isso muitos tornam-se tornam-sedentários, tornam-sem estímulo para a prática de exercícios que só vem contribuir para uma vida mais saudável.

Conforme Oliveira, (2005) cada indivíduo interpreta e entende de uma maneira. Para alguns não existe imaginário, já para outros, é como se fosse fugir das perturbações diárias, são sonhos e imagens extraordinárias utópicas.

Ferreira e Costa (2003, p. 25) entendem que “Investigar o Imaginário Social de um grupo é propor-se a dialogar com seu mistério, com suas crenças mais profundas. Metaforicamente, podemos dizer que ele é o lócus onde se ancoram as representações sociais”.

Conforme Coelho apud Serbena (2003 p.3) “O termo “imaginário” vem sendo cada vez mais utilizado e tendo maior penetração nos estudos teóricos, entretanto esta difusão e utilização são responsáveis por uma grande variedade no seu sentido e conceito”.

Por essa razão que identificamos importante investigar sobre o imaginário do profissional quanto ao exercício, qualidade de vida e saúde. Conforme Oliveira, V., (2005, p. 69):

Imaginação, imaginário, imagens, representações simbólicas, míticas –

essas expressões foram durante muito tempo banidas do pensamento considerado científico e legítimo, por caracterizar-se um campo “perigoso”, no qual a preocupação com a constatação ficaria prejudicada.

Barbier (apud Oliveira, V., p.69) afirma que:

A palavra “imaginário” reage de formas diferentes em cada um de nós. Para uns o imaginário é tudo o que não existe, um tipo de mundo oposto à realidade dura e concreta. Para outros o imaginário é uma produção de sonhos, de imagens fantásticas, que permitem uma evasão para longe dos problemas cotidianos. Alguns representam o imaginário como um resultante de uma força criativa radical própria à imaginação humana. Outros não veem nele mais do que uma manifestação de uma ilusão fundamental.

Portanto, investigar o imaginário na Educação Física, é buscar entender o mundo em que cada sujeito está inserido, como o percebe e como transmite o entendimento desta percepção para as outras pessoas. Já sabemos que cada

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pessoa interpreta a mesma situação de maneiras diferentes, assim é com os profissionais.

1.7 A RELAÇÃO PRESCRIÇÃO/INTERVENÇÃO DOS EXERCÍCIOS FÍSICOS NO IMAGINÁRIO DO PROFISSIONAL

Acredita-se que os profissionais da Educação Física, da área de saúde, devem ser responsáveis pelo trabalho que desenvolvem com seus alunos. Devendo sempre, priorizar a saúde do individuo, trabalhando com transparência e ética profissional, prescrevendo, orientando e corrigindo o aluno, respeitando as individualidades biológicas dos mesmos.

O profissional que trabalha de modo geral, é aquele que preocupa-se com o aluno também quando o aluno não está em horário de treino, percebendo-o como um todo e a partir disso prescreve e intervém para com seu aluno. Com o meio em que o aluno vive; sua saúde, qualidade de vida, sono, trabalho, alimentação, níveis de estresse, cuidados com execução correta do exercício. Toda a rotina do aluno são alguns dos fatores que poderão influenciar no resultado do treino.

Contudo, o Profissional que trabalha de modo específico, está voltado a pensar somente no exercício, não tem a visão geral voltada ao aluno e seu estilo de vida, não o percebe como um todo. Está interessado somente, em que o aluno, realize toda a série com todas as repetições prescritas.

Entende-se que para um melhor resultado, o aluno deve ter uma melhor qualidade de vida, no âmbito geral, na vida como um todo. E o profissional, deve sim, preocupar-se e buscar entender as diferenças e individualidades de cada um. Priorizando a saúde do aluno.

Quando se fala em profissional de academia, abrange muitos assuntos, que muitas vezes não lhes diz respeito, porém, ele como funcionário preservador da sua sobrevivência no sistema, faz tarefas que deveriam estar sendo feitas por outros profissionais e acabam pecando com seus devidos afazeres.

