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2. O JORNALISMO NA ERA DA PÓS-VERDADE E FAKE NEWS

4.5 CONCLUSÃO DA ANÁLISE

No dia 18 de abril de 2018, a desembargadora realiza nova postagem pedindo desculpas para Marielle e para uma professora com síndrome de down, sobre a qual a magistrada também havia feito comentários pejorativos.

Figura 6 - Imagem da nova postagem da desembargadora no Facebook

Fonte: https://blogs.oglobo.globo.com/ancelmo/post/investigada-pelo-cnj-desembargadora-marilia- castro-neves-faz-nova-postagem.html

Como exposto na Figura 6, é possível ponderar sobre a postura tomada pela desembargadora com intenção de se redimir do que foi dito. Ao dizer ‘nesse tempo de fake news temos que ser cuidadosos’ o sujeito se retira da posição-sujeito como se isso fosse possível, porém não há como descolar-se de duas coisas que são intrínsecas. Por isto, o que chama a atenção tanto do título sem conotação negativa sobre Marielle e do que diz a desembargadora, é o efeito de sentido que essa matéria propõe dar e consegue. Então, depois de tudo o que a magistrada falou sem pensar ao repassar informações incertas sobre uma pessoa que ela conhecia foi esquecido e ‘perdoado’ pela mídia sem mais problemas. Cabe, ainda aqui, refletir que se essa mesma atitude fosse tomada por uma desembargadora negra, as coisas poderiam ou não seriam esquecidas ou perdoadas tão facilmente.

Aproximando o que foi visto até aqui às noções em Análise do Discurso, pudemos descrever discursivamente o que foi divulgado pela mídia. Isso foi importante para gerar um novo gesto de interpretação, que é contrário ao o que foi

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veiculado na Folha de São Paulo e Veja. A posição política e ideológica dos sujeitos que produziram essas matérias nos fizeram perceber que não há espaço para Marielle Franco na mídia tradicional, a ser para constar como (mais) uma criminosa.

Esse espaço da grande mídia foi utilizado apenas para dar voz à desembargadora, como se ela detivesse conhecimento de qualidade sobre quem era ou o que tinha feito Marielle. As atitudes tomadas tanto pela mídia como pela desembargadora no caso Marielle Franco nos fizeram compreender que as pessoas se afastam da produção de notícias falsas. A desembargadora se afastou da culpa ao dizer que foi sua amiga que havia lhe passado essa informação e a mídia utiliza a voz de quem tem credibilidade na sociedade para utilizar um discurso que é favorável à sua ideologia.

Todos nós vivenciamos Donald Trump vencendo a corrida presidencial dos Estados Unidos com as fake news, assim como Jair Bolsonaro no Brasil também se beneficiou das pessoas que se informavam apenas por redes sociais ou que acreditaram em qualquer coisa dita pelo candidato. Nada disso foi por acaso, isso porque fake news é uma questão política. A indústria de notícias falsas foram e são utilizadas para beneficiar algo ou alguém.

A mutação da comunicação e na maneira de se fazer jornalismo atual mostrou como as fake news conseguem influenciar e produzir efeitos na vida das pessoas que recebem esse tipo de informação, sem que elas percebam que isso aconteceu de fato. É uma informação que entra na mente das pessoas sem muita resistência, pois ela já vem pronta para que não haja indagações.

Quando a Folha e Veja utilizaram no título a palavra ‘desembargadora’ e entre aspas ‘Marielle estava engajada com bandidos’, o leitor nem precisava ler o corpo da notícia para entender do que se tratava e de qual maneira estavam falando de Marielle. Esses detalhes fizeram a diferença para que a interpretação negativa de da vereadora carioca morta à tiros fosse comparada não com violência, mas sim com a ideia de que ‘se você está envolvida com bandidos e morre assim, é um acerto de contas e não uma brutalidade’. Por isso que sujeitos de formações discursivas contrárias às de Marielle se revoltaram com a comoção que existiu após sua morte. E as pessoas que lutam pela a mesma coisa, viram nesse momento a oportunidade de mostrar a perseverança de lutar por igualdade e justiça.

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4 CONCLUSÃO

Esta monografia procurou fazer uma análise discursiva de textos selecionados referentes ao assassinato da vereadora carioca Marielle Franco, por meio do referencial teórico-metodológico da Análise do Discurso.

Com isso, abordou-se no primeiro capítulo o conceito de pós-verdade e fake news, assim como a crise do jornalismo, que se caracteriza pelo monopólio de informações das mídias tradicionais nas mãos dos grandes veículos de comunicação, aliada à rápida circulação de informações sem nenhum filtro por meio das redes sociais. Assim, a falta de controle das informações circuladas, não garante a veracidade do conteúdo compartilhado entre os usuários, haja vista a facilidade de propagar notícia sem nenhuma checagem de fonte.

Foi discutido também a era que estamos vivendo hoje de pós-verdade, onde importa mais se você acredita naquilo, do que se aquilo é realmente um fato, pois o que vale mais é no que você escolhe acreditar. Os valores do que é verídico não depende mais de quem fala. E dessa forma, as fake news são o resultado desse cenário, porque é através dessa realidade que é possível as notícias serem espalhas como verdades sem nenhuma contestação.

