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A discussão sobre os direitos sociais envolve importantes questões relacionadas com a teoria da justiça. Que direitos os indivíduos têm como seres humanos e como cidadãos de um país? Quais direitos devem ser assegurados pelo Estado? Qual o critério mais justo para distribuir os recursos escassos da sociedade?

Vários autores buscaram respostas para essas perguntas, a exemplo de Hobbes, Rousseau, Kant, Rawls, Nozick e Sen, mas poucas das teorias por eles desenvolvidas oferecem respostas para as escolhas públicas que são feitas diuturnamente pelo Estado. Isso porque as teorias que buscaram modelos de arranjos sociais justos ou partem de uma justiça ideal ou ignoram a questão da escassez de recursos financeiros, que muitas vezes impõem ao administrador público decisões trágicas.

Os direitos sociais passam atualmente por uma crise de legitimidade. Os altos custos de manutenção e a prestação insuficiente pelo Estado em descompasso com o que é prometido legislativamente são uns dos principais motivos dessa crise. Os custos financeiros de prestação e manutenção dos direitos sociais levantam debates sobre a sua viabilidade econômica no mundo todo, sobretudo nos países que adotaram o modelo do bem-estar social. Isso porque os recursos para a sua prestação são recolhidos da população mediante tributação. Embora o Estado seja o sujeito passivo, responsável pela efetivação desses direitos, esses têm como fonte única ou principal o pagamento de tributos.

O reclame por mais direitos demonstra a que ponto a noção de reciprocidade, ou seja, de que uns cidadãos pagam e outros recebem, encontra-se dissolvida, passando a falsa ideia de que é o Estado que concede e presta os direitos de forma “gratuita” à população.

A superação desse problema passa necessariamente pela definição do que de fato é papel do Estado, o que pode ser concedido como direito prestacional, até que ponto a população está disposta a financiar essa prestação, e o mais importante, pela consciência de que não é possível atender a todas as demandas sociais, sendo imprescindível a eleição de prioridades. A elaboração do orçamento torna-se assim uma etapa fundamental na definição de prioridades e na concretização desses direitos.

No Brasil, a Constituição Federal de 1988, na contramão do que ocorria com os países europeus, que estavam revendo suas políticas assistencialistas de bem-estar social em virtude das crises financeiras, previu um extenso rol de direitos sociais, sem muita preocupação com a sua viabilidade econômica e financeira.

O que se viu desde a sua promulgação é que os direitos sociais foram utilizados neste País mais com fins populistas do que com a intenção de concretização efetiva. Nos últimos anos, essa crise atingiu o seu ápice com a prestação pelo Estado de diversos programas sociais (Bolsa Família, Bolsa Escola, Minha Casa Minha Vida, FIES, entre tantos outros) visando garantir votos na eleição, sem a menor preocupação orçamentária-financeira.

O desequilíbrio das contas públicas atingiu um ponto insuportável, causando o já previsto corte de despesas, sobretudo na área social, resultando em recessão e desemprego. O aumento de tributos para cobrir o rombo causado é outro tema em destaque, que levanta a questão de quem financia os direitos sociais é a população, assim como é ela quem sofre com a ilusão de que é possível atender a todas as demandas.

O descompasso entre o que é prometido e o que é de fato é entregue à população leva à descrença nas instituições e na própria Constituição do País. No Brasil, o descontentamento político-institucional atual é fato incontestável.

Nesse sentido, uma das primeiras conclusões da presente pesquisa é que o caminho para a concretização dos direitos sociais se inicia na constatação de que não será possível atender a todas as demandas, em virtude da escassez de recursos financeiros do Estado, e que por isso é preciso escolher onde serão alocados os recursos arrecadados da população.

Essa escolha constitui-se numa decisão política, de eleição de prioridades e de investimentos, e é concretizada no orçamento público. Embora a Constituição tenha detalhado percentuais mínimos a serem aplicadas em áreas consideradas prioritárias, como educação e saúde, resta ao administrador público uma margem ampla de discricionariedade na alocação dos recursos públicos. Essa discricionariedade, para ser legítima, precisa não só ser economicamente viável, como deve atender aos princípios constitucionais.

O orçamento é, pois, o palco onde se descortinam todas as escolhas alocativas, indicando as prioridades de cada governo e o perfil do Estado. Infelizmente não é essa importância que o orçamento tem tido. Seu aspecto político é ainda pouco estudado, sendo tratado como mera peça financeira contendo receitas e despesas.

No Brasil, nos últimos anos, o orçamento tem aparecido no noticiário da imprensa como palco de escândalos, irresponsabilidades financeiras e descumprimentos reiterados da Lei de Responsabilidade Fiscal.

Nesse ponto, chega-se à segunda conclusão deste trabalho, a de que é urgente uma divulgação ampla e irrestrita para a população a respeito do orçamento, de quanto custa cada reivindicação, de critérios de alocação de recursos, sobre quem financia os direitos e quais

direitos de fato é possível efetivar. Dessa forma, acaba-se com a ilusão de que o Estado concede direitos sociais “gratuitamente” ou “por bondade”, gerando uma consciência coletiva de que se o financiamento é proveniente da população, esta tem o direito não só de participar das escolhas alocativas, como de fiscalizar a execução do orçamento.

A busca por critérios capazes de orientar essas decisões é um dos maiores desafios nessa matéria. Teorias como a reserva do possível e o mínimo existencial tentam oferecer parâmetros para as escolhas alocativas, mas a imprecisão conceitual dificulta a sua aplicação prática.

A dificuldade aumenta pelo despreparo das autoridades públicas para lidar com essas escolhas, que muitas vezes impõem decisões trágicas de vida ou morte. Por um lado, o Legislativo e o Executivo, principais responsáveis pela elaboração do orçamento, portanto, pelas decisões alocativas, não se veem obrigados a apresentar justificativas para as suas escolhas. Assim o orçamento vira palco de disputa política de quem ganha mais, muitas vezes atendendo a interesses pessoais, ignorando as necessidades públicas.

Por outro lado, o Judiciário, assumindo um papel político que não é seu, tenta corrigir as distorções existentes, determinando a efetivação de direitos sociais em casos concretos, o que acaba por prejudicar ainda mais a execução do orçamento, visto que a verba destinada ao atendimento de uma pessoa é fatalmente retirada de outras tantas, promovendo a justiça no varejo e a injustiça no atacado.

Não se desconhece a importância do Judiciário na efetivação dos direitos sociais, mas é preciso que se adote um instrumental de macrojustiça, não apenas o caso concreto, vendo-se o orçamento como um todo, sabendo-se que para cada decisão alocativa há outra desalocativa correspondente, ou seja, que ao se atender a uma demanda, fatalmente se estará deixando de atender a outras tantas.

Daí a importância de se mapear as necessidades públicas e estabelecer prioridades. Esse processo é tão importante que põe em questionamento o próprio papel do Estado e o que se espera dele.

Desse modo, o que se conclui com a presente pesquisa é que, embora não seja possível encontrar um critério único a ser utilizado em todas as decisões alocativas, é necessário que haja justificativa por parte do Poder Público sobre as escolhas adotadas, com base nas necessidades públicas, de forma a permitir o controle efetivo da sua execução não só pelo Poder Judiciário, mas pela população em geral.

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