Uma das tarefas mais importantes do profissional em relação ao aluno é a intervenção, correção dos exercícios. O profissional deve interferir quando o aluno estiver realizando de forma incorreta a execução de qualquer exercício físico. Pois, já ouvimos muitos relatos de alunos que deixaram de praticar exercícios físicos porque se lesionaram na execução errada do movimento.

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Ter uma formação em Educação Física, é muito mais do que planejar o treino de cada aluno, devemos nos manter seguros de cada exercício prescrito, da execução correta do movimento, devem orientar e corrigir qualquer aluno que chegar até nós. A cultura corporal é tão ampla para se ensinar tão pouco. A forma de realização dos exercícios afetará diretamente nos resultados e na saúde do aluno.

Finalizando, a seguir o próximo capítulo traz a forma como o estudo foi construído para o entendimento do tema pesquisado.

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2 METODOLOGIA DA PESQUISA

A construção da pesquisa guiou-se por caminhos metodológicos específicos, sendo estudo de caso com embasamento bibliográfico, os quais são descritos na sequência.

2.1 TIPO DE PESQUISA

O levantamento bibliográfico objetivou delinear como se desdobram as concepções sobre exercício físico, qualidade de vida e saúde no âmbito do exercício Profissional em academias. O desenvolvimento foi realizado com fundamentação teórica em informações em dados disponíveis nas publicações de livros, teses e artigos realizados por outros pesquisadores.

Uma pesquisa deve ser “[...] desenvolvida mediante o concurso dos conhecimentos disponíveis e a utilização cuidadosa de métodos e técnicas de investigação científica.” (GIL, 2010, p. 1).

O estudo de caso objetivou investigar o imaginário dos profissionais em relação ao exercício, qualidade de vida e saúde. O desenvolvimento caracterizou-se como pesquisa descritiva e qualitativa.

Para Gil (2002, p. 42) a descritiva “tem como objetivo primordial a descrição das características de determinada população ou fenômeno, ou, então, o estabelecimento de relações entre variáveis”. Na qualitativa, “a base analógica desse tipo de investigação se centra na descrição, análise e interpretação das informações recolhidas durante o processo investigatório, procurando entendê-las de forma contextualizada” (NEGRINE, 1999, p. 61).

2.2 SUJEITOS DA PESQUISA

Participaram da pesquisa uma amostra de cinco profissionais de Educação Física com formação em Educação Física em nível de bacharelado que trabalham com musculação, sendo três do gênero masculino e dois do gênero feminino, com faixa etária entre 28 a 36 anos.

Delimitou-se a escolha dos sujeitos para um público com titulação em nível de bacharelado e com pelo menos dois anos de atuação Profissional em academia. Os pesquisados foram considerados como alvo representativo do seu universo com uma significativa trajetória profissional servindo, portanto como objeto de pesquisa.

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A academia está situada na cidade de Ijuí e conta com um quadro de onze profissionais (população), dentre eles estagiários bacharéis em Educação Física, profissionais bacharéis em Educação Física, secretária, e responsável pela organização e limpeza do ambiente.

Segundo Gil (2010, p.118) identificado como caso típico “que tem o propósito de explorar ou descrever objetos que, em função da informação prévia, pareça ser a melhor expressão do tipo ideal da categoria”.

Na análise e discussões dos resultados do estudo de caso, os sujeitos são apresentados com pseudônimos para manter a privacidade dos mesmos. Assim os cinco Bacharéis são apresentados com identificação relacionada a cada um, uma letra do alfabeto, sendo, A, B, C, D, E.

2.3 PROCEDIMENTOS

O delineamento da pesquisa está organizado em etapas. Na primeira etapa foi realizado um levantamento das academias da cidade para escolher a academia que apresentava maior número de profissionais formados em Bacharelado atuando na área de musculação.

