• Nenhum resultado encontrado

O presente trabalho envolveu o estudo dos parâmetros estruturais e interfaciais de misturas cataniónicas selecionadas que se mostraram capazes de formar vesículos estáveis (à temperatura ambiente, razões de mistura molar catiónico/aniónico específicas e regime diluído de concentração de tensioativo, c ≤ 5.0 mM), e para os quais se avaliou o seu perfil toxicológico in vitro, tendo-se determinado os respetivos valores de IC50. Após seleção dos vesículos cataniónicos mais promissores a nível da citobiocompatibilidade, efetuaram-se estudos preliminares de encapsulação de um fármaco modelo anticancerígeno, doxorrubicina, como prova de conceito do potencial dos vesículos como veiculadores efetivos, em condições próximas das fisiológicas, e para uma molécula terapêutica utilizada em formulações lipossómicas comerciais.

Os sistemas vesiculares cataniónicos estudados foram agrupados, de forma sistemática, em 3 séries: série I, vesículos com o tensioativo aniónico SDS, um tensioativo comercial convencional, em comum; série II, vesículos com o tensioativo aniónico SDDS, um tensioativo comercial derivado da sarcosina, em comum; série III, vesículos com os tensioativos DTAB e CTAB, dois tensioativos catiónicos comerciais, em comum, e emparelhados com aniónicos de cadeias alquílicas de comprimento diferente).

Relativamente às propriedades estruturais, os resultados obtidos neste trabalho mostram que os diferentes sistemas cataniónicos são capazes de se auto-organizar em vesículos de diâmetro e forma diversificada, tendo-se verificado a formação de vesículos esferóides e unilamelares (0.5–5 μm) bem como de vesículos multivesiculares e agregados tubulares de grandes dimensões (>> 20 μm). Os estudos realizados por dispersão dinâmica de luz, indicam que estes agregados apresentam, de um modo geral, elevados índices de polidispersão (0.20 ≤ PDI ≤ 0.80). Verificou-se igualmente que a grande maioria destes vesículos, apresentam elevada estabilidade coloidal, avaliada através dos valores absolutos de potencial zeta (valores superiores a ± 30 mV) e que alguns destes sistemas, através da variação da sua composição, possibilitam a modulação da carga superficial efetiva do agregado. Assim, para a mesma mistura cataniónica, em alguns casos foi possível obter vesículos com carga efetiva positiva ou negativa variando-se a quantidade relativa (em termos de fração molar) dos tensioativos individuais que constituem a mistura. Esta característica pode ser particularmente útil e realça a grande versatilidade deste tipo de sistemas, o que poderá ser vantajoso de acordo com a aplicação pretendida.

Quanto às propriedades interfaciais das misturas cataniónicas, os valores de concentração de agregação crítica determinados por tensiometria encontram-se na ordem de 1-100 μmol.kg-1,valores estes muito inferiores aos dos respetivos tensioativos

individuais, o que permite concluir que as misturas exibem um elevado sinergismo interfacial, como seria expectável, indicativo da forte interação eletrostática em solução entre os seus constituintes. Além disso, os valores de tensão superficial na cac mostram também que as soluções vesiculares apresentam propriedades de adsorção na interface ar-água acentuadas e melhoradas em relação aos componentes individuais.

Relativamente à avaliação da citotoxicidade in vitro, na linha celular L929, verificou-se que as composições ricas em tensioativo catiónico são as que apresentam valores de IC50 mais baixos, isto é, são as mais citotóxicas. Os resultados mostram sem exceção que os tensioativos individuais catiónicos apresentam valores de IC50 reduzidos, contrariamente aos aniónicos para os quais, na sua grande maioria, não foi possível determinar os valores de IC50 na gama de concentração (1- 500 μM) aplicada ao meio de cultura das células L929. Estes resultados sugerem que os vesículos cataniónicos que eventualmente poderão constituir um modo de veiculação de princípios ativos para aplicações biomédicas ou relacionadas, devem ser constituídos maioritariamente por um excesso de componente aniónico. Esta possibilidade é suportada, por exemplo, pela diferença observada entre os valores de IC50 obtidos para o sistema CTAB/SOSo x+ = 0.10, IC50

24h = 157 ± 7 μM, comparativamente com x+ =

0.50, IC5024h = 28 ± 2 μM.

