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Capítulo I: Acarofauna (Acari: Gamasida) associada a histerídeos em

6. Conclusões

1. Verificou-se que C. troglodytes e E. modestus foram as espécies mais abundantes em todas as coletas;

2. Registrou-se pela primeira vez para o Brasil a ocorrência de ácaros da Família Ascidae associada a histerídeos em granjas de aves poedeiras;

3. Constatou-se a ocorrência de pouco indivíduos do gênero Uroobovella (Fam. Uroopodidae), associados aos histerídeos, apesar de espécies deste gênero estarem entre as espécies de ácaros de esterco mais abundantes em granjas de outros Municípios do Estado.

4. A maior abundância de Gamasellodes sp1 em E. modestus e H. quadridentata, indicam que há uma preferência dessa espécie de ácaro por estes coleópteros;

5. A primavera foi a estação do ano onde ocorreu maior diversidade de ácaros associados aos histerídeos.

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CAPÍTULO II

Ocorrência de forésia nas infrapopulações e infracomunidades da

acarofauna associada aos histerídeos presentes em esterco de aves

poedeiras.

1. Resumo

A forésia pode ser um meio efetivo para animais pequenos e pouco móveis como a maioria dos ácaros de colonizarem microhabitats específicos com grande probabilidade de obterem sucesso. No entanto, existem algumas particularidades tais como a procura, fixação e abandono de seu foronte, que garantem o sucesso da dispersão desses animais. Cada indivíduo de uma mesma espécie associado a um hospedeiro individual, constitui uma infrapopulação e o conjunto destas, forma uma infracomunidade. No presente trabalho pretendeu-se analisar o fenômeno de forésia através do estudo da diversidade e das infrapopulações e infracomunidades da acarofauna associada aos histerídeos presentes no esterco de aves poedeiras. Registrou-se pela primeira vez a ocorrência de ácaros da Família Ascidae associada a histerídeos em granjas. Euspilotus modestus apresentou maior número de infrapopulações e o único que apresentou infracomunidade, ou seja, a Sp1 e Sp2 estiveram presentes simultaneamente. A maior prevalência ocorreu entre a associação entre Sp1 e Hololepta quadridentata (70%). Neste estudo, os ácaros apresentaram distribuição agregada. Os dados obtidos sobre as espécies da família Ascidae sugerem que pode estar ocorrendo um processo de seleção dos forontes no esterco das aves.

2. Introdução

Alguns predadores desempenham um papel importante na regulação das populações de dípteros em acúmulo de esterco de galinhas poedeiras. Coleópteros da família Histeridae são comumente encontrados em grande abundância nesses substratos.

Eles desempenham importante papel na regulação das populações de dípteros, no esterco, pois são grandes predadores de ovos e larvas de moscas (BRUNO, 1991; GIANIZELLA & PRADO, 1998 e GIANIZELLA, 2000).

São também encontrados associados a esses histerídeos, ácaros das famílias Macrochelidae, Uropodidae e Parasitidae. Estes ácaros são importantes agentes biológicos na redução da população de moscas (AXTELL & ARENDS, 1990). Os macroquelídeos mantém relações foréticas (BINNS, 1982 e HUNTER & ROSÁRIO, 1988), utilizando como meio de dispersão (forontes), moscas (AXTELL, 1964) e besouros coprofílicos (fimícolas) (KRANTZ & MELLOT, 1972), além de pequenos mamíferos (KRANTZ & WHITAKER, 1988).

Várias espécies de artrópodes costumam associar-se a outros para obter algum tipo de benefício. Ninfas e adultos de muitas espécies de ácaros de vida livre utilizam-se de insetos e outros artrópodes para dispersar-se. Esta associação é chamada forésia. (FARISH & AXTELL, 1971; FLECHTMANN, 1975; BINNS 1982 e KALISZEWSKI et al. 1995). O conceito de forésia foi introduzido na literatura científica antes do século XIX. Este fenômeno foi redefinido posteriormente por FARISH & AXTELL (1971).

Segundo FARISH & AXTELL (1971), a associação forética ou forésia, consiste em que um dos estádios do desenvolvimento de um animal se fixa ativamente à superfície do corpo de outro animal, sendo transportado por tempo limitado. Durante este tempo o animal transportado (forético) cessa tanto sua alimentação, como seu desenvolvimento. As atividades começam novamente após a separação dos indivíduos, induzida por estímulos oriundos do seu transportador sobre o lugar de chegada (ATHIAS-BINCHE, 1991 e HOUCK & OCONNOR, 1991).