Na segunda etapa, após definição da escolha, contatou-se com o proprietário responsável pela academia, para a apresentação da proposta de pesquisa, o qual autorizou a realizar a mesma com os seus profissionais.

A terceira etapa foi à coleta de dados em forma de questionário com os profissionais bacharéis em Educação Física, e a quarta etapa foi realizada a observação dos profissionais bacharéis atuando em seu âmbito de trabalho.

Gil (2010) aponta que o planejamento do estudo de caso difere consideravelmente dos outros tipos de pesquisa, pois seu seguimento não precisa ser severo, podendo ter um planejamento flexível.

2.4 COLETAS DE DADOS

A coleta de dados em forma de questionário foi realizada no dia 01 e 02 de junho de 2017, no horário em que os profissionais encontravam-se trabalhando na academia, ao entrar em contato com cada um dos cinco profissionais, foi-lhes apresentada à proposta de pesquisa, juntamente com o termo de consentimento livre e esclarecido.

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Posteriormente foi aplicado a cada um dos cinco profissionais um questionário (ANEXO II) com questões iniciais para caraterização dos participantes e questões em relação à conduta dos profissionais de Educação Física, no seu expediente de trabalho na academia, visando-se obter respostas livres às mesmas perguntas. A modalidade do questionário foi aberta com questões e sequência predeterminadas, priorizando “ampla liberdade para responder” (GIL, 2010, p.120).

Conforme Negrine (2010, p.66)

Observação como fenômeno da consciência é possibilitado pelos sentidos, entendida como cada uma das funções pelos quais o homem e os animais recebem a impressão de objetos externos por meio dos órgãos apropriados, como visão, audição, olfato, gosto e tato.

Logo então, após a aplicação do questionário foram realizadas nos dias 06, 07 e 08 de junho de 2017, as observações com os profissionais que responderam o questionário e estão atuando com atividades de musculação na academia.

2.5 INSTRUMENTOS

Para conhecer melhor os profissionais de Educação Física, os sujeitos investigados, foram utilizados dois instrumentos norteadores para a realização do estudo de caso, quais são:

- Um questionário contendo questões abertas que embasaram a pesquisa de campo, conforme o (ANEXO II).

- Observações da atuação dos profissionais conforme roteiro pré-determinado (ANEXO III), para dar mais fidedignidade à pesquisa.

A observação foi de caráter sistemático: “O profissional sabe quais os aspectos da comunidade, da organização ou do grupo são significativos para alcançar os objetivos pretendidos. Assim, ele se torna capaz de elaborar um plano de observação para orientar a coleta” (GIL, 2010, p.121).

Utilizando os dois instrumentos, foi possível coletarmos os dados sobre as concepções dos profissionais em relação às questões apresentadas no questionário e as suas condutas no expediente de trabalho na academia.

2.6 ANÁLISE DOS DADOS

Os dados foram analisados e interpretados de forma qualitativa. Optamos por realizar a categorização das respostas dos questionários, relacionando à fala dos

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profissionais, dos autores e da pesquisadora. Inicialmente apresentada a caracterização dos participantes, a seguir a análise do conteúdo relacionado às seguintes categorias: concepções sobre exercício físico, qualidade de vida e saúde e reflexão sobre a conduta dos profissionais de Educação Física, na rotina, expediente de trabalho na academia.

Esse processo é uma sequência de atividades, que envolve a redução dos dados, a categorização desses dados, sua interpretação e a redação do relatório. A categorização consiste na organização dos dados de forma que O profissional consiga tomar decisões e tirar conclusões a partir deles. (GIL, 2002, p. 134).