Quanto aos estudos de encapsulação de doxorrubicina, os resultados obtidos, sugerem que os sistemas DDAB/SDDS e x+ = 0.60, e 12-2-12/SDDS e x+ = 0.40,

apresentam capacidade de encapsulação e/ou adsorção. Contudo, estes resultados são preliminares e carecerem de validação (repetibilidade e reprodutibilidade dos resultados), assim como de estudos mais aprofundados de modo a se poder tirar conclusões mais sólidas.

Como perspetivas de trabalho futuro, poder-se-ia estudar inicialmente o comportamento de fase e as propriedades de agregação das misturas cataniónicas preparadas em soluções tampão e/ou meio de cultura (condições mais próximas/reais a das verificadas na fisiologia celular), de modo a inferir acerca da influência destes meios na agregação e também nos valores de potencial zeta dos possíveis agregados formados. Posteriormente, verificando-se a formação de agregados vesiculares estáveis, estudar-se o seu perfil toxicológico e a sua eficiência de encapsulação.

Bibliografia

1. Khan, A.; Marques, E. F., Synergism and polymorphism in mixed surfactant systems. Curr. Opin. Colloid Interface Sci. 1999, 4, 402.

2. Tondre, C.; Caillet, C., Properties of the amphiphilic films in mixed cationic/anionic vesicles: a comprehensive view from a literature analysis. Adv. Colloid

Interface Sci. 2001, 93, 115.

3. Marques, E. F.; Regev, O.; Khan, A.; Lindman, B., Self-organization of double- chained and pseudodouble-chained surfactants: counterion and geometry effects. Adv.

Colloid Interface Sci. 2003, 100-102, 83.

4. Huang, J. B.; Zhao, G. X., Formation and coexistence of the micelles and vesicles in mixed solution of cationic and anionic surfactant. Colloid Polym. Sci. 1995, 273, 156. 5. Kaler, E. W.; Herrington, K. L.; Murthy, A. K.; Zasadzinski, J. A. N., Phase behavior and structures of mixtures of anionic and cationic surfactants. J. Phys. Chem.

1992, 96, 6698.

6. Xu, L.; Feng, L.; Dong, R.; Hao, J.; Dong, S., Transfection Efficiency of DNA Enhanced by Association with Salt-Free Catanionic Vesicles. Biomacromolecules 2013,

14, 2781.

7. Russo, L.; Berardi, V.; Tardani, F.; La Mesa, C.; Risuleo, G., Delivery of RNA and Its Intracellular Translation into Protein Mediated by SDS-CTAB Vesicles: Potential Use in Nanobiotechnology. BioMed Res. Int. 2013, 2013, 6.

8. Ji, X.; Shi, C.; Li, N.; Wang, K.; Li, Z.; Luan, Y., Catanionic drug-derivative nano-objects constructed by chlorambucil and its derivative for efficient leukaemia therapy. Colloids and Surfaces B, Biointerfaces 2015, 136, 1081.

9. Silva, B. F. B.; Marques, E. F.; Olsson, U., Fusion and fission of catanionic bilayers. Soft Matter 2011, 7, 1686.

10. Marques, E. F.; Brito, R. O.; Silva, S. G.; Rodríguez-Borges, J. E.; Vale, M. L. d.; Gomes, P.; Araújo, M. J.; Söderman, O., Spontaneous vesicle formation in catanionic mixtures of amino acid-based surfactants: chain length symmetry effects.

Langmuir 2008, 24, 11009.

11. Gonçalves Lopes, R. C. F.; Silvestre, O. F.; Faria, A. R.; C. do Vale, M. L.; Marques, E. F.; Nieder, J. B., Surface charge tunable catanionic vesicles based on serine-derived surfactants as efficient nanocarriers for the delivery of the anticancer drug doxorubicin. Nanoscale 2019, 11, 5932.