O Facebook contribiu muito para que isso se tornasse normal para a sociedade, por exemplo, quando um usuário X publica um texto falando sobre um assunto Y sem pensar se aquilo que ele falou realmente é verídico, e várias pessoas concordam com aquele posicionamento e compartilham. Ao fazerem isso, elas bombardeiam a time-line dos seus amigos com informações genéricas, rasas, mas que geram a seguinte afirmação: se todos estão compartilhando, então o que eles falaram é verdade. E em seguida essas pessoas que também não sabiam nada sobre o que estava sendo falado, compartilham essa notícia em seus perfis.

A partir do caso analisado da Marielle, é possível dessa maneira compreender como foi que as fake news se espalharam tão rapidamente em pouco tempo e para vários grupos diferenciados. Assim sendo, nota-se o comportamento dos usuários, que mesmo sem saber quem era Marielle, ou se estavam falando algo com fundamento, optaram por simplesmente compartilhar isso com seus amigos.

Isso acontece porque poucas pessoas tem o conhecimento necessário para falar de qualquer coisa, porém, como o acesso ao debate de questões sociais se tornou fácil para a sociedade, as pessoas querem falar sobre qualquer assunto, só

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para dizerem que sabem algo ou mesmo o que acham sobre determinado tema, sem assumir a responsabilidade sobre o seu dizer. Desse modo, a prática de compartilhar sobre qualquer coisa só por compartilhar tornou-se hábito para os usuários de redes sociais.

No segundo capítulo foram abordados os princípios da teoria de Análise do Discurso, onde destacamos noções importantes que nortearam toda análise discursiva do corpus. Utilizamos a tese de Mariani (1996) sobre o lugar da AD, o conhecimento da precursora de AD no Brasil, Eni Orlandi (1990) e a teoria de AD francesa de Michel Pêcheux (1988). As noções de memória e formação discursiva, condição de produção, ideologia e efeito de neutralidade foram aprofundadas para dar embasamento à analise discursiva que seria feita em seguida.

No trecho retirado da reportagem da revista Veja, na matéria sobre a morte de Marielle, percebe-se que o discurso jornalístico foi parcial, e que não existe neutralidade quando a historicidade é silenciada e somente os sentidos desejados ficam claros para gerar uma interpretação favorável a uma certa posição política.

A análise do caso realizada no terceiro e último capítulo, nos trouxe uma clareza quando o assunto é preconceito racial, de gênero e classe. O fato é que Marielle foi vista como uma mulher ‘negra, da favela da Maré e pobre’, porque a grande mídia trabalhou par retratá-la desta forma. A Veja quando publicou a matéria sobre a fake news produzida pela desembargadora não utilizou o título ‘Desembargadora gera fake news sobre Marielle Franco’, mas sim ‘Desembargadora diz que Marielle ‘estava engajada com bandidos’.

Concluímos que a análise feita da Folha e Veja demonstram na prática como a grande mídia transfere para a população esse tipo de preconceito e colaborando com a produção de fake news. Porque foi o jornalismo que realizou esse movimento. Foi a partir do olhar da jornalista Monica Bergamo, que o comentário da magistrada foi notado e transformado em notícia. Mostra-se com isso como o jornalismo está sendo pautado pelas mídias sociais, e como a posição profissional de uma pessoa tem credibilidade e importância para determinar o que é verdade ou não. Além disso, pode-se dizer que existe o deslocamento da noção do que é verdadeiro ou falso, visto que as pessoas não se importam no que é real ou não, mas sim com o que elas querem que seja verdade ou não.

Nesse aspecto, é possível indicar uma tendência para o futuro do jornalismo, que é o fact-checking (checagem de fatos), isto é, confrontar a história com

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dados, pesquisas e registros. A Agencia Pública de Notícias é a primeira agencia de jornalismo investigativo, que realiza o trabalho de conferir o que foi dito por políticos em campanhas políticas nos debates ou propagandas. Essa iniciativa é um movimento positivo para a atualidade que vive o jornalismo, diante dos fenômenos pós-verdade e fake news, pois garante que exista a comprovação daquilo que foi dito tanto na rede social e virado notícia, quanto por alguma colocação que seja dita ao vivo por algum entrevistado, por exemplo.

Mesmo que se possa afirmar que a prática do fact-checking é a outra face da mesma moeda: fake news; mesmo assim, ainda é uma prática que se destaca no universo dos espaços informatizados, e no universo das mídias excessivamente mercadológicas. Cabe, ainda, observar que a prática da propaganda (marketing e publicidade) é sem dúvida a mais proeminente no universo da comunicação da contemporaneidade. Essa prática está a serviço do capital em âmbito internacional e, portanto, tem força na luta pelo sentido. Por fim, resta aos movimentos sociais e às redes sociais com raízes nas comunidades tradicionais, como a de Marielle Franco, um movimento de resistência.

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