A categorização dos dados da pesquisa possibilitou a busca de possíveis pontos de aproximação da literatura com base nos principais autores e com as falas dos sujeitos, para assim contemplar os objetivos específicos da presente pesquisa. 2.7 CUIDADOS ÉTICOS COM A PESQUISA

Foram tomados os cuidados éticos previstos conforme os termos definidos pela resolução 196/1996 do Conselho Nacional de Saúde, entre eles, o preenchimento do termo de consentimento livre e esclarecido, garantindo confidencialidade na identificação dos sujeitos de pesquisa e o uso estritamente acadêmico dos dados coletados.

Ao iniciar a pesquisa, revelamos ao proprietário da academia que na pesquisa o nome da empresa não seria mencionado tais como a identidade dos profissionais pesquisados. Sendo assim, acreditamos que os sujeitos se sentiram mais a vontade para responder e fazer parte da pesquisa de campo.

Finda a descrição da metodologia da pesquisa, no capítulo a seguir apresentamos à discussão dos resultados do estudo de caso.

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3 ANÁLISE E DISCUSSÕES

Esse capítulo trata da descrição dos dados e discussão dos resultados, coletados a partir da pesquisa de campo realizada com cinco profissionais graduados em Educação Física Bacharelado, identificados respectivamente cada um com uma letra do alfabeto, sendo sujeito A, sujeito B, sujeito C, sujeito D e sujeito E, mantendo assim o seu anonimato.

3.1 CARACTERIZAÇÃO DOS PARTICIPANTES

Os profissionais foram convidados a participar do estudo, sendo entrevistados e observados durante suas aulas, obtendo assim os dados necessários para análises e discussões. As questões foram definidas em gênero, idade, formação e ano de conclusão e cursos de especialização e/ ou de formação continuada. As respostas obtidas foram as seguintes:

O sujeito A, é do gênero feminino tem 28 anos de idade, possui formação desde 2014 em Educação Física no nível de Bacharelado pela UNIJUI – Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, e certificação em Xtreme 21 com Sérgio Bertoluci.

O sujeito B, é do gênero masculino tem 30 anos de idade, possui formação desde 2016 em Educação Física no nível de Bacharelado pela UNIJUI – Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul e especialização BOPE (bases operacionais da preparação esportiva) e Cinesiologia e Biomecânica aplicada ao treinamento físico.

O sujeito C, é do gênero feminino tem 32 anos de idade, possui formação desde 2011 em Educação Física no nível de Bacharelado e Licenciatura pela UNIJUI – Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul e especialização em treinamento, musculação e atividade física.

O sujeito D, é do gênero masculino, tem 36 anos de idade, possui formação desde 2016 em Educação Física no nível de Bacharelado pela UNIJUI – Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul. Possui certificação em curso de treinamento funcional, o CORE 360, Nível 1 e 2, Upgrade 4x4 com Alexandre Grecco, curso de atualização para treinamento de pernas e glúteos com Fábio Chiodini, também o Xtreme 21 com Sérgio Bertoluci.

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O sujeito E, é do gênero masculino tem 30 anos de idade, possui formação desde 2008 em Educação Física no nível de Bacharelado pela PUCRS – Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. e certificação em curso de treinamento funcional, o CORE 360, Nível 1 e 2, concluído em julho de 2017.

Conforme caracterização descrita, os cinco sujeitos possuem formação em Educação Física no nível de Bacharelado como também outros cursos. Estas oportunidades visam à qualificação e à capacitação profissional para melhoria da intervenção por meio do domínio de competências necessárias ao exercício profissional.

Para Tani (1999) apud Schnorr (2005) a formação continuada está associada à formação inicial devendo estar baseada em ações que façam com que o profissional permaneça qualificado e atualizado. Além disso, faz-se necessária sua participação em programas cuja finalidade seja dar continuidade aos estudos e possibilitar a aquisição de novos conhecimentos.

Prosseguindo com a análise e discussões dos resultados da pesquisa, com base no referencial teórico que serviu de apoio para este estudo e nas entrevistas do estudo de caso, procuramos captar os significados que configurassem a categorização dos elementos estudados. A partir dos dados obtidos, foi estabelecida uma classificação temática que deu origem aos tópicos a seguir descritos.