12. Silva, S. G.; Vale, M. L. C. d.; Marques, E. F., Size, charge, and stability of fully serine-based catanionic vesicles: towards versatile biocompatible nanocarriers. Chem. -

Eur. J. 2015, 21, 4092.

13. Ferreira, J.; Mikhailovskaya, A.; Chenneviere, A.; Restagno, F.; Cousin, F.; Muller, F.; Degrouard, J.; Salonen, A.; Marques, E. F., Interplay between bulk self - assembly, interfacial and foaming properties in a catanionic surfactant mixture of varying composition. Soft Matter 2017, 13, 7197.

14. Jurašin, D. D.; Šegota, S.; Čadež, V.; Selmani, A.; Sikirć, M. D., Recent Advances in Catanionic Mixtures. In Application and Characterization of Surfactants, Najjar, R., Ed. InTech: Rijeka, Croatia, 2017; pp 33-74.

15. Villa, C. C.; Correa, N. M.; Silber, J. J.; Moyano, F.; Falcone, R. D., Singularities in the physicochemical properties of spontaneous AOT-BHD unilamellar vesicles in comparison with DOPC vesicles. Phys. Chem. Chem. Phys 2015, 17, 17112.

16. Wang, Y.; Marques, E. F., Non-ideal behavior of mixed micelles of cationic gemini surfactants with varying spacer length and anionic surfactants: a conductimetric study.

J. Mol. Liq. 2008, 142, 136.

17. Cardoso, A. M. S.; Faneca, H.; Almeida, J. A. S.; Pais, A. A. C. C.; Marques, E. F.; de Lima, M. C. P.; Jurado, A. S., Gemini surfactant dimethylene-1,2- bis(tetradecyldimethylammonium bromide)-based gene vectors: A biophysical approach to transfection efficiency. Biochim. Biophys. Acta, Rev. 2011, 1808, 341.

18. Almeida, J. A. S.; Pinto, S. P. R.; Wang, Y.; Marques, E. F.; Pais, A. A. C. C., Structure and order of DODAB bilayers modulated by dicationic gemini surfactants.

Phys. Chem. Chem. Phys 2011, 13, 13772.

19. Jonsson, B.; Lindman, B.; Holmberg, K.; Kronberg, B., Surfactants And Polymers

in Aqueous Solution, 1st Ed Wiley; Chichester 1998.

20. Marques, E. F.; Silva, B. F. B., Surfactant Self-Assembly. In Encyclopedia of

Colloid and Interface Science, Tadros, T., Ed. Springer: Berlin, Heidelberg, 2013; pp

1202-1241.

21. Miyake, M.; Yamashita, Y., Molecular Structure and Phase Behavior of Surfactants. In Cosmetic Science and Technology: Theoretical Principles and

Applications, first ed.; Sakamoto, K.; Lochhead, R. Y.; Maibach, H. I.; Yamashita, Y.,

Eds. Elsevier: Amsterdam, Netherlands, 2017; pp 389-414.

22. Tadros, T. F., Introduction. In Applied Surfactants; pp 1-17, 2005

23. Scott, A. B.; Tartar, H. V.; Lingafelter, E. C., Electrolytic properties of aqueous solutions of octyltrimethylammonium octanesulfonate and decyltrimethylammonium decanesulfonate. J. Am. Chem. Soc. 1943, 65, 698.

24. Khan, A.; Marques, E., Catanionic surfactants. In Specialist Surfactants, Robb, I. D., Ed. Springer Dordrecht, Netherlands, 1997; pp 37-80.

25. Menger, F. M.; Keiper, J. S., Gemini surfactants. Angew. Chem. 2000, 39, 1906. 26. Brycki, B. E.; Kowalczyk, I. H.; Szulc, A.; Kaczerewska, O.; Pakiet, M., Multifunctional gemini surfactants: structure, synthesis, properties and applications In

Application and Characterization of Surfactants, 2017-07-05 ed.; Najjar, R., Ed. InTech:

Rijeka, Croatia, 2017.

27. Yoshimura, T.; Chiba, N.; Matsuoka, K., Supra-long chain surfactants with double or triple quaternary ammonium headgroups. J. Colloid Interface Sci. 2012, 374, 157.