Cada indivíduo de uma mesma espécie associado a um hospedeiro individual, constitui uma infrapopulação e o conjunto destas, forma uma infracomunidade (MARGOLIS et al. 1982; BUSH et al. 1997). Segundo ATHIAS-BINCHE, (1994), a forésia pertence ao processo geral da simbiose, mas talvez como uma pré-adaptação ao parasitismo.

A forésia pode ser um meio efetivo para animais pequenos e pouco móveis como a maioria dos ácaros, colonizarem microhabitats específicos com grande probabilidade de

sucesso. Ela faz, portanto uma dinâmica colonizadora em favorecimento a disseminação da espécie, conquista do espaço e a procura de novos recursos (ATHIAS-BINCHE, 1994).

No presente trabalho pretendemos analisar o fenômeno de forésia através do estudo da diversidade e das infrapopulações e infracomunidades da acarofauna associada aos histerídeos presentes no esterco de aves poedeiras.

3. Material e Métodos

3.1. Descrição e localização da Granja

O estudo foi realizado a partir de amostras de esterco de aves poedeiras coletadas na granja Crisdan, no Município de São João da Boa Vista, SP. A granja fica a 7 Km de São João da Boa Vista (22º 01. 824’ S, 46º 48. 488’ W), altitude de 763 metros, considerada de pequeno porte, podendo alojar 25.000 galinhas em fase de postura, das linhagens “Hy Line” e “Hy line brown”.

No total, a granja é constituída de duas instalações. Uma de quatro galpões de 85 m de comprimento por 3,20 m de largura cada um e outra também de 04 galpões menores com 50 m por 8 m cada um. Nestes últimos foram realizadas as coletas.

Em cada construção estão dispostos três conjuntos de gaiolas, separadas por dois corredores de 0,5 m de largura feitos de concreto. As fileiras das gaiolas estão distribuídas em degrau, ou seja, uma fileira mais interna a 0,5 m do chão, e uma mais externa a 1 m do chão (tipo “narrow house”). As gaiolas variam de tamanho podendo abrigar de duas a quatro galinhas. Em cada fileira há um cocho de PVC onde se deposita a ração, e a água é distribuída através de um encanamento. Sob as gaiolas, o chão é de terra onde as fezes se acumulam.

A iluminação é feita com lâmpadas de 60 W, distribuídas a cada 2 metros, por toda a extensão dos galpões. À distância entre os galpões é de 5,4 m e neste intervalo crescem gramíneas e outras pequenas plantas herbáceas invasoras. Ao redor da granja faz-se cultura agrícola e durante o período analisado, a predominância foi plantação de café.

Foram realizadas nove coletas entre 17/01/2001 até 27/12/2001. Para amostragem dos espécimes a forma de coleta utilizada foi armadilha de solo (SUMMERLIN, 1984).

Estas armadilhas foram utilizadas visando a obtenção de histerídeos adultos. Tal método consiste na utilização de frascos de plásticos 9,0 cm de altura por 8,0 cm de diâmetro que foram enterrados nos cones de fezes sob as gaiolas, ao longo de três corredores, junto ao esterco acumulado. A distribuição foi feita segundo KREBS (1985), pelo método de “amostragem sistemática”, que consiste delimitar uma área de amostragem em quadrados contíguos de medida conhecida, e distribui as armadilhas no centro dos quadrados.

Em cada armadilha foram utilizados 200 ml de um líquido fixador constituído pela seguinte mistura: 80% água; 5% glicerina; 5% álcool a 70%; 5% de formol e 5% de detergente para que os espécimes não sofressem alteração.

Foi escolhida aleatoriamente uma das duas construções para a colocação das armadilhas. As fileiras foram identificadas como A, B e C respectivamente e divididas em dez quadrados de 4 metros cada. Para cada fileira foram sorteados cinco quadrados para colocação das armadilhas, totalizando 15 armadilhas. Cada armadilha foi numerada de acordo com a fileira; por exemplo: Armadilha A1, A2, A3, A4 e A5 para a fileira A; procedimento análogo para as fileiras B e C.

A cada coleta as armadilhas foram retiradas e substituídas por outras contendo nova quantidade de fixador.

3.2. Análises Qualitativa e Quantitativa

As amostras de esterco foram analisadas no Laboratório de Entomologia do Departamento de Parasitologia do Instituto de Biologia da Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP.