3.2 CONCEPÇÕES SOBRE EXERCÍCIO FÍSICO

Quando abordamos os sujeitos sobre a conduta ao prescrever e orientar os programas de exercícios físicos aos praticantes da academia, observamos que o sujeito A, diz que na individualidade de cada aluno, respeitando seus objetivos e a resposta do corpo em relação às atividades propostas, é muito importante que além de obter resultados o aluno esteja satisfeito e sentindo-se bem com seu corpo.

O sujeito B, observa o padrão postural (encurtamentos musculares, atrofias, músculos hiperativos) individualidade biológico.

O sujeito C, prescrição é baseada primeiramente no individuo considerando seus objetivos, necessidades, condição física, nível de condicionamento físico, ausência ou não de patologias. A partir disso prescrevo aquilo que considero adequado para cada individuo.

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O sujeito D, inicialmente em estudos e práticas absorvidas no decorrer da graduação, como através de vivencias com os estágios profissionais.

O sujeito E tem como base para prescrição autores como Caue Teixeira, Valdemar Guimarães, Eder Lima e outros, pois tenho convicção que os métodos que estes desenvolvem têm maior eficácia.

De acordo com o Estatuto do Conselho Federal de Educação Física (CONFEF) a avaliação física é fundamental em um programa de treinamento esportivo e na prescrição de exercícios esta avaliação compete exclusivamente:

Ao profissional de Educação Física, compete coordenar,

planejar, programar, prescrever, supervisionar, dinamizar, dirigir, organizar, orientar, ensinar, conduzir, treinar, administrar, implantar, implementar, ministrar, analisar, avaliar e executar trabalhos, programas, planos e projetos, bem como, prestar serviços de auditoria, consultoria e assessoria, realizar treinamentos especializados, participar de equipes multidisciplinares e interdisciplinares e elaborar informes técnicos, científicos e pedagógicos, todos nas áreas de atividades físicas, desportivas e similares (CONFEF, 2000, p. 23).

Para Guedes (2003), a anamnese é um instrumento em que o Profissional de Educação Física vai reunir informações de qualidade e quantidade suficientes para a tomada segura de decisões a respeito do tipo de treinamento que o seu aluno pode introduzir em sua prática, sem nenhum risco à saúde.

3.3 CONCEPÇÕES SOBRE QUALIDADE DE VIDA

Quando abordamos os sujeitos sobre seu entendimento sobre qualidade de vida, para o sujeito A, é realizar atividades físicas regulares, ter cuidados básicos com alimentação, estar livre ou procurar evitar coisas como o estresse, manter a mente de bem, sem demais preocupações, coisas que o próprio exercício proporciona. Para o sujeito B, é bem estar físico, psíquico e mental.

Para o sujeito C, qualidade de vida está relacionada às condições de vida do sujeito considerando, as condições de moradia, trabalho, relações sociais e familiares e de saúde, que lhe proporcionem satisfação, prazer em viver.

O sujeito D, entende a qualidade de vida como um fator que abrange aspectos que se relacionam a fatores relacionados à saúde, aspectos de segurança, cuidados com lazer, exercícios. Abrange muito mais do que a prática de exercícios físicos simplesmente.

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O sujeito E, entende como um conjunto de valências físicas que em conjunto com hábitos saudáveis leva a um estilo de vida sustentável e duradouro.

De acordo com a organização Mundial de Saúde, qualidade de vida é a percepção do indivíduo de sua posição na vida no contexto da cultura e do sistema de valores nos quais ele vive, considerando seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações. Para considerar que uma pessoa tem qualidade de vida é necessário êxito em nas áreas social, afetiva, profissional e da saúde.

Santarém (2000) entende como qualidade de vida a capacidade de conseguir realizar as atividades desejadas, do ponto de vista homeostático e biomecânico, sem riscos para o perfeito funcionamento do organismo humano.