28. Devínsky, F.; Masárová, Ľ.; Lacko, I., Surface activity and micelle formation of some new bisquaternary ammonium salts. J. Colloid Interface Sci. 1985, 105, 235. 29. Nagarajan, R., Molecular packing parameter and surfactant self-assembly:  the neglected role of the surfactant tail. Langmuir 2002, 18, 31.

30. Maggio, B., Geometric and thermodynamic restrictions for the self-assembly of glycosphingolipid-phospholipid systems. Biochim. Biophys. Acta 1985, 815, 245.

31. Rapp, B. E., Chapter 20 - Surface Tension. In Microfluidics: Modelling, Mechanics

and Mathematics, Rapp, B. E., Ed. Elsevier: Oxford, 2017; pp 421-444.

32. Bangham, A. D.; Standish, M. M.; Watkins, J. C., Diffusion of univalent ions across the lamellae of swollen phospholipids. J. Mol. Biol. 1965, 13, 238.

33. Marques, E. F., Surfactant Vesicles: Formation, Properties, and Stability. In

Encyclopedia of Surface and Colloid Science, 2010; Vol. 1, pp 1 - 20.

34. Antunes, F. E.; Brito, R. O.; Marques, E. F.; Lindman, B.; Miguel, M., Mechanisms behind the faceting of catanionic vesicles by polycations: chain crystallization and segregation. J. Phys. Chem. B 2007, 111, 116.

35. Hargreaves, W. R.; Deamer, D. W., Liposomes from ionic, single-chain amphiphiles. Biochemistry 1978, 17, 3759.

36. Jokela, P.; Joensson, B.; Khan, A., Phase equilibria of catanionic surfactant- water systems. J. Phys. Chem. 1987, 91, 3291.

37. Kaler, E. W.; Murthy, A. K.; Rodriguez, B. E.; Zasadzinski, J. A., Spontaneous vesicle formation in aqueous mixtures of single-tailed surfactants. Science 1989, 245, 1371.

38. Rojewska, M.; Biadasz, A.; Kotkowiak, M.; Olejnik, A.; Rychlik, J.; Dudkowiak, A.; Prochaska, K., Adsorption properties of biologically active derivatives of quaternary ammonium surfactants and their mixtures at aqueous/air interface. I. Equilibrium surface

tension, surfactant aggregation and wettability. Colloids Surf. B, Biointerfaces 2013, 110, 387.

39. Marques, E. F., Size and Stability of Catanionic Vesicles:  Effects of Formation Path, Sonication, and Aging. Langmuir 2000, 16, 4798.

40. Herrington, K. L.; Kaler, E. W.; Miller, D. D.; Zasadzinski, J. A.; Chiruvolu, S., Phase behavior of aqueous mixtures of dodecyltrimethylammonium bromide (DTAB) and sodium dodecyl sulfate (SDS). J. Phys. Chem. 1993, 97, 13792.

41. Marques, E. F.; Regev, O.; Khan, A.; Lindman, B., Self-organization of double- chained and pseudodouble-chained surfactants: counterion and geometry effects.

Advances in Colloid and Interface Science 2003, 100-102, 83-104.

42. Israelachvili, J. N., Thermodynamic Principles of Self-Assembly. In Intermolecular

and Surface Forces, third ed.; Israelachvili, J. N., Ed. Elsevier: Boston, U.S.A., 2011; pp

503-534.

43. Antonietti, M.; Förster, S., Vesicles and liposomes: a self-assembly principle beyond lipids. Adv. Mater. 2003, 15, 1323.

44. Joglekar, M.; Trewyn, B. G., Polymer-based stimuli-responsive nanosystems for biomedical applications. Biotechnol. J. 2013, 8, 931.

45. Li, M.-H.; Keller, P., Stimuli-responsive polymer vesicles. Soft Matter 2009, 5, 927.

46. Lasic, D. D.; Joannic, R.; Keller, B. C.; Frederik, P. M.; Auvray, L., Spontaneous vesiculation. Adv. Colloid Interface Sci. 2001, 89-90, 337.

