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Esta dissertação, teve como ponto de partida, a avaliação do fenómeno da Dispersão Urbana no Alto Douro Vinhateiro, tendo por objetivo a criação de uma metodologia e aplicá-la ao estudo de caso.

Inicialmente procedeu-se a uma revisão bibliográfica sobre os conceitos dispersão urbana. Recuando vários de anos até aos dias de hoje, o conceito de ambiente urbano mudou radicalmente e a figura do disperso ganhou novo sentido. Deste modo sabemos que a dispersão urbana é um fenómeno de desenvolvimento de expansãodas cidades, causando perda de solo agrícola/florestal e as suas consequências podem ser ambientais, económicas e sociais, de destacarnas zonas rurais onde a paisagem é protegida e têm uma maior relevância de análise, como é o estudo

Posteriormente, através de uma nova revisão bibliográfica, foram estudadasas metodologias de medição usadas por vários autores para avaliar a dispersão urbana num contexto rural, para deste modo poder escolher uma metodologia de cálculo. As variáveis escolhidas para este estudo foram; a quantidade de área artificializada, o número de manchas, a relação área artificializada perímetro da mancha, a relação área artificializada per capita e o Clumpiness

Index.

Seguidamente foi necessário fazer a escolha da cartografia mais indicada ao tipo de estudo, pelo que através de uma comparação entre várias cartografias, chegou-se à conclusão de que a mais adequada por razões de escala e classificação, seria a Carta de Ocupação do Solo

A metodologia aplicada neste estudo permitiu avaliar a quantidade de dispersão urbana no ADV. Existe um aumento da dispersão no ADV e na ZEP, mas esta não se processa de maneira igual no território, a ZEP tem um crescimento da dispersão muito superior à do ADV.

Na ZEP (crescimento de 20%) os municípios mais afetados são os que se encontram perto do eixo de Vila Real, Régua, Lamego e os que fazem fronteira com o rio Douro. Estes apresentam valores maiores de nova área artificializada e maior dispersão. Os municípios que

Capítulo VII – Conclusões

56 apresentam menores valores de dispersão são os que se localizam mais distantes do rio e do eixo urbano das cidades, resultados podem ser causados pela permissividade dos Planos Diretores Municipais, realidades que diferem de município para município.

Os resultados do ADV (crescimento de 2%) demostram que as sub-regiões que apresentam valores maior de dispersão são Baixo Corgo e Cima Corgo, enquanto que o Douro Superior não apresenta qualquer alteração. Os resultados podem ser causados pela proximidade de grandes aglomerados sub-regiões (Baixo Corgo como Cima Corgo encontra-se mais perto de grandes aglomerados, como Régua, Pinhão), assim como o parcelamento e a população, há mais população e mais parcelamento de agrícola no Baixo Corgo e Cima Corgo do que no Douro Superior.

Este estudo poderia ser mais aprofundado para melhor entendimento das causas para a dispersão no ADV. Para isso era necessário um estudo mais aprofundado, relativamente à permissividade dos Planos Diretores Municipais, a urografia dos terrenos, limites e dimensões das propriedades entre outros condicionantes ou motivos que levam os habitantes a construírem fora do perímetro urbano.

Referências Bibliográficas

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