Foi feita uma triagem do material, selecionando os histerídeos presentes na amostra, separados posteriormente por espécie e colocados em placa de Petri com álcool 70, para serem examinados ao microscópio estereoscópico, onde foi realizada a retirada e contagem dos ácaros, bem como a contagem dos indivíduos de cada espécie presentes na amostra.

Para a montagem das lâminas dos ácaros foi utilizado o meio diafanizante de Hoyer (hidrato de cloral, 200 g; goma arábica, 30 g; glicerina, 20 ml e água destilada, 40 ml).

3.3 Identificação da Acarofauna

As identificações dos gêneros e espécies de ácaros foram feitas de acordo com KRANTZ (1978) pelo pesquisador Jeferson Carvalho Mineiro, doutorando pela ESALQ- USP-Piracicaba, SP.

O material testemunho será depositado no Museu de História Natural da Unicamp - Universidade Estadual de Campinas.

3.4. Índices usados

Para as análises de prevalência, intensidade média e índice de agregação das infrapopulações e infracomunidades foram utilizados o programa estatístico Quantitative Parasitology 2.0. A taxa de prevalência de ácaros foréticos simbolizada por Prev.(F), foi proveniente do número de hospedeiros (forontes) (HF), por um ou mais indivíduos de uma espécie, dividida pelo número de hospedeiros (forontes) examinados (HE).

HF Prev.(F) = --- x 100 HE

A intensidade média foi proveniente do número de indivíduos de uma espécie particular de foréticos dividido pelo número de hospedeiros (forontes).

F IM = --- H

O índice de agregação foi feito dividindo a variância pela média. Quando o valor obtido for maior que 1, a distribuição é agregada; quando o valor for igual a 1, a distribuição é ao acaso e se for menor que 1, a distribuição é uniforme.

M

IA = ---

V

3.5. Análise Estatística

Foi utilizado o programa estatístico S.A.S (System for Windows), versão 6.12. Para análise de variância (ANOVA), foi utilizado o procedimento PROC GLM (Modelos Lineares Gerais). As comparações entre as médias foram feitas pelo teste de Duncan (SAS, INC. 1987). As variáveis indepedentes foram: mês da coleta, espécie de coleóptero, sexo do coleóptero e localização do ácaro no coleóptero. A variável resposta foi a freqüência. Foram feitas também algumas interações entre estes fatores como: mês X coleóptero, mês X sexo do coleóptero, mês X localização do ácaro, coleóptero X sexo e coleóptero X localização do ácaro.

4. Resultados

Foram encontradas três espécies de coleóptero da família Histeridae: Euspilotus

modestus Marseul, 1834; Carcinops troglodytes Paykull, 1811; Hololepta quadridentata

Fabricius, 1801.

No total foram analisados 3634 indivíduos das três espécies. Foram encontrados nestes coleópteros quatro espécies de ácaros pertencentes a três gêneros de duas famílias, sendo duas espécies do gênero Gamasellodes, as quais foram denominadas de Sp1 e Sp2; uma espécie do gênero Proctolaelaps e uma espécie do gênero Uroboovella. Os dois primeiros gêneros são da família Ascidae e o último pertence à família Uropodidae.

Foram retirados dos histerídeos 5464 ácaros, dos quais 880 eram da Sp1, representando 16,09% dos ácaros; 4160 da Sp2 correspondendo a 76,16% dos ácaros encontrados; 315 ácaros eram do gênero Uroboovella, cerca de 5,76% e com menor freqüência o gênero

Proctolaelaps com apenas 109 indivíduos correspondendo a 1,99% dos ácaros encontrados

(Tabela 1).

Tabela 1 - Ocorrência e abundância absoluta e relativa das espécies de ácaros coletados nos meses do ano de 2001, em esterco de aves poedeiras de granja no Município de São João da Boa Vista – São Paulo.

Espécies de ácaros por coleóptero Coleópteros

Sp1 % Sp2 % Urob % Procto % Total

E. modestus 380 6,95 3706 67,80 234 4,28 109 1,99 81,08

C. troglodytes 4 0,07 423 7,74 0 - 0 - 7,81

H.quadridentata 496 9,07 31 0,56 81 1,48 0 - 11,11

Total 880 16,09 4160 76,16 315 5,76 109 1,99 100,00 Sp1:Gamasellodes Sp1; Sp2: Gamasellodes Sp2; Urob: Urobovella sp(Uropodidae), Procto: Proctolaelaps sp

4.1. Ocorrência e abundância das espécies de ácaros nas espécies de coleópteros analisados.

4.1.1. Euspilotus modestus

Para E. modestus, o mês com maior abundância de ácaros foi setembro, com 840

indivíduos, representando 19,06% dos ácaros coletados deste coleóptero.