47. Brady, J. E.; Evans, D. F.; Kachar, B.; Ninham, B. W., Spontaneous vesicles. J.

Am. Chem. Soc. 1984, 106, 4279.

48. Šegota, S.; Težak, D. u. i., Spontaneous formation of vesicles. Adv. Colloid

Interface Sci. 2006, 121, 51.

49. Lv, H.; Zhang, S.; Wang, B.; Cui, S.; Yan, J., Toxicity of cationic lipids and cationic polymers in gene delivery. J. Control. Release 2006, 114, 100.

50. Bulbake, U.; Doppalapudi, S.; Kommineni, N.; Khan, W., Liposomal formulations in clinical use: an updated review. Pharmaceutics 2017, 9, 12.

51. Zepik, H. H.; Walde, P.; Kostoryz, E. L.; Code, J.; Yourtee, D. M., Lipid vesicles as membrane models for toxicological assessment of xenobiotics. Crit. Rev. Toxicol

2008, 38, 1.

52. Scrimin, P.; Tecilla, P., Model membranes: developments in functional micelles and vesicles. Curr. Opin. Chem. Biol. 1999, 3, 730.

53. Seneviratne, R.; Khan, S.; Moscrop, E.; Rappolt, M.; Muench, S. P.; Jeuken, L. J. C.; Beales, P. A., A reconstitution method for integral membrane proteins in hybrid lipid-polymer vesicles for enhanced functional durability. Methods 2018, 147, 142. 54. Sakai, N.; Matile, S., Polarized Vesicles in Molecular Recognition and Catalysis.

Chem Biodivers. 2004, 1, 28.

55. Taylor, T. M.; Weiss, J.; Davidson, P. M.; Bruce, B. D., Liposomal Nanocapsules in Food Science and Agriculture. Crit. Rev. Food Sci. Nutr 2005, 45, 587.

56. Reza Mozafari, M.; Johnson, C.; Hatziantoniou, S.; Demetzos, C., Nanoliposomes and their applications in food nanotechnology. J. Liposome Res. 2008,

18, 309.

57. Lohani, A.; Verma, A., Vesicles: Potential nano carriers for the delivery of skin cosmetics. J. Cosmet. Laser Ther. 2017, 19, 485.

58. Chen, S.; Hanning, S.; Falconer, J.; Locke, M.; Wen, J., Recent advances in non-ionic surfactant vesicles (niosomes): fabrication, characterization, pharmaceutical and cosmetic applications. Eur. J. Pharm. Biopharm. 2019, 144, 18.

59. Baumans, V., Use of animals in experimental research: an ethical dilemma?

Gene Ther. 2004, 11, S64.

60. Langdon, S. P., Mammalian Cell Culture. In Molecular Biomethods Handbook, Walker, J. M.; Rapley, R., Eds. Humana Press: Totowa, NJ, 2008; pp 861-873.

61. Hodgson, E., Toxicology and Human Environments. In Progress in Molecular

Biology and Translational Science, Hodgson, E., Ed. Elsevier: Oxford, U.K., 2012; Vol.

112, pp 1-475.

62. Freshney, R. I., Culture of Animal Cells: A Manual of Basic Technique. sixth ed.; John Wiley and Sons: Hoboken, New Jersey, 2010.

63. Goud, N. S., Biocompatibility Evaluation of Medical Devices. In A Comprehensive

Guide to Toxicology in Nonclinical Drug Development, second ed.; Faqi, A. S., Ed.

Academic Press: Boston, U.S.A., 2017; pp 825-840.

64. Earle, W. R.; Schilling, E. L.; Stark, T. H.; Straus, N. P.; Brown, M. F.; Shelton, E., Production of malignancy in vitro. IV. The mouse fibroblast cultures and changes seen in the living cells. J. Natl. Cancer Inst. 1943, 4, 165.

65. XXIII Phamacopeia, U., US Pharmacopeial convention, Rockville. 1995.

66. Jain, M. R.; Bandyopadhyay, D.; Sundar, R., Scientific and Regulatory Considerations in the Development of in Vitro Techniques for Toxicology. In In Vitro

Toxicology, first ed.; Dhawan, A.; Kwon, S., Eds. Elsevier: London, U. K., 2018; pp 165-

67. Rampersad, S. N., Multiple applications of Alamar Blue as an indicator of metabolic function and cellular health in cell viability bioassays. Sensors (Basel) 2012,

12, 12347.