3.4 CONCEPÇÕES SOBRE SAÚDE

Buscamos também identificar nas respostas dos sujeitos o seu entendimento sobre saúde. Para essa questão, o sujeito A, diz que ter saúde é estar livre de doenças, e manter bons hábitos que provém de uma vida com qualidade.

Para o sujeito B, é principalmente o individuo não depender de ninguém para realizar suas atividades diárias, e não somente isso, mas estar com saúde em dia, atestado por um médico através de exames.

No entendimento do sujeito C, saúde não está relacionada apenas à ausência de doenças, mas sim a capacidade do sujeito suportar e enfrentar as adversidades de sua própria vida seja fisiológico ou psicológico. Simplificando um bem estar físico, mental e social.

O sujeito D, entende que a saúde é algo além do individuo estar livre de doenças, mas sim um conceito amplo de bem estar físico, mental e emocional.

Para o sujeito E, saúde corresponde a não enfermidades e uma mente tranquila em harmonia com o físico.

Para Wenzel e Cunha (2009, p.32) “a educação promove mudanças em um indivíduo, ela pode moldar uma pessoa ou comunidade em relação à promoção de saúde e prevenção de doenças”, mudando e melhorando os comportamentos dos indivíduos, aproximando profissionais e usuários, tornando as ações em saúde mais resolutivas e efetivas.

Quando abordamos os sujeitos sobre a sua concepção em relação à saúde e qualidade de vida na prescrição, orientação e correção dos exercícios aos

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praticantes da academia, para o sujeito A, os exercícios de forma bem executada e orientada tendem a levar a esses dois conceitos.

O sujeito B, acha que existe muito pouca prescrição e orientação que realmente atenda e respeita a individualidade biológica.

O sujeito C, acredita que o exercício físico deva ser algo prazeroso para o aluno para que a probabilidade de adesão e regularidade seja maior. Nesta perspectiva procura realizar a prescrição de forma individualizada a fim de atender as necessidades de cada um, orientando e corrigindo de forma agradável e motivando-os a atingirem seus objetivos e consequentemente melhorarem sua saúde e qualidade de vida.

O sujeito D, acredita que todo profissional da área deve compreendê-los para auxiliar na boa pratica laboral e com o cuidado para com os alunos.

A abordagem do sujeito E, é embasada na prática mais teoria, segundo ele, sem esta base, não tem uma certeza para aplicar os métodos de treinamento.

Ao relacionar exercício físico, à aptidão física e à educação para saúde salientamos que:

As preocupações com a promoção da saúde cada vez mais se configuram em prioridades nos países desenvolvidos e em desenvolvimento. E, dentre as diversas abordagens deste tema, destacam-se as implicações do sedentarismo como fator de risco na gênese de um conjunto de doenças denominadas de hipocinéticas. (MARQUES e GAYA, 1999, p.613).

As doenças hipocinéticas são consideradas doenças do homem moderno, surgem ou podem agravar-se por conta da insuficiência ou ausência de exercícios físicos. Segundo Marques e Gaya (1999) as limitações do movimento somado à alimentação errada podem criar um campo vasto e fértil para o surgimento de doenças hipocinéticas, entre elas o diabetes tipo 2, a hipertensão arterial, obesidade mórbida, arteriosclerose múltipla, osteoporose, doenças reumáticas, atrofia de ossos e músculos, perda de massa muscular, desvios posturais e o câncer. Pode ocorrer também o surgimento de alterações no sistema neurológico. Portanto é de suma importância à necessidade da prática de exercício físico na relação saúde e qualidade de vida.

As doenças hipocinéticas tem como causa principal a falta de exercícios físicos, então o tratamento consiste em, ter em mente que o movimento é sinônimo de vida saudável. Neste sentido para Wenzel e Cunha (2009, p.37) quando “as

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