A Sp1 foi mais abundante no mês de novembro com 204 ácaros cerca de 53,85% dos ácaros deste coleóptero. Já a Sp2 apareceu com maior abundância em junho com 653 indivíduos representando 17,91% dos ácaros associados a este coleóptero.

O gênero Uroboovella foi mais abundante em setembro com 212 ácaros, 90,61% dos ácaros deste coleóptero e o gênero Proctolaelaps em fevereiro com 77 ácaros totalizando 70,75% dos ácaros para este coleóptero (Tabela 2).

Tabela 2-Abundância das espécies de ácaros encontradas nos meses de coletas no coleóptero

E. modestus do ano de 2001, em esterco de aves poedeiras de granja no Município de São

João da Boa Vista – São Paulo.

Espécies de ácaros

Mês

Nº col. Sp1 % Sp2 % Urob. % Procto % Total %

Jan. 186 15 3,94 424 11,40 - - - - 439 9,91 Fev. 376 45 11,80 569 15,30 - - 77 70,75 691 15,60 Jun. 298 52 13,60 653 17,91 21 8,97 10 9,17 736 16,60 Jul. 207 24 6,31 431 11,60 1 0,42 16 14,60 472 10,60 Ago. 273 5 1,31 414 11,10 - - 1 0,91 420 9,48 Set. 524 6 1,57 618 16,60 212 90,61 4 3,66 840 19,06 Out. 119 8 2,10 81 2,18 - - 1 0,91 90 2,03 Nov. 664 204 53,85 194 5,23 - - - - 398 8,98 Dez. 247 21 5,52 322 8,68 - - - - 343 7,74 Total 2894 380 100 3706 100 234 100 109 100 4429 100 Nº col: Núnero de coleópteros; Sp1: Gamasellodes sp1; Sp2: Gamasellodes sp2; Urob:

Urobovellasp(Uropodidae); Procto: Proctolaelaps sp

Foram analisados 2894 indivíduos desta espécie, sendo a mais abundante, com 49,42% dos coleópteros coletados. 4429 ácaros foram retirados deste besouro, representando 81,05% dos ácaros coletados, dos quais 380 eram da Sp1 (8,57%), 234 do gênero Uroboovela (5,28%), 3706 indivíduos da Sp2 (83,67%) e 109 ácaros do gênero

Figura 1 - Abundância relativa do coleóptero Euspilotus modestus e dos ácaros a ele associados nos meses analisados.

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90

E. modestus Sp1 Sp2 Uroob. Procto

%

4.1.2. Carcinops troglodytes

Dessa espécie, foram coletados 680 indivíduos representando 11,63% do total de coleópteros coletados. Foram encontrados 427 ácaros, correspondendo a 7,85% de todos os ácaros coletados.

Da Sp1 foram apenas 4 ácaros (0,93%). Já a Sp2 estava representada por 423 (99,06%). As espécies do gênero Uroboovella e Proctolaelaps não foram encontradas neste coleóptero (Figura 2).

A Sp1 teve maior abundância também no mês de junho com apenas 2 ácaros que representou 50% dos ácaros encontrados desta espécie para este coleóptero. Já a Sp2 teve maior abundância em todos os meses em relação a Sp1, e o mês de maior abundância foi também junho com 113 espécimes, cerca de 26,73% dos ácaros para este coleóptero. As espécies dos gêneros Uroobovella e Proctolaelaps não apareceram neste coleóptero (tabela 3).

Figura 2 - Abundância relativa do coleóptero Carcinops troglodites e dos ácaros a ele associados nos meses analisados.

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 C. troglodites Sp1 Sp2 Uroob. Procto %

Para C. troglodytes o mês com maior abundância de ácaros foi junho com 115 indivíduos, cerca de 26,96% dos ácaros coletados neste coleóptero.

Tabela 3 - Abundância das espécies de ácaros encontradas nos meses de coletas no coleóptero C. troglodytes no ano de 2001, em esterco de aves poedeiras de granja no Município de São João da Boa Vista – São Paulo.