68. Mosmann, T., Rapid colorimetric assay for cellular growth and survival: Application to proliferation and cytotoxicity assays. J. Immunol. Methods 1983, 65, 55. 69. Korzeniewski, C.; Callewaert, D. M., An enzyme-release assay for natural cytotoxicity. J. Immunol. Methods 1983, 64, 313.

70. Kaplan, L.; Pesce, A.; Kaplan, L. A., Clinical chemistry: theory, analysis, and

correlation. fifth ed.; Mosby, Elsevier: 1996; p 1211.

71. Williamson, D. H.; Brosnan, J. T., Concentrations of Metabolites in Animal Tissues. In Methods of Enzymatic Analysis (Second Edition), Bergmeyer, H. U., Ed. Academic Press: 1974; pp 2266-2302.

72. Karukstis, K. K.; Thompson, E. H. Z.; Whiles, J. A.; Rosenfeld, R. J., Deciphering the fluorescence signature of daunomycin and doxorubicin. Biophys. Chem. 1998, 73, 249.

73. Weiss, R. B., The anthracyclines: will we ever find a better doxorubicin? Semin.

Oncol. 1992, 19, 670.

74. Minotti, G.; Menna, P.; Salvatorelli, E.; Cairo, G.; Gianni, L., Anthracyclines: molecular advances and pharmacologic developments in antitumor activity and cardiotoxicity. Pharmacol. Rev. 2004, 56, 185.

75. Lorusso, D.; Di Stefano, A.; Carone, V.; Fagotti, A.; Pisconti, S.; Scambia, G., Pegylated liposomal doxorubicin-related palmar-plantar erythrodysesthesia (‘hand-foot’ syndrome). Annals of Oncology 2007, 18 (7), 1159-1164.

76. Gonçalves Lopes, R. C. F.; Silvestre, O. F.; Faria, A. R.; C. do Vale, M. L.; Marques, E. F.; Nieder, J. B., Surface charge tunable catanionic vesicles based on serine-derived surfactants as efficient nanocarriers for the delivery of the anticancer drug doxorubicin. Nanoscale 2019, 11 (13), 5932-5941.

77. Silva, S. G.; Oliveira, I. S.; do Vale, M. L. C.; Marques, E. F., Serine-based gemini surfactants with different spacer linkages: from self-assembly to DNA compaction. Soft Matter 2014, 10, 9352.

78. Rosa, M.; del Carmen Morán, M.; da Graça Miguel, M.; Lindman, B., The association of DNA and stable catanionic amino acid-based vesicles. Colloids Surf. A,

Physicochem. Eng. Asp. 2007, 301, 361.

79. Ghosh, S.; Ambade, B.; Ray, A., Stable catanionic vesicles as drug delivery vehicle. Sci. Adv. Mater. 2013, 5, 1837.

80. Brito, R. O.; Marques, E. F.; Gomes, P.; Falcão, S.; Söderman, O., Self- assembly in a catanionic mixture with an aminoacid-derived surfactant:  from mixed micelles to spontaneous vesicles. J. Phys. Chem. B. 2006, 110, 18158.

81. Lee, T.; Senyuk, B.; Trivedi, R. P.; Smalyukh, I. I. Optical Microscopy of Soft

Matter Systems arXiv e-prints [Online], 2011.

https://ui.adsabs.harvard.edu/abs/2011arXiv1108.3287L (accessed August 01, 2019). 82. Evans, R. C., Crystals and the polarising microscope by N. H. Hartshorne and A. Stuart. Acta Crystallogr. 1960, 13, 853.

83. Bhattacharjee, S., DLS and zeta potential – what they are and what they are not?

J. Control. Release 2016, 235, 337.

84. Drelich, J.; Fang, C.; White, C., Measurement of interfacial tension in Fluid-Fluid Systems. 2002; pp 3152-3166.

85. Bozzuto, G.; Molinari, A., Liposomes as nanomedical devices. Int. J.

Nanomedicine 2015, 10, 975.