Espécies de ácaros

Mês

Nº col. Sp1 % Sp2 % Urob % Procto % Total %

Jan. 3 - - 2 0,47 - - - - 2 0,46 Fev. 211 - - 101 23,87 - - - - 101 23,65 Jun. 94 2 50,00 113 26,73 - - - - 115 26,96 Jul. 86 1 25,00 64 15,13 - - - - 65 15,22 Ago. - - - Set. 159 - - 97 22,93 - - - - 97 22,71 Out. 12 - - - - - - - - - - Nov. 41 - - 13 3,07 - - - - 13 3,04 Dez. 74 1 25,00 33 7,80 - - - - 34 7,96 Total 680 4 100,00 423 100,00 - - - - 427 100,00

Nº col: Núnero de coleópteros; Sp1: Gamasellodes sp1; Sp2: Gamasellodes sp2; Urob:

4.1.3. Hololepta quadridentata

Este coleóptero teve menor freqüência que os outros, com 60 espécimes coletados correspondendo a 1,02% dos coleópteros. Seicentos e oito ácaros foram retirados deste coleóptero, totalizando 11,19% de todos os ácaros coletados. 496 ácaros foram da Sp1 (81,57%), 81 exemplares do gênero Uroboovella (13,32%) e apenas 31 indivíduos eram da Sp2 (5,09%). Não foram encontrados ácaros do gênero Proctolaelaps (Figura 3).

Figura 3 - Abundância relativa do coleóptero Hololepta quadridentata dos ácaros a ele associados nos meses analisados.

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 H. quadridentata Sp1 Sp2 Uroob. Procto. %

Para H. quadridentata o mês com maior abundância de ácaros foi janeiro com 257 indivíduos, cerca de 42,26% dos ácaros coletados neste coleóptero. A Sp1 teve maior abundância também no mês de janeiro com 226 ácaros que representou 45,56% dos ácaros encontrados desta espécie para este coleóptero. Já a Sp2 teve menor abundância, aparecendo apenas no mês de janeiro com 31 ácaros, com 100% dos ácaros coletados desta espécie neste coleóptero. As espécies do gênero Uroboovella apareceram com maior abundância no mês de junho com 54 espécimes, cerca de 66,67%. Não ocorreram neste coleóptero ácaros do gênero

Tabela 4 - Abundância das espécies de ácaros encontradas nos meses de coletas no coleóptero H. quadridentata no ano de 2001, em esterco de aves poedeiras de granja no Município de São João da Boa Vista – São Paulo.

Espécies de ácaros

Mês

Nº col Sp1 % Sp2 % Urob. % Procto % Total %

Jan. 22 226 45,56 31 100,00 - - - - 257 42,26 Fev. 14 166 33,70 - - - 166 27,30 Jun. 7 63 12,60 - - 54 66,67 - - 117 19,20 Jul. 3 4 0,80 - - - 4 0,65 Set. 8 27 5,40 - - 27 33,33 - - 54 8,88 Out. 2 3 0,60 - - - 3 0,49 Nov. 4 7 1,40 - - - 7 1,15 Total 60 496 100,00 31 100,00 81 100,00 - - 608 100,00 Nº col: Núnero de coleópteros; Sp1: Gamasellodes sp1; Sp2: Gamasellodes sp2; Urob:

Urobovellasp(Uropodidae); Procto: Proctolaelaps sp

4.1.4. Análise Estatística

As médias de freqüências das espécies de ácaros são representadas na Tabela 5.

Tiveram influência significativa nas espécies de ácaros encontradas os fatores: mês, espécie do coleóptero e o sexo do coleóptero. A localização do ácaro no coleóptero foi significativa apenas para uma espécie de ácaro encontrada. Para os ácaros da Sp1 do gênero

Gamasellodes foi significante o mês de coleta (F=10.19; P < 0,0001) e a espécie do coleóptero

(F=104.67; P < 0,0001). O sexo do coleóptero e a localização do ácaro não tiveram significância.

As interações que tiveram alguma significância foram mês X coleóptero (F=3,26; P <0001) e o mês X localização do ácaro (F=2,74; P <.0002). Na Sp2 também tiveram significância o mês de coleta (F=4,34; P < 0001), a espécie do coleóptero (F=64,09; P < 0001) e o sexo do coleóptero (F=8,81; P <0,0030). Nenhuma das interações foram significativas.

Para os ácaros do gênero Uroboovella foram significantes o mês da coleta (F=6,53; P<0001) e a espécie do coleóptero (F=10,32; P <0001). As interações não foram

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