86. Morton, L. A.; Saludes, J. P.; Yin, H., Constant pressure-controlled extrusion method for the preparation of nano-sized lipid vesicles. J. Vis. Exp. 2012, 64, e4151. 87. Freshney, R. I., Aseptic Technique. In Culture of Animal Cells: A Manual of Basic

Technique, fifth ed.; Freshney, R. I., Ed. John Wiley & Sons: New Jersey, U.S.A., 2005;

pp 73-79.

88. Marques, E. F.; Regev, O.; Khan, A.; da Graça Miguel, M.; Lindman, B., Vesicle formation and general phase behavior in the catanionic mixture SDS−DDAB−Water. The anionic-rich side. J. Phys. Chem. B 1998, 102, 6746.

89. Chavda, S.; Kuperkar, K.; Bahadur, P., Formation and growth of gemini surfactant (12-s-12) micelles as a modulate by spacers: a thermodynamic and small- angle neutron scattering (SANS) study. J. Chem. Eng. Data 2011, 56, 2647.

90. Pereira, W. Propriedades Interfaciais e de Auto-Agregação de Tensioativos Derivados de Lisina: Efeito do pH e adição de Tensioativo Catiónico. University of Porto,

2016.

91. Oliveira, I. S.; Lo, M.; Araujo, M. J.; Marques, E. F., Temperature-responsive self-assembled nanostructures from lysine-based surfactants with high chain length asymmetry: from tubules and helical ribbons to micelles and vesicles. Soft Matter 2019,

15, 3700.

ANEXO 1 – Gráficos da análise por dispersão dinâmica de luz

Figura 2 - Distribuição de tamanho médio dos agregados vesiculares dos sistemas da série II em função da intensidade A) DDAB/SDDS x+ = 0.30, B) 12-2-12/SDDS x+ = 0.40, estudados na concentração de 5.0 mM.

Figura 1 - Distribuição de tamanho médio dos agregados vesiculares dos sistemas da série I em função da intensidade A) DDAB/SDS x+ = 0.30, B) DDAB/SDS x+ = 0.80, C) 12-6-12/SDS x+ = 0.30, D) 12-12-12/SDS

Figura 3 - Distribuição de tamanho médio dos agregados vesiculares dos sistemas da série III em função da intensidade A) CTAB/SOSo x+ = 0.10, B) CTAB/SOSo x+ = 0.50, C) CTAB/SDeSo x+ = 0.60 D)

ANEXO 2 - Gráficos Ensaio da libertação da enzima LDH

Sistemas série I

Figura 1 - Percentagem de libertação de LDH em células L929 tratadas a diferentes concentrações de sistemas da série I e respetivos tensioativos individuais.

Sistemas série II

Figura 2 - Percentagem de libertação de LDH em células L929 tratadas a diferentes concentrações de sistemas da série II e respetivos tensioativos individuais.

Sistemas série III

Figura 3 - Percentagem de libertação de LDH em células L929 tratadas a diferentes concentrações de sistemas da série III e respetivos tensioativos individuais.

Figura 4 - Percentagem de libertação de LDH em células L929 tratadas a diferentes concentrações de sistemas da série III e respetivos tensioativos individuais.

Anexo 3 - Espectros de fluorescência

Figura 1 - Espectros de emissão de fluorescência dos vesículos vazios 12-2-12/SDDS x+ = 0.40 e

DDAB/SDDS x+ = 0.60.

Figura 2 - Espectro de emissão de fluorescência dos sobrenadantes dos sistemas cataniónicos DDAB/SDDS x + = 0.60 e 12-2-2/SDDS x+= 0.40.

Figura 3 - Espectro de emissão de fluorescência das suspensões vesiculares com DOX dos sistemas cataniónicos 12-2-12/SDDS x+ = 0.40 e DDAB/SDDS x+ = 0.60. 0 200 400 600 800 1000 1200 500 600 700 800 Intens ida de de fl uo res cêni ca / UA λ / nm DDAB/SDDS x+ = 0.60 12-2-12/SDDS x+= 0.40

Documentos relacionados